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Resumo....................................................................................................................... 1
1. Introdução................................................................................................................1
2. O desenvolvimento da descoberta do ..................................................................2
3. Curiosidades..........................................................................................................10
4. Conclusão..............................................................................................................11
Fontes........................................................................................................................11
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A HISTÓRIA DO NÚMERO
Resumo
1. Introdução
L = . d = 2 . r
Esse tão celebre número, conforme [6] está ligado a dois problemas
fundamentais:
2
2. O desenvolvimento da descoberta do
O valor três foi usado durante muito tempo por motivos religiosos e culturais
entre as civilizações antigas, mesmo quando já se conheciam determinações
melhores. Contudo, isso não era um empecilho para que o estudo do fosse
interrompido, muito pelo contrario.
“Hirão fez também o mar de bronze que tinha 10 côvados de uma borda e outra
perfeitamente redondo e de altura de 5 côvados, sua circunferência media-se com
um fio de 30 côvados”. (Bíblia Ave Maria, pg. 374)
Não podemos afirmar com certeza como os egípcios chegaram a esta fórmula,
mas Otto Neugebaver em [ 3 ] deu a seguinte explicação à regra egípcia:
Bem, essa pergunta talvez nunca possa ser respondida, mas, conforme consta
em [7], a mais antiga referência que se tem de uma demonstração da existência do
fala de Hipócrates de Chio (470 – 410 a.C.) Trata-se de uma nota de Simplicius,
filósofo grego que viveu quase mil anos depois de Hipócrates. Simplicius, no seu
Comentário sobre o Livro Physis, de Aristóteles, menciona que Eudemos na sua
História da Geometria (escrita 330 a.C., mas há séculos perdido) diz que Hipócrates
demonstrou que:
Por outro lado, o mais antigo documento ainda existente e que trás
demonstração da existência do é a livro Elementos de Euclides, escrito em 300
a.C. Na proposição 2 do Livro XII dos Elementos, Euclides enuncia e prova que
círculos estão um para o outro assim como os quadrados de seus diâmetros, que é
o resultado atribuído a Hipócrates. Ainda, na proposição 18 desse Livro XII, Euclides
enuncia e prova que esferas estão uma para a outra assim como a razão tríplice de
seus diâmetros.
Euclides encerrou o Livro XII de seus Elementos sem tratar da questão da área
da esfera. Mas o mais curioso é que em nenhum dos treze livros dos Elementos,
Euclides fala no da circunferência. Coube a Arquimedes (287 – 212 a.C.) a tarefa
de ir mais longe do que Euclides demonstrando a existência dos ’s que esse não
abordou e estabelecendo resultados que permitem facilmente relacionar os quatro
tipos de : o das circunferências, o de áreas de círculos, o de áreas de esferas
e o de volumes de esferas.
“A área de cada esfera é igual a quatro vezes a área de seu círculo máximo”
(Arquimedes: Sobre a Esfera e o Cilindro, Livro I, proposição 33);
Arquimedes acabou realmente usando a razão 2/3 e, aliás, ficou tão orgulhoso
desse resultado que pediu que fosse gravado uma figura do mesmo em sua lápide);
ou seja, 3,140 < < 3,142, obtendo assim uma boa aproximação com 3 casas
decimais. O Método utilizado por Arquimedes foi o Método da Exaustão.
É bastante conhecido que Euclides foi matemático pouco original e que seu
livro Elementos corresponde mais a uma compilação de resultados já conhecidos e
a uma terceira geração de elementos, e de uma terceira geração de organizações
axiomáticas dos conhecimentos básicos da geometria elementar grega. Isso nos
leva a indagar quem teria sido os reais autores das proposições 2 e 18 do seu livro
XII. Partindo do fato que Euclides baseou a demonstração dessas duas proposições
no Método da Exaustão, podemos dizer que no mínimo as mesmas remontam a
Eudoxos 370 a.C., o qual é tido como primeiro grande matemático a desenvolver o
método da Exaustão. É importante, contudo que não esqueçamos que essas
demonstrações podem ser anteriores a Eudoxos, pois esse método foi criado duas
gerações antes por Antífone e Bryson (450 – 390 a.C.)
Perceba que esse método é o mesmo utilizado por Arquimedes para chegar a
uma melhor aproximação de .
No ano de 400 d.C, conforme consta em [6] o livro indiano “Paulisha Siddhânta”
usa o valor 3177/1250 para . Descobriu-se recente que, no ano 480 de nossa era,
um certo engenheiro hidráulico de no Tsu Chung-Chi (430 – 501 d.C), chegou a um
valor de extraordinariamente preciso, considerado a época em que foi calculado. O
para ele, em nossa notação decimal oscilava entre 3,1415926 e 3,1415927. Tudo
isso graças ao seu primeiro trabalho com um polígono de mais de 3.000 lados, de
onde conseguiu obter cinco décimos para , ou seja, através do aprimoramento do
Método de Arquimedes para obtenção do .
Mais tarde foi a vez dos árabes fazerem o “papel” de desenvolver e transmitir o
saber grego, através de Al Kashi. Esse matemático é o primeiro a dar a mais de
dez casas decimais exatas:
O inglês John Wallis (1616 – 1703) em 1656 provou que /2 é igual ao produto
infinito de números irracionais, ou seja, represou por uma série infinita. Ele
conseguiu mostrar que:
Uma outra fórmula que é por vezes atribuída a Leibniz, mas que parece ter sido
primeiro descoberta por James Gregory ( 1646 – 1716) em 1671 expressa como
uma série infinita:
concluiu que,
a qual converge mais rapidamente, pois para se obter quatro casas decimais
corretas necessitamos apenas de nove termos da serie.
Euler descobriu muitas séries infinitas e fórmulas com o arco tangente para
calcular , incluindo um método que utilizava o arco tangente e que convergia muito
mais rápido do que a série de Gregory. Em 1736 mostrou que o somatório da série:
Também mostrou que esta série pode ser expressa como um produto infinito
de todos os números primos, em especial mostrou que:
3. Curiosidades
O número , segundo [2] foi também fonte de inspiração para músicas. Através
do uso dos seus dígitos ou outros cálculos envolvendo o foram criadas algumas
melodias. Já existem inúmeras tentativas de codificações dos dígitos de , visando a
sua aplicação musical.
4. Conclusão
Durante muitos anos a precisão no cálculo das casas decimal do número não
se deu por exigências práticas. Logicamente que a busca pelo número correto
motivou muitos matemáticos a prosseguirem com seus estudos. Contudo, a vontade
de mostrar a arte do cálculo foi ponto decisivo para que esta busca incessante
acontecesse.
Mas, ao se buscar cada vez mais casas decimais para o número , algoritmos
computacionais foram desenvolvidos, bem como novos computadores. E essa busca
tende a trazer um avanço cada vez maior para a área computacional, pois com o
conhecimento de um número cada vez maior de dígitos de , novos computadores
devem surgir, trazendo um desenvolvimento tecnológico muito grande para a
humanidade.
Fontes