Você está na página 1de 12

Sumário

Resumo....................................................................................................................... 1
1. Introdução................................................................................................................1
2. O desenvolvimento da descoberta do ..................................................................2
3. Curiosidades..........................................................................................................10
4. Conclusão..............................................................................................................11
Fontes........................................................................................................................11
1

A HISTÓRIA DO NÚMERO 

Resumo

O número , por se tratar de um dos números irracionais mais celebres da


história da matemática, foi motivo de estudo, e continua sendo, para muitos
matemáticos. A descoberta das inúmeras casas decimais desse fabuloso número,
que entre outras coisas significa a razão entre o comprimento e o diâmetro de uma
circunferência, sempre foi um desafio para muitos estudiosos.

Neste artigo, será apresentado como se deu a descoberta e o desenvolvimento


do estudo do número , bem como as civilizações e os matemáticos que
contribuíram para o seu desenvolvimento.

Palavras-Chave: Descoberta, Desenvolvimento, Números irracionais, História


da Matemática.

1. Introdução

Podemos dizer que o número  é um dos mais famosos e celebres da história


universal, tanto que recebeu um nome próprio, grego, pois não pode ser escrito
como um número finito.

A descoberta desse número magnífico não foi um processo fácil e linear.


Muitos foram os matemáticos que dedicaram parte de suas vidas ao seu cálculo. O
cálculo do  foi sendo aprimorado através dos séculos por inúmeras razões, quer
práticas quer teóricas.

Primeiramente é muito importante focar que na história do , um dos passos


fundamentais consiste em ter consciência que esta letra grega  é a relação
constante entre o comprimento L de uma circunferência e seu diâmetro d, ou seja

L =  . d = 2 . r

onde r é o raio da circunferência

Podemos afirmar que esse número aparece na matemática elementar e em


todas as questões de medidas relativas a círculos, esferas, cones e cilindros, etc.
Sendo um número irracional,  é expresso por uma dizima infinita não periódica, que
com a ajuda de computadores, na atualidade é possível determina-lo com centenas
de milhões de casas decimais.

Esse tão celebre número, conforme [6] está ligado a dois problemas
fundamentais:
2

- Dado o raio r de uma circunferência, construir um segmento de comprimento


L (“problema de retificação de circunferência”).

- Dado o raio de um círculo, construir um quadrado de área equivalente à área


de um círculo (“problema da quadratura do círculo”).

A partir de agora passaremos a estudar como se deu o desenvolvimento da


descoberta do , desde o mais remoto estudo até a atualidade.

2. O desenvolvimento da descoberta do 

Muitas civilizações antigas já conheciam a relação constante entre o


comprimento de um circulo e seu diâmetro, sendo que egípcios e babilônicos
afirmavam que a mesma era maior que três.

O valor três foi usado durante muito tempo por motivos religiosos e culturais
entre as civilizações antigas, mesmo quando já se conheciam determinações
melhores. Contudo, isso não era um empecilho para que o estudo do  fosse
interrompido, muito pelo contrario.

O papiro de Moscou que data de 1.890 a.C, mostra-nos o conhecimento que os


egípcios tinham de geometria, bem como sua articulação com o pensamento
religioso da época. Na Bíblia é possível encontrar muitas passagens que relatam
problemas que relacionam o diâmetro e a circunferência de um circulo. Em I Reis
7.23, encontramos:

“Hirão fez também o mar de bronze que tinha 10 côvados de uma borda e outra
perfeitamente redondo e de altura de 5 côvados, sua circunferência media-se com
um fio de 30 côvados”. (Bíblia Ave Maria, pg. 374)

essa mesma passagem também aprece em II Crônicas 4.2.

Também no papiro de Rhind, escrito por Ahmes, datado de 1.650 a.C.,


segundo [3] encontramos outro problema relacionado com o :

“a área de um círculo é como a de um quadrado cujo lado é igual ao diâmetro


do circulo diminuído de 1/9”

ou seja, igual aos 8/9 do diâmetro.

Este mesmo papiro mostrava que para uma circunferência de diâmetro d a


área é dada por:

o que quer dizer


3

Não podemos afirmar com certeza como os egípcios chegaram a esta fórmula,
mas Otto Neugebaver em [ 3 ] deu a seguinte explicação à regra egípcia:

Se circunscrito em uma circunferência, tivermos um quadrado de lado d,


dividido em nove quadrados iguais por trissecção dos lados e se consideramos um
octógono obtido justamente por essa trissecção dos lados, obteremos a figura
abaixo um pouco diferente, mas muito parecida, da circunferência de área igual a:
9

Por outro lado, 7/9 = 63/92 , e o quadrado mais próximo de 63 é 64.

Em conseqüência, a área do octógono, e em conseguinte, a da circunferência,


é de aproximadamente

ou seja, o quadrado dos 8/9 do diâmetro.

Já os babilônicos aceitavam  = 3, conforme [ 4 ], pois se baseavam no fato de


que o lado do hexágono regular inscrito em um círculo é igual ao raio, assumindo
assim que a circunferência tem comprimento igual a seis vezes o raio. Contudo, hoje
sabemos que essa é uma aproximação com muito erro.
4

Nas placas de argila de Susa, único exemplo conhecido nessas épocas, é


possível perceber que os babilônicos consideravam a razão do círculo era dada por
3 ou

As civilizações antigas aceitavam a existência do  e compreendiam o seu


significado, contudo não conseguiam explicar o porquê. Os gregos foram os
primeiros a realizar essa tarefa, utilizando para tanto uma simples propriedade das
figuras semelhantes. Os gregos antigos, segundo [ 6 ], foram os primeiros a
compreender que o  não era como os números inteiros ou racionais que eles
conheciam, contudo não foram capazes de provar tal fato.

Mas, afinal, quem pela primeira vez provou rigorosamente a existência do ?

Bem, essa pergunta talvez nunca possa ser respondida, mas, conforme consta
em [7], a mais antiga referência que se tem de uma demonstração da existência do
 fala de Hipócrates de Chio (470 – 410 a.C.) Trata-se de uma nota de Simplicius,
filósofo grego que viveu quase mil anos depois de Hipócrates. Simplicius, no seu
Comentário sobre o Livro Physis, de Aristóteles, menciona que Eudemos na sua
História da Geometria (escrita 330 a.C., mas há séculos perdido) diz que Hipócrates
demonstrou que:

“a área de um círculo é proporcional ao quadrado de seu diâmetro”

Por outro lado, o mais antigo documento ainda existente e que trás
demonstração da existência do  é a livro Elementos de Euclides, escrito em 300
a.C. Na proposição 2 do Livro XII dos Elementos, Euclides enuncia e prova que
círculos estão um para o outro assim como os quadrados de seus diâmetros, que é
o resultado atribuído a Hipócrates. Ainda, na proposição 18 desse Livro XII, Euclides
enuncia e prova que esferas estão uma para a outra assim como a razão tríplice de
seus diâmetros.

Euclides encerrou o Livro XII de seus Elementos sem tratar da questão da área
da esfera. Mas o mais curioso é que em nenhum dos treze livros dos Elementos,
Euclides fala no  da circunferência. Coube a Arquimedes (287 – 212 a.C.) a tarefa
de ir mais longe do que Euclides demonstrando a existência dos ’s que esse não
abordou e estabelecendo resultados que permitem facilmente relacionar os quatro
tipos de : o  das circunferências, o  de áreas de círculos, o  de áreas de esferas
e o  de volumes de esferas.

Para levar a cabo esse Projeto , Arquimedes precisou completar o


conhecimento exposto nos Elementos de Euclides, descobrindo e demonstrando os
seguintes teoremas:

“Todo círculo é equivalente a um triângulo retângulo, com um cateto igual ao


raio do círculo e o outro igual à circunferência retificada”(Arquimedes: Sobre a
Medida do Círculo, proposição 1);
5

“A área de um círculo é o quadrado de seu diâmetro aproximadamente como


11 é a 14”;

“A área de cada esfera é igual a quatro vezes a área de seu círculo máximo”
(Arquimedes: Sobre a Esfera e o Cilindro, Livro I, proposição 33);

“A razão entre o volume da esfera e o do cilindro que a circunscreve é 2/3” (em


verdade, Arquimedes em Sobre a Esfera e o Cilindro, Livro I, proposição 5, trabalha
com um cilindro maior, de mesma altura e mesmo eixo que o cilindro
circunscrevendo a esfera, mas com o dobro do diâmetro; essa proposição 35
relaciona o volume da esfera, o volume do tal cilindro maior e o volume do cone
inscrito no cilindro menor:

VOL(esfera) + VOL (cone) = ½ VOL(cil maior).

No Livro XII, proposição 10, Euclides provou que

VOL(cone) = 1/3 VOL(cil maior),

de modo que a relação acima mostra que:

VOL(esfera) = ½ VOL(cil maior) – 1/3 VOL(cil maior)

VOL (esfera) =1/6 VOL(cil maior) = 2/3 VOL(cil circunscrito);

Arquimedes acabou realmente usando a razão 2/3 e, aliás, ficou tão orgulhoso
desse resultado que pediu que fosse gravado uma figura do mesmo em sua lápide);

“O comprimento da circunferência de todo circulo é menor que três vezes o


diâmetro mais 1/7 do mesmo diâmetro é maior que três vezes o diâmetro de mais
10/71 do diâmetro. Em símbolos:

Arquimedes conseguiu melhorar um pouco a aproximação dada ao número .


Descobriu que quando aproximava a circunferência por polígonos regulares de 12,
24, 48 e 96 lados o valor de  encontrava-se limitado pelos seguintes valores:

ou seja, 3,140 <  < 3,142, obtendo assim uma boa aproximação com 3 casas
decimais. O Método utilizado por Arquimedes foi o Método da Exaustão.

Bem, mas voltemos a um pouco antes do Projeto  de Arquimedes.


6

É bastante conhecido que Euclides foi matemático pouco original e que seu
livro Elementos corresponde mais a uma compilação de resultados já conhecidos e
a uma terceira geração de elementos, e de uma terceira geração de organizações
axiomáticas dos conhecimentos básicos da geometria elementar grega. Isso nos
leva a indagar quem teria sido os reais autores das proposições 2 e 18 do seu livro
XII. Partindo do fato que Euclides baseou a demonstração dessas duas proposições
no Método da Exaustão, podemos dizer que no mínimo as mesmas remontam a
Eudoxos 370 a.C., o qual é tido como primeiro grande matemático a desenvolver o
método da Exaustão. É importante, contudo que não esqueçamos que essas
demonstrações podem ser anteriores a Eudoxos, pois esse método foi criado duas
gerações antes por Antífone e Bryson (450 – 390 a.C.)

Antífone já afirmava que:

“se inscrevemos em um círculo um quadrado, e logo duplicando


sucessivamente o número de lados, constroem-se polígonos regulares inscritos de
8, 16, 32,... lados, etc. E chegamos a um polígono que pelo pequeno tamanho de
seus lados, coincide com o círculo.”

Perceba que esse método é o mesmo utilizado por Arquimedes para chegar a
uma melhor aproximação de .

Depois de Arquimedes a fração 22/7 é de uso continuado nas medidas


relativas ao círculo. Por muitos séculos o aperfeiçoamento de seu método gerou
melhores aproximações para .

É por nós conhecido o notório desenvolvimento da humanidade durante o


período helenístico, e no tocante ao número , principalmente através de
Arquimedes. Mas os avanços em relação à descoberta desse número magnífico não
pararam por aí. Por volta de 150 d.C Ptolomeu determinou um valor para  com três
casas decimais:

No ano de 400 d.C, conforme consta em [6] o livro indiano “Paulisha Siddhânta”
usa o valor 3177/1250 para . Descobriu-se recente que, no ano 480 de nossa era,
um certo engenheiro hidráulico de no Tsu Chung-Chi (430 – 501 d.C), chegou a um
valor de  extraordinariamente preciso, considerado a época em que foi calculado. O
 para ele, em nossa notação decimal oscilava entre 3,1415926 e 3,1415927. Tudo
isso graças ao seu primeiro trabalho com um polígono de mais de 3.000 lados, de
onde conseguiu obter cinco décimos para , ou seja, através do aprimoramento do
Método de Arquimedes para obtenção do .

Já em 499 d.C., em um tratado indiano sobre matemática e astronomia


intitulado “Âryabhata”, os dados para se calcular o  aparecem da seguinte forma:
7

“Adicione-se 4 a 100, multiplique-se o resultado por 8 e adicione-se 62.000. O


resultado é aproximadamente o comprimento da circunferência de diâmetro 20.000”.

Desses dados é possível obter um valor aproximado de 3,1416 para , o que é


uma boa aproximação.

Mais tarde foi a vez dos árabes fazerem o “papel” de desenvolver e transmitir o
saber grego, através de Al Kashi. Esse matemático é o primeiro a dar a  mais de
dez casas decimais exatas:

para conseguir tal proeza, utilizou o Método de Arquimedes com um polígono


de 28 lados.

Leonardo de Pisano, (1452 – 1519) amplifica o método de Arquimedes e dá


para , utilizando limites, os seguintes valores:

Passa a adotar  = 3,1418.

O holandês Metius, conseguiu atribuir a  o valor aproximado de 355/113 =


3,1415929, onde já se obtêm seis cifras exatas. Essa aproximação foi redescoberta
no século XVI pelo engenheiro alemão Adriaan Anthoniszoon. Outro alemão,
Adriaan Van Roomen, utilizando o Método de Arquimedes com um polígono de 2 30
lados conseguiu obter 15 casas decimais para .

O alemão Ludolph de Colônia, (1540 – 1610) calculou 20 cifras decimais


exatas chegando a trabalhar com polígonos de 60.2 69 lados, e mais tarde calculou 35
cifras exatas. Devido a este estupendo calculo os alemães chamavam o número 
de número de Ludolph, apesar de o mesmo não ter contribuído de nenhuma forma
para um novo método de calculo do . E ainda hoje na Alemanha o número  é
freqüentemente designado por número de Ludolph.

A época do Renascimento Europeu trouxe, na amplitude devida, um novo


mundo matemático. Entre os primeiros efeitos desse renascer está a necessidade
de encontrar uma fórmula matemática para o . Para tanto os matemáticos valeram-
se das ferramentas matemáticas que dispunham na época.

Com o desenvolvimento das notações e do cálculo algébrico, em [3], consta


que o francês François Viete (1540 – 1603), o fundador da Álgebra, traduziu em
1593 o Método de Arquimedes numa fórmula algébrica para :
8

Embora seja conhecido que  não é um número racional, há muitas fórmulas


que relacionam  com inteiros. A definição acima é a primeira definição analítica de
.

O inglês John Wallis (1616 – 1703) em 1656 provou que /2 é igual ao produto
infinito de números irracionais, ou seja, represou  por uma série infinita. Ele
conseguiu mostrar que:

Uma outra fórmula que é por vezes atribuída a Leibniz, mas que parece ter sido
primeiro descoberta por James Gregory ( 1646 – 1716) em 1671 expressa  como
uma série infinita:

Essa série que é conhecida como Gregory-Leibniz converge lentamente, de tal


forma, que se pretendermos obter quatro casas decimais corretas temos que ter
certa de 10.000 termos da série. Essa fórmula é mais apropriada para o cálculo
computacional do que para o cálculo humano. Contudo Gregory também
demonstrou um resultado mais geral:

e utilizando o seguinte fato

concluiu que,

a qual converge mais rapidamente, pois para se obter quatro casas decimais
corretas necessitamos apenas de nove termos da serie.

Newton, conforme indica em [6], por volta de 1666, através da série:


9

obtém o valor de  com 16 casas decimais.

Embora durante séculos matemáticos e demais pessoas tenham se


interessado pela razão do circulo, o uso da letra grega  como um símbolo que
designa essa razão é recente. Willian Jones é reconhecido como o primeiro a utilizar
esse símbolo, sendo que este aparece em um de seus livros publicado em 1706,
que inclui cem casas decimais do , calculados por John Machin. Aliás, em 1706,
Machin introduziu uma variação da série de Gregory com um aumento significativo
da convergência, obtendo as cem casas decimais publicados por Jones. A fórmula
de Machin ainda é usada hoje pelos programas de computadores, para calcular os
dígitos do . Essa fórmula é dada por:

A partir da publicação do famoso livro de Leonhad Euler “Introductio in Analysin


Infinitorum”, em 1748, a letra grega  tornou-se aceita para representar a razão do
círculo. Acredita-se que essa letra foi escolhida por ser a primeira letra para as
palavras gregas perímetro e periferia.

Euler descobriu muitas séries infinitas e fórmulas com o arco tangente para
calcular , incluindo um método que utilizava o arco tangente e que convergia muito
mais rápido do que a série de Gregory. Em 1736 mostrou que o somatório da série:

Também mostrou que esta série pode ser expressa como um produto infinito
de todos os números primos, em especial mostrou que:

Apesar de todo o avanço, os matemáticos ainda não tinham conseguido provar


que  é um número transcendente. Coube ao alemão F. Lindemann essa tarefa, que
em 1882 foi realizada. Ele conseguiu provar que tanto  como sua raiz são
transcendentes, pois não são raízes de nenhum polinômio com coeficientes
racionais.

Em 1874 Shanks, utilizando a fórmula de Machin conseguiu calcular 707 casas


decimais para este número, contudo apenas 527 dessas casas decimais estavam
corretas. Esse erro foi descoberto em 1945 por D. F. Ferguson que completou o
cálculo com mais de 530 casas decimais, usando a fórmula:
10

No ano de 1949, a história da Matemática e da investigação do  avançou em


grande escala em conseqüência da velocidade da calculadora e de outros avanços
tecnológicos. Nesse mesmo ano um computador ENIAC, fabricado nos EUA, foi
utilizado por George Reitwiesner, John Von Newmann e N.C. Metropolis para
calcular 2037 algarismos do .

Em Paris, os cientistas prosseguiram o cálculo de dígitos e alcançaram 10.000


dígitos, tudo isso em uma hora e quarenta minutos. Passados três anos, John
Wrench e Daniel Shanks utilizam um IBM 7090 e determinam 100.265 algarismos
para , com uma média de três dígitos por segundo.

Enquanto os computadores se tornavam mais rápidos, os matemáticos


calculavam  para testar a veracidade. Em 1973 Jean Guilloud e M. Bauyer
descobriram o milionésimo dígito de . Um algoritmo de autoria de Brent e Salamin,
em 1975, conforme [5] foi utilizado pelos japoneses Y. Kanada, S. Yoshiro, Y. Ushiro
e Y. Tomura, que em 1983, conseguiram 16 milhões de algarismos.

Mais tarde Gosper calculou 17 milhões de algarismos e Bailey, em Janeiro de


1986 atingiu a marca de 29 milhões utilizando um Cray-2. Anos mais tarde Bailey e
Gregory Chudnovsky calcularam mais de bilhões de casas decimais. Em outubro de
1996, o francês Bellarde de apenas 25 anos, calculou o valor de  em numeração
binária e atinge em 1997 1.000 bilhão de casas decimais. Atualmente já foram
calculadas 206.158.430.000 casas decimais.

3. Curiosidades

O cálculo do  com milhões de casas decimais é usado para testes em


computadores e programas (Hardware e Software). Uma diferença em um dos
algarismos, indica falha nas arquiteturas.

O número , segundo [2] foi também fonte de inspiração para músicas. Através
do uso dos seus dígitos ou outros cálculos envolvendo o  foram criadas algumas
melodias. Já existem inúmeras tentativas de codificações dos dígitos de , visando a
sua aplicação musical.

Se um bilhão de casas decimais de  fossem impressas seqüencialmente elas


iriam desde a cidade de São Paulo até Recife.

Apenas quarenta e sete casas decimais do  seriam suficientemente precisas


para inscrever um círculo em torno do universo visível. Resultado este cujo erro,
relativamente à circularidade perfeita, não é maior que um simples próton.

A soma dos primeiros 144 dígitos de  é 666.


11

 é o nome da organização de espionagem da Alemanha de Leste, no filme de


Alfred Hitchcock de 1966, A cortina Rasgada.

4. Conclusão

Durante muitos anos a precisão no cálculo das casas decimal do número  não
se deu por exigências práticas. Logicamente que a busca pelo número correto
motivou muitos matemáticos a prosseguirem com seus estudos. Contudo, a vontade
de mostrar a arte do cálculo foi ponto decisivo para que esta busca incessante
acontecesse.

Mas, ao se buscar cada vez mais casas decimais para o número , algoritmos
computacionais foram desenvolvidos, bem como novos computadores. E essa busca
tende a trazer um avanço cada vez maior para a área computacional, pois com o
conhecimento de um número cada vez maior de dígitos de , novos computadores
devem surgir, trazendo um desenvolvimento tecnológico muito grande para a
humanidade.

Fontes

http://alunos.cc.fc.ul.pt/~l19660/historiadopibotao.htm, pesquisado dia 13/08/2004,


às 13:53;
http://planeta.terra.com.br/educacao/Astronomia/pi.htm, pesquisado dia 17/08/2004,
às 16:28;
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2001/icm34/historia.htm, pesquisado dia 17/08/2004,
às 17:15;
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/curiosidpi.htm, pesquisado dia 13/08/2004,
às 14:20;
http://www.hmat.hpg.ig.com.br/, pesquisado dia 26/08/2004, às 09:37;
http://geocities.yahoo.com.br/christianjqp/, pesquisado dia 13/08/2004, às 10:25.
http://www.cesec.ufpr.br/~cds/historia.htm, pesquisado dia 17/08/2004, às 11:05.

Você também pode gostar