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PRINCÍPIO DE CAVALLIERI

Colégio Cebam, Isabella Silva Salles 2° ano, 2023.


Bonaventura Francesco Cavallieri.
INTRODUÇÃO

Neste trabalho iremos abordar o Princípio de Cavallieri, que foi


desenvolvido no intuito de ajudar pessoas a compreender medidas de um
volume. Na parte um será apresentado um pouco sobre Bonaventura
Francesco Cavallieri que em sua vida foi um filósofo matemático; em sua
segunda parte descobrimos sobre como o matemático desenvolveu suas
ideias.
BONAVENTURA FRANCESCO CAVALLIERI.

Ao início do século XVII, os métodos deixados pelos gregos para


cálculos de áreas e volumes, apesar de sua beleza e rigor, mostravam-se
cada vez menos adequados a um mundo em franco progresso científico, pois
faltavam a eles operacionalidade e algoritmos para implementá-los. E como
não havia ainda condições matemáticas de obter esses requisitos, os
métodos então surgidos eram sempre passíveis de críticas — como o mais
famoso deles, a geometria dos indivisíveis, de Bonaventura Cavalieri
(1598-1647).
O milanês Cavalieri foi um dos matemáticos mais influentes de sua
época. De família nobre, Cavalieri seguiu paralelamente a carreira religiosa e
a atividade científica. Discípulo de Galileu Galilei (1564-1642), por indicação
deste ocupou desde 1629 a cátedra de Matemática da Universidade de
Bolonha, ao mesmo tempo que era o superior do monastério de São
Jerônimo. Cavalieri foi também astrônomo, mas, se ainda é lembrado, isso se
deve em grande parte ao método dos indivisíveis que desenvolveu a partir de
1626. Cavalieri não definia, em suas obras sobre o assunto, o que vinham a
ser os indivisíveis. Segundo ele, porém, uma figura plana seria formada por
uma infinidade de cordas paralelas entre si e uma figura sólida por uma
infinidade de seções planas paralelas entre si — a essas cordas e a essas
seções chamava de indivisíveis. Num de seus livros “explicava” que um sólido
é formado de indivisíveis, assim como um livro é composto de páginas. Do
ponto de vista lógico, essas ideias envolviam uma dificuldade insuperável.
Como uma figura de extensão finita poderia ser formada de uma infinidade de
indivisíveis, tanto mais que estes não possuem espessura? O princípio de
Cavalieri, ainda bastante usado no ensino de geometria métrica no espaço,
facilita bastante a aceitação da ideia de indivisível:

“Sejam dois sólidos A e B. Se todos os pla-


nos numa certa direção, ao interceptarem A e B,
determinam seções (indivisíveis) de áreas iguais,
então A e B têm mesmo volume”

De alcance maior foram certos teoremas estabelecidos por Cavalieri


relacionando os indivisíveis de um paralelogramo com aqueles dos triângulos
determinados por uma de suas diagonais. Se a indica genericamente os
primeiros e x os segundos (Figura 2), Cavalieri “provou” que
a 5 2x; a
2 5 3x
2

onde os somatórios não têm o sentido atual (são infinitos e correspondem à


ideia de “integrar” os indivisíveis para formar as figuras). Se o paralelogramo
é um retângulo de altura b, sua área a é igual ao produto de um divisível pelo
“número” b de indivisíveis, isto é, a = ab. Usando então a primeira das
relações de (*), obtém-se a
área do triângulo: x 5 1 2 a 5 1 2 ab.
A segunda das relações de (*) permite calcular a área compreendida
entre a curva y 5 x 2 e o eixo x, de O até a (Figura 3). Segundo as ideias de
Cavalieri, essa área vale x 2, pois cada um de seus indivisíveis (ordenadas)
vale x2. Mas, pela relação citada: x 2 5 1 3 a 2,onde a 2 é a área do
retângulo OABC.
Mas essa área é dada também por a 2 5 a 3 (base vezes altura). Logo,
a área sombreada é a, 3 3 resultado correto. Foram tantas as críticas que
Cavalieri recebeu pelo seu método, embora este funcionasse (como no
exemplo anterior), que certa vez disse: “O rigor é algo que diz respeito à
filosofia, e não à matemática”.

VOLUME E SÓLIDOS.

Volume de um sólido ou medida do sólido é um número real positivo


associado ao sólido de forma que:
1º) sólidos congruentes têm volumes iguais;
2º) se um sólido S é a reunião de dois sólidos S1 e S2 que não têm
pontos interiores comuns, então o volume de S é a soma dos volumes de S1
com S2.
Os sólidos são medidos por uma unidade que, em geral, é um cubo.
Assim, o volume desse cubo é 1. Se sua aresta medir 1 cm (um centímetro),
seu volume será 1 cm3 (um centímetro cúbico). Se sua aresta medir 1 m, seu
volume será 1 cm3.
Dois sólidos são equivalentes se, e somente se, eles têm volumes iguais na
mesma unidade de volume

Cilindro.

Com base no princípio de Cavalieri, foi possível comparar o volume de


prismas e cilindros. Sabemos que o volume de ambos é calculado pela
seguinte fórmula:

A = Ab × h

Ab → área da base

h → altura

Quando a área da base e a altura de um prisma e a área da base e a


altura do cilindro forem as mesmas, eles apresentarão também o mesmo
volume, ainda que sejam sólidos geométricos com formatos diferentes.

Como a base de um cilindro é igual a um círculo, a partir do princípio


de Cavalieri, é possível deduzir a fórmula do volume do cilindro, pois a área
do círculo é Ab = πr². Sendo assim, para calcular o volume do prisma,
utilizamos a fórmula:

V = πr² × h

Conhecendo o volume da anticlépsidra, vamos compará-lo com o da


esfera. Ao utilizarmos o princípio de Cavalieri, é possível perceber que a
anticlépsidra possui a mesma altura da esfera, ou seja, h = 2r. Além disso, ao
realizarmos secções nesses sólidos geométricos, é possível demonstrar que
a área da circunferência formada na secção da esfera sempre será
congruente à área da coroa formada na secção da anticlépsidra.

Para demonstrar que as áreas são iguais na esfera, sabemos que a


área do círculo é:

Acírculo = πs²

Porém, no triângulo retângulo, temos que:

r² = h² + s²

s² = r² – h²

Logo, a área do círculo é igual a:

Acírculo = π( r² – h²)

Por outro lado, a área da coroa é a área da circunferência maior menos a


área da circunferência menor, ou seja:

Acoroa = πr² - πh²

Acoroa = π (r² – h² )

Note que a área da coroa e do círculo são iguais, então, pelo princípio
de Cavalieri, fica demonstrado que o volume da esfera é igual ao volume da
anticlépsidra.
CONCLUSÃO

Foi lido nesse trabalho sobre o princípio de Cavallieri, também foi


passado algumas informações sobre sua vida na primeira parte e em sua
segunda parte descobrimos como funciona suas fórmulas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BrasilEscola
Fundamentos da matemática volume 10

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