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Prof. Esp. Lucio Ramos Neves Apostila de Cálculo Diferencial e Integral I


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Uma breve história do estudo da Integral
O cálculo integral se originou com problemas de quadratura e cubatura. Resolver um
problema de quadratura significa encontrar o valor exato da área de uma região bidimensional cuja
fronteira consiste de uma ou mais curvas, ou de uma superfície tridimensional, cuja fronteira
também consiste de pelo menos uma curva. Para um problema de cubatura, queremos determinar o
volume exato de um sólido tridimensional limitado, pelo menos em parte, por superfícies curvas.
Hoje, o uso do termo quadratura não mudou muito: matemáticos, cientistas e engenheiros
comumente dizem que "reduziram um problema a uma quadratura", o que significa que tinham um
problema complicado, o simplificaram de várias maneiras e agora o problema pode ser resolvido
avaliando uma integral.
Historicamente, Hipócrates de Chios (cerca de 440 A.C.) executou as primeiras quadraturas
quando encontrou a área de certas lunas, regiões que se parecem com a lua próxima do seu quarto
crescente. Antiphon (cerca de 430 A.C.) alegou que poderia "quadrar o círculo" (isto é, encontrar a
área de um círculo) com uma seqüência infinita de polígonos regulares inscritos: primeiro um
quadrado; segundo um octógono, a seguir um hexadecaedro, etc., etc. Seu problema era o "etc.,
etc.". Como a quadratura do círculo de Antiphon requeria um número infinito de polígonos, nunca
poderia ser terminada. Ele teria que ter usado o conceito moderno de limite para finalizar seu
processo com rigor matemático. Mas Antiphon tinha o início de uma grande idéia agora chamado
de método de exaustão. Mais de 2000 anos depois, creditamos a Eudoxo (cerca de 370 A.C.) o
desenvolvimento do método de exaustão: uma técnica de aproximação da área de uma região com
um número crescente de polígonos, com aproximações melhorando a cada etapa e a área exata
sendo obtida depois de um número infinito destas etapas; esta técnica foi modificada para atacar
cubaturas também.
Arquimedes (287--212 a.C.), o maior matemático da Antigüidade, usou o método de
exaustão para encontrar a quadratura da parábola. Arquimedes aproximou a área com um número
grande de triângulos construídos engenhosamente e então usou o argumento da redução ao absurdo
dupla para provar o resultado rigorosamente e evitar qualquer metafísica do infinito. Para o círculo,
Arquimedes primeiro mostrou que a área depende da circunferência; isto é muito fácil de se
verificar hoje em dia, uma vez que ambas as fórmulas dependem de . Então Arquimedes
aproximou a área do círculo de raio unitário usando polígonos regulares de 96 lados inscritos e
circunscritos. Seu famoso resultado foi 3 10/71 < < 3 1/7; mas como estas eram apenas
aproximações, no sentido estrito, não eram quadraturas. Esta técnica refinou o método de exaustão,
assim quando existe um número infinito de aproximações poligonais, chamamos de método da
compressão. O processo de Arquimedes para encontrar a área de um segmento de uma espiral era
comprimir esta região entre setores de círculos inscritos e circunscritos: seu método de determinar o

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volume de um conóide (um sólido formado pela rotação de uma parábola ao redor de seu eixo) era
comprimir este sólido entre cilindros inscritos e circunscritos. Em cada caso, a etapa final que
estabelecia rigorosamente o resultado era o argumento da redução ao absurdo duplo.
No seu possivelmente mais famoso trabalho de todos, um tratado combinado de matemática
e física, Arquimedes empregou indivisíveis para estimar o centro de gravidade de certas regiões
bidimensionais e de certos sólidos tridimensionais. (Arquimedes reconheceu que, por um lado, seu
trabalho sugeria a verdade de seus resultados, e por outro faltava um rigor lógico completo). Se
considerarmos uma destas regiões sendo composta de um número infinito de retas, de
comprimentos variados, então estas retas são chamadas de indivisíveis. Similarmente, quando a
composição de um sólido tridimensional é pensada como um número infinito de discos circulares,
de raios variados, mas com espessura zero, então estes discos são conhecidos como indivisíveis.
Matemáticos muçulmanos dos séculos 9 a 13 foram grandes estudiosos de Arquimedes, mas
nunca souberam da determinação de Arquimedes do volume de um conóide. Assim, um dos mais
notáveis de todos matemáticos árabes, Thabit ibn Qurrah (826--901) desenvolveu sua própria
cubatura, um tanto complicado, deste sólido; e então o cientista persa Abu Sahl al-Kuhi (século 10)
simplificou consideravelmente o processo de Thabit. Ibn al-Haytham (965--1039), conhecido no
ocidente como Alhazen e famoso por seu trabalho em ótica, usou o método de compressão para
encontrar o volume do sólido formado pela rotação da parábola ao redor de uma reta perpendicular
ao eixo da curva. Durante o período medieval no ocidente, progresso foi obtido aplicando as idéias
de cálculo a problemas de movimento. William Heytesbury (1335), um membro do notável grupo
de estudiosos do Merton College, em Oxford, foi o primeiro a vislumbrar métodos para a
determinação da velocidade e a distância percorrida por um corpo supostamente sob "aceleração
uniforme". Hoje, podemos obter estes resultados encontrando duas integrais indefinidas ou
antiderivadas, sucessivamente. Notícias deste trabalho de Heytesbury e seus colegas de Merton
alcançaram Paris posteriormente no século 14 onde Nicole Oresme (1320--1382) representou ambas
a velocidade e o tempo como segmentos de reta de comprimentos variáveis. Oresme colocou as
retas de velocidade de um corpo juntas verticalmente, como os indivisíveis de Arquimedes, sobre
uma reta base horizontal, e a configuração total, como ele a chamou, representava a distância total
coberta pelo corpo. Em particular, a área desta configuração era chamada de "quantidade total de
movimento" do corpo. Aqui temos precursores dos gráficos modernos e o nascimento da
cinemática.
À medida que os europeus começaram a explorar o globo, tornou-se necessário ter um mapa
do mundo no qual certas retas representassem rumos sobre a superfície da Terra. Houve diversas
soluções para este problema, mas a solução mais famosa foi a projeção de Mercator, embora Gerard
Mercator (1512--1594) não tenha explicado seus princípios geométricos. Aquela tarefa foi assumida

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por Edward Wright (1561--1615) que, além disso, providenciou uma tabela que mostrava que as
distâncias ao longo das retas de rumo seriam bem aproximadas somando os produtos ( sec f D f ),
onde f é a latitude; isto é, aproximando a integral de sec f. Em seu New Stereometry of Wine
Barrels (Nova Estereometria de Barris de Vinho) (1615), o famoso astrônomo Johannes Kepler
(1571--1630) aproximou os volumes de vários sólidos tridimensionais, cada qual era formado
girando uma região bidimensional ao redor de um eixo. Para cada um destes volumes de revolução,
subdividiu o sólido em várias fatias muito finas ou discos chamados de infinitésimos (note a
diferença entre infinitésimos e os indivisíveis de Arquimedes). Então, em cada caso, a soma destes
infinitésimos aproximavam o volume desejado. A segunda lei de Kepler do movimento planetário
requeria quadraturas de segmentos de uma elipse, e para aproximar estas áreas, somou triângulos
infinitesimais.
Bonaventura Cavalieri (1598--1647), um estudante de Galileu, desenvolveu uma teoria de
indivisíveis. Para uma região bidimensional, Cavalieri considerou a coleção de "todas as retas"
como sendo um único número, a área da região. Christiaan Huygens (1629--1695) criticou, "Sobre
os métodos de Cavalieri: alguém se engana se aceitar seu uso como uma demonstração, mas são
úteis como um meio de descoberta anterior à demonstração isto é o que vem primeiro". Evangelista
Torricelli (1608--1648), outro discípulo de Galileu e amigo de Cavalieri tentou resolver algumas
das dificuldades com indivisíveis ao afirmar que as retas poderiam ter algum tipo de espessura. Foi
cuidadoso para usar argumentos de redução ao absurdo para provar quadraturas que obteve por
indivisíveis. O "Chifre de Gabriel" é uma cubatura "incrível" descoberta por Torricelli.
Pierre Fermat (1601--1665) desenvolveu uma técnica para encontrar as áreas sob cada uma
das "parábolas de ordem superior" (y = k n, onde k > 0 é constante e n = 2, 3, 4, …) usando
retângulos estreitos inscritos e circunscritos para levar ao método de compressão. Então empregou
uma série geométrica para fazer o mesmo para cada uma das curvas y = k n, para n = -2, -3, -4, ….
Mas, para sua decepção, nunca foi capaz de estender estes processos para "hipérboles de ordem
superior", ym = k n. Por volta da década de 1640, a fórmula geral para a integral de parábolas de
ordem superior era conhecida de Fermat, Blaise Pascal (1623-1662), Gilles Personne de Roberval
(1602--1675), René Descartes (1596--1650), Torricelli, Marin Mersenne (1588--1648) e
provavelmente outros.
John Wallis (1616--1703) estava fortemente comprometido com a relativamente nova
notação algébrica cujo desenvolvimento era uma característica dos matemáticos do século 17. Por
exemplo, ele tratou a parábola, a elipse e a hipérbole como curvas planas definidas por equações em
duas variáveis em vez de seções de um cone. Também inventou o símbolo para infinito e, ao
usar isto, obscureceu lugares onde agora sabemos que deveria ter usado o limite. Estendeu a
fórmula de quadratura para y = k n para casos quando n era um número racional positivo usando

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indivisíveis, razões inteligentes e apelos ao raciocínio por analogia. A dependência de Wallis em
fórmulas o levou a várias quadraturas interessantes. Roberval explorou o Princípio de Cavalieri para
encontrar a área sob um arco da ciclóide. Roberval e Pascal foram os primeiros a plotar as funções
seno e co-seno e a encontrar as quadraturas destas curvas (para o primeiro quadrante). Pascal
aproximou integrais duplas e triplas usando somas triangulares e piramidais. Estas não eram
cubaturas, mas eram etapas em seu esforço para calcular os momentos de certos sólidos, para cada
um dos quais ele então determinou o centro de gravidade.
Finalmente, Gregory St. Vincent (1584--1667) determinou a área sob a hipérbole x y = 1,
usando retângulos estreitos inscritos e circunscritos de larguras diferentes especialmente desenhados
e o método de compressão. St. Vincent estendeu esta e outras quadraturas para encontrar várias
cubaturas. Logo depois disto, seu aluno, Alfonso Antonio de Sarasa (1618--1667) reconheceu que a
quadratura da hipérbole está intimamente ligada à propriedade do produto do logaritmo! Seguindo
uma sugestão de Wallis, em 1657, William Neile (1637--1670) determinou o comprimento de uma
seção arbitrária da parábola semicúbica, y2 = x3, e em 1658, Christopher Wren (1632--1723), o
famoso arquiteto, encontrou o comprimento de um arco da ciclóide. Em 1659, Hendrick van
Heuraet (1634-cerca de 1660) generalizou seu trabalho somando tangentes infinitesimais a uma
curva, portanto desenvolveu a essência do nosso método moderno de retificação - usando uma
integral para encontrar o comprimento de um arco.
Na forma geométrica, muito do cálculo nos primeiros dois terços do século 17 culminaram
no The Geometrical Lectures (1670) de Isaac Barrow (1630--1677). Barrow deixou sua cadeira de
Professor Lucasiano em Cambridge em favor de se ex-aluno Isaac Newton (1642--1727). Newton
seguiu James Gregory (1638--1675) ao pensar na área da região entre uma curva e o eixo horizontal
como uma variável; o extremo esquerdo era fixo, mas o extremo direito podia variar. Este truque
lhe permitiu estender algumas fórmulas de quadratura de Wallis e o levou ao Teorema Fundamental
do Cálculo. O último trabalho de Newton sobre cálculo, e também o primeiro a ser publicado, foi
seu ensaio, "On the Quadrature of Curves" (Sobre Quadratura de Curvas), escrito entre 1691 e 1693
e publicado como um apêndice na edição de 1704 do seu Opticks. Neste, ele montou uma tabela
extensa de integrais de funções algébricas um tanto complicadas, e para curvas as quais não podia
desenvolver fórmulas de integração, inventou técnicas geométricas de quadratura. Usando o
Teorema Fundamental do Cálculo, Newton desenvolveu as técnicas básicas para avaliar integrais
usadas hoje em dia, incluindo os métodos de substituição e integração por partes. Para Gottfried
Wilhelm Leibniz (1646--1716), uma curva era um polígono com um número infinito de lados.
Leibniz (1686) fez y representar uma ordenada da curva e dx a distância infinitesimal de uma
abscissa para a próxima, isto é, a diferença entre abscissas "sucessivas". Então disse, "represento a
área de uma figura pela soma de todos os retângulos [infinitesimais] limitados pelas ordenadas e

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diferenças das abscissas e assim represento em meu cálculo a área da figura por o y dx". Leibniz
tomou o "S" alongado para a integral do latim summa e do latim differentia, e estas têm
permanecido nossas notações de cálculo mais básicas desde então. Ele considerava as contas de
cálculo como o meio de abreviar de algum modo o clássico método grego de exaustão. Leibniz era
ambivalente sobre infinitesimais, mas acreditava que contas formais de cálculo poderiam ser
confiáveis porque levavam a resultados corretos. O termo integral, como usamos em cálculo, foi
cunhado por Johann Bernoulli (1667--1748) e publicado primeiramente por seu irmão mais velho
Jakob Bernoulli (1654--1705). Principalmente como uma conseqüência do poder do Teorema
Fundamental do Cálculo de Newton e Leibniz, integrais eram consideradas simplesmente como
derivadas "inversas". A área era uma noção intuitiva, quadraturas que não podiam ser encontradas
usando o Teorema Fundamental do Cálculo eram aproximadas. Embora Newton tenha desferido um
golpe muito imperfeito sobre a idéia de limite, ninguém nos séculos 18 e 19 teve a visão de
combinar limites e áreas para definir a integral matematicamente. Em vez disso, com grande
engenhosidade, muitas fórmulas de integração inteligentes foram desenvolvidas.
Aproximadamente ao mesmo tempo em que a tabela de integrais de Newton tinha sido
publicada, Johann Bernoulli desenvolveu procedimentos matemáticos para a integração de todas as
funções racionais, o qual chamamos agora de método das frações parciais. Estas regras foram
resumidas elegantemente por Leonhard Euler (1707--1783) em seu trabalho enciclopédico de três
volumes sobre cálculo (1768-1770). Incidentalmente, estes esforços estimularam o aumento do
interesse durante o século 18 na fatoração e resolução de equações polinomiais de graus elevados.
Enquanto descrevia as trajetórias dos cometas no Principia Mathematica (1687), Newton
propôs um problema com implicações importantes para o cálculo: "Para encontrar uma curva do
tipo parabólico [isto é, um polinômio] a qual deve passar por qualquer número de pontos dados",
Newton redescobriu a fórmula de interpolação de James Gregory (1638--1675), hoje, é chamada de
fórmula de Gregory-Newton, e em 1711, ele ressaltou sua importância: "Assim as áreas de todas as
curvas podem ser aproximadas a área da parábola [polinômio] será quase igual à área da figura
curvilínea ... a parábola [polinômio] pode sempre ser quadrada geometricamente por métodos
conhecidos em geral [isto é, usando o Teorema Fundamental do Cálculo]". O trabalho de
interpolação de Newton foi estendido em épocas distintas por Roger Cotes (1682--1716), James
Stirling (1692--1770), Colin Maclaurin (1698--1746), Leonhard Euler e outros. Em 1743, o
matemático autodidata Thomas Simpson (1710-1761) encontrou o que se tornou um caso especial,
popular e útil das formulas de Newton - Cotes para aproximar uma integral, a Regra de Simpson.
Embora Euler tenha feito cálculos mais analíticos que geométricos, com ênfase em funções (1748;
1755; 1768), houve vários mal-entendidos sobre o conceito de função, propriamente dito, no século
18. Certos problemas de física, como o problema da corda vibrante, contribuíram para esta

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confusão. Euler identificou tanto funções com expressão analítica, que pensou em uma função
contínua como sendo definida apenas por uma única fórmula em todo seu domínio. A idéia
moderna de uma função contínua, independente de qualquer fórmula, foi iniciada em 1791 por
Louis-François Arbogast (1759--1803): "A lei de continuidade consiste em que uma quantidade não
pode passar de um estado [valor] para outro [valor] sem passar por todos os estados intermediários
[valores] ...". Esta idéia tornou-se rigorosa em um panfleto de 1817 por Bernhard Bolzano (1781--
1848) e é conhecida agora como o Teorema do Valor Intermediário. Funções descontínuas (no
sentido moderno) foram forçadas na comunidade matemática e científica por Joseph Fourier (1768--
1830) no seu famoso Analytical Theory of Heat (Teoria Analítica do Calor, 1822). Quando
Augustin Louis Cauchy (1789--1857) assumiu a reforma total do cálculo para seus alunos de
engenharia na École polytechnique na década de 1820, a integral era uma de suas pedras
fundamentais:
No cálculo integral, me pareceu necessário demonstrar com generalidade a existência das
integrais ou funções primitivas antes de tornar conhecidas suas diversas propriedades. Para alcançar
este objetivo, foi necessário estabelecer no começo a noção de integrais tomadas entre limites dados
ou integrais definidas. Cauchy definiu a integral de qualquer função contínua no intervalo [a, b]
sendo o limite da soma das áreas de retângulos finos. Sua primeira obrigação era provar que este
limite existia para todas as funções contínuas sobre o intervalo dado. Infelizmente, embora Cauchy
tenha usado o Teorema do Valor Intermediário, não conseguiu seu objetivo porque não observou
dois fatos teóricos sutis, mas cruciais. Ele não tinha noção das falhas lógicas no seu argumento e
prosseguiu para justificar o Teorema do Valor Médio para Integrais e para provar o Teorema
Fundamental do Cálculo para funções contínuas.
Niels Henrik Abel (1802--1829) também apontou certos erros delicados ao usar a integral de
Cauchy para integrar todo termo de uma série infinita de funções. A primeira prova rigorosa da
convergência da Série de Fourier geral foi feita por Peter Gustav Lejeune Dirichlet (1805--1859) em
1829. Dirichlet também é responsável pela definição moderna de função (1837). Em 1855, Dirichlet
sucedeu Carl Friedrich Gauss (1777-1855) como professor na Universidade de Göttingen. Por sua
vez, Georg F. B. Riemann (1826--1866) sucedeu Dirichlet (1859) em Göttingen. No processo de
extensão do trabalho de Dirichlet sobre séries de Fourier, Riemann generalizou a definição de
Cauchy da integral para funções arbitrárias no intervalo [a, b], e o limite das somas de Riemann é a
formulação no texto. Imediatamente, Riemann perguntou, "em que casos uma função é integrável?"
A maior parte do desenvolvimento da teoria de integração foi subseqüentemente verificada
por Riemann e outros, mas ainda havia dificuldades com integrais de séries infinitas que não foram
trabalhadas até o início do século 20.

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AULA 13
INTEGRAÇÃO
Sabemos que, dada uma função f(x) = 3x2, ao derivarmos f(x) obtemos f’(x) = 6x. Digamos

que temos f’(x) = 6x, podemos afirmar que f(x) = 3x2 pois (3x2) = 6x, a este processo damos o

nome de Antiderivação, ou seja, o processo que determina a função original ( Primitiva ) a partir
de sua derivada.“ Vamos utilizar a notação F(x) como antiderivada de f(x)”.

OBS: Seja F(x) uma antiderivada de f(x), então F(x) + C também o é, onde C é uma Constante de
Integração, por exemplo:
F(x) = x4, G(x) = x4 + 3, H(x) = x4 – 5 são antiderivadas de 4x3 pois a derivada de cada uma
delas é 4x3. Logo, todas as antiderivadas de 4x3 são da forma x4 + C. Daí o processo de
antiderivação nos dar uma família de funções que se diferenciam pela constante.
NOTAÇÕES:
O processo de antiderivação é a operação inversa da derivação e é também chamada de

integração e indicamos pelo símbolo (Integral Indefinida), como tal indica uma família

de antiderivadas de f(x), temos:

Exemplos:

Lembrando que F(x) é uma função tal que F’(x) = f(x) e C uma constante arbitrária,

símbolo de integral, dx diferencial, f(x) integrando. De acordo com o esquema abaixo temos as
operações.

Cálculo de Antiderivadas (Integrais)

a) A diferenciação é o inverso da integração.

b) A integração é o inverso da diferenciação.

Função Derivada Integral


dy
y  f ( x)
dx
 f '( x)  dy   f '( x)dx

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Fórmulas Fundamentais de Integração
Você pode aprender bastante sobre a natureza da integração comparando essa lista com as
tabelas de derivadas já estudadas e utilizadas. No caso da diferenciação, temos fórmulas que nos
permitem derivar qualquer função elementar. Isso certamente não é verdade no caso da integração.
As fórmulas de integração listadas na tabela abaixo são, basicamente, as que encontramos ao
desenvolver fórmulas de diferenciação. Não temos fórmulas para a antiderivada de um produto ou
quociente em geral, nem para logaritmo neperiano ou funções trigonométricas inversas. Além disso,
não podemos aplicar nenhuma das fórmulas nessa lista a menos que possamos criar o du
apropriado, correspondente ao u da fórmula. De fato, precisamos nos aprofundar mais sobre
técnicas de integração, o que faremos na aula posterior.

01) com k: cte. (Regra da Constante)

02) (Regra do Múltiplo constante)

03) (Regra da Soma)

04) (Regra da Diferença)

05) com n -1 (Regra Simples da Potência)

06) com a > 0

07) .

08) .

09)

10) com u > 0.

11) .

12) .

13) .

14)

15)

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16) .

17)

18)

19)

20)

21)

22)

23) .

24)

25)

26)

27)

28)

29) . Se u2 < a2.

30) .

31) . Se u2 > a2.

32) . Se u2 > a2.

33) . Se u2 < a2.

34) .

35) .

36)

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Questões Resolvidas
01) Usando as fórmulas fundamentais de integração resolva as integrais abaixo.

1) .

2) .

3) .

4) .

5)

6)

7)

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8)
.

9)

- 3x - 4

+4

10)

11)
.

12) .

13) .

14)

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15)

16) .

17)

18) .

19)

20)

OBS: Para verificarmos se o resultado está correto, basta derivar e “tentar” obter o “Integrando”.

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Questões Propostas
01) Usando as fórmulas fundamentais de integração resolva as integrais abaixo.

1) = R:

2) = R:

3) = R:

4) = R:

5) = R:

6) = R:
7) = R:

8) = R:

9) = R:

10) = R:

11) = R:

12) = R:

13) = R:

19) = R:

14) = R:

15) = R:

17) = R:

16) = R:

18) = R:

20) = R:

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AULA 14
Métodos ou Técnicas de Integração
Vamos estudar nessa aula várias técnicas de integração que aumentam muito o conjunto de
integrais às quais as fórmulas básicas podem ser aplicadas, um passo importante no processo de
integração consiste em identificar a fórmula básica de integração a ser utilizada. Para isso, você
deve memorizar as fórmulas básicas já estudadas, e se exercitar em vários exercícios.
Uma das dificuldades da integração é o fato de que pequenas diferenças no integrando
podem conduzir a técnicas de soluções muito distintas, vamos começar a estudar alguns métodos.
1 - Método da Substituição ou Mudança de Variável para Integração:
Algumas vezes, é possível determinar a integral de uma dada função, aplicando uma das
formulas básicas que constam na tabela anterior, depois de ser feita uma mudança de variável. Esse
processo é análogo à regra da cadeia para derivação e pode ser justificado como segue.
Sejam f(x) e F(x) duas funções tais que F (x) = f(x). Suponha que g seja outra função
derivável tal que a imagem de g esteja contida no domínio de F. Podemos considerar a função
composta .
Do estudo da derivada a regra da cadeia é dada:
é uma primitiva de . Temos,
então:

Fazendo u = g(x), du = g’(x) dx, e substituindo na integral anterior passamos a ter:

Na prática, devemos então definir uma função u = g(x) conveniente, de tal forma que a integral
obtida seja mais simples.

Diretrizes para a substituição da variável na Integral


1) Decidir por uma substituição favorável.
2) Calcular ;
3) Com auxilio dos passos 1 e 2, transformar a integral em uma forma que envolva apenas a
variável u. Se qualquer parte do integrando resultante ainda contiver a variável x, usar uma
substituição diferente em 1, ou outro método, caso a variável x persista em aparecer;
4) Calcular a integral obtida em 3, obtendo uma antiderivada envolvendo u;
5) Substituir u por g(x) na antiderivada obtida na diretriz 4. O resultado deve conter apenas a
variável x.

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Questões Resolvidas
01) Resolva as seguintes integrais usando a técnica de substituição.

1)

2)

3)

4)

5)

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6) .

7)

8) .

9). .

10)

11)

12)

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Questões Propostas
01) Resolva as seguintes integrais usando a técnica de substituição.

1) R:

2) R:

3) R:

4) R:

5) R:

6) R:

7) R:

8) R:

9) R:

10) R:

11) R:

12) R:

13) R:

14) R:

15) R:

16) R:

17) R:

18) R:

19) R:

20) R:

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2 - Método da Integração por Partes:
Este método de integração se aplica a uma grande variedade de funções e é particularmente
útil para integrandos envolvendo produtos de funções algébricas e transcendentais. Por exemplo,

integração por partes funciona bem para integrais como e .

Tomando como ponto de partida a Derivação pela Regra do Produto, onde temos as
funções f(x) e g(x).

(Regra do Produto)

(Reescrevendo a expressão)

(Integrando ambos os lados)

(Resultado da Integração por partes e passando


para forma diferencial temos)

onde

Daí temos

Integração por Partes com u e v funções diferenciáveis de x.

Ao aplicarmos esta técnica devemos separar o integrando em duas partes, u e dv, levando em
conta duas diretrizes:
1 ) A parte escolhida como dv deve ser facilmente integrável e u deve ser facilmente derivável.
2) deve ser mais simples do que .

Questões Resolvidas
01) Resolva as seguintes integrais usando a técnica de integração por partes.

1) .
Solução: Faremos nessa solução uma amostra como podemos conduzir a mesma integral de três
maneiras distintas, todavia uma só e mais viável como segue.

a) u = senx; dv = xdx
Temos basicamente três “ saídas”: b) u = x.senx; dv = dx

c) u = x; dv = senx dx

Na saída a obtemos du = cos x dx e v = = = , logo temos:

, a nova integral que é mais complicada do que a


original.
du = sen x + x cos x dx.
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Em b temos :logo, .
v= = Tentemos pois a “ saída” c, sendo o melhor caminho para solução.
Em c :

du = dx
v = sen x dx Integrando ambos lados temos =

Lembrando.

2) .

u = x2 du = 2x dx
Solução:
dv= ex Integrando ambos lados temos v = ex

3) .

u=x du = dx
Solução:
dv= ex Integrando ambos lados temos v = ex

4) .

u = e2x du = 2e2x dx
Solução:
Integrando ambos lados temos v = -cos x

Resolvendo a integral , por partes, fazendo: u = e2x e dv = cos x dx.

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Observando que a integral do 2º membro é exatamente a integral que queremos calcular. Somando
a ambos os lados da ultima integral obtemos:

5) .
Primeiro vamos reescrever a integral , agora podemos resolver.

u = Ln(cos x)
Solução:
Integrando ambos lados temos v = - cos x

6) . Primeiro vamos reescrever a integral , agora podemos resolver.


3
2x 2 2 3 dx
 u  dv  u  v   v  du  Ln x  x  dx  Ln x 
3
  x 2 
3 x

2 3 2 3
u  Ln x  Ln x  x 2    x 2  x -1  dx 
3 3
du 1 dx 2 2
  du  3 1
 Ln x  x 2    x 2  dx 
dx x x 3 3
3
2 3 2 x 2
dv  x  dx   dv   x  dx  Ln x  x 2   
3 3 3
1 2
v=  x  dx  v   x 2  dx 2 3 2 2 3
 Ln x  x 2    x 2 
3 3 3 3 3
x 2
2 3 2 x 2
v  x 2  2 3 4 3
3
2 3 3  Ln x  x 2   x 2 
3 9
2 3
  x 2  (3  Ln x  2)  C
9
7) .

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u = ex du = exdx
Solução: I dv = cos 2x dx, Integrando ambos lados temos

I)

u = ex du = ex dx
II) dv = sen 2x dx, Integrando ambos lados temos

II)

Substituindo a integral resolvida em II na Integral I obtemos:

8)
x2 x 2 dx
 x  arc.tg x  dx = arc.tg x  2
 
2 1+ x 2
x2 1 x2
 u  dv  u  v   v  du  x  arc.tg x  dx = 2
 arc.tg x  
2 1+ x 2
 dx

u = arc.tg x x2 1  1 
du 1 dx
 x  arc.tg x  dx = 2  arc.tg x   1 
2  1+ x 2 
 dx
  du 
dx 1 + x 2
1 + x2 x2 1 1 dx
 x  arc.tg x  dx = 2
 arc.tg x   dx   2
2 2 x +1
dv  x  dx x2 x 1  1   x 
x2
 x  arc.tg x  dx = 2  arc.tg x      arc.tg   
2 2  1   1 
 dv   x  dx  v = 2 x2 x 1
 x  arc.tg x  dx = 2
 arc.tg x    arc.tg x
2 2
 x 1 
2
x
 x  arc.tg x  dx =  2   arc.tg x  2  C
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9)

u = sec x du = sec x tg x
dx
Solução:

10)

Solução: u = arc. cos x

dv = dx

11)

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Questões Propostas
01) Resolva as seguintes integrais usando a técnica de integração por partes.

1) R:

2) R:

3) R:

4) R:

5) R:

6) R:

7) R:

8) R:

9) R:

10) R:

11) R:

12) R:

13) R:

14) R:

15) R:

16) R:

17) R:

18) R:

19) R:

20) R:

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3 - Método de Integração de Funções Racionais por Frações Parciais:
Este método consiste em transformar uma função polinomial em uma função racional mais
simples. Foi introduzido por Jean Bernoulli em 1702. Para isto, usaremos um resultado importante
da Álgebra, que dado na proposição seguinte.
Proposição: Se p(x) é um polinômio com coeficientes reais, p(x) o mesmo pode ser
expresso como um produto de fatores lineares e/ou quadráticos, todos com coeficientes reais.
Exemplos:
1) O polinômio , pode ser escrito como o produto de fatores lineares
ou seja .
2) O polinômio , pode ser escrito como o produto de fatores lineares e

pelo fator quadrático irredutível ou seja .

3) é uma decomposição do polinômio

A decomposição da função racional em fração mais simples, está subordinada

ao modo como o denominador q(x) se decompõe nos fatores lineares e/ou quadrático irredutíveis.
Vamos considerar os vários casos separadamente. As formas das respectivas frações parciais são
asseguradas por resultados da Álgebra e dentro de cada característica serão demonstradas.
Para o desenvolvimento do método, vamos considerar que o coeficiente do termo de mais
alto grau do polinômio do denominador q(x) é 1. Se isso não ocorrer, dividimos o numerador e o
denominador da função f(x) por esse coeficiente. Vamos supor, também, que o grau de p(x) é
menor que o grau de q(x). Caso isso não ocorra, devemos primeiro efetuar a divisão de p(x) por
q(x).
As diversas situações serão exploradas nos exemplos.

3.1 - Frações Racionais:


Uma fração racional em é o quociente de dois polinômios em .

Assim, é uma fração racional.

3.2 - Frações Próprias:


Uma fração é uma fração racional cujo grau numerador é menor que o grau do denominador.

Assim, são frações próprias.

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Uma fração imprópria é uma fração racional cujo grau do numerador é maior do que o grau
do denominador ou igual a este.

Assim, é uma fração imprópria.

Por divisão, uma fração imprópria sempre pode ser reescrita como a soma de um polinômio
e uma fração própria.

Assim, .

3.3 - Frações Parciais:


Uma dada fração geralmente pode ser escrita como a soma de outras frações (chamadas de
frações parciais) cujos denominadores são de grau menor que o denominador da fração dada.
Exemplo:

3.4 - Polinômios Identicamente Iguais:


Se dois polinômios de grau n na mesma variável x são iguais para mais do que n valores de
x, os coeficientes de mesma potência de x são iguais e os dois polinômios são identicamente iguais.
Se estiver faltando um termo em um polinômio, ele pode ser incluído com coeficiente zero.

3.5 - Teorema Fundamental:


Uma fração própria pode ser escrita como a soma de frações parciais de acordo com as
seguintes regras.

3.5.1 - Fatores lineares não repetidos:


Se um fator ocorre uma única vez como um fator do denominador da fração
dada, então correspondendo a este fator, associamos uma fração parcial.

3.5.1.1 - Integrais Indefinidas do tipo:

Para calcular , vamos precisar do seguinte teorema:

Teorema (1): Sejam m e n reais dados com . Então existem constantes A e B tais que:

Demonstração:

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Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , obtemos um sistema de equações:

Este sistema admite uma única solução que é: e

Observe que, em cada fração que ocorre no teorema acima, o grau do numerador é
estritamente menor que o grau do denominador. Vejamos, agora, como calcular a integral.

Onde P(x) é um polinômio. Se o grau de P(x) for estritamente menor que o grau do

denominador (grau de p(x) < 2), pelo do teorema (1) temos: ,

onde a solução é dada por:

Se o grau de P(x) for maior ou igual ao do denominador, precisamos antes “extrair os


inteiros”.

Onde Q(x) e R(x) são, respectivamente, o quociente e o resto da divisão de P(x) por
, observe que o grau de R(x) é estritamente menor que o grau do denominador.

OBS: Você só pode aplicar os resultados do teorema anterior quando o grau do numerador
for estritamente menor que o do denominador. Se o grau do numerador for maior ou igual ao do
denominador, primeiro “extrair os inteiros”.
Exemplos:

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3.5.2 - Fatores lineares, alguns dos quais repetidos:
Se um fator ocorre vezes como um fator do denominador da fração dada, então,
correspondendo a este fator, associamos frações parciais.

3.5.2.1 - Integrais Indefinidas do tipo:

Vamos calcular por exemplo quando p = 2, , vamos precisar do seguinte

teorema:
Teorema (2): Sejam m e n reais dados com . Então existem constantes A e B tais que:

Demonstração:

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , obtemos um sistema de equações:

Este sistema admite solução única dada por: .

Muitas das vezes para calcular , é mais interessante fazer a mudança de


variável , do que utilizar o teorema acima, todavia a escolha fica a critério da praticidade.
Exemplos:

3.5.3 - Fatores quadráticos não repetidos:


Se um fator ocorre uma única vez como um fator do denominador da
fração dada, então, correspondendo a este fator, associamos uma fração parcial, cujo numerador é
um polinômio da forma .

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Teorema (3): Sejam m, n e p reais dados com . Então existem constantes A, B e


C tais que:

Demonstração:
Antes de provar o teorema enunciado acima, vamos mostrar que se m, n, p e são reais
dados, então existem reais m1, n1 e p1, tais que:

De fato , vem:

Chamando de: ,

pois os mesmos são números reais.


Logo podemos concluir que , desta forma provamos
que existem números reais m1, n1 e p1.
Pelo que provamos no teorema (1), existem constantes A1 e B1 tais que:

Segue que existem constantes A2, B2, A3, e B3 tais que

Como I é igual a II e II é igual a III, por transitividade I é igual a III.

Sendo assim.

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Como A4 = A2, e B4 = A3, e C4 = B2 + B3, substituindo obtemos:

Desta forma podemos concluir que subsistem os valores das constantes A, B e C, tais que:

Como já provamos anteriormente:

Separando em frações com o mesmo denominador, obtemos.

Simplificando as frações do segundo membro obtemos:

Desta forma podemos concluir que:

Exemplos:

3.5.4 - Fatores quadráticos, alguns dos quais repetidos:


Se um fator ocorre mais de única vez como um fator do denominador da fração
dada, então, correspondendo a este fator, associamos uma fração parcial, cujo numerador é um
polinômio da forma .

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Teorema (4): Sejam m, n e p reais dados com . Então existem constantes A, B e C tais

que:

Demonstração:

Assim, existem constantes A2, B2 e C2 tais que:

Exemplos:

3.5.5 - Fatores quadráticos, com fatores irredutíveis do 2º Grau:

Seja a integral da forma , onde P(x) é um polinômio cujo

numerador é da forma e a equação , com .

Teorema (5): Sejam m, n, p, a, b, c e reais dados tais que . Então existem

constantes A, B e C tais que:

Demonstração:

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , obtemos um sistema de equações:

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Usando o teorema de Cramer, onde verificamos a solução com o uso do determinante


principal do sistema, que para ter solução o mesmo tem que ser 0. Com os coeficiente do sistema
acima formamos o determinante principal abaixo.

Como por definição o polinômio do 2º grau , não admite raiz real. O sistema
admite, então uma única solução. Logo subsistem os valores A, B e C, tais que:

Exemplos:

3.6 - Encontrando a Decomposição em Frações Parciais:


Uma vez que a forma da decomposição em frações parciais foi determinada, o próximo
passo é encontrar um sistema de equações a ser resolvido para determinar o valor das constantes
envolvidas na decomposição em frações parciais. Podemos solucionar o sistema de equações com o
auxilio de uma calculadora gráfica. Embora o sistema de equações geralmente envolva mais de três
equações, costuma ser bastante fácil determinar o valor de uma ou duas variáveis ou relações entre
elas que permitam reduzir o sistema a um tamanho pequeno o suficiente para ser convenientemente
resolvido por qualquer método.
Exemplo:
Determine a decomposição em frações parciais de . Usando as regras (2) e
(3) de seção, a forma da decomposição é:

Equacionando os coeficientes dos termos semelhantes nos dois polinômios e igualando os


demais a zero, obtemos o sistema de equações a ser resolvido.

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Resolvendo o sistema, obtemos .


Portanto, a decomposição em frações parciais é
Questões Resolvidas

01) Decomponha em frações parciais: ou .


Solução:
Seja
Precisamos encontrar as constantes tais que:
identicamente ou .
Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , temos , as
quais, quando resolvidas simultaneamente, nos dão e .

Portanto,

Outro método:
Para encontrar , seja .

Para encontrar , seja : .

02) Decomponha em frações parciais: .


Solução:

Para encontrar , seja

Para encontrar , seja

Para encontrar , seja

Portanto,

03) Decomponha em frações parciais: .


Solução:

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , temos

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. Resolvendo-as simultaneamente, obtemos .
Portanto,

Outro método:
Para encontrar , seja
Para encontrar , seja
Para encontrar , seja

04) Decomponha em frações parciais: .


Solução:

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , temos


A solução simultânea destas quatro equações é

.
Portanto,

Outro método:
Para encontrar , seja . Para encontrar , seja
.
Para encontrar , seja quaisquer valores exceto 0 e 2 (por exemplo, ).
Seja
Seja
A solução simultânea das equações (1) e (2) é .

05) Decomponha em frações parciais: . Seja ; então .


Solução:

06) Decomponha em frações parciais: .

Solução:

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , temos: ,

A solução simultânea destas três equações é


Portanto,

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07) Decomponha em frações parciais: .


Solução:

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , temos

A solução simultânea destas quatros equações é, .


Portanto,

08) Decomponha em frações parciais: .

Solução:

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , temos:

A solução simultânea destas cinco equações é, .

Portanto:

Questões Propostas
01) Encontre a decomposição em frações parciais de cada fração racional a seguir.
01) 02) 03)

04) 05) 06)

07) 08) 09)

10) 11) 12)

13) 14) 15)

16) 17) 18)

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19) 20) 21)

22) 23) 24)

25) 26) 27)

28) 29) 30)

Respostas:

01) 02) 03)

04) 05) 06)

07) 08) 09)

10) 11) 12)

13) 14) 15)

16) 17) 18)

19) 20) 21)

22) 23) 24)

25) 26) 27)

28) 29) 30)

Como já aprendemos calcular os coeficientes das frações parciais veremos agora como
calcular as integrais pelo método frações parciais.
Questões Resolvidas
01) Resolva as seguintes integrais usando o método das frações parciais:
1)

Solução:

Seja

Precisamos encontrar as constantes A e B tais que: ,

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Reduzindo a termo semelhantes obtemos.

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , temos , as


quais, quando resolvidas simultaneamente, nos dão e .

Portanto, .

Resolveremos agora a integral com os valores das constantes A e B já calculados:


1 1

dx A B
 x 2  6x+5   x  5  dx   x  1  dx   x 4 5  dx   x 41  dx
dx 1 dx 1 dx 1 du 1 du
 x 2  6x+5  4   
x  5 4 x 1 4 u 4  u
     
I=u II = u

dx 1 1 1 1
x 2
  Ln (u)   Ln (u)   Ln (x  5)   Ln (x  1) + C
 6x+5 4 4 4 4
dx 1 1 x 5
 x 2  6x+5  4  Ln(x  5)  Ln (x  1) + C  4  Ln  x  1  + C
1
dx  x  5 4
 x 2  6x+5  Ln  x 1  + C
 

2)

Solução:

Seja

Precisamos encontrar as constantes A e B tais que: ,

,
Reduzindo a termo semelhantes obtemos.
,

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , temos , as quais,


quando resolvidas simultaneamente, nos dão e .

Portanto, .

Resolveremos agora a integral com os valores das constantes A e B já calculados:

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5x  12 A B 3 2
 x  (x  4)  dx  x  dx   x  4  dx   x  dx   x  4  dx
5x  12 3  dx 2  dx du du
 x  (x  4)  dx   x

x 4
 3 
u
 2
u
I=u II = u

5x  12
 x  (x  4)  dx  3  Ln (u)  2  Ln (u)  3  Ln (x)  2  Ln (x  4) + C
5x  12  x3 
 x  (x  4)
3 2
 dx  Ln(x) + Ln (x  4) + C  Ln  2 
+C
 (x  4) 
5x  12  x3 
 x  (x  4)  dx  Ln  2
 (x  4) 
+C

3)
Solução:
Seja
Precisamos encontrar as constantes A, B e C tais que:

Reduzindo a termo semelhantes obtemos.

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , obtemos um sistema de equações:

Que quando resolvidas simultaneamente, nos dão: , e .

Portanto, .
Resolveremos agora a integral com os valores das constantes A, B e C já calculados:
x 5 A B C
 x  (x  2)2  dx =  x  x  2  (x  2)2  dx
 dx   dx 

5 5 7

x 5
 x  (x  2)2  dx =  x4  dx   x 42  dx   (x 22)2  dx
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4)

Solução:

Seja

Precisamos encontrar as constantes A, B e C tais que:

Reduzindo a termo semelhantes obtemos.

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , obtemos um sistema de equações:

Que quando resolvidas simultaneamente, nos dão: , e .

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Portanto, .

Resolveremos agora a integral com os valores das constantes A, B e C já calculados:


x 2  x  16 A B C
 ( x  1)  ( x  3)2  dx   x  1  dx   x  3  dx   (x  3) 2  dx
x 2  x  16 1 2 1
 ( x  1)  ( x  3)2  dx   x  1  dx   x  3  dx   (x  3) 2  dx
x 2  x  16 dx dx dx
 ( x  1)  ( x  3)2  dx  1 x 1  2 x 3  1 (x 3) 2
I=u II = u III = u
2
x  x  16 du du du
 ( x  1)  ( x  3) 2
 dx  1
u
 2
u
 1
(u) 2
x 2  x  16
 ( x  1)  ( x  3)2  dx  Ln u  2Ln u  1 u  du
2

x 2  x  16 u 1
 ( x  1)  ( x  3)2  dx  2Ln u  Ln u  1 1  C
x 2  x  16 1
 ( x  1)  ( x  3)2  dx  2Ln ( x  3)  Ln ( x  1)  1 u1  C
x 2  x  16 1
 ( x  1)  ( x  3)2  dx  Ln ( x  3)  Ln ( x  1)  u1  C
2

x 2  x  16  ( x  3) 2  1
 ( x  1)  ( x  3)2  dx  Ln  ( x  1)   ( x  3)  C

5)
Solução:
Seja
Precisamos encontrar as constantes A, B, C e D tais que:

Reduzindo a termo semelhantes obtemos.

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , obtemos os sistemas de equações:

Que quando resolvidas simultaneamente, nos dão: , , e .


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Portanto, .

Resolveremos agora a integral com os valores das constantes A, B, C e D já calculados:


x 3  6x 2  3x  16 (Ax  B) (Cx  D)
 3
x  4x
 dx  
x
 dx   2
x 4
 dx

x 3  6x 2  3x  16 (1x  4) (2x  1)
 3
x  4x
 dx  
x
 dx   2
x 4
 dx

x 3  6x 2  3x  16 x  dx dx x  dx x  dx
 3
x  4x
 dx  
x
 4
x
 2 2
x 4
 2
x 4
3 2
x  6x  3x  16 dx x  dx dx
 3
x  4x
 dx   dx  4
x
 2 2
x
 2
 4  x  4
I II = u III = arc.tg u
3 2
x  6x  3x  16 dx x  dx dx
 3
x  4x
 dx   dx  4
x
 2 2
x
 2
 4  x  2
2

I II = u III = arc.tg u

du
3 2
x  6x  3x  16 du 1 u
 3
 dx  x  4   2  2   arc.tg    C
x  4x u u a a
x 3  6x 2  3x  16 1 1 u
 3
x  4x
 dx  x  4  Ln (u)  2   Ln (u)   arc.tg    C
2 a a
x 3  6x 2  3x  16 1 u
 3
x  4x
 dx  x  4  Ln (u)  Ln (u)   arc.tg    C
a a 
x 3  6x 2  3x  16 1 x
 3
x  4x
 dx  x  4  Ln (x)  Ln (x 2  4)   arc.tg    C
2 2
x 3  6x 2  3x  16 1 x
 3
x  4x
 dx  Ln (x) 4  Ln (x 2  4)  x   arc.tg    C
2 2
x 3  6x 2  3x  16 1 x
 3
x  4x
 dx  Ln  (x) 4  (x 2  4)   x   arc.tg    C
2 2

6)

Solução:

Seja

Precisamos encontrar as constantes A, B, C e D tais que:

Reduzindo a termo semelhantes obtemos.


Prof. Esp. Lucio Ramos Neves Apostila de Cálculo Diferencial e Integral I
Universidade Paulista Curso de Engenharia Básica Pág.43

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , obtemos um sistema de equações:

Que quando resolvidas simultaneamente, nos dão: , , e .

Portanto, .

Resolveremos agora a integral com os valores das constantes A, B, C e D já calculados:


2t 3  t 2  3t  1 (At  B) (Ct  D)
 (t 2  1)  (t 2  2)  dt   (t 2  1)  dt   (t 2  2)  dt
2t 3  t 2  3t  1 (1t  0) (1t  1)
 (t 2  1)  (t 2  2)  dt   (t 2  1)  dt   (t 2  2)  dt
2t 3  t 2  3t  1 t t dt
 (t 2  1)  (t 2  2)  dt   (t
2
 1)
 dt   2
(t 2 )
 dt   2
(t  2)
I=u II = u
   
III = arc.tg u

du du
2t 3  t 2  3t  1 1 u
 (t 2  1)  (t 2  2)  dt   u2   u2  a  arc.tg  a 
2t 3  t 2  3t  1 1 du 1 du 1  t 
 (t 2  1)  (t 2  2)  dt  2  u  2  u  2 arc.tg  2 
2t 3  t 2  3t  1 1 1 1  t 
 (t 2  1)  (t 2  2)  dt  2  Ln(u)  2  Ln(u)  2 arc.tg  2 
2t 3  t 2  3t  1 1 1 1  t 
 (t 2  1)  (t 2  2)  dt  2  Ln(t  1)  2  Ln(t  2)  2 arc.tg  2 
2 2

2t 3  t 2  3t  1 1 1  t 
 (t 2  1)  (t 2  2)  dt  2   Ln(t  1)  Ln(t  2)   2 arc.tg  2 
2 2

1
2t 3  t 2  3t  1 1  t 
 (t 2  1)  (t 2  2)
2 2
 dt  
 Ln(t  1)  Ln(t  2) 
  2 arc.tg  2 
2

 
1
2t 3  t 2  3t  1 1  t 
 (t 2  1)  (t 2  2)  dt  Ln(t  1)  (t  2)  2  2 arc.tg  2 
2 2

7)

Solução:

Seja

Precisamos encontrar as constantes A, B e C tais que:

Prof. Esp. Lucio Ramos Neves Apostila de Cálculo Diferencial e Integral I


Universidade Paulista Curso de Engenharia Básica Pág.44

Reduzindo a termo semelhantes obtemos.

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , obtemos um sistema de equações:

Que quando resolvidas simultaneamente, nos dão: , e .

Portanto, .

Resolveremos agora a integral com os valores das constantes A, B e C já calculados:

Resolvendo as Integrais I, II e III separadamente obtemos:

Prof. Esp. Lucio Ramos Neves Apostila de Cálculo Diferencial e Integral I


Universidade Paulista Curso de Engenharia Básica Pág.45

Resolvendo a integral

Substituindo as integrais resolvidas separadamente obtemos:

8) Primeiro vamos transformar fração imprópria, reescrevendo como soma de

frações próprias. Solução:

Prof. Esp. Lucio Ramos Neves Apostila de Cálculo Diferencial e Integral I


Universidade Paulista Curso de Engenharia Básica Pág.46

Usando o algoritmo da divisão obtemos: , dividindo tudo por d, temos:

, portanto, , essa fração que será

integrada. Resolvendo agora a nova integral:

Resolvendo as Integrais I, II e III separadamente obtemos:


, Resolveremos
essa fração parcial III, onde precisamos encontrar as constantes A, B, C e D tais que:

Reduzindo a termo semelhantes obtemos.

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , obtemos os sistemas de equações:

Que quando resolvidas simultaneamente, nos dão: , , e .

Portanto, .
Resolveremos agora a integral com os valores das constantes A, B, C e D já calculados:

Prof. Esp. Lucio Ramos Neves Apostila de Cálculo Diferencial e Integral I


Universidade Paulista Curso de Engenharia Básica Pág.47

Substituindo finalmente todas as integrais resolvidas separadamente obtemos:

9) , O denominador do integrando pode ser fatorado.

Solução:

Seja

Depois da fração, arrumada vamos agora encontrar as constantes A, B e C tais que:

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Universidade Paulista Curso de Engenharia Básica Pág.48

Reduzindo a termo semelhantes obtemos.

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , obtemos um sistema de equações:

Que quando resolvidas simultaneamente, nos dão: , e .

Portanto, .

Resolveremos agora a integral com os valores das constantes A, B e C, já calculados.


11 dx 2x 2  5x  4 A Bx  C
I) 
6 (x  1)
  3 2
x  x  x3
 dx  
(x  1)
 dx   2
(x  2x  3)
 dx

u 11 1x 9
2 
u  x 1 2x  5x  4 6 6 6
 x 3  x 2  x  3  dx   (x  1)  dx   (x 2  2x  3)  dx
du
 1  du  dx 11 x 9
dx
2x 2  5x  4 6 6
 x 3  x 2  x  3  dx   (x  1)  dx   (x 2  2x  3)  dx
2x 2  5x  4 11 dx 1 x 9
 x 3  x 2  x  3  dx  6  (x  1)  6  (x 2  2x  3)  dx
           
I II
2
2x  5x  4 11 1 x 9
x 3 2
 x  x3
 dx   Ln u   2
6 6 (x  2x  3)
 dx
       
II
2
2x  5x  4 11 1 x 9
x 3 2
 x  x3
 dx   Ln x  1   2
6 6 (x  2x  3)
 dx
       
II

Resolveremos a integral II separadamente.

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Universidade Paulista Curso de Engenharia Básica Pág.49
O integrando é uma função racional cujo denominador é um polinômio quadrático
irredutível. Integrais dessa forma aparecem freqüentemente na integração das funções racionais e
podem ser resolvidas completando o quadrado do denominador e fazendo substituições

 2
u  x +1  u  (x +1)
2
1 x 9  1 1  2 1   x  1 
II)  2   1 2
2  1  1  3 6 II)(x   2x2  3)
x   dx    Ln(u
9 1
  dx6  2  
x2)98   arc.tg   u  1 9
1
 2dx     22    du 

x 2a 2x
 2 3ax2  2x
6  (x  2x  3) 2 
 6 (x 1)  2 6 u  2 
x 2  du2x  3 1 (x 2
 2x   1  31 
u 1) x 9  1  1  2 u  8  x  1 
6   (x 2  2x  3)
2 u 2  2 a  arc.tg a  dx    Ln(x  2x  1  2)   arc.tg  
2    6 2  2  2  
x  2x  3  (x  2x  1)  2 1  u 1 9  1  u 8  1  u  du du 
1) 2 2x +1  1  6  x u92  9  dx   161 Ln(x
 du   du     8 2  8 x 
x2 2du2x  3 1(x  u 2
 2 6 u  2 2 1  
u 2
arc.tg 
2
   2x  3) 
   arc.tg
 
u 2 2 2
 2  6  (x  2x  3)  6 2  2I  II2  
u  x  1  x  u  1
  dz 
 du 1 2 1    1  1 dz
u 1  u 
 dx  1  du  dx 
6 z
 8   arc.tg        8   arc.tg   
a  a  6  2 z a  a 
z  u  9
2  
 1 x 9  1 1 1  u 
I)  dz dz
  2u   u  du   2
6  (x  2x  3)
 dx  
 6 2
 Ln(z)  8 
a
 arc.tg  
 a 
 du 2
1 x 9  1 1 1  x  1 
  2
6  (x  2x  3)
 dx    Ln(u 2  2)  8 
 6 2 2
 arc.tg 
 2 

convenientes.
Substituindo finalmente todas as integrais resolvidas separadamente obtemos:

10) Primeiro vamos transformar fração imprópria, reescrevendo como soma de

frações próprias. Solução:

Decompondo o

Usando o algoritmo da divisão obtemos: , dividindo tudo por d, temos:

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, portanto, , essa fração que será

integrada. Resolvendo agora a nova integral:

Resolveremos a integral I, pelo método das frações parciais: , onde vamos


encontrar valores das constantes A, B e C.

Reduzindo a termo semelhantes obtemos.

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , obtemos um sistema de equações:

Que quando resolvidas simultaneamente, nos dão: , e .

Portanto, .

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Universidade Paulista Curso de Engenharia Básica Pág.51
Resolveremos agora a integral com os valores das constantes A, B e C, já calculados.
35 dx 8x 2  x  1 A Bx  C
I) 
12 (x  1)
  x 3  8  dx   (x  2)  dx   (x 2  2x  4)  dx

u 35 61x 16

u  x 1 8x 2  x  1
du
 x 3  8  dx   (x  2)  dx   (x 2  2x 3 4)  dx
12 12

 1  du  dx
dx 8x 2  x  1 35 dx 1 61x  64
 x 3  8  dx  12  (x  2)  12  (x 2  2x  4)  dx
 u  x +1  du  dx     
I
 2
II)  x  u  1 8x  x  1 35 du 1 61x  64
 2  3
x 8
 dx     2
12 u 12 (x  2x  1  3)
 dx
a  3  a  3
du 1 u 8x 2  x  1 35 1 61x  64
 u 2  3  a  arc.tg  a   x 3  8  dx  12  Ln u  12  (x 2  2x  1)  3  dx
du 1  x +1  8x 2  x  1 35 1 61x  64
 u 2  3  3  arc.tg  3   x 3  8  dx  12  Ln x  2  12  (x  1) 2  3  dx
8x 2  x  1 35
1 61x  64
 3   x3  8 12  (x  1) 2  3
du  x +1   dx  Ln x  2 12   dx
 u 2  3  3  3   arc.tg  3 
         
  II

du 3  x +1  2
8x  x  1 35
1  61(u  1)  64 
u 2
3

3
 arc.tg 
 3 
  x3  8
 dx  Ln x  2 12  
12   2
(u)  3
 du 

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Universidade Paulista Curso de Engenharia Básica Pág.52
2
61 u  du 8x  x  1 35
1  61u 61  64 
I)
12  u 2  3
  x3  8  dx  Ln x  2 12 
  2
12  u  3
 du   2
u 3
 du 

z  u2  3 2
8x  x  1 35
1  u  du 3 
dz du
 x 3  8  dx  Ln x  2 12  12 61 u 2  3   u 2  3  du 
 2u   u  du
du 2 8x 2  x  1 35
1  u  du du 
dz  x3  8  dx  Ln x  2 12 

12 
61 2
u 3
 3 2
u  3 
61 2 61 1 dz
 8x 2  x  1
12 2  z
   35
61 u  du 3 du
12 z  x3  8  dx  Ln x  2 12 
 2
  2
12 u  3 12 u  3
61 61 dz
 Ln z   Ln u 2  3
24 24 8x 2  x  1 35
61 3  3  x +1  
 x 3  8  dx  Ln x  2 12  12  2z  12   3  arc.tg  3 
 
8x 2  x  1 35
61 3 3  x +1 
 x3  8  dx  Ln x  2 12 
12
 Ln z  
12 3
 arc.tg 
 3 

8x 2  x  1 35
61 3  x +1 
 x3  8  dx  Ln x  2 12 
12
 Ln u 2  3 
12
 arc.tg 
 3 

8x 2  x  1 35
61 3  x +1 
 x 8
2
3
 dx  Ln x  2 12   Ln (x  1)  3   arc.tg  
12 12  3 
8x 2  x  1 35
61 3  x +1 
 x3  8  dx  Ln x  2 12 
12
 Ln x  2x  1  3 
12
 arc.tg 
 3 

8x 2  x  1 35 61
3  x +1 
 x3  8  dx  Ln x  2 12  Ln x  2x  4 12 
12
 arc.tg 
 3 

8x 2  x  1  35 61
 3  x +1 
 x3  8  dx  Ln 

x  2 12  x  2x  4 12 
 12  arc.tg  3   C
  

11) , reescrevendo a integral multiplicando o denominador da fração e

transformando essa fração imprópria como a soma de frações próprias obtemos:


Solução:

Usando o algoritmo da divisão obtemos: , dividindo tudo por d, temos:

, portanto, , essa fração que

será integrada. Resolvendo agora a nova integral:


Prof. Esp. Lucio Ramos Neves Apostila de Cálculo Diferencial e Integral I
Universidade Paulista Curso de Engenharia Básica Pág.53

Resolvendo as Integrais I, II e III separadamente obtemos:


, Resolvendo essa
fração parcial III:

Como 1 é raiz do polinômio do denominador usaremos o teorema da decomposição de polinômio.

Resolvendo essa fração parcial III, onde precisamos encontrar as constantes A, B e C, tais que:

Reduzindo a termo semelhantes obtemos.

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , obtemos um sistema de equações:

Prof. Esp. Lucio Ramos Neves Apostila de Cálculo Diferencial e Integral I


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Que quando resolvidas simultaneamente, nos dão: , e .

Portanto, .
Resolveremos agora a integral com os valores das constantes A, B, C e D já calculados:
5x 2  4 A B C
 x 3  2x 2  x  2  dx   x 1  dx   x  1  dx   x  2  dx
1 1 16
2 
5x  4 6 3
 x 3  2x 2  x  2  dx   x 1  dx   x 21  dx   x  2  dx
5x 2  4 1 dx 1 dx 16 dx
 x 3  2x 2  x  2  dx  6  x 1  2  x 1  3  x 2
I=u II = u III = u
2
5x  4 1 1 16
x 3 2
 2x  x  2
 dx   Ln(u)   Ln(u)   Ln(u)
6 2 3
2
5x  4 1 1 16

 x 3  2x 2  x  2  dx  Ln x  1 6  Ln x  1 2  Ln x  2 3

5x 2  4 1 16 1

 x 3  2x 2  x  2  dx  Ln x  1 6  Ln x  2 3  Ln x  1 2

5x 2  4  1 16
 1

 x 3  2x 2  x  2  dx  Ln 

x  1 6  x2 3


 Ln x  1 2

1 16
 
5x 2  4  x  1 6  x2 3
 C
 x 3  2x 2  x  2  dx  Ln  1

 x 1 2 
Substituindo todas as integrais resolvidas separadamente obtemos:

12) , O denominador do integrando pode ser fatorado por agrupamento.

Solução:

Seja

Depois da fração, arrumada vamos agora encontrar as constantes A, B e C tais que:

Prof. Esp. Lucio Ramos Neves Apostila de Cálculo Diferencial e Integral I


Universidade Paulista Curso de Engenharia Básica Pág.55

Reduzindo a termo semelhantes obtemos.

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , obtemos um sistema de equações:

Que quando resolvidas simultaneamente, nos dão: , e

Portanto, .

Resolveremos agora a integral com os valores das constantes A, B e C, já calculados:


7 4x 3
 
x2  x  2
 (3x  1)  (x 2  1)  dx   3x 5 1  dx   5 5  dx
x2 1
7 4x  3
2 
x x2
 (3x  1)  (x 2  1)  dx   3x 5 1  dx   5  dx
x2 1
x2  x  2 7 dx 4 x  dx 3 dx
 (3x  1)  (x 2  1)  dx   5     2
x 1 5  
3x  1 5 

x 2 1
I II III

du du
2
x x2 7 4 3 1 x
 (3x  1)  (x 2  1)  dx   5  u3  5  u2  5  1 arc.tg  1   C
x2  x  2 7 1 du 4 1 du 3 1 x
 (3x  1)  (x 2  1)  dx   5  3  u  5  2  u  5  1 arc.tg  1   C
x2  x  2 7 2 3 x
 (3x  1)  (x 2  1)  dx   15  Ln(u)  5  Ln(u)  5  arc.tg  1   C
x2  x  2 2 7 3
 (3x  1)  (x 2  1)  dx  5  Ln 3x  1  15  Ln(x  1)  5  arc.tg x  C
2

7
x2  x  2 2
3
 (3x  1)  (x 2  1)  dx  Ln 3x  1  Ln(x  1)  5  arc.tg x  C
2 15
5

 2

x2  x  2  3x  1 5  3
 (3x  1)  (x 2  1)  dx  Ln  2 7   5  arc.tg x  C
 (x  1)15 
 

13)

Solução:

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Seja

Precisamos encontrar as constantes A, B e C tais que:

Reduzindo a termo semelhantes obtemos.

Igualando os coeficientes dos termos semelhantes em , obtemos um sistema de equações:

Que quando resolvido simultaneamente, nos dão: , e .


Portanto, .
Resolveremos agora a integral com os valores das constantes A, B e C, já calculados:

Para calcular a integral restante, observe que , desta forma teremos

manipular o integrando para obter um termo da forma , onde e .

Vamos fazer agora a modificação no numerador do integrando:

Fazendo a substituição do novo numerador do integrando obtemos:

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Resolvendo a
nova integral
obtemos:

Resolveremos as integrais I, II e III, separadamente:

Substituindo todas as integrais resolvidas separadamente obtemos:

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Questões Propostas
01) Resolva as seguintes integrais usando o método das frações parciais:

01) R:

02) R:

03) R:

04) R:

05) R:

06) R:

07) R:

08) R:

09) R:

10) R:

11) R:

12) R:

13) R:

14) R:

15) R:

16) R:

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17) R:

18) R:

19) R:

20) R:

21) R:

22) R:

23) R:

24) R:

25) R:

26) R:

27) R:

28) R:

29) R:

30) R:

Veremos algumas aplicações dos métodos de integração: da substituição, partes e frações


parciais em soluções de problemas.
Questões Resolvidas
01) Determine a função f(x), cuja tangente tem uma inclinação para qualquer valor de x e
cuja curva passa pelo ponto (2, 6).
Solução:
A inclinação da tangente a uma curva no ponto (x, f(x)) é a derivada . Logo. .

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Portanto, f(x) é a antiderivada:

Para determinar o valor de c, é só usar o fato de que a curva de f passa pelo ponto (2, 6), ou seja,
fazendo x = 2 e f(2) = 6, logo substituindo na equação , obtemos

De modo, a função pedida é .

02) Um fabricante constatou que o custo marginal é 3q² - 60q + 400 reais por unidade, onde q é o
número de unidades produzidas. O custo total para produzir as primeiras duas unidades é R$
900,00. Qual é o custo total para produzir as primeiras 5 unidades?.
Solução:
O custo marginal é a derivada da função de custo total C(q); assim 3q² - 60q + 400 e,
conseqüentemente, C(q) é a antiderivada.

Usamos a letra K, para não confundir com o C, para o custo e será calculado com x = 2 e C(x) =
900,00.

Logo a equação , o custo para produzir as primeiras 5 unidades.

O custo para produzir a 5 unidade é de R$: 1.587,00 reais.

03) Estima-se que daqui a x meses a população de certa cidade estará aumentando à razão de
habitantes por mês. A população atual é 5.000 pessoas. Qual será a população daqui a 9
meses?.
Solução:
Seja P(x) a população da cidade daqui a x meses. Nesse caso, a taxa de variação da população com

o tempo será a derivada é a isso significa qua a população P(x) é a antiderivada de

, logo:

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Para determinar o valor de C, usamos o fato de que no momento para x = 0 a população é de 5000
habitantes substituindo na equação obtemos:

A população daqui a 9 meses será .

A população será de 5126 habitantes.


04) Uma rede de supermercados recebe um suprimento de 10.000 quilogramas de arroz que serão
vendidos durante um período de 5 meses à taxa constante de 2.000 quilogramas por mês. Se o custo
de armazenamento é 1 centavo por quilograma por mês, qual será o custo total de armazenamento
durante os próximos 5 meses?.
Solução:
(Custo mensal por quilograma) (número de quilograma)

Logo S(t), é a antiderivada é:

Para determinar o valo C, fazendo uso do fato de que no instante em que o carregamento chega
(isso é em t = 0) o custo é nulo, logo:

O custo total durante os cinco meses será:

O custo para produzir a 5 unidade é de R$: 250,00 reais.

05) Depois que os freios são aplicados, um carro perde velocidade à taxa constante de 6 metros por
segundo por segundo. Se o carro está a 65 quilômetros por hora (18 metros por segundo) quando o
motorista pisa no freio, que distância o carro percorre até parar?.
Solução:

Integrando, descobrimos que a velocidade no instante t é dado por:

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Como , Integrando obtemos:

Logo a distância percorrida até parar é de 27 m.


06) Estima-se que daqui a t meses a população de certa cidade estará aumentando à razão de 4 +
5t2/3 habitantes por mês. Se a população atual é 10.000 habitantes, qual será a população daqui a 8
meses?
Solução:

Integrando, descobrimos que a equação que fornece a população no instante t é dado por:

A população daqui a 8 meses será de 10.128 habitantes

07) A taxa de variação do preço unitário p (em reais) de certo produto é dado por

onde x é a demanda do produto (número de unidades vendidas) em centenas de unidades. Suponha


que a demanda seja de 400 unidades (x = 4) para um preço de R$ 300,00 a unidade:
(a) Determine a função de demanda p(x).
Solução:
Para determinar a função demanda p(x) é na integral em relação a x. Isso pode ser feito,
por exemplo usando a substituição.

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Como p = 30 para x = 4, obtemos C:

(b) Para que preço a demanda é de 300 unidades? Para que preço a demanda é zero?.
Solução:
Se a demanda é de 300 unidades x é igual a 3 é o preço correspondente é:

Se a demanda é de zero unidades x é igual a 0 é o preço correspondente é:

(c) Qual é a demanda para um preço unitário de R$ 20,00?.


Solução:

08) Uma árvore foi transplantada e x anos depois está crescendo à razão de 1 + 1/(x + 1)2 metros
por ano. Após 2 anos, atingiu uma altura de 5 metros. Qual era a altura da árvore quando foi
transplantada?
Solução:

Integrando a função altura, obtemos:

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Como h(x) = 5 para x = 2, obtemos C:

Quando a árvore foi plantada o valor de x = 0, substituindo na equação obtemos:

A altura da árvore quando foi transplantada era de 2,3 m


09) O valor de revenda de certa máquina industrial diminui a uma taxa que varia com o tempo.

Quando a máquina tem t anos de idade, a taxa com que o valor está mudando é

reais por dia. Se a máquina foi comprada nova por R$ 5.000,00, quanto valerá 10 anos depois?
Solução:

Integrando a função revenda, obtemos:

Quando a maquina foi comprada o valor era de R$ 5.000,00 e t = 0, onde encontramos o valor de C.

Substituindo o valor de t = 10 anos, obtemos:

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10) A Bejax S.A. montou uma linha de produção para fabricar um novo modelo de telefone celular.

Os aparelhos são produzidos à razão de unidades/mês. Determine quantos

telefones são produzidos durante o terceiro mês [ou seja, calcule o valor de P(3) - P(2)].
Solução:

Integrando a função produção, obtemos:

Calculando a diferença entre P(3) - P(2), obtemos:

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11) Determine a função cuja tangente tem uma inclinação para qualquer valor de x e
cujo gráfico passa pelo ponto (1, 5).
Solução:

Integrando a inclinação, obtemos:

 1  du  dx 
du f '( x)   (x  1)  e  x dx
u  x 1 
dx
f ( x)   (x  1)  e x
dx
x
dv  e  dx    dv
  u   
 dv   e  dx
x Integrando por partes

v  e x  (x  1)  e  x dx  (x  1)  e  x   dx  e  x

 (x  1)  e dx  (x  1)  e   e  dx
x x x

 (x  1)  e
x
dx  (x  1)  e  x  e  x , colocando  e  x em evidencia.

 (x  1)  e
x
dx  e  x (x  1  1)  C  e  x (x  2)  C

 (x  1)  e
x
dx  e  x (x  2)  C
Como o ponto (1, 5), deve satisfazer a equação que define a função:

Logo a equação da reta tangente é:

12) Após t segundos, um corpo está se movendo a uma velocidade de metros por segundo.

Expresse a posição do corpo em função do tempo.


Solução:

Integrando a inclinação, obtemos:

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13) Após t semanas, os donativos para uma campanha beneficente estavam chegando à razão de
reais por semana. Qual foi a quantia levantada nas primeiras 5 semanas?
Solução:

Integrando a equação que fornece a quantia levantada, obtemos:

u  t  du  dt
 Q'(t)   2000  t  e
0,2t
 dt

 0,2t
dv  e 0,2t   dv   e z
 dt Q(t)  2000   t  e 0,2t
dt
u
   dv
 
z  0,2t Integrando por partes

dz dz  1 1 
 0,2t   dt, portanto Q(t)  2000   t    e 0,2t   dt    e 0,2t 
dt 0,2  0, 2 0, 2 
dz 1  1 1 
v   ez   v  e z  dz
0,2 0,2 Q(t)  2000   
 0, 2
 t  e 0,2t 
0, 2  e 0,2t  dt 

1 1 0,2t
v  ez  v   e  1 1  1 
0,2 0,2 Q(t)  2000     t  e 0,2t     e0,2t  
 0, 2 0, 2  0, 2 
 1 1 
Q(t)  2000     t  e 0,2t   e 0,2t 
 0, 2 0, 4 
 1 1 
Q(t)  2000     t  e 0,2t   e 0,2t 
 0, 2 0, 4 
Q(t)  2000   5t  e 0,2t  25  e 0,2t   C

Suponha que Q(0) = 0, nesse caso t = 0, calculamos C.

Substituindo C, na equação Q (t).

Como o valor para ser calculado nas primeiras 5 semana, então t = 5.

O valor levantado é de R$: 13.212,06


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14) Estima-se que daqui a t anos a população de certa cidade estará aumentando à taxa de
habitantes por ano. Se a população atual é 2 milhões de habitantes, qual será a
população daqui a 5 anos?
Solução: Primeiro vamos arrumar a equação.

Integrando a equação que fornece a quantia levantada, obtemos:

du 1 dt t
u  Ln(t  1)    du   P'(t)   Ln(t  1)   dt
dt t  1 t 1    2
u 
t t 1       dv
dv   dt   dv    dt  v   t  dt Integrando por partes
2 2 2
t2 dt t 2
1 t 2
t 2
P(t)  Ln(t  1)   
v  v 4 t 1 4
2 2 4
t2 1 t2
P(t)   Ln(t  1)    dt
Fazendo a divisão do poliômio, obtemos: 4 4 t 1
t2 dt t 2
P(t)  Ln(t  1)    
4 t 1 4
t2 1  1 
P(t)   Ln(t  1)    t  1   dt
4 4  t  1 
t2 1  1 
Voltando fazer a divisão do P(t)   Ln(t  1)   (t  1)   dt
poliômio, obtemos: 4 4  t  1 
t2 1   1  
P(t)   Ln(t  1)     (t  1)  dt     dt 
4 4   t  1  
t2 1 1 dt
P(t)   Ln(t  1)    ( t 1)  dt   
4 4 z 4 t 1
w

Loga a a fração parcial definitiva é a junção t 2


1 1 dw
das duas partes: P(t)   Ln(t  1)    z  dz   
4 4 4 w
2 2
t 1 z 1
P(t)   Ln(t  1)     Ln w  C
4 4 2 4
2
t (t  1) 2 1
P(t)   Ln(t  1)    Ln t  1  C
4 8 4

Como Q(0) = 2000 e o valor de t = 0, obtemos C.

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Substituindo C, na equação obtemos:

15) Para estudar a degradação por bactérias de certos rejeitos perigosos, com alto teor de

substâncias tóxicas, os pesquisadores muitas vezes usam a equação de Haldane

onde a, b e c são constantes positivas e S(t) é a concentração do substrato (a substância sobre a qual
as bactérias atuam). Determine a solução geral da equação de Haldane. Expresse a resposta em
forma implícita (como uma equação envolvendo S e t).
Solução:

16) Resolva a equação logística de acordo com o roteiro a seguir:

(a) Determine os valores dos coeficientes A e B para que (Observação:

A e B são expressões que envolvem k e m.)


Solução:

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Logo o valor e .

(b) Calcule o valor de onde A e B são as expressões encontradas no item (a).


Solução:
, como já calculamos os valores de A e B, substituiremos na integral.

(c) Separe as variáveis da equação diferencial dada e resolva a equação, usando o resultado do item
(b). Expresse P(t) na forma P(t) = onde D e E são expressões que envolvem k e m.
Solução:

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17) Em química, a lei de ação de massa nos proporciona uma aplicação de integração que nos leva
ao uso de frações parciais. Uma substância A reage sob certas condições, com uma substância B
para formar uma terceira substância C de tal forma que a taxa de variação da quantidade de C seja
proporcional ao produto das quantidades de A e B restantes em qualquer tempo dado. Admitamos
que existam inicialmente  gramas de A e  gramas de B e que r gramas de A combinem com s
gramas de B. (cálculo estequiométrico), para formar (r + s) gramas de C. Se x é o número de
gramas da substância C em t unidades de tempo, então C contém gramas de A e

gramas de B (balanceamento). Então, o número de gramas da substância A restante é ,eo

número de gramas de substância B restante é . Portanto, a lei de ação de massa (empírica)


nos dá:

onde k é a constante de proporcionalidade (retirada experimentalmente). Esta equação pode ser


escrita como:

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colocando: ; ; a equação se torna: .

Desta forma:

Uma reação química causa uma combinação de magnésio (substância A) com ácido fórmico
(substância B), formando uma substância C tal que a lei de ação de massa seja obedecida. Se a = 8 e
b = 6 na equação acima, e em 10 min são formadas 2g de substância C, quantas gramas de C são
formadas em 15 minutos ? Qual a substância C?
Solução:
Sendo x gramas a quantidade de substância C em t minutos, temos as condições iniciais mostradas
na tabela abaixo:
t 0 10 15
x 0 2 x15
A equação da lei de ação de massa torna-se:

Então:

Verificamos que , obtendo:

Desta forma:

Integrando, temos:

ln

Se x = 0  t = 0 , e obtemos C = ¾ . Logo:
Para x = 2, t = 10, e obtemos e-20K = 8/9

Substituindo x = x15 e t = 15 na equação encontrada:

Onde: , Portanto, temos 2,6g de substância C formada em 15 minutos.

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Questões Propostas
01) Um corpo está se movendo de tal forma que sua velocidade após t minutos é v(t) = 1 + 4t + 3t2
metros por minuto. Que distância o corpo percorre no terceiro minuto? R: 30 metros

02) Um corpo está se movendo de tal forma que sua velocidade após t minutos é v(t) = 3 + 2t + 6t2
metros por minuto. Que distância o corpo percorre no segundo minuto? R: 20 metros

03) Estima-se que daqui a t anos o valor de certo terreno estará aumentando à razão de V’(t) reais
por ano. Escreva uma expressão para o aumento do valor da terra nos próximos 5 anos.
R: A = V(5) - V(0).
04) Os organizadores de uma exposição estimam que t horas após os portões serem abertos às 9 h,
os espectadores estarão chegando à razão de N’(t) pessoas por hora. Escreva uma expressão para o
número de pessoas que entrarão na exposição entre 11 h e 13 h. R: N(4) - N(2).

05) Uma cadeia de supermercados recebe uma remessa de 12.000 latas de óleo de soja que deverão
ser vendidas à taxa constante de 300 latas por semana. Se o custo para armazenar as latas é 0,2
centavo por lata por semana, quanto a cadeia de supermercados terá que pagar em custos de
armazenamento durante as próximas 40 semanas? R: C(40) - C(0) = R$ 480,00

06) Estima-se que daqui a t anos a população de certa cidade à beira de um lago estará aumentando
à razão de 0,6t2 + 0,2t + 0,5 mil habitantes por ano. Os ecologistas descobriram que o índice de
poluição do lago aumenta à razão de aproximadamente 5 unidades para cada 1.000 habitantes. Qual
será o aumento do índice de poluição do lago nos próximos 2 anos? R: 15 unidades

07) Um estudo ambiental realizado em certa cidade revela que daqui a t anos o índice de monóxido
de carbono no ar estará aumentando à razão de 0,1t + 0,1 partes por milhão por ano. Se o índice
atual de monóxido de carbono no ar é 3,4 partes por milhão, que será o índice daqui a 3 anos?
R: 4,15 ppm
08) Um fabricante estima que o custo marginal seja 6q + 1 reais por unidade quando q unidades são
fabricadas. O custo total (incluindo o custo fixo) para produzir a primeira unidade é R$ 130,00.
Qual é o custo para produzir as primeiras 10 unidades? R: R$ 436,00

09) Um fabricante estima que a receita marginal seja 100q-1/2 reais quando o nível de produção é q
unidades. O custo marginal correspondente é 0,4q reais por unidade. O lucro do fabricante é R$
520,00 quando o nível de produção é 16 unidades. Qual é o lucro do fabricante quando o nível de
produção é 25 unidades? R: R$ 646,20.

10) O lucro marginal (a derivada do lucro) de uma certa companhia é 100 - 2q reais por unidade
quando q unidades são fabricadas. Se o lucro da companhia é R$ 700,00 quando 10 unidades são
fabricadas, qual é o maior lucro possível da companhia? R: R$ 2.300,00.
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11) A receita marginal associada à fabricação de x unidades por dia de um determinado produto é
R'(x) = 240 – 4x reais por unidade por dia. Qual é a função de receita R(x)? Suponha que R(0) = 0.
Qual é o preço cobrado por unidade quando estão sendo produzidas 5 unidades por dia?
R: R$ 230,00.
12) De acordo com uma das leis de Poiseuille para o fluxo de sangue em uma artéria, se v(r) é a
velocidade do sangue a r cm do eixo central da artéria, a taxa de variação da velocidade com r é
inversamente proporcional a r, ou seja v'(r) = -ar onde a é uma constante positiva. Escreva uma
expressão para v(r) supondo que v(R) = 0, onde R é o raio da artéria.

R:

13) Um botânico descobre que certo tipo de árvore cresce de tal forma que sua altura h(t) após t
anos está variando a uma taxa de h'(t) = 0,06t2/3 + 0,3t1/2 metros/ano. Se a árvore tinha 60 cm de
altura quando foi plantada, que altura terá após 27 anos? R: 37,42 m

14) Um ecologista observa que a população P(t) de uma espécie ameaçada de extinção está
aumentando à razão de P’(t) = 0,5 le-0,03t animais por ano, onde t é o número de anos após
começarem a ser feitos os registros: Se no ano em que começaram a ser feitos os registros a
população era de 500 animais, qual será a população 10 anos mais tarde? R: 504

15) Uma toxina é introduzida em uma colônia de bactérias; t horas depois, a taxa de variação da

população da colônia é dada pela expressão . Se existiam 1 milhão de bactérias na

colônia no instante em que a toxina foi introduzida, qual é a expressão de P(t)? [Sugestão: lembre-
se de que 3x = ex ln 3.]. R:

16) Seja f(x) o número total de itens que um paciente é capaz de memorizar x minutos após ser
apresentado a uma longa lista de itens. Os psicólogos chamam a função y = f(x) de curva de
aprendizado e a função y' = f'(x) de taxa de aprendizado. O instante de máxima eficiência é aquele
para o qual a taxa de aprendizado é máxima. Suponha que a curva de aprendizado seja dada pela
expressão f'(x) = 0,1(10 + 12x - 0,6x²) para 0 x 25:
(a) Qual é a taxa de aprendizado no instante de máxima eficiência? R: 7 itens por minuto
(b) Qual é a função f(x)? R:

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(c) Qual é o maior número de itens que o paciente consegue memorizar? R: 100 itens

17) Em um artigo escrito em 1971, V. A. Tucker e K. Schmidt-Koenig investigaram a relação entre


a velocidade v (em km/h) de um pássaro em vôo e a energia E(v) consumida pelo pássaro. O estudo
mostrou que para um tipo de periquito, a taxa de variação da energia com a velocidade é dada por

v > 0, Suponha que os cientistas tenham determinado que quando o

periquito está voando com a velocidade mais econômica (a que minimiza E), a energia consumida é
= 0,6 (calorias por grama por quilômetro). Qual é a função E(v)?

R:
18) Nosso espião está ao volante de um carro esporte, aproximando-se do esconderijo do assassino
de um amigo. Para não chamar atenção, mantém a velocidade em 96 km/h (27 m/s), dentro do
limite de 100 km/s. De repente, vê um camelo na estrada, 60 metros à frente. Leva 0,7 segundo para
reagir, pisando no freio, o que faz o carro desacelerar à taxa constante de 8 m/s 2. Será que consegue
parar antes de atingir o camelo? R: o carro percorreria 64 m de parar. O camelo já era.

19) A função de consumo para um certo país é c(x), onde x é a poupança nacional. Nesse caso, a
tendência marginal para o consumo é c’(x). Suponha que c'(x) = 0,9 + 0,3 e que o consumo é 10

bilhões de dólares para x = 0. Determine c(x). R:

20) Estima-se que daqui a t anos a população de certo país estará aumentando à razão de e0,02t
milhões de habitantes por ano. Se a população atual é 50 milhões de habitantes, qual será a
população daqui a 10 anos? R: R$ 849,61

21) O preço p(t) de um certo produto varia de tal forma que a taxa de variação em relação ao tempo
é proporcional à escassez D – S, onde D(p) e S(p) são as funções lineares de demanda e oferta D =
8 – 2p e S = 2 + p:
(a) Se o preço é R$ 5,00 para t = 0 e R$ 3,00 para t = 2, determine p(t). R:(a) p(t) = 2 + 3
(b) Verifique o que acontece a p(t) “ao longo prazo” (isso é, quando ).

22) Em um certo subúrbio de Los Angeles, a concentração de ozônio no ar, L(t), é 0,25 partes por
milhão (ppm) às 7 h. De acordo com o serviço de meteorologia, a concentração de ozônio t horas

mais tarde estará variando à razão de L’(t) = partes por milhão por hora (ppm/h):

(a) Expresse a concentração de ozônio L(t) em função de t. Em que instante a concentração de


ozônio é máxima? Qual é a concentração máxima de ozônio?
R: 0,37 ppm.

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23) O preço p (em reais) de um par de tênis Mike está variando a uma taxa dada por p’(x) =

onde x (em centenas de unidades) é o número de pares vendidos. Suponha que 500

pares de tênis (x = 5) sejam vendidos quando o preço é de R$ 75,00 o par:

(a) Determine a função de demanda p(x).R:

(b) Qual é o preço para que sejam vendidos 400 pares de tênis? Qual é o preço para que não seja
vendido nenhum par? R: P(4) = R$ 75,32 e P(0) = R$ 75,96.
(c) Quantos pares serão vendidos se o preço do par for R$ 90,00? R: Nenhum par foi vendido.
(d) Determine a função de receita R(x) = x p(x) e a receita marginal R'(x). Para que número de
pares vendidos a receita é máxima? R: R(x) não tem máximo, quando maior o número de pares
vendido, maior a receita.

24) Determine a função cuja tangente tem uma inclinação e cujo gráfico passa pelo ponto
(2, -3).

R:

25) Após t horas no emprego, um operário é capaz de produzir unidades por hora.
Quantas unidades o operário produz nas primeiras 3 horas?
R: R$: 176,87

26) Um fabricante observou que o custo marginal é reais por unidade quando q
unidades são produzidas. O custo total para produzir 10 unidades é R$ 200,00. Qual é o custo total
para produzir as primeiras 20 unidades?
R: R$: 239,75
27) Às vezes os sociólogos usam a expressão “difusão Social” para descrever o modo como a
informação se dissemina entre uma população. A informação pode ser um boato, uma novidade
cultural ou notícias sobre uma inovação técnica. Em uma população suficientemente grande, o
número de pessoas x que têm a informação é tratado como uma função derivada do tempo t e a taxa

de difusão, , é considerada proporcional ao número de pessoas que têm a informação

multiplicado pelo número de pessoas que não têm. Isso fornece a equação , onde N

é a população total. Suponha que t seja medido em dias, e duas pessoas dêem início a um

boato no momento t = 0 em uma população de N = 1.000 pessoas.

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a) Encontre x como uma função de t. R:

b) Quando metade da população terá ouvido o boato?(Esse é o momento em que o boato estará se
espalhando mais rápido).
R: 1,55 dias.
28) Muitas reações químicas são o resultado da interação de duas moléculas que sofrem uma
modificação para formar um novo produto. A velocidade da reação depende em geral da
concentração dos dois tipos de moléculas. Se a é a quantidade da substancia A e b é a quantidade da
substancia B no tempo t = 0, sendo x a quantidade do produto no momento t, então a velocidade de
formação de x pode ser dada pela equação diferencial.

ou

Onde k é uma constante de reação. Integre os dois lados dessa equação para obter uma relação entre
x e t.
a) Se a = b.
b) Se a b.
Considere nos dois casos que x = 0, quando t = 0.

29) Uma organização de defesa do meio ambiente solta 100 animais de uma espécie ameaçada de
extinção em uma reserva biológica. A organização acredita que a reserva tenha capacidade para
sustentar 1.000 animais e que a manada aumenta de acordo com o modelo de crescimento logístico,
ou seja, que o tamanho y da manada seja dada pela equação.

Onde t é medido em anos. Determine essa curva logística. (Para obter os valores da constante de
integração C e da constante de proporcionalidade k, suponha que y = 100, para t = 0 e y = 134, para
t = 2).

R:

30) Um único indivíduo infectado entra em contato com uma comunidade de 500 indivíduos
suscetíveis à doença. A doença se dissemina a uma taxa proporcional ao produto do número de
pessoas infectadas pelo número de pessoas suscetíveis que ainda não foram infectadas. O tempo que
a doença leva para infectar x indivíduos é dado pela função abaixo, onde t é o tempo em horas.

a) Determine o tempo necessário para que 75% da população seja infectada (para t = 0, x = 1).

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b) Determine o número de pessoas infectadas após 100 horas.

31) Depois de realizar algumas experiências com um novo sanduíche, uma lanchonete acredita que

as vendas de novo produto podem ser modelados pela função , onde t é o tempo em

semanas e S é a receita com a venda do sanduíche em milhares de reais. Determine a receita com a
venda do sanduíche após 10 semanas.
R: R$: 1.077,00
32) Um grama de uma cultura de bactérias está presente no instante t = 0, e 10 gramas é o peso
máximo que a cultura pode atingir. O tempo necessário para que o peso da cultura cheque a y

gramas é dado pela equação , onde y é o peso da cultura em gramas e t é o

tempo em horas.

a) Mostre que o peso da cultura no instante t é dado por , use o fato de que y = 1 para
t = 0.
33) O número de diplomas de doutorado concedidos nos Estados Unidos entre 1991 e 1998 pode ser

modelado pela função , onde t = 1 representa 1991 e N é o número de

diplomas em milhares. Determine o número total de diplomas concedidos entre 1991 e 1998 e o
número médio de diplomas concedidos no mesmo período.
R: 305.165 e 43.595
34) Uma organização de defesa do meio ambiente libera 100 animais de uma espécie ameaçada de
extinção em uma reserva biológica. A organização acredita que a população da espécie aumentará a

uma taxa dada pela equação , onde N é a população e t é o tempo em meses.

a) Use o fato de que y = 100 no instante t = 0 para determinar a população após dois anos.
R: 103
b) Determine o tamanho limite da população para um longo período de tempo.
R: 200

35) Em um campus universitário, 50 estudantes voltam das férias com uma gripe altamente

contagiosa. A taxa de disseminação do vírus pode ser modelada pela função ,

onde N é o número de estudantes infectados após t dias.


a) Determine o número de estudantes infectados t dias após o reinício das aulas.
b) Se nada for feito para conter a epidemia, o vírus chegará a infectar metade dos 1000 estudantes?

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AULA 15
Nesta aula veremos como resolver vários tipos de integrais trigonométricas, por varias
técnicas distintas que servirão de referencia para estudos posteriores.
4 - Integrais Trigonométricas: Vamos estudar agora as técnicas de integração trigonométricas.
4.1 - Integrais Usando Identidades Trigonométricas:
Do estudo da trigonometria temos varias identidades trigonométricas, nessa técnica
utilizaremos as fórmulas que constam na tabela abaixo e também das mudanças de variáveis que
são muitos úteis no cálculo de integrais trigonométricas.

● ●

● ●

● ●

● ●

● ●

● ●

Questões Resolvidas
01) Resolva as seguintes integrais usando a substituição com identidades trigonométricas:
1) = .

2)

3)

4)

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5)

6)

7)

8)

9)

10)

11)

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12)

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Questões Propostas
01) Resolva as seguintes integrais usando a substituição com identidades trigonométricas:

1) R:

2) R:

3) R:

4) R:

5) R:

6) R:

7) R:

8) R:

9) R:

10) R:

11) R:

12) R:

13) R:

14) R:

15) R:

16) R:

17) R:

18) R:

19) R:

20) R:

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4.2 - Integrais das Funções trigonométricas elevadas a n, sendo n potências de números
inteiros:
Nessas integrais, podemos usar artifícios de cálculo com auxilio das identidades
trigonométricas derivadas do Teorema Fundamental da Trigonometria , visando a
aplicação do método da substituição, estudaremos dois casos possíveis quando n é um número par
ou n é um número impar.

1) 3) 5)

2) 4)

4.2.1 – Integrais da Forma: ou onde n são inteiros positivos.

4.2.1.1. Se n for impar 4.2.1.2. Se n for par

4.2.2 – Integrais da Forma: , onde m e n são inteiros positivos.


Quando pelo menos um dos expoentes é impar usamos a identidade 1 e quando os dois
expoentes são pares usamos 2 e 5 e, eventualmente, também 1.

4.2.2.1 Se n ou m for impar, suponhamos m impar

4.2.2.2 Se n ou m forem pares

4.2.2.3 Se n ou m forem iguais

4.2.3 – Integrais da Forma: ou onde n são inteiros positivos.

4.2.3.1.

4.2.3.2.

4.2.4 – Integrais da Forma: ou onde n é um inteiro positivo se for par ,


aplicar as substituição indicadas se o n for impar aplicar o método da integração por partes.

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4.2.4.1.

4.2.4.2.

4.2.5 – Integrais da Forma: , onde n e m são inteiros positivos.

4.2.5.1. Se n for par

4.2.5.2. Se m for impar

4.2.5.3. Se n for impar e m for par (Integração por partes).


4.2.5.4. Se n e m for impar substituir as identidades 4 e 3 nas respectivas funções trigonométricas.

4.2.6 – Integrais da Forma: , onde n e m são inteiros positivos.

4.2.6.1. Se n for par

4.2.6.2. Se m for impar

4.2.6.3. Se n for impar e m for par (Integração por partes)


4.2.6.4. Se n e m for impar substituir as identidades 4 e 3 nas respectivas funções trigonométricas.

4.2.7 – Fórmulas de redução ou recorrência:


O método de integração por partes pode ser usado para obtermos fórmulas de redução ou
recorrência. A idéia é reduzir uma integral em outra mais simples do mesmo tipo. A aplicação
repetida dessas fórmulas nos levará ao cálculo da integral dada. As mais usadas são:

1)

2)

3)

4)

5)

6)

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Questões Resolvidas
01) Resolva as seguintes integrais usando as regras de potências das funções trigonométricas:

1)
Solução:
cos5 x  (cos 2 x) 2  cos x  cos x  dx   (cos x  2sen x  cos x  sen x  cos x)  dx
5 2 4

cos5 x  (1  sen 2 x) 2  cos x


 cos x  dx   cos x  dx  2 sen x  cos x  dx   sen x  cos x  dx
5 2 4

cos5 x  (1  2sen 2 x  sen 4 x)  cos x 2 1


cos x  cos x  2sen x  cos x  sen x  cos x 
5 3 5
5 2 4 cos x  dx  sen x   sen x   sen x  C
3 5

2)
Solução:
1 1
cos 2 x   1  cos 2x   cos 3x  dx   2  1  cos 6x   dx
2

2
1 1   1  dx  cos 6x  dx 
cos 2 3x   1  cos 3  2x    
2   2  
2
cos 3x  dx  1  cos 6x  dx
2 
1 1 1
cos 2 3x   1  cos 6x   cos 3x  dx  2  x  12  sen 6x  C
2

3)
Solução:
sen 3 2x  (sen 2 2x)  sen 2x  sen 2x  dx   (sen 2x  cos 2x  sen 2x)  dx
3 2 2

sen 3 2x  (1  cos 2 2x) 2  sen 2x


 sen 2x  dx   sen 2x  dx  2 cos 2x  sen 2x
3 2 2

sen 3 2x  sen 2 2x  cos 2 2x  sen 2x 1 1


 sen 2x  dx   2 cos 2x  6  cos 2x  C
3 3

4)
Solução:
2
1  3 1 1 
sen x  (sen x)  sen x    1  cos 2x   sen x  dx    8  2  cos 2x  8  cos 4x   dx
4 2 2 4 4

2 
 1  2
2
3 1 1
 sen x  dx  8  dx  2  cos 2x  dx  8  cos 4x  dx
4
sen 4 x     1  cos 2x  
 2  
3 1 1
 sen x  dx  8  x  2  sen 2x  32  sen 4x  C
4
 1  

sen 4 x     1  2cos 2x  cos 2 2x  
 4  
 1   1  cos 4x  
sen 4 x     1  2cos 2x  
 4   2 
3 1 1 
sen 4 x     cos 2x   cos 4x 
8 2 8 

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5)
Solução:

6)
Solução:

7)
Solução:
tg 3 3x  tg 3x  (tg 2 3x)  tg 3x  dx   (tg 3x  sec 3x  tg 3x)  dx
3 2

tg 3 3x  tg 3x  (sec 2 3x  1)  tg 3x  dx   tg 3x  sec 3x  dx   tg 3x  dx
3 2

tg 3 3x  tg 3x  sec 2 3x  tg 3x 1 2 1

3
tg 3x  dx   tg 3x   Ln cos 3x  C
6 6

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8)
Solução:
 tg x  dx   (tg x  sec x  tg x)  dx
4 2 2 2
tg 4 x  tg 2 x  (tg 2 x)
tg 4 x  tg 2 x  (sec 2 x  1)  tg x  dx   tg x  sec x  dx   tg x  dx
4 2 2 2

tg 4 x  tg 2 x  sec 2 x  tg 2 x 1
 tg x  dx  3 tg x   (sec x  1)  dx
4 3 2

1
 tg x  dx  3 tg x   sec x  dx   dx
4 3 2

1
 tg x  dx  3 tg x  tg x  x  C
4 3

9)
Solução:

10)
Solução:

Resolvendo as Integrais por partes usando as fórmulas de recorrências

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Substituindo as Integrais I e II e finalizando os cálculos obtemos:

11)
Solução:

12)
Solução:

13)
Solução:

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14)
Solução:

15)
Solução:

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16)
Solução:

Questões Propostas
01) Resolva as seguintes integrais usando as regras de potências das funções trigonométricas:

1) R:

2) R:

3) R:

4) R:

5) R:

6) R:

7) R:

8) R:

9) R:

10) R:

11) R:

12) R:

13) R:

14) R:

15) R:

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Universidade Paulista Curso de Engenharia Básica Pág.92
4.3 - Integrais Usando Substituições Trigonométricas:
Muitas vezes, substituições trigonométricas convenientes nos levam à solução de uma
integral. Se o integrando contém funções envolvendo as expressões , e

. Sempre é possível fazermos uma substituição adequada conforme a tabela:


Substituição
Caso Radical Valor de u Derivada
Trigonométrica

II

III

Demonstramos I o desenvolvimento do radical .


bu
sen θ  a 2  b2  u 2
a cos θ 
a
a  sen θ  b  u
a  cos θ  a 2  b 2  u 2
a
 sen θ  u, elevando ao quadrado
a b a  cos θ  a 2  a 2  sen 2θ
bu 2
a  a  cos θ  a 2  (1  sen 2θ)
θ   sen θ   u
b 
2

2 2 2 a  cos θ  a 2  cos 2θ
a b u a
2
2 2
a  cos θ  a  cos θ
   sen θ  u
b
a2
2
 sen 2θ  u 2
b
a 2  sen 2θ  b 2  u 2
Demonstramos II o desenvolvimento do radical .

a
cos θ 
3 BED Equation.3 Erro! Indicador não definido.
a 2  b2  u 2
1 a

a 2  b2  u 2 sec θ a 2  b2  u 2
bu a  sec θ  a 2  b 2  u 2
θ a  sec θ  a 2  a 2  tg 2θ
a
a  sec θ  a 2  (1  tg 2θ)
a  sec θ  a 2  sec 2 θ
a  sec θ  a  sec θ

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Demonstramos III o desenvolvimento do radical .


a b2  u 2  a 2
cos θ  tg θ 
bu a
1 a
 a  tg θ  a  sec 2θ  a 2
2
sec θ b  u
bu
a  sec θ  b  u a  tg θ  a 2  (sec 2θ  1)
θ b2  u 2  a 2
a 2
u   sec θ, elevando ao quadradoa  tg θ  a  tg θ
2
a b
2 a  tg θ  a  tg θ
2 a 2
u     sec θ
b
a2
u  2  sec 2θ
2

b
b  u  a 2  sec 2θ
2 2

Obs: Repare que a variável final é . A expressão correspondente, na variável original, é Obtida
usando-se um triângulo retângulo.
Questões Resolvidas
01) Resolva as seguintes integrais usando as substituições trigonométricas:

1)

Solução:

.
Devemos agora voltar à variável original “x”.

Como logo
4  x2 x

 .

2
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Daí, .

Portanto , .

2)

Solução:

Voltando para a variável original “x”.


4
Como logo x
θ .

Daí, ,

Portanto, .

3)

Solução:

Como já resolvemos nos exercícios resolvida de integração por partes 09 temos como resposta
substituindo na solução acima obtemos:

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Voltando para a variável original “x”.


Como , Logo temos

x
x2  4
Daí,
θ .
Ver início do exercício

Portanto:

4)

Solução:

Voltando para a variável original “x”.


3
Como: logo x

θ
Do triângulo ao lado, , 9  x2

Portanto, .

5)

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Solução:

Voltando para a variável original “x”.


9  4x 2 2x
Do triângulo ao lado: logo e
θ
3

Portanto, .

6)

Solução: Arrumando o Integrando para depois resolver a integral.

a 2  9  a  3; b 2  4  b  2;
 4( x  3)  9
2
 2 2
 2 u  (x  3)  u  x  3
 4(x  6x  9)  9 
 2 u  a  sec θ  3  sec θ  u  x  3  3  sec θ
 4x  24x  36  9  b 2 2
 4x 2  24x  27  4( x  3) 2  9  3
 dx   sec θ  tg θ  dθ
 2
Como e
e elevando ambos os membros ao quadrado temos.

, logo fazendo a multiplicação obtemos.

Substituindo na integral e resolvendo temos:

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Do triangulo ao lado obtemos a cossec .

4x 2  24x  27
sen θ 
2x  6
2x - 6 1 4x 2  24x  27
2
θ
4x  24x  27 cossec θ

2x  6
3 2x  6
cossec θ 
4x 2  24x  27
2(x  3)
cossec θ 
4x 2  24x  27

Substituindo na integral finalmente obtemos.

Questões Propostas
01) Resolva as seguintes integrais usando as substituições trigonométricas:

1) R:

2) R:

3) R:

4) R:

5) R:

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6) R:

7) R:

8) R:

9) R:

10) R:

11) R:

12) R:

13) R:

14) R:

15) R:

4.4 - Integrais das Funções racionais de seno e cosseno:

A substituição ver figura abaixo, reduz o problema de integrar qualquer função


racional de e a um problema que envolve uma função racional de z. Isso pode ser
resolvido com frações parciais.

As equações abaixo podem ser desenvolvias:

1) 3)
1 + u2
2u
2) 4) x1 - u 2

Demonstração:

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A primeira equação obtem-se derivando a equação 1 as demais equações são obtidas do
triângulo acima e usando e elevando ambos os membros ao quadrado.

sen x 1 u2 x
4) u  , e como cos x  2 1) u  tg  
1  cos x 1 u 2
u  (1  cos x)  sen x x
 arc.tg u
 1 u  2
2
u  1  2 
 sen x
 1 u  x  2  arc.tg u
1  u 2  1  u 2  dx 1
u  sen x  2
 du 1 u2
 1 u2 
2du
 2  dx 
u 2 
 sen x 1 u2
1  u 
 2u 
sen x  
1  u 
2

Questões Resolvidas
01) Resolva as seguintes integrais usando as substituições das funções racionais de seno e cosseno:

1)

2)

onde: Substituindo agora obtemos.

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3) Usando a decomposição

0x  2 A(1  z)  B(1  z) A B 1 1
(1  z 2 )

(1  z)(1  z)  1  z  dz   1  z  dz   1  z  dz   1  z  dz 
0x  2 A  Az  B  Bz dz dz dw dw dw dw
(1  z 2 )

(1  z)(1  z)
 1 z   1-
z

w

w

w

w

u u
0x  2 Bz  Az  A  B dw dw

(1  z 2 ) (1  z)(1  z)  w

w
 Ln w  Ln w  C  Ln 1  z  Ln 1  z  C
0x  2 (B  A)z  A  B
 x
(1  z 2 ) (1  z)(1  z) 1  tg  
2 x π
Ln  C  Ln tg     C
B  A  0 x 2 4
  A 1 e B 1 1  tg  
 A  B  2 2

4)

5)

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Questões Propostas
01) Resolva as seguintes integrais usando as substituições das funções racionais de seno e cosseno:

1) R:

2) R:

3) R:

4) R:

5) R:

6) R:

7) R:

8) R:

9) R:

10) R:

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AULA 16
Nesta aula estudaremos a integral definida e suas aplicações diversas nas demais áreas do
conhecimento humano.
Áreas por Integral definida
Podemos determinar a área de regiões simples como polígonos e círculos usando fórmulas
geométricas conhecidas. E para as demais regiões, como podemos calcular a saída é utilizarmos o
conceito de Integral Definida, que nada mais é do que a área da região delimitada pelo gráfico de f,
pelo eixo x e pelas retas x = a e x = b onde a notação é.

a = Limite inferior de integração com


b = Limite superior de integração.

Veja o gráfico
y
y = f(x)

x
0
a b
Exemplo:
Calcule a área da figura formada sob a curva da função f(x) = 3x no intervalo x [ 0, 3 ].
Solução:
y
9

A = 13,5 u.a A

3 x
0
Neste exemplo, não utilizamos o conceito de integral, pois a área era um triângulo, portanto
. Veja o desenvolvimento a seguir

y y = f(x)

A
Região sob o gráfico de f.

0 a b x

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Vamos tentar preencher esta área com retângulos:
y = f(x)

* Apesar do gráfico não demonstrar, (devido a problemas


A técnicos) todos os retângulos tocam a curva f(x) em um ou dois
pontos. E nunca a ultrapassam.

0 x0 x1 x2 ............... ................................. xn x

a b

Temos um polígono não regular, que “quase” preenche a área A, formado por retângulos
de base e altura f(xi), portanto Aretângulo = f(xi). .
Note que quanto menor , maior o número de retângulos ( n ) e mais próximo da área
sob a curva vai estar a área do polígono, logo quando , temos n e Apolig. A.
Daí, vamos expandir o conceito de Integral Definida para.

Ou seja, a área sob a curva é a somatória das áreas dos retângulos de área f(xi). , quando

e n ( nº de retângulos ) .

Integral Definida (Integral de Riemann): Integral definida corresponde à soma algébrica


das áreas, onde aquelas acima do eixo das abscissa são positivas e aquelas abaixo dos eixo das

abscissa serão precedidas de sinal negativo, ou seja, , onde

e .
Definição: Integral definida (de Riemann): Seja uma função contínua num intervalo

, então se o limite existe, a função é integrável em no

sentido de Riemann, e é definida por , onde a integral definida de

, no intervalo , dará uma nova função calculada no intervalo , o que é

escrito na forma , ou seja, , isto é, .

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Observação: Seja uma função integrável em no sentido de Riemann, então a integral


definida de Riemann é numericamente igual à área "com sinal" sob o gráfico de , entre
e . abscissa são positivas e aquelas abaixo dos eixo das abscissas serão precedidas de sinal

negativo, ou seja, .

 Definições:
a) Se é uma função contínua no intervalo fechado , então é Riemann - integrável
em .
Se é uma função limitada e seccionalmente contínua no intervalo fechado , então
é Riemann – integrável em .

Teorema Fundamental do Cálculo

Seja f uma função contínua em [ a, b ] e A(x) a área compreendida entre a e x, temos:

y
y = f(x)

A(x)
A
0 x
a x b
(x+ )

Temos: f(x) = A’(x) ( Def. pelo limite ) --- f(x) é derivada da integral A(x).
A(x) = F(x) + C ( Def. de Integral ).
F’(x) = f(x) ( Derivada da Integral ).
A(a) = 0 , portanto 0 = F(a) + C C = -F(a).

Daí, A(x) = F(x) + C A(x) = F(x) – F(a) .

Logo A(b) = F(b) – F(a), portanto temos:

Teorema Fundamental do Cálculo

Notação mais comum é:

Com F a integral de f(x).

Propriedades das Integrais Definidas

1) ; k : cte.

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2) .

3) ; a < c < b.

4) .

5)

Mudança de Variável na Integral definida


Teorema: Seja f uma função contínua num intervalo I e sejam a e b dois reais quaisquer em
I. Seja , com g’ contínua em , tal que . Nestas condições:

Demonstração: Como f é continua em I, segue que f admite uma primitiva F em I. Assim,

A função , é uma primitiva de ; de fato

ou seja , pois F’ = f. logo:

Por hipótese, . Substituindo os valores em I, obtemos:

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Questões Resolvidas
01) Calcule a área sob a curva y = x2, no intervalo [ 2, 3 ].
Solução:
y y = x2

A A=
A=
x
0 2 3

02) Idem para f(x) = 2x, no intervalo [ 0, 1 ].


Solução:

A= A = 1 u.a .

3)

4)

45 .

03) Calcule as integrais definidas mudando a variável abaixo:

1)

Solução:

2)
Solução: 1 1 1 1 1
1 1  1 2x  1  dx  
0
u  du   u  du 
2 2 0
u  2x  1, ou seja, x  u  2
2 2  3 
1

3 1 1
 1 1 1 1
'
1 1 1
1
 1 u 2   1 2  1 3
 x   u   dx    u    du ou dx   du 0 u  du    3      u     u 
2 2
 2 2 2 2 2 2 2  2 3 0  3 0

 1  2  0

 x   u  0  x 1 u 1 1 1
2  13 
3 3

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3)
Solução:

4)
Solução:
 du
1  x  1 2 du 1 1 1 Ln 2
 Ln u 1  Ln x 1   Ln 2  Ln 1 
2 2
1 1 2xdx   x   dx  
2 0 x 2
 0 2
1  2 1 u 2 2 2 2
 1
u

u  x  1  du  2x  dx
2


x  0  u 1
x  1 u2

Questões Propostas
01) Calcule as integrais definidas abaixo:

1) R: 0

2) R: 4,9904

3) R: 1

4) R:

5) R:

6) R: 1

7) R:

8) R:

9) R:

10) R:

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11) R:

12) R:

13) R:

14) R:

15) R:

16) R:

17) R: 0,335

18) R:

19) R:

20) R:

21) R:

22) R:

23) R:

24) R:

25) R:

26) R:

27) R:

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28) R:

29) R:

30) R:

Aplicações da Integral Definida


Já vimos que a integral definida pode ser considerada como a aérea sob a curva de f(x) num
intervalo [ a , b ].Vamos ver agora outras aplicações.

a) - Áreas entre curvas (ou área de uma região delimitada por dois gráficos)
Tomemos duas curvas y = f(x) e y = g(x) onde A é a área delimitada pelas curvas entre as
retas x = a e x = b, com f e g contínuas em [ a , b ] e f(x) g(x), veja a figura.

y g(x)
f(x)

0 a b x

Analogamente ao que já estudamos, temos A = , quando n .


Logo temos

A=

Questões Resolvidas
01) Ache a área delimitada pelos gráficos de f(x) = x2 + 2 e g(x) = x para 0 x 1.
Solução:
f(x)
y

g(x)
A
0
x
1

A= =

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A u.a.

02) Idem para f(x) = ex e g(x) = e-x em [ 0, 1 ].


Solução:

y f(x)

A
g(x)

x
0 1

A=

= e – 1 + e-1 –1 = e + -2 A u.a .

Questões Propostas
01) Calcule as áreas entre as curvas nos pontos especificados:
1) entre R: 15 u.a

2) e R: u.a

3) e R: u.a

4) e entre R: u.a

5) e R: u.a

6) e entre R: u.a

7) e entre R: u.a

8) e entre R: 19,5 u.a

9) e R: u.a

10) e entre R: u.a

11) R: 2 u.a

12) R: u.a

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b) - Comprimento de Arco

Seja um arco AB, definimos o seu comprimento como o limite da soma dos comprimentos
das cordas consecutivas . Quando o número de cordas ( n ) tende
ao infinito, seu comprimento tende a zero, daí a somatória tende ao comprimento do arco .

Veja o gráfico:

y
Pn-1
d ●
P1 ● B ( b, d )
● P2
● ● ● P3
c A ( a, c )
x
0 a b

Se A ( a, c ) e B ( b, d ) são dois pontos da curva F(x,y) = 0, o comprimento do arco AB é


dado por:

S= ou

Variação em x ou Variação em y

Se A, dado por u = u1 e B, dado por u = u2, são pontos de uma curva definida pelas
equações paramétricas x = f(u ) e y = g(u), o comprimento do arco AB é dado por:

S=

Questões Resolvidas

1 ) Ache o comprimento do arco da curva y = de x = 0 a x = 5.

Solução:

Como temos a variação em x.

Daí: S =

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S= u.c S= u.c S 12,4074 u.c .

2 ) Idem para x = de y = 0 a y = 4.

Solução:

Como temos a variação em

Daí, S =

S= u.c. S 24,4129 u.c .

3 ) Idem para a curva x = t2 , y = t3 e t = 0 a t = 4.


Solução:
Como temos a curva definida parametricamente.

Daí. S =

temos

S 66,3888 u.c.

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c) - Área de uma superfície de Sólido de Revolução
c.1) - Área de uma superfície gerada pela rotação em torno do eixo Ox de uma curva regular y =
f(x), entre os pontos x = a e x = b é expressa pela fórmula:

SX = ou

c.2) - Área de uma superfície gerada pela rotação em torno do eixo Oy de uma curva regular y =
f(x) , entre os pontos x = a e x = b é expressa pela fórmula:

SY = ou

x = f(u)
Obs.:Para as equações Paramétricas temos
y = g(u)

SX =

SY =

c.3) - Sólido de Revolução: Obtem-se fazendo uma região plana revolver em torno de uma Reta ou
eixo de revolução. ( Veja figura )*
* Eixo de Revolução

Região
Plana

Eixo de

Revolução

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Exemplos:

1 ) Ache a área da superfície gerada pela revolução, em torno do eixo Ox, do arco da parábola y2 =
12x, de x = 0 a x = 3.
Resolução:

x
0 3
a
b

1º Modo:

y2 = 12x y=

SX =

Daí.

SX =

SX =

SX 43,8822 u. a .

2º Modo:

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y2 = 12x x=

SX =

.
Daí.

SX =

SX =

SX 43,8822 u. a .

x = 2cos - cos 2
2 ) Idem para a cardióide para [ 0, ].
y = 2sen - sen2

c.4) - VOLUME DO SÓLIDO DE REVOLUÇÃO ( Método do Disco )

Abaixo temos o esquema de como calcularemos o volume de um sólido de revolução.


1 ) Seja a função f(x) geratriz, usamos o conceito, já visto, de integral definida, ou seja,
aproximação por n retângulos.

f(xi)

f(x)

0 a b x

2 ) Ao rotacionarmos cada retângulo em torno eixo 0x , temos vários discos ( cilindros circulares )
com volume V = área da base x Altura = { .[ f(xi) ]2}. onde f(xi) = raio.

y f(xi)

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0 x

a b

Somando-se o volume de cada disco temos o valor aproximado do volume do sólido de


revolução, ou seja, aproximação por n discos.

3 ) Usando a lógica dos infinitésimos ( com ) temos o volume do sólido estudado.


y

0 x

a b

Logo, temos, o Volume do sólido de revolução, em torno do eixo 0x, da região entre o
gráfico de f e os eixos x [ a, b ] como sendo:

Analogamente, ao rotacionarmos em torno do eixo 0y, temos o Volume do sólido de


revolução, da região entre o gráfico de g e os eixos y [ c, d ] como sendo:

Obs: Se a rotação se efetua ao redor de uma reta paralela a um dos eixos coordenados, temos:

y = f(x)

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0 a b x

M
y

x x = g(y)

0 x

c.4.1) - MÉTODO DA ARRUELA ( ou entre duas funções f(x) e g(x)


Usado quando possui um “ buraco “. A demonstração é análoga ao método do disco onde
f(x) e g(x) são os raios que delimitam o sólido externa e internamente, daí:

Rotação em torno do eixo 0x

Rotação em torno do eixo 0y

Exemplos:
1) Determine volume do sólido formado pela revolução em torno do eixo x, da região delimitada
pelo gráfico de f(x) = -x2 + x e pelo eixo x.
Solução:

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y = -x2 + x

a b
x

{ -x2 + x x.( -x + 1 ) = 0

2) Idem para y =x3 limitada por y = 8 e x = 0, rotação em torno do eixo 0y.


Solução:

y
y = x3
y = f(x) = x3
8
por tanto:

0 =

3) Calcule o volume do sólido gerado pela revolução, em torno do eixo 0x, da região limitada pelos
gráficos das funções f(x) = e g(x) = 3. ( Método da arruela )
Resolução:
x
y
f(x) =

● ●
● ●
a b x

g(x) = 3

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Cálculo de a e b

f(x) = g(x) = 3 =3 25 – x2 = 9 x2 = 25 – 9 x2 = 16 .

Portanto

Exercícios:
1 ) Calcule a área da região A.
x’ = y3-y

y
1

Use

x”x = 1 – y4

-1

2 ) Idem para:
y

f(x) = 3x3 –x2 – 10x

a
● ●c x

g(x) = -x2 + 2x

Dica: Encontre a, b e c
b

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3 ) Idem para:
y

y = x2 + 2x + 1
y=x+1
A
1

-1 0 x

4 ) Encontre o comprimento da curva y = 5x –2 ; -2 x 2.

5 ) Idem para x = de P ( 0, 0 ) até Q ( 8, 4 ); y [ 0, 4 ].

x = 4sen3t
6 ) Idem para a hipociclóide ; t [ 0, 2 ].
y = 4cos3t

7 ) Calcular a área obtida com a revolução, em torno do eixo Ox do arco da parábola y2 = 8x ; 1 x


12 .

8 ) Idem para x = ;1 y 4 ; rotação em Oy .

9 ) Idem para y = ; 1 y 2 ; rotação em Oy .

10) Calcule o volume do corpo criado ao girarmos, ao redor do eixo Ox, da superfície compreendida
entre as parábolas f(x) = x2 e g(x) = .

11) Calcule o volume do sólido gerado pela revolução, em trono da reta y = 2, da região limitada
por y = 1 – x2 , x = -2, x = 2 e y = 2.

y=2 -1 1
-2 2 x

12) Encontrar o volume do sólido gerado pela rotação, em torno do eixo Ox , da região limitada por
[f(x)]2 = 16x e g(x) = 4x .
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13) Um tanque, na asa de um jato, tem como modelo, o sólido gerado pela revolução, torno do eixo
Ox , da região delimitada pelo gráfico y = e pelo eixo x e y são dados em metros.
Qual o volume do tanque?
Obs. : Considere 0 x 2.
Respostas:

1) A = 1,6 u.a

2) A = 24 u.a

3) A = u.a 9 ) Sy 63,497 u.a

4) S 20,40 u.c 10 ) Vx = u.v

5) S 9,073 u.c 11 ) Vx = u.v

6) S = 0 u.c 11 ) Vx = u.v

7) Sx 177,96 u.a 12 ) Vx = u.v

8) Sy 9,819 u.a 13 ) V = 0,0033 m3 0,1047 m3 104,71 litros

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