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M.’. R.’.

GRANDE LOJA MAÇONICA DO ESTADO DO PARÁ


A.’. R.’.L.’. S.’.PAZ E CONCÓRDIA – Nº 83
OR.’. DE ELDORADO DO CARAJÁS

PEÇA DE ARQUITETURA DO I GRAU: APRENDIZ MAÇOM


7ª INSTRUÇÃO
AP.’. M.’. JUDSON SILVA MENDES
ORIENTADOR IR.’. 1° VIG.’. DANIEL RIBEIRO DE VASCONCELOS

Eldorado do Carajás/PA
- 2023 –

SÉTIMA INSTRUÇÃO DE APRENDIZ MAÇOM

VENERÁVEL MESTRE

IRMÃO PRIMEIRO VIGILANTE


IRMÃO SEGUNDO VIGILANTE

CAROS IRMÃOS,

Esta é a última instrução que completa ao aprendiz Maçom, seus conhecimentos da simbologia maçônica, ficando de posse
dos quatro primeiros números: 1, 2, 3 e 4. Estes números representam verdades misteriosas e profundas, ligadas intimamente
à própria simbologia das alegorias e emblemas que em nossos templos estão bem visíveis.

De certo modo já tenho aprendido meus iir:. Que tanto a bat: Quanto a march:. E a idade do ap:. m:. todas encerram com três,
três pancadas para a bateria, três passos para a marcha e três anos para a idade, então assim cheguei a conclusão que o
número 3 é primordial no grau de aprendiz e como quero realmente estar em condições de passar para o grau de
companheiro devo estudar cuidadosamente as propriedades desse número.

O emprego dos números sobre tudo de alguns números são muitos frequentes em monumentos conhecidos todos os povos
da antiguidade e da idade média fizeram uso emblemático e simbólico de alguns deles como faziam A ordem de
Companheiros e Construtores ao construir seus monumentos quando eram incumbidos a fazerem, As pirâmides do Egito são
exemplo de uso destes números e formulas, mostrando a direção do Meridiano Terrestre, o valor entre a circunferência e seu
raio, a medida do peso racional e até a distância aproximada da Terra ao Sol.

Os povos antigos tiveram um sistema numérico ligado intimamente a religião e ao culto, esse fato é o resultado da ideia que
então se fazia do mundo, segundo o qual a matéria é inseparável do espírito do qual exprime a Imagem e a Revelação.
Enquanto a matéria for necessária a forma e a dimensão existirá, enquanto o mundo for uma soma de dimensões, existirá o
número, e cada coisa terá seu número do mesmo modo que a forma e a dimensão existem, porém, alguns números
predominam na estrutura do mundo, no tempo e no espaço, e que formam, mais ou menos, a base fundamental de todos os
fenômenos da natureza. Esses números eram tidos como sagrados pelos antigos, como representação da ordem e da
inteligência das coisas e como expressão da própria divindade. Segundo os ensinamentos os números sagrados representam a
expressão imediata das Leis Divinas (que são as Leis da Natureza), compreendidas e estudas em nosso universo.

O NÚMERO UM: significa a unidade, é o princípio dos números, mas a unidade só existe pelos outros números, significa
também dizer que este número representa uma transição, um avanço, um progresso. Que é a passagem do abstrato para uma
existência definida, o que os antigos chamavam de pothos , isto é o desejo de sair do absoluto e de entrar no real para nós isso
quer dizer concreto.

O NÚMERO DOIS: nos explica a unidade, sua natureza representa a divisão, a diferença com relação a unidade. O número
DOIS é um número terrível, um número fatídico. É o símbolo dos contrários e, portanto, da dúvida, do desequilíbrio e da
contradição. Representa o bem e o mal, a verdade e a Falsidade, a luz e as trevas. A inércia e o movimento, enfim, todos os
princípios antagônicos, adversos. Por isso representa, na antiguidade, o inimigo, símbolo da dúvida. O aprendiz não deve
aprofundar-se no estudo desse número, porque é fraco, porque pode enveredar pelo caminho oposto ao que deveria seguir.
Por isto, o aprendiz maçom é guiado em seus trabalhos. A passagem pelo número 2 pode levá-lo ao abismo da dúvida. A
diferença, o desequilíbrio e o antagonismo que existem no número 2, podem ser vencidas com uma terceira unidade. O
número TRÊS, que também se converte em unidade.

O NÚMERO TRÊS: se tornou a unidade da vida, do que existe por si próprio, do que é perfeito. O Aprendiz Maçom o vê no
Oriente, o Delta Sagrado, luminoso, emblema do Ser ou da Vida, no centro do qual brilha a letra IÔD. O triangulo entre as
superfícies é a forma que corresponde ao número TRÊS e tem a mesma significação deste. Assim como o número três é o
primeiro número completo da série numérica, do mesmo modo o triângulo é entre as formas. O triângulo composto de três
linhas e três ângulos forma um todo completo e indivisível. Todos os outros polígonos subdividem-se em triângulos. Estes são
assim, o tipo de primitivo que serve de base a construção de todas as outras superfícies. É ainda, por essa razão, que a figura
do triangulo é o símbolo da existência da divindade bem como de sua Potência Produtora ou da Evolução. Para facilitar o
estudo dos números, a maçonaria faz uso de emblemas para atrair a atenção sobre suas propriedades essências, e assim deve
ser, porque nada do que é Sensível pode ser admitido a representar a unidade, mesmo porque só percebemos fora e em volta
de nós, diversidade e multiplicidade. A unidade manifesta em nós, na maneira de pensar, agir e sentir. Nossas ideias, levadas
ao pensamento de um TODO HARMÔNICO, fazem nascer em nós a noção do VERDADEIRO. Este é o mais precioso talismã que
pode possuir o iniciado, quando condensa seu ideal JUSTO, no BELO e no VERDADEIRO. No candelabro de 3 braços se oculta a
verdade, que se vê sobre o altar do Venerável Mestre, ideal que é o único polo para o qual tendem todas as aspirações
humanas. O Neófito nunca deve se focar apenas no número DOIS, pois sendo símbolo binário dos contrários, da divisão, seria
condenar-se a luta estéril, a contradição sistemática. Ficaria escravo desse princípio de divisão, que a Antiguidade simbolizou e
estigmatizou sob o número de “inimigo”. Para evitar a influência desse “inimigo”, houve a conciliação dos antagônicos,
condensando, no Ternário, o Binário e a Unidade. O número TRÊS, é o número da Luz (Fogo, Chama e Calor). Três são os
pontos de que o Maçom deve orgulhar-se de apor a seu nome, pois esses três pontos, como o Delta Luminoso e Sagrado, são
emblemas dos mais respeitáveis. Representam todos os ternários conhecidos e as três qualidades indispensáveis ao Maçom.
As qualidades que devem ter um Maçom (a vontade, a Inteligência e a Sabedoria), são absolutamente inseparáveis, umas das
outras, pois devem agir, em perfeito equilíbrio no candidato a Iniciação, para que ele possa ter a Iniciação real vivida e não
emblemática. Em caso de separadas essas qualidades, veremos um grande desequilíbrio do ser, podendo tornar-se um
servidor das forças do mal. Assim todo maçom que quiser ser digno, deve cultivar igualmente essas três qualidades, que são
representadas pelos três pontos (.:) apostos a seu nome, como as três estrelas que brilham no Oriente da Loja.

Outras formas de estudo do ternário são: Do tempo: Presente, passado e futuro. Do movimento diurno do Sol: Nascer, Zênite
e Ocaso. Da vida: nascimento, existência e Morte; Mocidade, Maturidade e Velhice. Da família: Pai, Mãe e filho. Da
constituição do ser: Alma, Corpo e Mente. Estes são só alguns exemplos, assim o ternário é encontrado em toda parte, do qual
o Delta Sagrado é o mais luminoso e talvez o mais puro emblema. Nas lojas o ternário ainda é simbolizado pelos três grandes
pilares: Sabedoria, Força e Beleza, que representa as três Grandes Luzes, colocadas a primeira no Oriente, a segunda, no
Ocidente e a terceira no sul de acordo com a orientação das Três Portas do Templo de Salomão.

O NÚMERO QUATRO: No centro do Delta está a letra inicial do Tetragrama, símbolo da grande evolução, que existiu, existe ou
existirá. YOD, HE, VAU, HE, que apesar de quatro letras, tem somente três diferentes, para simbolizar as três dimensões do
corpo: cumprimento, largura e altura, ou profundidade. A letra VAU, cujo valor numérico é 6, indica as seis faces dos corpos. O
tetragrama lembra ao aprendiz que ele passou pelas quatro provas dos elementos – Terra, Ar, Água e Fogo. Colocado no topo
da Coluna Norte, o Aprendiz inicia as quatro provas no caminho para o segundo grau, tendo recebido a luz e podendo
caminhar sozinho no templo, embora ainda auxiliado pelos conselhos dos irmãos e pela experiência dos Mestres, sente-se
responsável por si mesmo e sabe que seus pensamentos, palavras e obras devem demonstrar, sempre, a consciência de seu
juramento ao ingressar no templo do Ideal, cujo serviço aceitou livremente, sem constrangimento, nem restrição de espécie
alguma.

Assim, eu como aprendiz finalizo minha 7ª instrução e seus ensinamentos para subir os degraus a procura do meu
aperfeiçoamento moral e espiritual no caminho almejado, no entanto, esse é apenas o início de um longa caminhada pela
busca incessante de conhecimento, aperfeiçoamento e lapidação de meu ser, para alcançar o objetivo maior que é o de ser
um elemento útil na construção de uma sociedade mais justas e perfeita que a maçonaria compete a erguer, levando sempre
comigo a plenitude certeza que desde sempre o estudo da tradição e da história maçônica e os seus ensinamentos me levarão
a alcançá-lo, com a glória do G.:A.:D.:U.:

Cumprimentos,

JUDSON SILVA MENDES


AP.’. M.’.

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