O documento fornece instruções sobre o grau de Companheiro Maçom. Ele descreve os símbolos encontrados no Painel do Grau, incluindo as Colunas "B" e "J" e o que elas representam, além dos três primeiros degraus que simbolizam a caminhada do Aprendiz e os cinco degraus seguintes que simbolizam o tempo de aprendizado do Companheiro. Também menciona números importantes na Maçonaria como três, cinco e sete.
Descrição original:
Trabalho apresentado na 1. instrução de grau de companheiro REAA
O documento fornece instruções sobre o grau de Companheiro Maçom. Ele descreve os símbolos encontrados no Painel do Grau, incluindo as Colunas "B" e "J" e o que elas representam, além dos três primeiros degraus que simbolizam a caminhada do Aprendiz e os cinco degraus seguintes que simbolizam o tempo de aprendizado do Companheiro. Também menciona números importantes na Maçonaria como três, cinco e sete.
O documento fornece instruções sobre o grau de Companheiro Maçom. Ele descreve os símbolos encontrados no Painel do Grau, incluindo as Colunas "B" e "J" e o que elas representam, além dos três primeiros degraus que simbolizam a caminhada do Aprendiz e os cinco degraus seguintes que simbolizam o tempo de aprendizado do Companheiro. Também menciona números importantes na Maçonaria como três, cinco e sete.
Sobre o Painel deste Grau se vê a representação da frente do Templo do
Rei Salomão. É o grande símbolo de nossa Ordem e possui mais de um significado. Se o Companheiro aprender, apenas dependerá dele mesmo.
O valor do secreto está na proporção da inteligência e da excelência
daquele a quem este é revelado. O homem a quem a Virtude é apenas um nome e a Liberdade uma quimera pouco valorizará a luz que já recebeu; e aquele, a quem a Filosofia é uma tolice, menos valorizará o que lhe será dado daqui a diante. Os morcegos e as corujas preferem a penumbra do crepúsculo ao sol do meio-dia. Tão pouco pode o egoísta e o cruel valorizar como emblema a Corda de Oitenta e Um Nós que circunda o Templo, com seus oitenta e um místicos vínculos, nem apreciar a Irmandade de uma Ordem como a nossa. Tão pouco podem eles compreender o convívio e a troca de experiências pessoais dos membros da Maçonaria que produzem o destino de cada homem e de sua conduta, influenciados e controlados pelas ações e fortunas dos outros, produzindo de um povo e mesmo da inteira raça humana, um indivíduo singular e melhor.
O Templo é, entre outras coisas, um símbolo da ciência. O homem que é
familiarizado com o mecanismo do universo e seus fenômenos; com as leis que governam os movimentos das esferas, singularmente conectados como são os números; com as leis da geração, crescimento e cristalização; com o mundo da flora, as revoluções orgânicas da terra em eras passadas e os mistérios maravilhosos da vida diminuta revelada pelo microscópio, terão desenvolvido sua Razão e se separado das absurdas noções da infância e ignorância. As ciências naturais e filosóficas são as maiores e mais custosas pedras talhadas do Templo da Ciência. As viagens pelo Norte, Sul, Leste e Oeste simbolizam o grande círculo dessas Ciências e a Loja de Companheiro deve ser uma escola de instrução delas.
Todo Maçom ao ingressar em Loja o faz entre duas Colunas. Elas
representam as que estavam no Pórtico do Templo de Jerusalém ao tempo do Rei Salomão, em cada lado da entrada oriental. Esses pilares, de bronze, de quatro dedos de espessura, tinham, de acordo com o melhor que sabemos dezoito côvados de altura, com um capitel de cinco côvados de altura. A largura de cada uma era de quatro côvados de diâmetro. Um côvado tem 30 cm e meio, ou seja, cada coluna tinha um pouco mais de cinco metros e meio de altura, cada capitel um pouco mais de um metro e meio de altura, e o diâmetro um metro e vinte. Essas colunas eram imitações das grandes colunas consagradas aos Ventos e ao Fogo na entrada do famoso Templo de Malkarth, na cidade de Tiro.
Os capitéis estavam adornados com romãs de bronze, cobertas com uma
rede de bronze e ornamentadas com tranças de bronze, de modo a imitar a forma do recipiente das sementes do lótus ou do lírio egípcio, um símbolo sagrado para os hindus e egípcios. O pilar ou coluna da direita, ou do sul, era chamada, JAKIN; e o da esquerda, BOOZ. Nossos tradutores dizem que a primeira palavra significa “Ele estabelecerá”, e a segunda “Nele está a força”. A palavra Jakin, em hebraico, provavelmente era pronunciada Ya- kayan, e significava “Aquele que fortalece”; portanto, firme, estável, ereto. A palavra Booz, ou Boaz, significa “Forte, Força, Poder, Refúgio, Fonte de Poder, um Forte”.
Pitágoras gravou sobre as portas de seu Templo estas palavras: “Aquele a
quem a Geometria é desconhecida não é valoroso para entrar neste Santuário”. Pela Geometria, como nós já dissemos, é conhecida a matemática ou a ciência dos números. A demonstração matemática atinge seus resultados com certezas incontestáveis. Os números para Pitágoras eram os primeiros princípios das coisas e as leis naturais das distâncias e órbitas das esferas, e as forças da gravidade e a atração são singularidades conectadas a eles. Não tem sido considerado desrespeitoso caracterizar a Divindade como o Grande Geômetra, do mesmo modo como o Grande Arquiteto do Universo.
Não é difícil para qualquer pessoa obter um conhecimento geral suficiente
de Zoologia, da Geografia e Geologia, da Mineralogia e Botânica, atingindo o engrandecimento das ideias de Poder, Sabedoria e Beneficência. Os estudos destes são simbolizados pela primeira viagem; Geometria e a Ciência dos números pela segunda; as Ciências Sociais pela terceira; na quarta viagem prepara-se para persuadir e convencer outros homens pelas graças da Retórica e a demonstração da Lógica; e na última, aprende-se os princípios da mais alta Ciência Política.
No Estado, os três degraus são: a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade.
As cinco Ordens da Arquitetura podem também simbolizar as cinco
principais divisões da religião – Politeísmo, o Paganismo Filosófico de Atenas e Alexandria, de Sócrates, Platão e Hypatia, Judaísmo, Islamismo e o Cristianismo; e também as cinco diferentes formas de Governo – a Patriarcal, a Despótica, a Oligárquica, a Republicana e a Monarquia Constitucional: assim abre-se ao Companheiro um vasto campo de Estudo.
O Companheiro completou o trabalho como um Aprendiz. O juramento de
um Companheiro não é somente o de manter tudo em segredo, mas também o de desempenhar os principais deveres da Irmandade. Ele continuará com os seus deveres para com o G.’.A.’.D.’.U.’., para com o país e para com a família.
É ainda necessário que o Companheiro possua seus instrumentos de
trabalho. Estes para um Companheiro são: o Esquadro, o Nível e o Prumo.
O Esquadro, como já é de conhecimento, é a joia do Venerável Mestre; o
Prumo, do Primeiro Vigilante e o Nível, do Segundo Vigilante. Eles simbolizam o edifício construído com sinceridade, com grandes pedras assentadas horizontalmente com verdade e com paredes perpendiculares montadas sobre os caracteres individuais e sobre o Estado. Eles também são os símbolos dos três grandes Poderes do Estado, na ação saudável e independente de cada um destes e a performance de cada uma de suas funções apropriadas, depende a continuidade do Estado.
O Esquadro é um símbolo do Controle e sendo o símbolo do Poder
Executivo, reveste o mandatário principal, eleito ou hereditário.
O Prumo é um símbolo da Retidão ou da Verticalidade, das Leis e
Regulamentos inflexíveis, e sendo assim o símbolo do Poder Legislativo. E o Nível é um símbolo da Igualdade à luz da Lei e da Imparcialidade; e deste modo o símbolo do Poder Judiciário.
Eles são: o PODER, a SABEDORIA e a JUSTIÇA.
Neste Grau o Companheiro vê uma das pontas do Compasso do Altar
erguida sobre o Esquadro, estando agora a meio caminho entre os assuntos da terra e os do céu; entre a moral e a política, e a filosofia e a religião.
PAINEL DO COMPANHEIRO MAÇOM
INTRODUÇÃO
No Painel do Grau de Companheiro, encontrei diversas
semelhanças com o Painel do Aprendiz, e alguma diferença com isso focou meu trabalho nos achados diferentes, não deixando de dar uma breve descrição dos semelhantes.
O verdadeiro Companheiro é, entretanto, o homem da ciência e da virtude,
aprendidas, bem como um artista. O Compasso, o Esquadro e a Régua, o Nível e a Espada são todos símbolos de suas características e qualificações. Se aplicá-los aos seus usos simbólicos próprios, não poderá tornar-se nada além de um bom homem e um útil e patriótico cidadão. Entrando entre as duas grandes Colunas, a FORÇA – Ativa, Divina e Geradora – e a ESTABILIDADE – Passiva, Produtiva e Permanente da Natureza – o Companheiro ascenderá, simbolicamente, por uma escada constituída por três, cinco e sete degraus.
TRÊS, CINCO, SETE e NOVE são os misteriosos números peculiares na
Maçonaria.
Muito dos misteriosos conhecimentos dos Antigos foram concebidos no
simbolismo dos números.
A Maçonaria aplica o número cinco particularmente às ORDENS DE
ARQUITETURA – Toscana, Dórica, Jônica, Coríntia e Compósita; e o número sete ao que ficou estabelecido como as ARTES E CIÊNCIAS LIBERAIS – Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética, Geometria, Música e Astronomia.
Cinco também é relacionado aos Sentidos. A Maçonaria tem selecionado
pelo menos ilustrações surpreendentes ou aplicações para esses números, e informações rudimentares dadas sobre esses temas podem ser lidas em qualquer dos rituais.
Os primeiros três degraus do Templo da Perfeição Individual são: a FÉ, a
ESPERANÇA e a CARIDADE; os cinco próximos, número dos Sentidos e das Ordens da Arquitetura, simbolizam a união das virtudes humanas e das excelências morais. Os sete seguintes, número que se associa às Artes e Ciências Liberais, simbolizam a união do aprendizado e das aquisições intelectuais que adornam e completam o caráter.
DESENVOLVIMENTO
A Orla Denteada – Simboliza a união dos maçons.
O Pavimento Mosaico – Simboliza a harmonia universal dos maçons.
Os três Primeiros degraus simbolizam a caminhada do Aprendiz. Os cinco degraus seguintes – Simbolizam a idade do Companheiro, o tempo necessário para o aprendizado teórico e prático da construção do edifício social a que se propõem os Maçons. Os sete seguintes a caminhada que esta por vir.
As Colunas “B” e “J”. A Coluna J representa os Companheiros, cujo nome
é Jaquim, segundo o Ir.’. Albert Mackey, Jaquim ou Jachim se deriva de “Jah”, equivalente a “Jeovah” e de “achin” que quer dizer “estabelecer”, formando “Deus estabelecerá”, e significa estabilidade, firmeza, sendo esta a palavra simbólica do Grau 2.
A Coluna B, representa os Aprendizes, recebeu o nome de Booz ou Boaz,
se compõe de “b” que significa ”em” e de “oaz” que quer dizer ”em fortaleza”, que significa em força, com força, solidamente. Boaz foi o Bisavô do Rei Davi. Assim, da direita para a esquerda, como fazem os judeus, Jaquim Booz significa “Deus estabelecerá em fortaleza”, segundo versão católica, a tradução formam a frase: ”(Deus) dá estabilidade com força”. E por fim, os Capitéis, que nada mais é que o coroamento de uma Coluna, adornado por globos, com mapa terrestre no capitel da coluna B, e por mapa celeste no capitel da coluna J.
O Pórtico – O Pórtico é a entrada da Câmara do Meio, a entrada por onde
se tem acesso ao Santo dos Santos, li relatos sobre inscrições em hebraico, quatro letras que formam o tetragrama sagrado, mas que visualmente não aparecem no painel, de acordo com as pesquisas, temos a letra Iod-Hé-Vau-, correspondente ao nosso alfabeto a: Y, J ou a I-H-W ou V-H. Que significa “ Aquele que é”:Jeová(JeHoWah), ou Javé(JahWeH), ou Iavé(YaHWeH). Sendo assim, é o umbral da Luz, a porta de entrada para o atingimento da Perfeição e o conhecimento da verdade.
A Corda com Três Nós - Representam as três fases ou etapas da vida: a
Infância, a Juventude e a Maturidade. As duas borlas pendentes representam a Força e a Beleza e todos esses atributos ou virtudes que são necessários para se chegar a verdade.
As Três Janelas - Representam as três Luzes da Loja: O Venerável Mestre,
o Primeiro Vigilante e o Segundo Vigilante.
O Maço e o Cinzel - São as ferramentas usadas pelo aprendiz para
transformar a pedra bruta em polida.
A Régua de 24 Polegadas A Régua representa a Retidão do caráter e a
Exatidão de conduta, e nos lembra que não devemos perder tempo na ociosidade, planejando para as vinte quatro horas do dia, representa a divisão do dia entre trabalho, oração, repouso e estudo.
A Alavanca - símbolo da força, firmeza da alma, da coragem do homem
independente, do poder que desenvolve o amor pela liberdade e do poder do trabalho, serve para vencer a resistência da inércia e possibilita o desempenho de grandes tarefas, sob o ponto de vista intelectual, exprime a segurança da lógica e a força da vontade, que se tornam irresistíveis quando emanam da inteligência isenta da justiça.
A Pedra Bruta – É o símbolo dos Aprendizes.
A Pedra Polida – É o símbolo do Grau de Companheiro, trabalhando no
polimento da pedra, com a ajuda do Esquadro, do Nível e do Prumo, de bruta a polida, até que se transforme em cúbica, na forma hexaédrica perfeita, símbolo da perfeição, ideal de todo Maçom.
A Prancheta – Representa os Mestres
O Esquadro e o Compasso - A posição do Esquadro e do Compasso sobre
o Livro da Lei no Altar dos Juramentos, determina o Grau em que a Loja está trabalhando. No Grau de Companheiro, o esquadro e o Compasso se apresentam entrelaçados, simbolizando que, o Companheiro já atingiu um estágio evolutivo de equilíbrio entre Materialidade e Espiritualidade.
A haste livre do Compasso pretende demonstrar que a mente ainda fechada
e com preconceitos e convenções que impediam o Aprendiz de livremente pesquisar e procurar a verdade, começa a se abrir e o Companheiro, com certa liberdade de raciocínio, encontra-se no caminho de se tornar um Livre Pensador, que lhe possibilitará encontrar a Verdade.
O Nível – Simboliza a Igualdade.
O Prumo – Simboliza o Equilíbrio, a Prudência e a Retidão.
A Espada – Simboliza a Igualdade e também o Poder e a Autoridade.
Simboliza ainda a Coragem, a Lealdade e a Honra.
A Trolha ou Colher de Pedreiro – Simboliza a virtude da Tolerância e,
também serve para glorificar o Trabalho, o Trabalho Perfeito do Maçom.
O Sol, a Lua - Simbolizam o antagonismo da Natureza que gera o equilíbrio,
pela conciliação dos contrários.
As Estrelas – Em número de sete representam o número mínimo de irmãos
que deverão estar presentes para se abrir uma Loja e ainda as sete artes e Ciências Liberais.
A Estrela Flamejante - A Estrela Flamejante que ilumina a Loja representa
o Sol que clareia o mundo físico, a ciência que resplandece sobre o mundo intelectual e a Filosofia Maçônica que ilumina o mundo moral.
A letra G – Está no centro da Estrela Flamejante, traduz o nome do
G.’.A.’.D.’.U.’. e também representa a Geometria, CONCLUSÃO
O Painel do Companheiro Maçom mostra que os painéis sintetizam o
aprendizado que será desenvolvido em cada Grau da Maçonaria em busca da perfeição.
BIBLIOGRAFIA
ADOUM, Jorge – GRAU DO COMPANHEIRO E SEUS MISTÉRIOS –
Esta é a Maçonaria. Ed. PENSAMENTO, 15.ª Edição, São Paulo, 1998.
CAMINO, Rizzardo de – SIMBOLISMO DO SEGUNDO GRAU –Companheiro.
Ed. MADRAS – São Paulo, 1998. Ritual Segundo Grau - GOB