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São Paulo - SP
2023
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
São Paulo - SP
2023
MOREIRA, Alessandra de Souza; GURGEL, Alexandre Vila; FRENCL, Eliana Aparecida;
MARTINS, Lidianny, Mendonça; SIDE, Salete Arispe; SILVA. Simone Barbosa;
GONÇALVES. Sheila Lopes Ferreira Schuindt. Práticas de Jogos Para Formação De
Consciência Fonológica na Alfabetização. 26f. Relatório Técnico-Científico. Letras,
Matemática e Pedagogia– Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutora: Márcia
Regina de Souza Silva. Polos: Capão Redondo, Parque Anhanguera, Cidade Dutra, Céu
Lageado, Céu Vale do Sol,2023.
RESUMO
2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................................8
2.1 Objetivos...............................................................................................................................8
2.1.1 Objetivos específicos.........................................................................................................8
2.2 Justificativa e delimitação do problema................................................................................8
2.3 Fundamentação teórica..........................................................................................................9
2.4 Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador................................................15
2.5 Metodologia........................................................................................................................16
3 RESULTADOS.....................................................................................................................21
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................23
REFERÊNCIAS......................................................................................................................24
APÊNDICE..............................................................................................................................27
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1 INTRODUÇÃO
conteúdo.
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2 DESENVOLVIMENTO
Esse projeto apresentou através do lúdico, com o jogo Bingo Fonético, uma
estratégia para conscientização fonológica, possibilitando assim a construção de habilidades
importantes para o processo de aquisição de leitura e escrita.
2.1 Objetivos
O sistema alfabético é condição necessária para o uso da língua escrita, e para que haja
a compreensão desse sistema, são necessários aprendizados específicos relativos ao
componente do sistema fonológico da língua e suas inter-relações, como demonstra Bortoni
Ricardo:
Ler e escrever são processos complexos – o segundo ainda mais complexo que
primeiro exigem conhecimentos de natureza sintática, semântica e pragmático-
cultural, que o leitor vai adquirindo à medida que amplia o seu léxico ortográfico,
nos estágios subsequentes à fase de alfabetização. Mas ressalve-se que, na fase
inicial da aprendizagem da leitura, a competência essencial a ser desenvolvida é a
decodificação de palavras, o que, por sua vez, implica um processamento
fonológico. (BORTONI- RICARDO, 2006, p. 204).
O professor precisa ser consciente entre as diferenciações entre fala e escrita, e como
elas interferem no processo de alfabetização, os Autores Faraco (2005) e Caligari (2003),
destacam a importância do código no semântico quanto nas diferenças entre fala e escrita,
enfatizando o ensino das letras e sons. Para tanto, o professor precisa gradativamente
esclarecer que, o sistema gráfico da língua portuguesa precisa de uma representação gráfica
alfabética na qual, cada unidade sonora representa uma letra, e cada letra representa um som.
A alfabetização tem sido uma questão discutida pelos que se preocupam com a
educação, tendo em vista que há décadas observam dificuldades dos alunos na aprendizagem
da leitura e escrita. Para que haja melhoria no desenvolvimento escolar, é necessário que as
escolas estejam comprometidas em preparar cidadãos e não somente ensinar conteúdos,
mostrando ao aluno o melhor caminho para o conhecimento. Isso consiste no aprendizado do
alfabeto e de sua utilização como código de comunicação, no entanto, a criança ao ingressar
na escola já dispõe de uma bagagem de conhecimentos adquiridos no meio em que está
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inserida.
Desde que a criança é inserida no contexto escolar, na educação infantil, ela encontra-
se cercada por diversas práticas letradas que a colocam em constante contato com leitura e
escrita, no entanto, para de fato aprender a ler e escrever, o indivíduo necessita entender a
relação estabelecida entre fala e escrita e conhecer o sistema de regras da escrita. Segundo
Abaurre (1996), a aquisição da escrita exige que o indivíduo reflita sobre a fala, estabeleça
relações entre os sons e sua representação na forma gráfica, alcançando assim a consciência
fonológica.
signos a serem grafados, com que tipo de lógica organizacional a fim de a escrita expressar a
fala.
Neste sentido, Morais (2007, p. 37) também afirma que “aprender ortografia não é um
processo passivo, não é um simples ‘armazenamento’ de formas corretas na memória. Ainda
que a norma ortográfica seja uma convenção social, o sujeito que aprende a processar
ativamente”. Por isso, nesse processo, o que se faz necessário é realizar uma intervenção
didática adequada, e não exercícios mecânicos e descontextualizados, que privilegiam a
memorização/fixação em detrimento da compreensão dos mecanismos de escrita, a saber: os
aspectos fonéticos, fonológicos e sintáticos.
consciência de que os componentes sonoros das palavras (fonemas) são representados por
letras (grafemas) ou pequenos grupos de letras (sílabas). Se configura como a capacidade para
refletir sobre a estrutura sonora da fala, assim como de manipular seus componentes
estruturais com vistas a evidenciar uma estreita relação dessa habilidade ou domínio com o
aprendizado do código escrito.
Em várias fontes bibliográficas, são referidos jogos tradicionais e digitais como forma
de desenvolver com as crianças, para que elas tenham consciência de que os sons da fala são
uma realidade do seu cotidiano, podendo ser apresentados as características das flores, das
árvores, dos frutos ou dos animais, palavras, textos, realidades que nos cercam, é possível
chamar a atenção para estas propriedades em contexto letivo, no Ciclo do Ensino Básico.
Após a análise dos documentos oficiais da BNCC e do PNA, é possível perceber que o
desenvolvimento da consciência fonológica, desde a educação infantil, é essencial para a
aprendizagem da leitura e da escrita. Os documentos se debruçaram em evidências científicas
e apontam que o foco nos dois primeiros anos do ensino fundamental deve ser a alfabetização.
Eles também trazem estratégias para os educadores utilizarem em sua prática pedagógica,
para tanto, é necessário que os docentes tenham esse conhecimento linguístico e reconheçam a
dimensão de aplicar atividades que auxiliem as crianças nesse processo de desenvolvimento.
Dessa forma, o professor pode observar o que o aluno conseguiu adquirir até aquele
processo de ensino, o que ele não conseguiu compreender do conteúdo que foi proposto e
como ele poderá trabalhar a partir dali. Deve possibilitar oportunidades para a aprendizagem
do aluno, sabendo respeitar cada um e incentivar suas potencialidades, estimulando o
educando a criar suas próprias habilidades.
O brincar é mais que uma atividade lúdica, é um modo para obter informações,
respostas e contribui para que a criança adquira uma certa flexibilidade, vontade de
experimentar, buscar novos caminhos, conviver com o diferente, ter confiança,
raciocinar, descobrir, persistir e perseverar; aprender a perder, percebendo que
haverá novas oportunidades para ganhar. Na brincadeira, adquire hábitos e atitudes
importantes para seu convívio social e para seu crescimento intelectual, aprende a
ser persistente, pois percebe que não precisa desanimar ou desistir diante da
primeira dificuldade. (ESTUDOS LINGUÍSTICOS, São Paulo, 44 (2): p. 647-656,
maio-ago. 2015).
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Temos como auxílio para alfabetização das crianças, o uso tecnológico tradicional do
Bingo Fonético (Sandra Pulieze), de forma a articular e mediar as aprendizagens já
estabelecidas e a se estabelecer nas aprendizagens infantis. Esse jogo tem como objetivo
revisar as letras do alfabeto, apresentar os sons de cada letra. O mediador da proposta
pedagógica para a alfabetização, distribui as fichas do bingo para as crianças, em seguida há
um sorteio representando figuras com os fonemas e as crianças vão marcando em suas fichas
conforme for sendo sorteado.
Por meio de atividades com jogos, as crianças têm a oportunidade de descobrir, inferir,
experimentar situações de aprendizagem e, até mesmo, da vida social, tendo, assim, grandes
contribuições à sua formação como cidadãos e acadêmicos. Os jogos trabalham relações
interpessoais, as regras, a afetividade, o cognitivo e, no caso de jogos que envolvam a língua
portuguesa, uma reflexão criativa de seu uso. Cabe ressaltar que o jogo anteriormente citado,
pode ser utilizado em sala regular, tornando a aprendizagem diferente, motivadora e
significativa. Além disso, outros jogos e materiais podem ser encontrados em sites da internet
para impressão, aquisição, bem como para a confecção pelo próprio professor. Magalhães e
Júnior (2012) apontam algumas contribuições na apropriação da língua por meio do trabalho
com jogos:
Se, para criança, a escrita é uma atividade complexa, o jogo, ao contrário, é um
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2.5 Metodologia
Segundo Gil (2002), a pesquisa pode ser definida como um procedimento que busca
respostas para problemas de forma racional e sistemática. Esta é uma pesquisa de natureza
aplicada, e descritiva quanto ao objetivo, de natureza qualitativa, que tendem a ser menos
formais que as quantitativas, e depende de muitos fatores, como natureza dos dados coletados,
extensão da amostra, instrumentos de pesquisa e pressupostos teóricos que orientam o estudo.
Este também é um estudo de caso, já que será estudada especificamente a EMEF M’Boi
Mirim I, localizada na cidade de São Paulo - SP.
Essa atividade procura, além de habilitar as crianças para a leitura e escrita, trazer um
estímulo através do jogo e demostrar que com essa abordagem eles são capazes de ler e
escrever; aumentar o desempenho nos níveis de alfabetização e, consequentemente,
motivando esses pequenos educandos, o que refletirá no desenvolvimento nos anos seguintes.
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3 RESULTADOS
sorteados, e cada vez que fosse reconhecido em sua cartela; marcado, até que algumas
estivessem inteiramente preenchidas, com a interpretação, expressão dos conhecimentos
construídos por esses educandos. Com o objetivo de conhecer o alfabeto a correspondência
entre suas letras e sons. Possibilitando conscientização em relação as características formais
da linguagem que compreende a linguagem escrita, ou seja, ler e escrever.
Nosso plano de aula iniciou com uma sondagem dos conhecimentos prévios dos
alunos das letras do alfabeto, frases, palavras e sílabas. Em um segundo momento eles foram
expostos a imagens da natureza e iniciamos uma conversa sobre as diferentes características e
sons desses seres. (foto) A partir daí iniciamos a abordagem da perspectiva fonológica, pois
assim como na natureza as letras possuem formas e sons respectivos. Apresentação fonética
de cada letra do alfabeto, repetição dos sons buscando interação com os alunos. Após uma
pequena pausa, iniciamos aplicação da atividade Bingo Fonético com a distribuição das
cartelas de bingo, contendo as letras e a figura correspondente ao som. O sorteio foi feito
pelas crianças; e o anúncio das letras sorteadas pelo som correspondente e identificação
letra/som em suas cartelas de bingo, durante a aplicação eles interagiam entre eles e as
professoras tentado descobrir se a letra sorteada continha em sua cartela, houve momentos de
concentração e ao mesmo tempo diversão, com a introdução dos sons das letras e também
com o jogo do bingo. Após vários sorteios houve aquele que preencheu sua cartela toda
primeiro, muito feliz gritou: Bingo! Encerrando a atividade, cada um colou a cartela já
colorida em seu caderno.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Alegria, J., Leybaert, J. & Mousty, P. (1997). Aquisição da leitura e distúrbios associados:
avaliação, tratamento e teoria. Em J. Gregori & B. Piérart (Org.). Avaliação dos problemas
de leitura: Os novos modelos teóricos e suas implicações diagnósticas (pp. 105- 124). Porto
Alegre: Artes Médicas.
Bradley, L. & Bryant, P. E. (1985). Rhyme and reason in reading and spelling. IRARLD
Monographs No. 1. Ann Arbor: University of Michigan Press.
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. 26. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MORAIS, Artur Gomes de; ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia de. Alfabetização e
letramento. Construir Notícias, 2007.
SAVELI, Esméria L; TENREIRO, Maria Odete V. Organização dos tempos e dos espaços
na educação infantil. In: SAVELI, Esméria et al. Fundamentos teóricos da educação infantil.
Ponta Grossa: UEPG/NUTEAD, 2011. p. 111- 142.
APÊNDICE