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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Alessandra de Souza Moreira, 2105843


Alexandre Vila Gurgel, 2013362
Eliana Aparecida Frencl, 2106705
Lidianny Mendonça Martins, 2106780
Salete Arispe, 2100680
Simone Barbosa da Silva, 2109725
Sheila Lopes Ferreira Schuindt Gonçalves, 2105804

Práticas de Jogos Para Formação de Consciência Fonológica na


Alfabetização

São Paulo - SP
2023
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Práticas de Jogos Para Formação de Consciência Fonológica na


Alfabetização

Relatório Técnico-Científico apresentado na


disciplina de Projeto Integrador para o curso
de Letras, Matemática e Pedagogia da
Universidade Virtual do Estado de São Paulo
(UNIVESP).

São Paulo - SP
2023
MOREIRA, Alessandra de Souza; GURGEL, Alexandre Vila; FRENCL, Eliana
Aparecida; MARTINS, Lidianny, Mendonça; ARISPE, Salete; SILVA. Simone
Barbosa; GONÇALVES. Sheila Lopes Ferreira Schuindt. Conscientização
Fonológica na Alfabetização. Relatório Técnico-Científico. Letras, Matemática e
Pedagogia– Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutora: Márcia
Regina de Souza Silva. Polos Capão Redondo, Parque Anhanguera, Cidade Dutra,
Céu Lageado 2023.

RESUMO

O presente Projeto tem como objetivo articular no processo do desenvolvimento infantil,


no que contempla a aquisição de linguagem. Por sua vez, é uma etapa complexa e para que o
aprendizado desse aspecto aconteça de maneira plena é preciso que diversas capacidades sejam
previamente desenvolvidas, como é o caso da consciência fonológica. Após estudo exploratório
em uma sala do 1º ano do Ensino Fundamental, onde as crianças estão no processo de
alfabetização, elaboramos e aplicaremos um plano de aula com o objetivo de apresentar a
correspondência sonora de cada letra do nosso alfabeto e utilizaremos um jogo de bingo onde
elas poderão brincar e praticar os conhecimentos adquiridos. Para alcançarmos o objetivo
proposto na conscientização fonológica, nos baseamos nas obras de diversos autores (Bryant
&Bradley, 1985; Capovilla &Capovilla, 2000b; Morais, 1995; Alegria, Leybaert, &Mousty
1997) sobre a importância que os jogos trazem na aquisição de conhecimentos, na
conscientização da linguagem escrita e da leitura e, no prazer que a criança tem em aprender.

PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização; Consciência Fonológica; Leitura; Escrita.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5

2 DESENVOLVIMENTO....................................................................................................... 7

2.1 OBJETIVOS ................................................................................................................... 7

2.1.1 Objetivos Específicos .............................................................................................. 7

2.2 JUSTIFICATIVA E DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ............................................. 7

2.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 8

2.4 METODOLOGIA......................................................................................................... 12

2.5 RESULTADOS PRELIMINARES: SOLUÇÃO INICIAL ......................................... 14

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 15
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1 INTRODUÇÃO
Abordar sobre as dificuldades de aprendizagem encontradas pelo professor no seu
cotidiano escolar, é muito importante para melhor compreender, como o aluno aprende ou
porque ele não aprende, bem como os fatores que influenciam direta ou indiretamente e quais
são as possíveis causas da não aprendizagem.

Um fato constatado é que o fracasso escolar, infelizmente, ainda é um dos maiores


problemas sociais na atualidade. Entretanto não se pode minimizar esforços de diversas
propostas para tentar reduzir esse problema. Para a realização desse Projeto utilizamos os
conhecimentos estudados nas disciplinas de Didática; Psicologia da Educação; Alfabetização e
Letramento e Introdução à Fonética e à Fonologia.

Nas duas últimas décadas tem ocorrido uma série de esforços e pesquisas para a solução
desse problema e estudos mostram que o trabalho da consciência fonológica têm sido indicado
como a melhor estratégia para prevenir e corrigir essa situação.

CITANDO ALGUNS ESTUDOS REALIZADOS NO BRASIL:


_ Cielo (1996) – realização de treinamento com consciência fonológica e verificação de
existência de uma relação positiva entre o grau de consciência fonológica e o
desempenho nas fase inicial da leitura.
_Cardoso-Martins (1995) – estudo longitudinal sobre a relação entre diferentes níveis
de consciência fonológica e a aquisição da escrita e da leitura. Os resultados mostraram
que a consciência em relação aos fonemas é de grande importância para o êxito nas
atividades de leitura e escrita.
_ Moraes (1997) – aplicação de um teste de consciência fonológica e comparação do
desempenho de um grupo de leitores proficientes com o de um grupo de leitores não-
proficientes. Constatação de que o grupo de leitores não-proficientes obteve piores
resultados nos testes, levando à conclusão de que o nível de consciência fonológica está
relacionado ao desempenho na leitura.
_ Menezes (1999) – observação da consciência fonológica na relação entre a fala e a
escrita de crianças com problemas de fala. A consciência fonológica pode ser encarada
como um facilitador para a alfabetização dessas crianças.
_Costa(2002)_ investigação da relação entre o desempenho em consciência fonológica
no Jardim B e , futuramente , o desempenho dessas crianças em atividades de escrita na
1 série. Crianças com altos níveis de consciência fonológica no Jardim B apresenta
melhor desempenho na escrita um ano depois.
_ Freitas (2003)_ observação , a partir de um acompanhamento longitudinal , do
aprimoramento das habilidades metafonológicas entre os 4 e 8 anos de idade ( do Jardim
à 2 sèrie). A consciência fonológica pode ser observada em crianças de 4 anos e , a partir
daí , apresenta desenvolvimento intimamente ligado à alfabetização. O estudo mostra a
relação entre habilidades metafonológicas e as hipóteses de escrita das crianças .

Isso porque a consciência fonológica tem um papel muito importante sobre a


aprendizagem tanto da escrita como também da leitura, tendo sido amplamente referenciada na
literatura pelos especialistas citados acima.
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Essas referências ainda posicionam a consciência fonológica como uma importante


aliada da educação com um papel reabilitador e também preventivo, incluindo crianças com
distúrbios de aprendizagem. É atestado e comprovado por estas pesquisas e trabalhos
científicos que contemplam diversas variáveis tais como nível socioeconômico do aluno e os
níveis léxicos de cada um e também as suas idades.

Entendendo consciência fonológica como um conjunto de habilidades necessárias para


compreensão da língua através dos sons, e reconhecendo sua fundamental importância no
processo de alfabetização, optamos em utilizar a estratégia alfabética, que implica em analisar
diretamente palavras e os fonemas das quais são compostas e utilizar codificação para as regras
de correspondência.

Pensando nisso, desenvolvemos um plano de aula para o 1°ano do Ensino Fundamental,


com a utilização de um bingo fonético. Para a aplicação do mesmo será feito um trabalho de
conscientização com as crianças, onde a estratégia do jogo será para fixação do conteúdo e ao
final faremos experimentações na análise de palavras.
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2 DESENVOLVIMENTO
Esse Projeto busca apresentar através da ludicidade, com o jogo Bingo Fonético, uma
estratégia para conscientização fonológica, possibilitando assim a construção de habilidades
importantes para o processo de aquisição de leitura e escrita.

2.1 OBJETIVOS
Preencher lacunas relacionadas a consciência fonológica, no processo de linguagem
escrita e leitura, buscando a correspondência das letras e sons.

2.1.1 Objetivos Específicos


Apresentar e exercitar a relação de letras e sons, trabalhando a consciência fonológica
para o bom desenvolvimento de habilidades necessárias à alfabetização.

Familiarizar a criança o mapeamento que a língua escrita executa sobre os sons da fala.

Utilizaremos os recursos de imagens, cartelas de bingo fonético e algumas palavras para


leitura.

2.2 JUSTIFICATIVA E DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA


A relevância da temática se demonstrou importante após a constatação em uma pesquisa
empírica, onde foi possível identificar, através do diálogo com professores e pessoas ligadas a
educação, algumas das dificuldades dos alunos. É na alfabetização nos anos iniciais que mais
compromete seu desempenho no processo de aprendizagem nos anos posteriores.

Dessa forma, é possível identificar que a leitura, e a escrita é importante não somente
para a matéria escolar específica, mas é fundamental para o processo inteiro de ensino-
aprendizagem. À vista disso define-se, portanto, a questão norteadora da pesquisa: “Como
capacitar, habilitar e motivar o desenvolvimento da Alfabetização nos anos iniciais?”. Por
conseguinte, o intuito da observação realizada é conferir habilidades para leitura através da
consciência fonológica.
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2.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


A língua é um sistema discursivo fundamental para a participação social efetiva dos
indivíduos na sociedade. Dessa forma, a escola tem a responsabilidade de ensiná-la a todas as
crianças, garantindo a acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania.

O sistema alfabético é condição necessária para o uso da língua escrita, e para que haja
a compreensão desse sistema, é necessário aprendizados específicos relativos ao componente
do sistema fonológico da língua e suas interrelações, como demonstra Bortoni Ricardo:

Ler e escrever são processos complexos – o segundo ainda mais complexo que primeiro
exigem conhecimentos de natureza sintática, semântica e pragmático- cultural, que o
leitor vai adquirindo à medida que amplia o seu léxico ortográfico, nos estágios
subsequentes à fase de alfabetização. Mas ressalve-se que, na fase inicial da
aprendizagem da leitura, a competência essencial a ser desenvolvida é a decodificação
de palavras, o que, por sua vez, implica um processamento fonológico. (BORTONI-
RICARDO, 2006, p. 204).

O professor precisa ser consciente entre as diferenciações entre fala e escrita, e como
elas interferem no processo de alfabetização, os Autores Faraco (2005) e Caligari (2003),
destacam a importância do código no aspecto semântico quanto nas diferenças entre fala e
escrita, enfatizando o ensino das letras e sons. Para tanto, o professor precisa gradativamente
esclarecer que, o sistema gráfico da língua portuguesa precisa de uma representação gráfica
alfabética na qual, cada unidade sonora representa uma letra, e cada letra representa um som.

Para trabalhar a leitura e a escrita das crianças, precisamos levar em consideração o


modo como falam, ou seja, os aspectos fonológicos da língua como uma importante estrutura
para o trabalho com a consciência fonológica, como recurso necessário no processo de ensino
da alfabetização.

A consciência fonológica pode ser entendida como um conjunto de habilidades que vão
desde a simples percepção global do tamanho da palavra e de semelhanças fonológicas entre as
palavras até a segmentação e manipulação de sílabas e fonemas. Contribui com o domínio mais
eficiente da escrita e da leitura pelas crianças, à medida que leva o sujeito aprendiz a pensar
sobre como a fala representa a escrita e, do mesmo modo, a refletir sobre os signos a serem
grafados, com que tipo de lógica organizacional a fim de a escrita expressar a fala.

A alfabetização, entendida como a aprendizagem inicial da leitura, vem sendo há muito


objeto de estudo de vários pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. Isso porque a
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alfabetização, processo complexo e múltiplo, é um dos momentos mais esperados de toda a


sequência da vida escolar, pois é nesse período que a criança se lança efetivamente no mundo
da linguagem escrita.

Neste sentido, Morais (2007, p. 37) também afirma que “aprender ortografia não é um
processo passivo, não é um simples ‘armazenamento’ de formas corretas na memória. Ainda
que a norma ortográfica seja uma convenção social, o sujeito que aprende a processar
ativamente”. Por isso, nesse processo, o que se faz necessário é realizar uma intervenção
didática adequada, e não exercícios mecânicos e descontextualizados, que privilegiam a
memorização/fixação em detrimento da compreensão dos mecanismos de escrita, a saber: os
aspectos fonéticos, fonológicos e sintáticos.

Portanto, o educador precisa ter conhecimento sobre as regras de descodificação e


codificação da língua portuguesa, a fim de que possa equacionar de forma segura e eficiente as
dificuldades que o aprendiz experimenta. A criança, ao chegar à escola, traz consigo os
conhecimentos, crenças, costumes, valores e variedades linguísticas adquiridas no meio social
em que está inserida. Assim, ao escrever, faz a todo instante uma relação entre o que fala e o
que ouve, ou seja, ela usa sua fala, sua variação sociolinguística como referência para a escrita.

É neste momento de introdução à aprendizagem da leitura que o professor tem um papel


determinante no processo de aprendizagem do aluno, levando-o a compreender a
convencionalidade da escrita ortográfica e, principalmente, conscientizando-o de que, muitas
vezes, fala-se de uma forma e escreve-se de outra.

A consciência fonológica se constitui como um valioso instrumento para que a criança


se aproprie da escrita e da leitura, e um potencial instrumento de intervenção do docente na
aquisição da linguagem escrita. Pesquisas contemporâneas na área da Neuropsicologia
Cognitiva demarcam que a aprendizagem do sistema de escrita em um sistema alfabético como
o nosso requer um conhecimento da estrutura fonológica da linguagem, a saber, ter consciência
de que os componentes sonoros das palavras (fonemas) são representados por letras (grafemas)
ou pequenos grupos de letras (sílabas). Se configura como a capacidade para refletir sobre a
estrutura sonora da fala, assim como de manipular seus componentes estruturais com vistas a
evidenciar uma estreita relação dessa habilidade ou domínio com o aprendizado do código
escrito.
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Em várias fontes bibliográficas, são referidos jogos tradicionais e digitais como forma
de desenvolver com as crianças, para que elas tenham consciência de que os sons da fala são
uma realidade do seu cotidiano, podendo ser apresentados as características das flores, das
árvores, dos frutos ou dos animais, palavras, textos, realidades que nos cercam, é possível
chamar a atenção para estas propriedades em contexto letivo, no Ciclo do Ensino Básico.

O uso de jogos pode despertar nas crianças a motivação, a expressividade, a imaginação,


a linguagem comunicativa, a atenção, a concentração, o raciocínio lógico, e podem englobar
diferentes áreas do conhecimento, por isso constitui-se em um recurso de ponta no processo de
alfabetização e consciência fonológica. A criança demonstra, a partir do lúdico e da brincadeira,
interesses e gostos, desenvolve suas emoções e sua expressividade, a capacidade de resolução
de problemas e desafios, construindo, assim, sua identidade; é uma coisa séria e não algo para
“passar o tempo”, como muitos equivocadamente pensam. Saveli e Tenreiro (2011, p. 121)
ressaltam que:

O brincar é mais que uma atividade lúdica, é um modo para obter informações,
respostas e contribui para que a criança adquira uma certa flexibilidade, vontade de
experimentar, buscar novos caminhos, conviver com o diferente, ter confiança,
raciocinar, descobrir, persistir e perseverar; aprender a perder, percebendo que haverá
novas oportunidades para ganhar. Na brincadeira, adquire hábitos e atitudes
importantes para seu convívio social e para seu crescimento intelectual, aprende a ser
persistente, pois percebe que não precisa desanimar ou desistir diante da primeira
dificuldade. (ESTUDOS LINGUÍSTICOS, São Paulo, 44 (2): p. 647-656, maio-
ago. 2015).

Temos como auxílio para alfabetização das crianças, o uso tecnológico tradicional do
Bingo Fonético (Sandra Pluguieze), de forma a articular e mediar as aprendizagens já
estabelecidas e a se estabelecer nas aprendizagens infantis. Esse jogo tem como objetivo
revisar as letras do alfabeto, apresentar os sons de cada letra. O mediador da proposta
pedagógica para a alfabetização, distribui as fichas do bingo para as crianças, em seguida há
um sorteio representando figuras com os fonemas e as crianças vão marcando em suas fichas
conforme for sendo sorteado.

Caso as crianças tenham dificuldade em identificar a palavra, o mediador pode


desenvolver métodos para que a mesma compreenda. Um dos métodos que podem ser utilizados
nesse contexto consiste em pedir que as crianças repitam em voz alta a palavra junto ao
professor, percebendo assim, o som pronunciado. Outra possibilidade é o professor explorar
diferentes palavras já conhecidas pelos alunos com o mesmo som inicial, valendo-se do
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conhecimento prévio dos mesmos.

Por meio de atividades com jogos, as crianças têm a oportunidade de descobrir, inferir,
experimentar situações de aprendizagem e, até mesmo, da vida social, tendo, assim, grandes
contribuições à sua formação como cidadãos e acadêmicos. Os jogos trabalham relações
interpessoais, as regras, a afetividade, o cognitivo e, no caso de jogos que envolvam a Língua
Portuguesa, uma reflexão criativa de seu uso. Cabe ressaltar que o jogo anteriormente citado,
pode ser utilizado em sala regular, tornando a aprendizagem diferente, motivadora e
significativa. Além disso, outros jogos e materiais podem ser encontrados em sites da internet
para impressão, aquisição, bem como para a confecção pelo próprio professor. Magalhães e
Junior (2012) apontam algumas contribuições na apropriação da língua por meio do trabalho
com jogos:

Se, para criança, a escrita é uma atividade complexa, o jogo, ao contrário, é um


comportamento ativo cuja estrutura ajuda na apropriação motora necessária para a
escrita. Ao lado das atividades de integração da criança à escola, deve-se promover a
leitura e a escrita juntamente, utilizando-se para isto a dramatização, conversas,
recreação, desenho, música, histórias lidas e contadas, gravuras, contos e versos. No
ensino da leitura e escrita, deve-se levar em conta o relacionamento da estrutura da
língua e a estrutura do lúdico. Podem-se também estabelecer relações entre o brinquedo
sócio dramático das crianças, na sua criatividade, desenvolvimento cognitivo e as
habilidades sociais. Entre elas destacam-se: criação de novas combinações de
experiências; seletividade e disciplina intelectual; concentração aumentada;
desenvolvimento de habilidades e de cooperação. (MAGALHÃES; JUNIOR, 2012, p.
5).

Embora as sugestões de jogos e atividades lúdicas propostas estejam diretamente


ligadas ao trabalho com as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem na leitura e
escrita, os recursos apresentados, são indicados a todos os alunos com ou sem dificuldades de
aprendizagem, no sentido de tornar a aprendizagem significativa.
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2.4 METODOLOGIA
Segundo Gil (2002), a pesquisa pode ser definida como um procedimento que busca
respostas para problemas de forma racional e sistemática. Esta é uma pesquisa de natureza
aplicada, e descritiva quanto ao objetivo, de natureza qualitativa, que tendem a ser menos
formais que as quantitativas, e depende de muitos fatores, como natureza dos dados coletados,
extensão da amostra, instrumentos de pesquisa e pressupostos teóricos que orientam o estudo.

Este também é um estudo de caso, já que será estudada especificamente a EMEF M Boi
Mirim, localizada na cidade de São Paulo - SP.

O primeiro passo do presente trabalho, foram pesquisas para definição do local de


estudo de caso, em escolas da comunidade, onde coletamos dados. Realizamos uma pesquisa
através de formulário e entrevistas, com professores do ensino fundamental, sobre as
dificuldades de aprendizagem em sala de aula. Após a coleta dessas informações, a temática
escolhida, pela recorrência das repostas, foi a deficiência na alfabetização.

O projeto destina-se aos anos iniciais no contexto escolar, visando fornecer habilidades
que ampliem a capacidade de aprendizagem dessas crianças, através da conscientização
fonológica em brincadeiras.

A atividade de será aplicada, inicialmente, em 4 horas/aula em um único dia.

Primeiramente será feito uma sondagem geral com os alunos sobre o conhecimento
prévio das letras do nosso alfabeto. Em seguida será apresentado às crianças algumas imagens
de animais e flores onde iniciaremos uma conversa sobre a características desses seres; faremos
um paralelo em relação as letras, pois elas têm características específicas assim como os seres
na natureza; abordaremos a conscientização fonológica, pois assim como na natureza, as letras
também possuem formas e sons respectivos.

Iniciaremos a apresentação fonética de cada letra do alfabeto, para isso utilizaremos


recursos visuais para relação letra e som, repetiremos algumas vezes procurando a interação
dos alunos. Na sequência será aplicada a atividade Bingo Fonético para fixação do conteúdo;
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as crianças terão fichas, como uma cartela de bingo, contendo as letras com sua respectiva
figura que representa um som, haverá um sorteio pelo educador ou alguma criança para auxiliar,
e o anúncio da letra sorteada se dará pelo som equivalente, a partir desse ponto as crianças
deverão identificar a letra correspondente ao som com a imagem em sua cartela.

Após essa atividade se for possível faremos a leitura de algumas palavras analisando os
fonemas nelas contidos e fazendo assim a codificação e decodificação das palavras.

Essa atividade procura, além de habilitar as crianças para a leitura e escrita, trazer um
estímulo, através do jogo. Com essa abordagem demontraremos que eles são capazes de ler e
escrever, aumentando o desempenho nos níveis de alfabetização e, consequentemente,
motivando esses pequenos educandos, o que refletirá no desenvolvimento nos anos seguintes.
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2.5 RESULTADOS PRELIMINARES: SOLUÇÃO INICIAL

Após pesquisa com diversos professores do ensino fundamental, constatamos que a


deficiência na alfabetização nos anos iniciais tem dificultado o avanço das crianças em outras
disciplinas. Diante das pesquisas nessa área do desenvolvimento infantil, comprovamos grande
importância nas atividades de conscientização fonológica para aquisição de habilidades
favoráveis conquista da linguagem escrita. Através de uma conversa com essa educadora com
mais de 40 anos alfabetizando, pudemos observar que ela é receptiva a inovações, pois ela
compreende que cada indivíduo aprende de uma forma. A professora nos convidou a conhecer
seus alunos, dos quais pudemos observar pessoalmente, analisar os níveis de dificuldades e em
que etapa eles estão dentro do processo de alfabetização. Após essa análise comprovamos a
viabilidade de nosso projeto, o qual foi amplamente aceito pela professora.

Comunicamos à Escola a escolha da temática a ser trabalhada, e iniciamos o processo


de planejamento de aula juntamente a professora da turma do 1°ano da Escola EMEF M Boi
Mirim I Jardim Novo Santo Amaro, São Paulo - SP. O plano de aula consiste inicialmente em
Aplicar um jogo chamado Bingo Fonético para auxiliar na Alfabetização, é um jogo de
consciência fonológica. O aprendizado vai dando sentido e significado a cada letra, palavra e
figura, na construção do seu conhecimento.
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REFERÊNCIAS

FARACO, Carlos Alberto. Escrita e alfabetização. Dificuldades ortográficas. O


domínio da linguagem escrita. Variedades dialetais e alfabetização. São Paulo:
Contexto, 2005.

SAVELI, Esméria L; TENREIRO, Maria Odete V. Organização dos tempos e dos


espaços na educação infantil. In: SAVELI, Esméria et al. Fundamentos teóricos da
educação infantil.Ponta Grossa: UEPG/NUTEAD, 2011. p. 111- 142.

MAGALHÃES, Adriana F.S.; JUNIOR, Cícero Francisco. A Ludicidade na


aquisição da leitura e escrita: experiências e vivências nas séries iniciais do Ensino
Fundamental. CampinaGrande: Realize, 2012. 5.p.

SOARES, Magda. Letramento: um lema em três gêneros. 2ª edição Autêntica, 2004.

KLEIMAN, A.(Org) Os significados do letramento. Campinas: Mercado de Letras


1995

CAPOVILLA, Alessandra Gotuzo Seabra et al. Estratégias de leitura e desempenho,


em escrita no início da alfabetização. Pscicol. esc. educ. [online]. 2004, vol 8, n.2
[citado 2021-01-29], pp189-197.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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