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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Jamile Aparecida Mariano


Jaqueline Aparecida dos Santos Costa
Juliana Aparecida de Lima Gonçalves
Nayara Ferreira da Silva Ribeiro
Simone Graziela Paline
Thaluanny Santos da Silva

ANOS INICIAIS E SEUS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO

Piracaia – SP
2019
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Anos iniciais e seus métodos de alfabetização

Relatório Técnico-Científico apresentado na


disciplina de Projeto Integrador para o curso de
Licenciatura em Pedagogia Fundação
Universidade Virtual do Estado de São Paulo
(UNIVESP).
Tutor: Camyla Regio Azevedo

Piracaia – SP
2019
COSTA, Jaqueline Aparecida dos Santos; GONÇALVES, Juliana Aparecida de Lima;
MARIANO, Jamile Aparecida; PALINE, Simone Graziela; RIBEIRO, Nayara Ferreira
da Silva; SILVA, Thaluanny Santos da. Anos Iniciais e seus métodos de
alfabetização 00f. Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em Pedagogia) –
Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Camyla Regio Azevedo. Polo
Piracaia, 2019.

RESUMO

O uso dos jogos e brincadeiras no auxílio da alfabetização mostram a importância do


lúdico no processo de ensino-aprendizagem, além do desenvolvimento social,
cultural, cognitivo, motor e afetivo. Esse método de ensino visa um melhor
desempenho e interesse do aluno nos primeiros anos do ensino fundamental. O
presente projeto foi aplicado e desenvolvido na escola E.M.E.F. Prof. Hélio Damante
localizada na zona urbana da cidade de Bom Jesus dos Perdões, interior de São
Paulo. Foi posto em prática no 1º ano B, sala da Professora Letícia Garcia,
auxiliando e explicando sobre a alfabetização nos anos iniciais e, facilidades e
dificuldades de um professor em sala de aula. A finalidade do Projeto Integrador é
estudar as formas de alfabetizar, utilizando as teorias disponibilizadas na disciplina
Alfabetização e Letramento, colocando isso em sala de aula junto com os jogos que
aplicamos.

PALAVRAS-CHAVE: Jogos; alfabetização; anos iniciais.


COSTA, Jaqueline Aparecida dos Santos; GONÇALVES, Juliana Aparecida de Lima;
MARIANO, Jamile Aparecida; OLIVEIRA, PALINE, Simone Graziela; RIBEIRO,
Nayara Ferreira da Silva; SILVA, Thaluanny Santos da. Early Years and their
literacy methods 00f.Technical-Scientific Report (Licenciatura em Pedagogia) –
Universidade Virtual do Estado de São Paulo. 44Adviser Tutor: Camyla Regio
Azevedo. Polo Piracaia, 2019.

ABSTRACT

The use of games in the aid of literacy show the importance of the playful in the
teaching-learning process, in addition to social, cultural, cognitive, motor and
affective development. This method of teaching aims at a better performance and
interest of the student in the first years of elementary school.
This project was applied and developed in the E.M.E.F. Prof. Hélio Damante
located in the urban area of Bom Jesus dos Perdões, in the interior of São Paulo. It
was put into practice in the first year B, room of Professor Letícia Garcia, assisting
and explaining about literacy in the initial years and facilities and difficulties of a
teacher in the classroom.
The purpose of the Integrator Project is to study the forms of literacy, using the
theories made available in the discipline Literacy, placing this in the classroom along
with the games we apply
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... .6
1.1. Problema e objetivos. ............................................................................................ .6
1.2. Justificativa ............................................................................................................ .7
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ .8
2.1. Ensino fundamental I. ............................................................................................. .8
2.2. Alfabetização e letramento no ensino fundamental I............................................... .8
2.3. Contribuição de Piaget, Vygotsky e Wallon para a educação ............................... ..11
2.4. A pedagogia montessoriana e o uso dos jogos como método para a alfabetização
nos anos iniciais.............................................................................................................17
2.5. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador....................................18
3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS ............................................................. .20
3.1. Alfabetizando com o dominó de letras e imagens................................................. .20
3.2. Alfabetizando com bingo das sílabas iniciais......................................................... .21
3.3. Uma música para ensinar a ler e a escrever………………………………………….23
4. ANÁLISES E DISCUSSÕES DE RESULTADOS ................................................... 24
4.1. Protótipo Inicial………………………………………………………………………......24
4.2. Feedback sobre protótipo final…………………………………………………….......26
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 30
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 31
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INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é falar sobre a alfabetização com uso de jogos


nos anos inicias do Ensino Fundamental.
A idade escolar antes se iniciava a partir de 6 anos, agora com mudanças
nos projetos de Lei, as crianças devem iniciar aos 4 anos, pois é neste momento que
começa a introdução à alfabetização. Há ainda os que iniciam a vida escolar dos 0
aos 3 anos, o que podemos dizer que é um período não educacional, mas não
menos importante para o desenvolvimento da criança.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases – Lei 9394/96 a Educação Básica é
obrigatória dos 4 aos 17 anos e está dividida da seguinte forma: Pré-escola, dos 4
aos 5 anos; Ensino Fundamental, dos 6 aos 14 anos e Ensino Médio, dos 15 aos 17
anos.
Quando pensamos em alfabetização, logo vêm à mente sala de aula,
lousa, livros, algo que pode tornar robotizado todo esse processo, tanto para os
professores, quanto para os alunos, pois cada criança tem seu tempo para aprender
e precisam de estímulos diferentes. O uso do lúdico pode trazer respostas
significativas para a construção do conhecimento das crianças. Os jogos e as
brincadeiras são culturalmente aceitos pelas crianças e é um jeito mais fácil de
motivar a aprendizagem, ajudando a calcular, associar, criar, analisar, etc.
Fazendo com que assim, o uso desses meios traga a criança mais para
perto de sua realidade, sensibilidade, habilidades e criatividade.
Ainda na maioria das escolas, principalmente as públicas, encontramos os
mesmos planos de estudo, os mesmos instrumentos de trabalho (lousa, giz,
apostilas) fazendo com que o aluno desmotive cada vez mais de querer estudar. Por
esse motivo, usamos o jogo do bingo das sílabas iniciais, dominó de letras e
imagens e a música uma música para ensinar a ler e a escrever, com o intuito de
incentivar a memorização e aprendizado das crianças com as letras do alfabeto e
seus diferentes fonemas, como uma forma de auxiliar na alfabetização e letramento.

1.1. Problema e objetivos

Na rede educacional, a dificuldade é perceptiva, tratando-se da


qualificação para o ensino, dando como justificativa a defasada e má formação do
ambiente de ensino, esquecendo-se de vários fatores que leva o aluno a ter
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dificuldades em reconhecer e compreender os símbolos e ser capaz de produzir


mensagens e decodificá-las. As dificuldades vividas por alunos em sala de aula são
diferentes até mesmo por suas individualidades, visando suas experiências e contato
com a alfabetização.
Com base nisso, muitos estudiosos buscam constantemente caminhos
eficazes para que haja melhoria nesse processo, pensando em como a criança chega
ao objetivo de ler e escrever e, fazendo o educador também ter essa reflexão.
Objetivo geral: verificar a compreensão e memorização das crianças com
métodos diferenciados de ensino.
Objetivos específicos: descobrir no que a interdisciplinaridade entre a
música e a arte, pode auxiliar no aprendizado dos alunos em sala de aula;
 Identificar se com o uso dos jogos e da música, a criança tem maior
compreensão e memorização do alfabeto, suas letras e sons.

1.2. Justificativa

O tema foi abordado, pois, por mais que a alfabetização e o letramento


façam parte do cotidiano da vida de uma criança para o princípio do seu
entendimento com o mundo, ainda existem barreiras a ser quebrada por conta da
dificuldade nessa prática alfabetizadora e, com isso, a relação entre professor e
aluno tornam mais fácil esse processo.
Diante disso, levamos em consideração o ambiente em que a criança está
aprendendo, além do fator social que também interfere nesse processo de
aprendizagem. Assim, com o acesso à educação de qualidade é possível formar
cidadãos críticos e atentos para que mudem a própria realidade de mundo através
do conhecimento.
Foram aplicados os jogos e a música na turma do primeiro ano do ensino
fundamental para se mostrar como o lúdico pode auxiliar no processo de ensino-
aprendizagem na alfabetização.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Ensino Fundamental I

O Ensino Fundamental é uma das etapas da Educação Básica no Brasil.


Hoje, com duração de 9 anos. De acordo com o Ministério da Educação (2017), essa
mudança de 8 para 9 anos ocorreu em 2006, buscando aumentar o tempo de
permanência das crianças na escola, na tentativa de melhorar a alfabetização. Além da
mudança na duração, o ensino fundamental foi dividido em I e II.

O primeiro é considerado os anos iniciais de alfabetização e letramento,


que vai do 1º ao 5º ano, já o Ensino Fundamental II é o complemento, que vai do 6º
ao 9º ano. Normalmente conta com apenas um professor para todas as matérias, e é
nesse momento que se deve estimular mais as habilidades das crianças, fazendo
com que o interesse pelo aprendizado aumente.
Mesmo com tantas críticas no Brasil de se iniciar o ano escolar com seis
anos incompletos ou completos, na maioria dos países, é nessa faixa etária que as
crianças iniciam obrigatoriamente na escola. Os dirigentes educacionais acreditavam
que era muito precoce a criança ser alfabetizada com esta idade, mas não levavam
em conta que a criança inicia seu processo de alfabetização e letramento, muito
antes da inserção na escola. “O acesso à educação obrigatória mais cedo se
constitui em um instrumento de luta política, para que todas as crianças, inclusive as
das classes populares, possam usufruir da igualdade de oportunidades” (SAVELI,
2008, p. 68).
A experiência profissional dos professores diz ao contrário do que os
dirigentes acreditavam, de acordo com Saveli (2008), mostrando que as crianças
que iniciam a escolarização mais cedo, são mais bem-sucedidas na aprendizagem
da leitura e escrita.
Por outro lado, segundo Arelaro, Jacomini e Klein (2011), essa
obrigatoriedade da criança na escola, fez surgir emenda na Constituição, que em
2016, se tornaria obrigatória a educação dos 4 aos 17 anos, isso, para conseguirem
mais recursos financeiros, ou seja, a valorização financeira mais nos anos iniciais do
ensino fundamental, do que nas creches e pré-escolas, fez com que se estimulasse
cada vez mais as matrículas antecipadas das crianças pequenas no ensino
fundamental.

2.2. Alfabetização e letramento no ensino fundamental I


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O processo de alfabetização e letramento é distinto, mas, ao mesmo


tempo, uma complementa a outra, introduzindo assim, as crianças no mundo da
linguagem escrita.
Por volta de 1980, a aprendizagem pela leitura e escrita era limitada,
tendo primeiramente a criança, apropriando-se da do sistema de escrita, para depois
fazer uso dela (FEIL, 2016). Quando a criança não aprende a ler e a escrever, seu
processo de desenvolvimento fica comprometido, tanto na sua vida escolar quanto
na social. Assim, deve-se tentar compreender que a alfabetização tem que ser
ensinada de um jeito que as crianças entendam e aprendam o que está sendo
transmitido, fazendo assim, uma escola voltada para elas. Sabe-se que não é uma
tarefa fácil, mas é possível. Desde que os professores estejam dispostos a
modificarem os métodos institucionalizados e regrados, ensinando essas crianças a
construírem seus próprios mundos sociais.
Magda Soares é um dos maiores nomes na área de alfabetização e
letramento na atualidade, por esse motivo, a maioria dos artigos usados aqui para
falar sobre este tema, serão dessa professora. Mesmo sem saber, já utilizava dos
conceitos do letramento quando lançou seu artigo sobre alfabetização em 1985, mas
o uso da palavra letramento começou há surgir alguns anos antes, em meados de
1980 pelos autores e especialistas na área daquele momento. Ainda é estranho
escutar sobre letramento ou pouco se sabe sobre tal, principalmente por pessoas
que não fazem parte desse meio acadêmico (SOARES, 1996).
Soares (1985) diz que muito se estudou sobre a dificuldade no
aprendizado das crianças, buscando explicações aos problemas no próprio aluno, no
contexto social, professor, método de ensinamento, material didático e o código
escrito, relacionando o sistema fonológico com o sistema ortográfico. A alfabetização
é considerada um processo permanente, precisando saber diferenciar a aquisição da
linguagem oral e escrita do desenvolvimento da linguagem.
“O termo alfabetização não ultrapassa o significado de “levar à aquisição do
alfabeto”, ou seja, ensinar o código da língua escrita, ensinar as habilidades
de ler e escrever; pedagogicamente, atribuir um significado muito amplo ao
processo de alfabetização seria negar-lhe a especificidade, com reflexos
indesejáveis na caracterização de sua natureza, na configuração das
habilidades básicas de leitura e escrita, na definição da competência em
alfabetizar. Torna-se, por isso, aqui, alfabetização em seu sentido próprio,
específico: processo de aquisição do código escrito, das habilidades de
leitura e de escrita” (SOARES, 1985, p. 20).

A língua escrita faz parte do dia a dia das pessoas, serve para todos
interagirem entre si, expressando ideias e sentimentos, podendo dizer que essas
funções sociais são chamadas de letramento, ou seja, enquanto a alfabetização é o
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aprendizado do sistema alfabético e ortográfico, o letramento é o desenvolvimento


da habilidade de ler e escrever.
A alfabetização é um processo de compreensão da língua oral e escrita,
capacidade de codificar e decodificar. Não podemos dizer que uma criança é
alfabetizada só por ela ler e escrever sílabas ou palavras isoladas sem compreender
aquela transformação de fonemas em grafemas e grafemas em fonemas, por isso, a
importância do letramento também. Sendo o letramento a capacidade de
contextualizar o código e reconhecê-lo além da decodificação. É a compreensão que
a pessoa tem de mundo, como ela dá sentido a tudo que está dentro da sua
realidade, vivência, cultura. Para Soares (1996) é uma função social e
reconhecimento do mundo que se inicia desde o nascimento. O aprender a ler e
escrever traz consequências sobre o indivíduo quando se envolve nas práticas
sociais da leitura e da escrita, alterando seus aspectos sociais, psíquicos, culturais,
etc.
Sempre que observamos crianças, desde seus primeiros momentos em
vida, percebemos o quanto são curiosas e o quanto querem e tem para aprender,
principalmente quando são estimuladas a fazerem coisas que atribuam significados
à sua existência. Conforme seu processo cognitivo vai amadurecendo, elas se
percebem parte de tudo o que vivenciam, seja em casa ou na escola, por isso é
muito importante as primeiras experiências que a criança tem.
Quando elas ingressam na escola, saem daquele ambiente protetor, que
é seu lar. Esperam e procuram por proteção e acolhimento de pessoas que até o
momento, lhe são estranhas. Feil (2016) acredita que essas primeiras experiências
escolares precisam fazer sentido para as crianças, fazendo com que alfabetizar, não
seja trágico para uma criança de 6 anos. A atenção deve estar voltada em como esta
aprendizagem de leitura e escrita serão mediadas.
“Tornando o ensino da leitura e da escrita elemento importante no processo
escolar; inserindo estas práticas (de ler e escrever) num projeto de
ampliação do universo da criança, seja ele real ou imaginário; um projeto
que proporcione à criança entender melhor o mundo em que vive,
permitindo-lhe a se sentir pertencente. Neste sentido, faz-se necessário que
práticas de leitura e escrita marquem a rotina no cotidiano do ambiente de
alfabetização, disponibilizando e explorando os diferentes textos produzidos
pela sociedade para que a criança, desde cedo, possa, simultaneamente,
compreender o funcionamento da língua e o seu uso social”. (FEIL, 2016, p.
42).

Na escola, a criança sendo alfabetizada, vai aprender como deve segurar


o lápis corretamente, que a escrita é da esquerda para a direita, de cima para baixo
e assim por diante. Cruz (2008) relata que não é suficiente a criança saber ler e
escrever e não se tornar leitora e produtora de textos, tornando a alfabetização um
instrumento importante para o exercício de cidadania.
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O maior desafio da alfabetização logo que a criança ingressa no ensino


fundamental, é proporcionar à ela experiências de reflexão sobre as palavras junto
ao desenvolvimento de habilidades metafonológicas, estimulando a adaptação da
alfabetização, paralelo a um trabalho na perspectiva do letramento. Essa
alfabetização deveria ocorrer em tempo oportuno a cada criança e garantindo já no
1º ano que esse aluno, aos 6 anos, se alfabetize, ficando os outros anos do ensino
fundamental I para o aprofundamento e a construção da autonomia na leitura, na
escrita, cálculos e as diversidades de aprendizado (CRUZ; ALBUQUERQUE, 2007).
No processo de alfabetização, é a vivência da criança na prática de leitura e
escrita que determinam o ritmo de apropriação e a fluência dos
conhecimentos apropriados. Sendo assim, quanto mais sistemáticas e
precoces forem essas vivências e construções pelos alunos, mais rápida e
efetiva se dará a apropriação da alfabetização por eles. Entendemos que
uma imersão na cultura escrita e a maior vivência em atividades de reflexão
sobre as palavras; uma maior busca pela alfabetização sistemática com
definição de metas específicas; uma formação continuada competente e
práticas baseadas no alfabetizar letrando possibilitariam a apropriação já
aos seis anos da Notação Alfabética pela criança. (CRUZ; ALBUQUERQUE,
2007, p. 171).

2.3. Contribuição de Piaget, Vygotsky e Wallon para a educação.

No Brasil desde o final do século XIX, a educação ganhou destaque como


uma das fantasias da modernidade e fazendo com que a escola se concretizasse
como um lugar necessariamente institucionalizado para o preparo das novas
gerações, com a intenção de atender aos ideais do Estado republicano, regrado pela
necessidade de implementação de uma nova ordem política e social. Naquela
época, o processo de aprendizagem era restrito a poucas pessoas e ocorria por
meio de transmissão assistemática, ou de maneira precária nas poucas escolas do
Império que usavam das chamadas aulas régias (primeira sistematização de ensino
público e laico do Reino de Portugal). Assim, as práticas de leitura e escrita
passaram a ser submetidas a ensino organizado, sistemático e intencional,
demandando, para isso, a preparação de profissionais especializados (MORATTI,
2006).
Segundo Feil (2016), em 1980 surgiram movimentos buscando
metodologias alternativas, que não fizessem uso apenas do método convencional
daquela época, no caso, as cartilhas, método analítico e sintético, para auxiliar no
processo de alfabetização. Começaram a considerar, tanto professores quanto os
alunos como peças importantes nesse processo de aprendizagem.
De acordo com Moratti (2006) os métodos de alfabetização geraram
disputas entre os que se consideravam portadores de um novo e revolucionário
12

método de alfabetização e aqueles que continuavam a defender os métodos


considerados antigos e tradicionais, pois queriam saber qual era o melhor para
ensinar as crianças a lerem e escreverem, e ainda nos dias atuais, há uma grande
dificuldade nesse aprendizado, principalmente nas escolas públicas. Por quase um
século, os esforços pelas mudanças dos métodos tradicionais de cada momento
histórico, se concentravam, sistemática e oficialmente, na questão dos métodos de
ensino da leitura e escrita da época.
Quem foi alfabetizado a mais tempo, deve se lembrar do uso das cartilhas
no seu período de alfabetização. Scheffer, Araújo e Araújo [2013?] relatam que os
manuais/cartilhas usados para ensinar a ler e escrever eram importados de Portugal
no início do século XIX, pois nesta época eram proibidas publicações de livros
nacionais. Os próprios professores confeccionavam seus materiais de trabalho, além
das cartilhas portuguesas. Esses materiais confeccionados foram nomeados de
Cartas do ABC, pois traziam o alfabeto de várias formas, valorizando a grafia.
As primeiras cartilhas começaram a ser produzidas no Brasil no final do
século XIX, pois “havia o interesse da organização republicana de instrução pública
que tais livros estivessem adequados à realidade brasileira”, e essas, baseavam-se
nos métodos da marcha sintética. Esse método consiste na soletração das letras da
sílaba a ser pronunciada até ler toda a palavra e é dividida em letração, onde o aluno
aprende as palavras, partindo das letras, fazendo a junção de consoantes e vogais
para formar sílabas e assim, reunindo as sílabas para formar as palavras; silabação,
partindo das sílabas para formar palavras e frases e fonético ou fônico, que partem
do som das letras, para se pronunciar as sílabas (SCHEFFER; ARAÚJO; ARAÚJO,
[2013?], l. 3; MORATTI, 2006).
Em 1896, segundo Cavalcante, Freitas e Mercado (2008) surge o método
analítico, partindo das unidades maiores para as menores, começando por palavras,
textos, para depois partir para as sílabas e letras, considerando a leitura como uma
operação de análise das palavras em unidades individuais. Esse método é ao
contrário do método sintético, decorrendo do seguinte modo: palavração, é o treino
das palavras soltas para que sejam memorizadas, retiradas de algum conto, escritas
na lousa, desenhos, etc., podendo ou não, estar acompanhada de gravuras;
sentenciação, o aluno aprende primeiro a oração, e em seguida, divide-se em
palavras, sílabas e letras, e por último, conto, utilizando de contos, e esse é dividido
em orações, palavras, sílabas e letras, com o objetivo de desenvolver a
compreensão do aluno. Nesse método, podemos entender que a leitura deve ser
compreendida e significativa para as crianças, reconhecendo frases, palavras,
repetindo o que ouviu e treinando sua memorização.
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Moratti (2006) conta que em meados de 1920, continua a discussão sobre


os métodos empregados sobre o ensino da leitura, já que o da escrita era entendido
como apenas o uso da caligrafia e do tipo de letra a ser usada. Com isso, o ensino
da leitura envolvia mais do que apenas treino, envolvia questões didáticas, de como
ensinar a ler, partindo das habilidades visuais, auditivas e motoras das crianças, ou
seja, o ensinamento partiria das ordens psicológicas das crianças.
Mesmo com professores resistindo à utilização dos métodos sintéticos e
analíticos, muitos ainda defendiam o uso dos mesmos, tentando até conciliar os dois
(sintético-analítico ou analítico-sintético), acreditando serem métodos mais rápidos e
eficientes no aprendizado da leitura e escrita. Mesmo com tantas disputas por esses
métodos, com o passar do tempo, isso foi diminuindo, aumentando o uso de bases
psicológicas da alfabetização. Partindo desse momento, muitos pensadores
influenciaram nos métodos de alfabetização, entendendo que o ensinar e o
aprender, vai depender da maturidade e questões psicológicas da criança
(MORATTI, op.cit.).
Piaget foi o mais influente no campo da educação, era biólogo e queria
descobrir como desenvolvia a inteligência e aprendizagem na criança, fazendo com
que ele começasse a estudar o desenvolvimento infantil observando suas próprias
filhas, assim criando a Epistemologia Genética ou também conhecida como
Psicogenética, explicando que o indivíduo constrói o conhecimento desde o
nascimento e da interação do mesmo com o meio em que vive. É uma das principais
contribuições para entendermos como o ser humano se desenvolve, sendo baseado
na inteligência e na construção do conhecimento, veio pra mostrar não só como as
crianças constroem conhecimentos, mas também por quais processos e etapas elas
conseguem fazer isso.
Para Piaget, segundo Pádua (2009) se o desenvolvimento cognitivo é
adquirido por meio das atividades que o indivíduo vivencia, a inteligência é o jeito
que o indivíduo constrói o conhecimento sobre esse meio. Essa construção ocorre
através da assimilação, acomodação e equilibração. A assimilação é a capacidade
que a criança tem de incorporar uma nova ideia a estruturas já construídas, já a
acomodação, é o meio que a criança adquire para se ajustar a uma nova ideia.
Os processos da inteligência têm como finalidade a sobrevivência do sujeito
no meio em que está inserido, modificando-o se necessário for ou se
modificando para melhor se adaptar a esse meio [...] E como a inteligência é
uma organização, o desenvolvimento dela não se dá por acúmulos de
informações, mas sobretudo por uma reorganização desta troca de
inteligências, ou seja crescer é uma forma de reorganizar a própria
inteligência de forma a ter maiores possibilidades de assimilação (PÁDUA,
2009, p. 23).
14

Por último, a equilibração. A criança quando entra em contato com o


desconhecido no processo de assimilação, pode oferecer resistência ao
conhecimento, e para conhecer, ela deve modificar suas estruturas mentais e
acomodá-las, é a busca do equilíbrio dessas modificações (PÁDUA, 2009).
Piaget também dividiu o desenvolvimento cognitivo da criança em quatro
períodos:
●Sensório-motor: 0-2 anos. É o período que antecede a linguagem. E a
coordenação motora é desenvolvida. A criança encontra o equilíbrio biológico e cognitivo,
permitindo a construção linguística. Comprovando que a inteligência vem antes da linguagem
e não ao contrário;
●Pré-operatório: 2-7 anos. Nessa fase, a criança já domina a linguagem e o
mundo é representado por meio de símbolos, mais conhecido como faz-de-conta.
Ainda não tem capacidade moral de ser empática;
●Operatório-concreto: 7-12 anos. É o momento em que a criança já
consegue usar a lógica nos processos mentais, dominar conceitos de tempo e
números e resolver problemas concretos, além de começar a entender regras sociais;
●Operatório-formal. A partir dos 12 anos. Nessa última etapa, o raciocínio
lógico do adolescente está completo. Consegue relacionar pensamentos abstratos e
lógicos, além de conseguir criar situações hipotéticas sem mesmo ter sido vivenciado.
Até aqui, segundo Ferracioli (1999, p. 181) percebemos que Piaget não
criou nenhuma teoria da aprendizagem, mas teve sua contribuição para a pedagogia
Seu objetivo maior é a busca do entendimento de como o conhecimento é
construído, e nesta perspectiva ele a torna epistemólogo. A rigor, o que
existe são propostas pedagógicas que utilizam as ideias de Piaget como
diretrizes para uma metodologia de trabalho didático-pedagógica visando o
processo de ensino-aprendizagem.

Com essas definições, algumas escolas utilizam dos períodos do


desenvolvimento para planejarem suas atividades.
Vygotsky também deu sua contribuição para a pedagogia, principalmente
por ter estudado alternativas para ajudar no desenvolvimento de crianças com algum
tipo de deficiência. Era psicólogo e queria compreender o desenvolvimento
psicológico do ser humano, principalmente as anormalidades físicas e mentais. Seus
estudos e pensamentos eram contrários aos estudos de Piaget, criticando muito
suas obras. Rejeitava

A identificação do conhecimento na história da humanidade com as etapas


do desenvolvimento individual. Sua preocupação é buscar uma
compreensão daqueles aspectos da dinâmica da sociedade e da cultura que
interferem no curso do desenvolvimento do sujeito, transformando tanto sua
relação com a realidade como sua consciência sobre ela. Todo fenômeno
tem sua história e está se caracteriza por mudanças qualitativas e
quantitativas (SOUZA; KRAMER, 1991, p.72).
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Para ele, segundo os mesmos autores, o desenvolvimento cognitivo


acontecia por meio da sociedade e da cultura do indivíduo, assimilando os valores
culturais do ambiente em que vive ao mesmo tempo em que desenvolve uma
consciência crítica sobre os mesmos, sendo capaz de atender seu contexto social.
Acreditava na relação social e interpessoal, a criança como modificadora do
ambiente, assim com o ambiente a modifica.
Segundo Rego (1994) o grande marco na carreira de Vygotsky e
contribuição para o campo da educação foi quando foi convidado a trabalhar no
Instituto de Psicologia de Moscou, onde posteriormente foi para o Instituto de
Estudos das Deficiências que ele mesmo criou. Com suas investigações sobre
deficientes físicos e mentais, foi convidado a dirigir o Departamento de Educação,
escrevendo um trabalho sobre os problemas na educação com crianças deficientes.
Ao final da década de 20 e início da de 30, ele se dedicou ao estudo da
aprendizagem e desenvolvimento infantil, com o intuito de poder explicar o
comportamento humano, mas sua intenção não era criar uma teoria. Ele querendo
estudar os processos do desenvolvimento humano, criou um conceito que chamou
de desenvolvimento das funções psíquicas superiores, ou seja, são as funções
psíquicas que caracterizam o comportamento consciente da criança e que só se
formam através do aprendizado. Sendo assim, a criança já nasce com condições
biológicas de falar, andar, mas só conseguirá desenvolver essas habilidades se
aprender com alguém que a ensine e a estimule (REGO, 1994).
Assim, fez emergir outro conceito: a relação de pensamento e linguagem.
Segundo Araújo e Lacerda (2010) a relação entre pensamento e linguagem é a base
da compreensão da natureza da consciência humana, partem do desenvolvimento
do ser humano. A linguagem
regula ações e estrutura o campo simbólico, constituindo-se no princípio
explicativo da atividade consciente, a base do funcionamento psíquico de
ordem superior. Destaca-se o fato de que a emergência e a internalização
das funções psicológicas superiores e o desenvolvimento da linguagem
estão relacionados, pois é a linguagem que propiciará a mediação dos
diferentes processos sociais. A aquisição da linguagem, sistema simbólico
fundamental, constitui um salto qualitativo no desenvolvimento do ser
humano, e a palavra, signo por excelência, assume papel central no
desenvolvimento do pensamento, na evolução histórica da consciência
como um todo (ARAÚJO; LACERDA, op. Cit. p. 699).

Pela linguagem, a criança constrói formas abstratas do pensamento,


contribuindo no desenvolvimento da mesma, assumindo a palavra, papel de suma
importância nesse desenvolvimento. É do significado da palavra que se forma o
pensamento linguístico, com a criança apropriando-se de um sistema de
significações e se construindo como sujeito. Além de a linguagem possuir a função
16

comunicativa, ela também tem a função de construir o pensamento, auxiliando no


processo da alfabetização. Embora algumas vezes a criança não consiga expressar
o pensamento através da linguagem, é por meio dele que ela passa a existir,
explorando a atividade simbólica (desenhos, jogos, brincadeiras, contos, etc.) e
permitindo que a criança consiga expressar e interpretar, ou seja, significar o seu
meio (ARAÚJO; LACERDA, 2010; GOLDFELD, 1997).
Como para ele todo aprendizado deve ser mediado por um adulto, isso
torna o papel do professor mais ativo e delicado, pois ensinar requer antecipar o que
a criança não é capaz de aprender sozinha, referindo esse conceito de zona de
desenvolvimento proximal, sendo esse, o caminho entre o que a criança consegue
fazer sozinha e o que ela conseguirá fazer, mas primeiramente deve ter a orientação
de um adulto (CHAIKLIN, 2011). Com esse conceito, ele mostra a importância de
uma boa instituição de ensino e professores capacitados. Uma aprendizagem nova
não significa que a criança vai adquirir uma habilidade, mas vai ampliar suas
estruturas cognitivas.

Outro pensador que atualmente está tendo seus conceitos utilizados na


prática pedagógica é Henri Wallon. Segundo Faria (2015) ele foi médico e psicólogo,
e queria compreender o psiquismo infantil. Assim como Piaget, também dividiu em
fases o desenvolvimento infantil e o conceito da psicogênese, mas ao contrário do
mesmo, acreditava que a criança se desenvolve a partir de seus conflitos internos.
Para ele, o desenvolvimento começa com o recém-nascido e o meio em que vive
com outras pessoas. Sua ideia era compreender o ser humano em sua totalidade.
Primeiramente dedicou-se à psicopatologia, observando crianças de 2 a
15 anos com algum tipo de perturbação no comportamento. Wallon considerava o
comportamento patológico possível de observar os fenômenos de transformando
lentamente, com isso permitindo observações mais precisas, comparando a criança
patológica e a criança normal (ALMEIDA; MAHONEY, ...)
As mesmas autoras relatam que para Wallon, comparar não era assimilar,
pois a comparação olha tanto para as semelhanças quanto para as diferenças,
dedicando assim, ao desenvolvimento infantil, considerando o estudo da
consciência, buscando sua gênese, explorando as origens biológicas da
consciência. As fases do desenvolvimento infantil proposta por ele, foram divididas
da seguinte forma:
●Impulsivo Emocional: 0-1 ano. Nesse primeiro momento, a criança
interage com os outros por meio da afetividade, as emoções que definem sua relação
com o mundo, conseguindo reconhecer padrões emocionais, como a raiva, alegria,
medo etc.;
17

●Sensório-Motor e Projetivo: 1-3 anos. Aqui o que predomina é a


exploração e conhecimento do mundo social e concreta do espaço físico (agarrar,
segurar), preparando nessa atividade motora, não apenas a afetividade, como os
processos cognitivos. A criança percebe que suas ações não dependem mais do
outro, podendo imitar as ações do outro;
●Personalismo: 3-6 anos. A criança ainda imita, mas dá significados às
suas ações. Nessa fase ela é egocêntrica.
●Categorial: 6-11 anos. Aqui ela começa a conseguir organizar o mundo
físico em categorias, compreendo a si mesmo;
●Puberdade e Adolescência: A partir de 11 anos. Na última fase, o
adolescente começa a explorar a si mesmo, voltando-se à questões morais,
apoiando-se em grupos e dominando processos cognitivos de maior nível abstrato.

Wallon descreve muito sobre a emoção e a afetividade, mas uma


distingue da outra. Enquanto a emoção é passageira e visível corporalmente, a
afetividade é duradoura e implica em amor e ódio.
A emoção é a primeira forma de vínculo entre a criança e as pessoas que
a rodeiam, ela tem natureza social. É através desta que a criança mobiliza o outro
para atendê-la em seus desejos e necessidades
Tem, portanto um valor plástico e demonstrativo, significando a realização
mental das funções posturais e tirando delas impressões para a consciência
[...] A emoção, na teoria walloniana, foi denominada de atividade
proprioplástica exatamente porque ela tem um caráter de plasticidade
corporal, ela esculpe o corpo, se fazendo visível ao outro. Está, portanto,
intimamente ligada ao movimento, sendo através dele que as alterações
emocionais se exteriorizam (CERISARA, 1997, p. 44).

Já a afetividade, influência o processo de aprendizagem e a relação com


o outro. É uma manifestação orgânica de grande importância para o
desenvolvimento da personalidade da criança, compreendendo “a afetividade, como
um conjunto funcional que emerge do orgânico e adquire um status social na relação
com o outro e que é uma dimensão fundante na formação da pessoa completa”
(FERREIRA; ACIOLY-RÉGNIER, 2010 p. 27).
A ciência fez da educação um campo experimental, trazendo suas
diferentes contribuições para o entendimento do desenvolvimento infantil.

2.4. A pedagogia montessoriana e o uso dos jogos como método para a


alfabetização nos anos iniciais.

A proposta da médica, Maria Montessori era de uma reforma educacional.


De acordo com Paschoal, et. al. (2013), ela começou suas pesquisas na clínica
18

médica enquanto atendia crianças com algum tipo de deficiência e que não
frequentavam escolas, com a intenção de auxiliar no desenvolvimento delas, já que
não acreditavam em suas capacidades cognitivas. Assim, ela criou materiais e
métodos didáticos voltados ao desenvolvimento infantil, acreditando que a criança
posse se autoeducar.
Para ela, a escola deve criar um ambiente que propicie e garanta as
espontaneidades e personalidade da criança, um ambiente que estimule e motive,
permitindo que a criança de expresse livremente, para que ela se autodesenvolva.
Ela também acredita que o brincar auxilia nesse momento de autodesenvolvimento,
sendo na forma lúdica que a criança consegue harmonizar corpo, inteligência e
vontade (FARIA, et. al. 2012).
O brincar pode tornar o processo de aprendizagem mais prazeroso e
enriquecedor para a criança, mas não adianta nada a utilização de jogos e
brincadeiras nesse momento sem uma fundamentação pedagógica e sem que o
educando saiba direcionar as crianças para o processo de ensino-aprendizagem.
O jogo é uma importante ferramenta no processo de aprendizagem lúdica
na alfabetização. Durante o jogo, a criança toma decisões, resolve seus
conflitos, vence desafios, descobre novas alternativas e cria novas
possibilidades de invenções. Para isso, necessita do meio físico e social,
onde poderá construir seu pensamento e adquirir novos conhecimentos de
forma lúdica, onde há o prazer a aprendizagem [...] portanto, além de ter
importância na vida da criança, é o verdadeiro impulso da criatividade. E,
para isso, o professor se vale da aprendizagem lúdica como recurso
pedagógico, propiciando espaços e situações de aprendizagem que
articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e
cognitivas das crianças aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos
referentes aos diferentes campos de conhecimento (RODRIGUES, 2013, p.
40-41)

A atividade lúdica contribui para aquisição do conhecimento, auxiliando no


processo de aprendizagem, ela deixa de ser um método apenas da educação
infantil, passando a ser usada em todos os níveis de ensino, tornando essa, uma
atividade social. Estando na escola, os jogos têm que ter um objetivo, seja para a
alfabetização ou qualquer outro fim educativo, principalmente nos anos iniciais,
despertando o interesse das crianças para estudarem de um jeito mais agradável.
Mesmo com tantos métodos de aprendizagem na atualidade, devemos
nos empenhar em buscar melhores soluções educacionais, entendendo que cada
criança é diferente da outra e tem seu tempo de aprendizagem.

2.5 Aplicações das disciplinas estudadas no Projeto Integrador.


A interdisciplinaridade está se tornando cada vez mais comum nas escolas,
como forma de integrar conteúdos de uma matéria com outras áreas de conhecimento,
contribuindo para o aprendizado do aluno.
19

Nesse Projeto Integrador, a interdisciplinaridade entre a música e a arte foi


de grande importância para a percepção de outros métodos de ensino. A função da
arte e da música nesse contexto tem a ver com a imaginação, expressão, o
desenvolver artístico da criança, conseguindo relacionar os conteúdos estudados nas
diferentes disciplinas dadas em sala de aula.
As duas trazem papeis importantes na formação crítica do aluno, sendo
oferecidas oportunidades para o processo de alfabetização, promovendo a
criatividade, possibilitando o conhecimento através da expressão de idéias e
significado do que é passado.
Pode-se perceber que as escolas devem trabalhar o conceito de música e
arte pensando num ensino contextualizado, buscando informações culturais da
realidade dos alunos, tornando o aprendizado mais motivador. Assim, o ensino
contextualizado dos dois (música e arte) contribui para que a interdisciplinaridade
possa promover a integração dos conceitos artísticos com os conteúdos de outras
matérias.
20

3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS

Esse projeto foi uma pesquisa de campo realizada na escola Profº Hélio
Damante, na cidade de Bom Jesus dos Perdões, com os alunos do 1º ano B do ensino
fundamental. Foram utilizados dois jogos e uma música para a coleta de dados.

3.1. Alfabetizando com dominó de letras e imagens.

TEMA: Alfabetizando com dominó de letras


PÚBLICO ALVO: 1º Ano do Ensino Fundamental
OBJETIVOS: A proposta, acima sugerida, tem por objetivo apresentar um
dominó com letras para que as crianças tenham um contato lúdico com o alfabeto.
DURAÇÃO: Apenas uma aula com duração de 60 minutos foi necessária
para que este plano de aula fosse aplicado.
OBJETIVOS GERAIS:
● O jogo tem como objetivo, ajudar na alfabetização das crianças com base
na associação de letras e imagens.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
● Identificar a letra inicial das palavras.
● Desenvolver a coordenação motora e a percepção visual
CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
No primeiro momento, será apresentado o dominó aos alunos e será dada a
explicação da atividade. Logo em seguida, colocaremos as crianças sentadas em
grupos e espalharemos as peças.
O jogo possui peças com uma imagem em uma ponta e uma letra em outra
ponta e desenvolve-se em ir montando cada uma com suas respectivas letras e
desenhos.
RECURSOS MATERIAIS:
Dominó alfabético lúdico.
AVALIAÇÃO:
As crianças serão avaliadas pelo desenvolvimento durante a atividade.
Manual do Jogo
As crianças no processo inicial de leitura-escrita percebem as letras iniciais
dos nomes de objetos conhecidos e assim podem aprender com esse jogo, testando
seus conhecimentos.
Objetivos:
 Avanço no processo de apropriação do sistema de escrita;
21

 Reconhecimento das palavras apresentadas, assimilando com as


imagens;
 Concepção do alfabeto
Material:
 28 peças
Como jogar:
Joga-se como um dominó convencional. As peças são viradas para baixo e
distribuídas entre os jogadores, de modo a cada um ficar com 6 peças. Escolhe-se por
sorteio o primeiro a jogar, este deve pegar uma peça e colocá-la na mesa. O próximo
deverá escolher uma peça que tenha em um dos lados o desenho ou a palavra
correspondente a um dos lados da primeira.
O jogo prossegue até que todas as peças tenham sido colocadas ou já não
tiver lugar para mais nenhuma. Se um jogador não possuir nenhuma peça que se
encaixe no jogo ele perde a vez e pega uma peça da mesa. Ganha o jogo quem
conseguir colocar todas as suas peças ou ficar com o menor número delas na mão.

3.2. Alfabetizando com o bingo das sílabas iniciais


TEMA: Alfabetizando com bingo
PUBLICO ALVO: 1º Ano do Ensino Fundamental
OBJETIVOS: A proposta, acima sugerida, tem por objetivo apresentar um
jogo de bingo com imagens.
DURAÇÃO: Apenas uma aula com duração de 60 minutos foi necessária
para que este plano de aula fosse aplicado.
OBJETIVOS GERAIS:
· O jogo tem como objetivo, ajudar na alfabetização das crianças com base
na associação de letras e imagens.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
· Identificar a letra inicial das palavras.
· · Desenvolver a coordenação motora e a percepção visual
CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
No primeiro momento, será apresentado o bingo aos alunos e será dada a
explicação da atividade.
As crianças receberão cartelas com imagens que possuem os nomes de
cada uma delas com as iniciais ou primeiras sílabas destacadas.
A educadora sorteará letras e os alunos precisam achar as imagens que
possuem as iniciais correspondentes até completarem as cartelas.
RECURSOS MATERIAIS:
22

Cartelas com desenhos identificados com nomes, tendo suas iniciais


destacadas.
Letrinhas para sorteio
AVALIAÇÃO:
As crianças serão avaliadas pelo desenvolvimento durante a atividade.
Manual do Jogo
De uma forma divertida, o jogo busca pôr em prática a análise de palavras,
sons e sílabas semelhantes.
Como ordem, estabilidade e repetência de sons/letras nas palavras de
forma silábica as crianças são estimuladas a observar o sistema alfabético.
Trabalhando as sílabas iguais, rimas, aliterações trazem a ludicidade para dentro da
alfabetização havendo resultado criativo e criador.
Jogo indicado para alunos em processo inicial de alfabetização.
Objetivos:
 Aprender que as palavras são compostas por unidades sonoras que
podem ser pronunciadas separadamente.
 Entender semelhanças sonoras nas sílabas iniciais de palavras.
 Reconhecer que palavras diferentes têm partes sonoras iguais.
 Compreender a sílaba como unidade fonológica.
Material:
 15 cartelas com seis figuras em cada cartela e as palavras escritas
correspondente;
 30 fichas com palavras escritas que tem os mesmos sons iniciais das
palavras que dão nome às figuras das cartelas;
 1 saco para guardar as fichas de palavras;
Como jogar:
 As crianças podem jogar o bingo individualmente ou em duplas. Cada
criança ou dupla recebe uma cartela.
 Para começar, combine com eles as regras do jogo. Explique que dentro
do saco estão fichas com palavras que começam com o mesmo som das palavras que
eles têm nas cartelas. Diga que você vai tirar uma ficha por vez e ler em voz alta para
eles. A tarefa é circular as palavras que começam com som igual. De exemplos na
lousa, circulando os sons iniciais parecidos (como bola, boneca, pia, piano, navio,
natal, fada, fazenda), para se familiarizar com o jogo.
 Quando sortear as palavras, faça a leitura em tom alto, pausadamente, e
procure sempre dar um tempo para que todos os alunos possam ouvi-las claramente e
compará-las às palavras e imagens na cartela.
23

 Ao completar a cartela e gritar: BINGO! Você pode escrever as palavras


na lousa para conferência do que foi assinalado e fazer as intervenções necessárias.

3.3 Uma música para ensinar a ler e a escrever


Nesse momento, foi feito uma roda de música após a aplicação dos jogos
acima citados, com a sala da Professora Letícia. Foi tocada a música algumas vezes
para que as crianças ouvissem e entendessem a letra e o que era falado. Conforme as
letras eram faladas, ao mesmo tempo eram mostradas placas com as letras indicadas.
Essa música é uma proposta do Prof. Jaime Zorzi, para ajudar na
alfabetização, leitura e escrita das crianças e adolescentes com dificuldades de
aprendizagem.
24

4. PROTÓTIPO
4.1 Protótipo inicial

Bingo

Dominó
25

Música

Uma música para aprender a ler e a escrever


Quero aprender a ler
Quero aprender a escrever
As letras têm nomes
As letras têm sons
E é muito fácil de entender
A, B, C, D, E,
F, G, H, I, J, K
L, M, N, O, P, Q
R, S, T, U, V,
W, X, Y, Z
A faz “A”, Abelha
B faz “be”, Bola
C faz “ce”, Casa
26

D faz “de”, Dedo


E faz “e”, Elefante
E também faz “é”, Ela
F faz “efe”, Faca
G faz “gã”, Gato e Gabriela
H, Hiiiii... Esse não tem som
I faz “i”, Igreja
J faz “di”, janela
K faz “kã”, Karin
L faz “li”, Lápis, Lapiseira
M faz “mã”, Mala
N faz “ne”, Neve
O faz “o”, Olho
Ou também faz “ó”, Óculos
P faz “pã”, Pare
Q faz “que”, Quero
R faz “rrã”, Rabo
R também faz “ri”, Arara
S faz “ssi”, sala
T faz “te”, Tapete
U faz “u”, Uva
V faz “ve”, Vaso e também Valente
W faz “vu”, Walter
X faz “xi”, Xícara
Y faz “i”, Yara
Z faz “zzzzzzzzzzz”, Zero
Essas são as letras
Que você aprendeu
Todas elas falam
Igualzinho a você e eu (bis)

4.2 Feedback sobre protótipo final

 Jamile
“O curso em Pedagogia ofertado pela UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
SÃO PAULO - (UNIVESP) tem em sua grade curricular a disciplina Projeto
Integrador. O mesmo tem como objetivo desenvolver práticas criativas em sala de
aula. Elaborar o projeto permitiu o conhecimento sobre a importância da
Alfabetização e seus métodos nos anos iniciais. Através dele pesquisamos,
abordamos e interpretamos a problemática encontrada. O Projeto Integrador de
certa forma proporciona e permite o convívio social, a interação com os profissionais
envolvidos na área da Educação e também contribui para nós envolvidos mudanças,
aceitação de idéias e diferentes opiniões, disciplina e comprometimento”.
27

 Juliana
“O presente trabalho tem como finalidade pesquisar a prática da
alfabetização e do letramento nos anos iniciais com o auxílio do lúdico.
Alfabetizar não se constitui em preparar a criança para ler, é necessário,
conduzir nas etapas do conhecimento, pronúncia dos sons, explorações alfabéticas
e silábicas, caminhando para a etapa do letramento e proporcionando ao aluno o
entendimento daquilo que se lê e produz com a escrita.
A escola tem o papel social em introduzir as crianças nas práticas
letradas, para que aprendam a leitura e escrita, criando hábitos de ler e escrever e
não só apresentar a elas o alfabeto e as sílabas, mas levar o aluno ao mundo do
letramento.
Ao decorrer do projeto tive o conhecimento de que o lúdico, os objetos e o
âmbito têm uma importância significativa. Por meio destes, os alunos têm a
possibilidade de construir relações com os demais alunos, valores e sociabilidade,
levando ao desenvolvimento e aprendizagem permitindo que o professor chegasse
ao seu objetivo final.
Conclui que é importante o lúdico na alfabetização, para a realização das
atividades, proporcionando ao aluno uma prática pedagógica importante capaz de
alavancar as habilidades necessárias à construção do conhecimento garantindo a
construção adequada tornando-as autônomas e altruístas”

 Thaluanny
“Esse projeto teve como finalidade trabalhar a alfabetização e letramento
nos anos iniciais de modo lúdico, pois, o ler e o escrever vão bem além de apenas
apresentar letras e números de modo silábico e repetitivo, o que deixa o
aprendizado maçante e desinteressante para a criança.
Por tanto, trabalhamos jogos que permitiam o contato das crianças não
somente com o letramento, mas, também existia a interação com os colegas e
professores, o que torna o estudo muito mais divertido e ajuda na construção do
cidadão com o meio em que vive”.

 Simone

“Através da atividade, o jogo pode trazer um pouco do concreto e de


forma lúdica fazer com que os alunos aprendam a decodificação e codificação do
28

sistema alfabético. Todas as crianças gostaram dos jogos, inclusive, algumas já


estavam assimilando as sílabas iniciais com objetos que não estavam no bingo. Na
música, montamos a roda, e cantamos várias vezes, percebi que alguns dos alunos
já têm mais facilidades no domínio dos fonemas, quem aparentemente veio das
práticas sociais. Acredito que os jogos nos anos iniciais, ajuda os alunos com o
desenvolvimento e a capacidade de ler com compreensão, com as práticas que
dependem da escrita. Da mesmo forma que o letramento e alfabetização andam
lado a lado, o lúdico e as práticas da escrita também deve andar juntos para o
melhor resultado, um auxilia o outro para o mesmo resultado. A forma que a
professora trabalhou junto ao grupo com os jogos e observando o interesse de todos
os alunos, estará colocando na rotina para verificar o resultado e comparar com a
forma tradicional de alfabetização”.

Abaixo estão os depoimentos de duas professoras da escola em que aplicamos


os jogos.
“É importante que nos anos iniciais seja bem trabalhada a alfabetização
dos discentes, pois essa é a fase em que eles estão de fato começando seu
processo de escrita e leitura. Pois se bem trabalhada nos anos iniciais a criança
consegue ter uma caminhada mais tranquila no decorrer dos próximos anos.
Tornando-se boas escritoras, consequente leitoras. Acredito que seja importante
trabalhar a alfabetização juntamente com o letramento, pois de nada adianta o
discente saber apenas ler e escrever e não conseguir usá-la em sua vida cotidiana.
Eu trabalho com as crianças dos anos iniciais da seguinte maneira:
folhinhas que eles precisam escrever o nome da imagem (peço para que escrevam
da maneira que conseguem após uma conversa com cada um, vou corrigindo,
mostrando o que está precisando melhorar, nunca digo que está errado, apenas
escrevo ao lado a maneira correta), peço para que leiam o que escreveram com o
dedinho para que comecem a associar a escrita com a leitura, trabalho com
parlendas. Várias vezes dou em uma folha, o textinho completo e ao lado o texto
completo com algumas lacunas para que eles completem corretamente. Faço a
leitura sempre com eles. Atividades para completar as palavras, desembaralhar
letras, mas sempre utilizo a imagem para que fique mais claro para que a criança
compreenda a escrita”.
Viviane Nazaré de Almeida, professora.
29

“As alunas da faculdade Univesp, aplicaram em minha aula um jogo sobre


alfabetização. Os alunos se mostraram entusiasmados com o jogo, pois era um jogo
que já havia planejado em minha aula, mas não tinha aplicado. Gostei da maneira
como as alunas dividiram os grupos, colocando em cada grupo um aluno alfabético
e silábico. Alfabético para que auxiliassem os alunos com maiores dificuldades. O
jogo foi de grande valia, pois além de trabalhar o conteúdo e a leitura, ele trabalha a
socialização, interação, a cooperação e a integração dos alunos”
Letícia Garcia, professora.
30

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da aplicação dos materiais propostos nesse Projeto Integrador, pôde-


se verificar que as crianças mostraram interesse nos jogos e no momento da música,
interagindo enquanto eram-lhes apresentados.
Aplicamos atividades que fossem interessantes e compreensíveis às
crianças, por estarem se familiarizando com a alfabetização. Mesmo sendo um novo
método de ensino, pudemos perceber o quão importante é a interdisciplinaridade para
o aprendizado das crianças. Aprender a relacionar as matérias entre elas e não
apenas sair de uma disciplina e pular para outra, permitindo o diálogo entre as
disciplinas, promovendo um trabalho escolar contextualizado.
Esse projeto nos permitiu usar do conhecimento nas aulas teóricas e
colocá-las em prática com as crianças, fazendo-nos perceber uma maior facilidade das
mesmas com a memorização das letras, com os desenhos e a música que foi tocada,
além da interação social dos próprios alunos com todos que participavam do momento.
31

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