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UNIVERSIDADE PAULISTA

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ROSÂNGELA APARECIDA SANTOS

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM


DA EDUCAÇÃO INFANTIL

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS- SP


2022
UNIVERSIDADE PAULISTA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ROSÂNGELA APARECIDA SANTOS

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM


DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho Monográfico – Curso de Graduação –


Licenciatura em Pedagogia, apresentado à comissão
julgadora da UNIP EaD.

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS


2022
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que me deu energia e benefícios para concluir esse
trabalho. Dedico aos meus filhos Bianca Santos de Souza e Bruno Vinicius de Souza
que acreditaram em mim e me incentivaram a não desistir do meu sonho.
Enfim agradeço a todas as pessoas que fizeram parte dessa etapa decisiva da
minha vida.
Dedico aos meus filhos e amigos que contribuíram
muito na minha caminhada desde o começo da
faculdade, eles são meus maiores incentivadores em
todo esse processo!
Eles me ensinaram que não há limites para ir em
busca de um sonho e que nunca é tarde para
tentar!
RESUMO

O ato de aprender não pode e não deve ser mecanizado, para uma criança, manter-se estático e
em silêncio não é tarefa das mais fáceis. Assim sendo, os métodos “voz e giz” não são tão
eficazes no desenvolvimento da aprendizagem de alunos nos primeiros anos de escolarização.
Com esse reconhecimento o presente trabalho ressalta a importância do lúdico no ensino
aprendizagem onde seus aspectos integradores corroboram para que se aprenda brincando,
com atividades pensadas para isso, bem como a atuação do professor e sua prática pedagógica
com a introdução do lúdico como facilitador no desenvolvimento cognitivo, afetivo,
psicossocial dentre outros que o brincar e aprender pode desenvolver. A importância do
lúdico, prevista em lei, e a aceitação dos profissionais de educação para a realização do uso do
mesmo. O constante estudo dos professores, com formações continuadas, para que possam
direcionar e fazer o melhor uso dessas tão importantes ferramenta de aprendizagem.

Palavras-chave: Lúdico. Professor. Aprendizagem. Formação.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 6

1. EDUCAÇÃO E LUDICIDADE 8

2. O PROFESSOR E O LÚDICO 12

3. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS COMO USO DA LUDICIDADE 16

CONSIDERAÇÕES FINAIS 19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 20
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INTRODUÇÃO

Entendemos que o lúdico está relacionado ao brincar, quando a criança manuseia


brinquedos e participa de momentos coletivos, onde ela e seus colegas se divertem e
aprendem brincando. Na maioria das escolas principalmente de Educação Infantil o brincar as
vezes é deixado de lado, acaba sendo esquecido pelo fato de muitos profissionais da educação
acharem desnecessário trabalhar com este método nas suas práticas pedagógicas dentro e fora
da sala de aula, ou que seja perda de tempo proporcionar aos alunos momentos onde possam
brincar.
Dentre os diversos argumentos negativos que existem ao pensar no brincar no processo
de aprendizagem, venho com meu trabalho de pesquisa mostrar aos demais professores que
quando planejado e bem elaborado o brincar pode ser um grande aliado para aprendizagem
dos alunos. Não possibilitar, à criança, o direito de brincar pode acarretar em uma série de
perturbações, impossibilitando inclusive novos conhecimentos e dificuldades de socialização
um com o outro. Pelo contrário, quando possibilitamos uma educação lúdica, estamos
favorecendo o desenvolvimento de sua identidade e autonomia.
Quando apenas deixamos as crianças brincarem por conta própria com brincadeiras sem
sentido ou sem objetivo elas não vão gerar um aprendizado significativo, mas quando
alinhamos momentos de brincadeira e jogos com um objetivo a ser alcançado aquele
momento se torna rico em aprendizagem. Isso porque o brincar pode ser uma ferramenta para
ajudar tanto o aluno quanto o professor, sendo para aplicar um conteúdo ou fazer o aluno
aprender com significado, aliás, o principal objetivo da ludicidade é o aluno aprender
brincando.
O brincar é importante para os pequenos ainda mais na educação infantil, fase da qual
vamos falar durante a resolução desta pesquisa. A escolha desse tema foi voltado em ressaltar
a importância que tem em se trabalhar com o lúdico, os benefícios que os professores podem
ter quando de modo planejado usam o lúdico como ferramenta de aprendizagem.
Pretendo com esses dados de pesquisa informar aos professores e profissionais da
educação a importância e os benefícios de trabalhar com o método lúdico.
O problema da minha pesquisa visa demonstrar como colocar em prática o lúdico na
rotina escolar, resultando em ganhos significativos na aprendizagem dos alunos. Durante o
desenrolar da pesquisa vão ser expostos autores e estudos que comprovam os dados
levantados, são documentos que vão enriquecer ainda mais esta pesquisa.
7

O estudo aqui feito é pautado em uma revisão bibliográfica de caráter investigativo.


Onde serão utilizados autores dentre esses Vygotsky (1984), Almeida (2000), Silva (2002) e
Santos (1999) Freire (2005).
Meu trabalho de pesquisa terá como foco o método qualificativo, aonde os estudos dos
autores, experiência individual e ideias vêm compor o enredo da pesquisa, com essa
abordagem é possível ter mais aprofundamento na compreensão do assunto que vai ser
exposto nos capítulos e sobre a importância de trabalhar com o brincar na educação infantil.
Ressaltando-se nessa leitura a importância do professor bem preparado e a sua condução
objetivada do lúdico. Fortalecendo assim a importância de um bom estudo do processo lúdico
na aquisição de conhecimentos nas series iniciais bem como formações continuadas onde esse
profissional poderá dividir suas experiências e conhecer novas que surtiram efeito na
aquisição de conhecimentos através do processo lúdico na educação.
Essa pesquisa tornou-se relevante em função da visão errônea que se tem sobre a
educação formal e a rigidez que sempre é associada a mesma. Essa leitura tem o intuito de
ajudar os profissionais ligados a educação no entendimento sobre a importância da ludicidade
na educação do brincar para uma criança bem como a quebra do tabu por parte dos
profissionais em relação ao uso da mesma.
O processo de aprendizagem ele é transformado conforme os anos vão se passando,
antes o aluno não tinha voz ativa ou seja ele não participava de todo o processo ,nos dias
atuais a criança tem a prioridade de participar desse processo de aprendizagem, e o lúdico faz
com que o aluno se desenvolva de uma forma divertida e dinâmica .
A ludicidade ela traz consigo algo que pode fazer com que a criança se desenvolva mais
,fazendo de certa forma com que a criança tenha uma ampla construção de conhecimentos,
através de estudos pode se observar que a criança aprende brincando através da brincadeira a
criança passa a ter mais conhecimentos, ela interage com outros alunos onde ela acaba se
socializando também .
O brincar é interdisciplinar ou seja ele pode ser utilizado em diversas disciplinas, o
professor deve sempre buscar métodos eficazes diversificados para atentar ao
desenvolvimento da criança, buscando assim jogos com brincadeiras práticas tal a qual
envolva a criança de maneira prazerosa.
No capítulo l abordaremos a importância e a influência da ludicidade como ferramenta
no processo de aprendizagem, vamos colocar em discussão o uso da ludicidade na nova
realidade dos alunos e o benefício que o uso dessa ferramenta pode trazer para o aprendizado.
Já no capítulo ll será descrito informações principalmente aos professores de como colocar em
8

prática o método lúdico, vamos apresentar dados, relatos e informações que vão direcionar os
docentes dentro da sala de aula sabendo de maneira correta e objetiva relacionar o lúdico com
o aprendizado das crianças. Por fim no capítulo lll será indicado as intervenções pedagógicas
que se fazem necessárias para enriquecer e garantir o sucesso do método lúdico dentro da sala
de aula, neste momento nosso público alvo ainda será os professores pelo fato de serem os
responsáveis por direcionar os momentos e conteúdos na sala. Contudo esta pesquisa se trata
de enriquecer o conhecimento dos professores e demais envolvidos na área da educação para
relacionar o brincar com o aprendizado das crianças, assim a criança tem prazer de estudar e
aprende brincando.
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1. EDUCAÇÃO E LUDICIDADE

O significado da palavra lúdico é o brincar de forma espontânea, porém ela não se


restringiu apenas nas suas origens a ludicidade passou a acompanhar a psicomotricidade, e
passando se o tempo reconheceu como parte crucial da psicologia. O mesmo é interdisciplinar
podendo ser utilizado em diversas disciplinas sendo assim um recurso a qual as crianças
gostam muito, pois elas se divertem com brincadeiras, jogos, musicas, através do lúdico as
crianças aprendem e se desenvolvem e é um estímulo para que a criança construa sua própria
identidade e se socialize tendo também uma aprendizagem significativa. Para a pedagogia a
ludicidade pode ser uma forma de ensinar, onde a diversão e o envolvimento proporcionam o
conhecimento e a compreensão podendo ser transmitido em diversas maneiras.
Quando se pensa em sala de aula já se desenha um espaço composto de quadro negro,
mesas e cadeiras e um professor para ministrar essas aulas. Essa também é a visão passada
para uma criança quando ela é inserida na educação formal, onde tudo que até então ele estava
acostumado e as formas pelas quais aprendeu, devem ser deixadas de lado para algo mais
formal e consequentemente mais rígido. Em muitos casos, seus conhecimentos adquiridos,
não são nem amplamente utilizados. Esse “desperdício” (grifo nosso) de informações cerceia
a capacidade expressiva das crianças e as confundem no processo educativo, desestimulando-
as, fazendo com que não achem a escola ou aprender algo prazeroso.
Esse respeito ao mundo, outrora vivido por essa criança, deve ser repensado e seu
modo de aprender, que até então havia sido composto de brincadeiras e de um processo sem
regras e metas a cumprir deve ser entendido. Desejar que uma criança se mantenha por horas
sentadas, estáticas, com a atenção voltada apenas para um ponto é desejar muito para alguém
que até pouco tempo desconhecia os limites de imposição para seus movimentos. Ao
matricular uma criança em uma instituição de ensino, a mesma deve ser completa.
“É necessário, a cada início de ano, que o corpo da criança também seja
matriculado na escola, e não seja considerado por algumas pessoas como
“estorvo”, que quando quieto estiver, menos atrapalhará a aprendizagem.”
(FREIRE, 2005, p.54)

A fala do autor se reproduz na dificuldade que os docentes têm de se desvencilhar dos


métodos tradicionais e a postar em novas formas de aprendizagem, com o respeito as cargas
sociais, comuns em todos os meios. Essa pesquisa não tem intenção de culpar os métodos
tradicionais por indicadores de aprendizagem baixos e sim, demonstrar através de seus
10

parágrafos que inovar não subtrai a autoridade do professor e que brincar aprendendo pode ser
uma metodologia facilmente aplicável aos seus alunos e facilitadora do seu trabalho.
O brincar é a fonte, que até então, a criança teve para demonstrar seus sentimentos,
seus gestos compostos de significados, acompanham a evolução do seu corpo e do seu
conhecimento de mundo. Esse desenvolvimento dar-se-á sempre que novas experiências lhe
são apresentadas e por ele assimiladas. Assim sendo, o brincar, vai tomando novos sentidos e
fazendo ainda mais parte do seu cotidiano. Dependendo do grupo social no qual está inserido
essas brincadeiras podem ser realizadas com regras diferenciadas, brinquedos caros ou sucata.
Independentemente de ter ou não recursos a criança sempre brinca, sua imaginação
transcende o que é real e imaginário e o mesmo cria regras, evolui suas brincadeiras, adequa
novos jogos, mas nunca para de brincar. Por esse aspecto ser amplamente reconhecido, os
referenciais curriculares deixam claros a importância que deve ser dada ao brincar e o respeito
da brincadeira e do brinquedo na vida escolar de uma criança:
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da
identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se
comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado
papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas
brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades
importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação.
Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da
interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais. A
diferenciação de papéis se faz presente, sobretudo no faz-de-conta, quando
as crianças brincam como se fossem o pai, a mãe, o filhinho, o médico, o
paciente, heróis e vilões, etc., imitando e recriando personagens observados
ou imaginados nas suas vivências. A fantasia e a imaginação são elementos
fundamentais para que a criança aprenda mais sobre a relação entre as
pessoas, sobre o eu e sobre o outro. (BRASIL, 1998, pág. 22).

Esse respeito, necessário, sobre o brincar e as emoções transmitidas pela criança ao


fazê-lo também deve ser pensado pelo lado da obtenção de uma vida saudável. O
movimentar-se deve ser estimulado, o corpo em movimento, como forma de hábitos
saudáveis e aquisição de uma boa saúde. Esse paradoxo que muito se ouve dos profissionais
de educação sobre o comportamento dos alunos precisa ser revisto, pois se o mesmo está
muito quieto, não participa das aulas, ou se muito se mexe ou fala, atrapalha a mesma.
Há de existir uma intencionalidade em cada momento em sala de aula, intenção essa,
que deve ser percebida pelo professor, o que deseja receber em troca daquele momento que
está realizando determinado trabalho. Não se pode esperar que uma criança demonstre o que
foi aprendido em uma aula teórica se o tempo todo ela foi mediada a ficar em silêncio ou
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parada em uma única posição, possivelmente, algumas dessas crianças, não estavam nem
presentes mentalmente nessas aulas, podem estar pensando na aula de Educação Física, tão
amada pela maioria e as brincadeiras que fariam nesse momento.
Não é incomum ver que alguns profissionais preferem deixar esse momento de
diversão das crianças restrito às aulas dos profissionais de Educação Física, perdendo assim,
uma grande oportunidade de captar para a sua aula a atenção dada para essa outra disciplina.
É comum ver que muitos professores, após essas aulas, já deixam claro que o momento
“divertido” (grifo nosso) acabou, que agora eles devem focar sua atenção ao conteúdo que irá
ser desenvolvido. Isso faz com que os alunos associem as outras disciplinas como chatas e,
consequentemente, desestimulantes.
Pensar sobre a infância na escola e na sala de aula é um grande desafio para
o Ensino Fundamental que, ao longo de sua história, não tem considerado o
corpo, o universo lúdico, os jogos e as brincadeiras como prioridade.
Infelizmente, quando as crianças chegam a essa etapa de ensino, é comum
ouvir a frase “agora a brincadeira acabou! ”. Nosso convite, e desafio, é
aprender sobre e com as crianças por meio de suas diferentes linguagens.
Nesse sentido, a brincadeira se torna essencial, pois nela estão presentes as
múltiplas formas de ver e interpretar o mundo. A brincadeira é responsável
por muitas aprendizagens. (NASCIMENTO, 2007, p.30)

O professor, ao objetivar suas aulas, com a utilização de jogos e brincadeiras deve


saber o que deseja inserir em termos de conhecimentos dos seus alunos podendo ser, desde
conteúdo específico, até desenvolvimentos psicomotores que por ventura achar que não estão
ainda desenvolvidos. Mas, o mais importante, é a compreensão do lúdico como forma de
aprendizagem. Essa compreensão não pode se restringir ao eu sei e passar para o eu uso esse
profissional deve compreender e usar sem a preocupação de que irá criar balbúrdia e perder
seu controle sobre os alunos.
Para tanto, uma aula lúdica deve ter uma preparação antes de ser concretizada e caso a
primeira não tenha atingido os objetivos que desejava nada o proíbe de tentar outras vezes e
se não foi assimilado com todos os alunos, tentar uma nova forma para que a intencionalidade
seja conseguida com todo o grupo. Cada criança tem seu tempo, desta forma, o professor não
deve desistir a cada percalço enfrentado, a educação, o ensinar e aprender tem inúmeras
variáveis impostas pelo momento de cada indivíduo já que cada uma é ímpar no processo de
aprendizagem.
Se o corpo tem capacidade de se comunicar tanto e tão bem, como os
professores envolvidos com as atividades corporais dão conta desse fato?
Eles vêm e percebem a fala do corpo? Os diálogos corporais existem, ou a
criança é monólogo? O corpo tem vida? Tem significado? Transmite
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sensações e sentimentos identificáveis pelo professor? (MOREIRA,1995, p.


86)

Essa capacidade de percepção, de observar seu aluno a informação que ele tenta passar
através das suas atitudes durante jogos e brincadeiras é importante tanto para desenvolver
possibilidades na aprendizagem dessa criança quanto possíveis bloqueios que vão, inclusive,
necessitar de assessoria de outros profissionais especializados para tal. O professor deve ficar
atento a esses sinais e tentativas de comunicação dos seus alunos.
Esse é só mais uma das possibilidades que os jogos e brincadeiras podem
proporcionar, o conhecimento do mundo, as dificuldades, possíveis problemas cognitivos e
motores. Assim como o autor pergunta se o aluno faz do seu corpo e suas ações um monólogo
onde não há percepção, por parte dos profissionais que trabalham com esse, das informações
passadas com seus gestos, que para esse é mais fácil de demonstrar do que com as palavras,
pois até então era a forma reinante de comunicação que lhe era confortável.
Desta maneira, se pode concluir através da leitura dos capítulos anteriores, a
necessidade de se respeitar o corpo enquanto integrante da vida acadêmica de uma criança.
Ele não é estorvo e não deve permanecer estático, ele fará parte da aprendizagem e
crescimento do educando ambos crescerão juntos nesse processo.
Para isso a escola e o professor devem permitir que essa criança brinque, se expresse,
demostre através das suas brincadeiras, os seus medos e anseios para que a escola possa fazer
seu papel no crescimento do mesmo. Fica claro por todos esses pontos o quão é importante o
lúdico no ensino regular, as brincadeiras conduzidas para a obtenção de resultados desejados
ou para a observação de outros fatores que podem impedir uma aprendizagem mais plena.
Para que a educação lúdica passe a servir na melhoria do transmitir conhecimentos,
sendo na qualificação ou na formação crítica do aluno,para atribuir os valores e melhorar os
relacionamentos o professor deve lecionar de uma maneira clara e objetiva para que possa ser
compreendida em todos os aspectos.
A experiência de levar a ludicidade como um meio social voltada ao aprender na
educação em geral e principalmente na educação infantil o aluno aprenderá e será alfabetizado
de maneira significativa , uma maneira de educar no ambiente escolar incorporando o
compreender e o conhecer em suas características como o pensar, a oralidade. Entende-se que
é necessário compreender e saber como o lúdico contribui para a educação e para o
desenvolvimento infantil.
Comprende-,se que o ensinar não é apenas transmitir conhecimentos da maneira
tradicional sendo necessário que as escolas em geral, assim como principalmente na educação
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infantil,a busca de novas técnicas é de suma importância, e o lúdico pode tornar se uma
técnica por ser um intermédio para levar o ensinamento com prazer.
Partindo de que a verdadeira educação é aquela que cria na criança o melhor
comportamento para satisfazer suas múltiplas necessidades orgânicas e intelectuais,
necessidade de sala explorar,de observar,de trabalhar,de jogar, de viver, a educação não tem
outro caminho se não organizar seus conhecimentos, partindo das necessidades e interesses da
criança.
Utilizar o lúdico na educação pode ser uma técnica que contribuirá e influenciará na
formação da criança e também possibilita um crescimento sadio, um enriquecer permanente e
que ao despertar o espírito democrático irá integrar-se num grau elevado ,obtendo um
resultado através desta integração, o adquirir conhecimentos para o aluno,pois quando há
exigência de uma participação efetiva, buscando a criatividade com a liberdade e podendo ser
crítico numa promoção em busca da interação social , modifica e transforma o ambiente
escolar através do ensinar brincando.
Concluo este primeiro capítulo do qual o próposito era fazer a ponte e trazer
informações sobre a ludicidade que pode ser usada como ferramenta na aprendizagem e
educação dos demais alunos. O momento de brincar faz parte da infância de toda criança e
pode ser usado como aprendizagem, tudo que tem significado é mais fácil para que a criança
aprenda, sendo que em momentos simples podem conter inúmeras maneiras de passar um
conteúdo, uma informação e na infância é quando as crianças conseguem adiqurir com mais
facilidade um assunto novo. Por fim a intenção desse parágrafo foi apresentar o lúdico como
algo que os professores e envolvidos possam usar para ensinar, as vezes esses métodos
passam despercebidos por isso estou apresentando e listando os benefícios de usar o lúdico
como ferramenta no processo de aprendizagem e no decorrer dos próximos parágrafos
veremos um pouco mais sobre o assunto.
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2. O PROFESSOR E O LÚDICO

Reitera-se a fala anterior ressaltando que a criança, quando ingressa na escola traz
consigo bagagens, suas atitudes, gestos, palavras, são resultados de sua convivência familiar,
por que não dizer social. Traz consigo suas preferências, seus medos, seus traumas e suas
alegrias. É através dos jogos e brincadeiras que a criança reproduz suas vivências.
A brincadeira cria para as crianças uma “zona de desenvolvimento
proximal” que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de
desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver
independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento
potencial, determinado através da resolução de um problema sob a
orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais
capaz. (VYGOTSKY, 1984, p. 97).

Sendo assim, é necessário que o professor atue como mediador desse processo,
proporcionando um ambiente e atividades adequadas para que assim a criança desenvolva as
competências necessárias para sua formação como cidadão. Segundo Zanluchi (2005, p. 89)
“Quando brinca, a criança prepara-se à vida, pois é através de sua atividade lúdica que ela vai
tendo contato com o mundo físico e social, bem como vai compreendendo como são e como
funcionam as coisas”.
No entanto, é preciso que esse processo ocorra de maneira adequada, para isso é
fundamental que o professor esteja preparado para desenvolver essas atividades de modo que
elas possam contribuir de fato com o desenvolvimento da criança, “(...) o lúdico servirá de
suporte na formação do educador, como objetivo de contribuir na sua reflexão-ação-reflexão,
buscando dialetizar teoria e prática, reconstruindo a práxis.” (SANTOS, 2007, p.41).
Sendo assim, é de suma importância que na formação do professor que irá atuar
principalmente na educação infantil o lúdico seja abordado de maneira que capacite os
educadores a desenvolver essas atividades de modo que ocorra uma aprendizagem
significativa pelos educandos. Desenvolver no ambiente educador estratégias que auxiliem o
professor no processo de ensino e aprendizagem da criança é de suma importância para o seu
desenvolvimento intelectual, motor e psicossocial.
Do ponto de vista pedagógico, as dificuldades que muitos docentes enfrentam, parte já do
tempo que possui para se planejar, adaptar e desenvolver os conteúdos impostos pelo sistema
educacional interagindo-se com a realidade em que a criança está inserida. Quando se
questiona professores sobre a importância do trabalho lúdico em sala de aula tem se respostas
pares, pois os mesmos compreendem a importância dessa ferramenta de trabalho, mas existem
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as reclamações sobre tempo, confecção de materiais e desse modo acaba muitas vezes
optando por trabalhar com materiais impressos.
Compreende-se que muitas escolas não possuem materiais ou espaço necessários para as
atividades e é nesse contexto que o professor deve ter um conhecimento bem elaborado para
não desanimar ao trabalhar, criando suas estratégias dentro das suas possibilidades de acordo
com Almeida (2000):

O sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará


garantido se o educador estiver preparado para realizá-lo. Nada será
feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os
fundamentos essenciais da educação lúdica, condições suficientes para
socializar o conhecimento e predisposição para levar isso adiante
(ALMEIDA, 2000, p.63).

Diante do exposto, a escola deve buscar estratégias, além de novas propostas pedagógicas
que permitam que os docentes associem o método tradicional de educação com a
potencialidade que o lúdico pode oferecer na melhoria da percepção e da aprendizagem do
aluno em todas as áreas de ensino.
Um ambiente educador que favoreça essa prática faz parte do processo de motivação
tanto do educador quanto dos educandos. Mas o fato de nem todas as escolas não contarem
com espaços destinados a este fim, cabe ao professor formular novas estratégias que possam
se adequar ao espaço que ele tem, “a educação pode deixar de ser um produto para se tornar
processo de troca de ações que cria conhecimentos e não apenas reproduz. (SILVA, 2002,
p.23)”. O professor passaria daquele que fala, explica dita ou conta histórias para aquele que
constrói novos terrenos a serem explorados pelos alunos, permitindo a eles o desenvolvimento
da autonomia.
O professor é o suporte do aluno e se o professor não brinca em sala de aula seu aluno
também não o fará, assim como, com o decorrer do ano letivo esse pode ficar mais calado,
passando a não mais opinar sobre o que vê, pois sempre é pedido para não o fazer. Se a
educação visa transformar pessoas, possivelmente, esse método os transformará em um
cidadão seguidor de massas que não sabe opinar ou expor seus desejos.
Essa é a grande máxima da ludicidade, quando bem adequada, pode incutir na criança o
desejo de expor seus conhecimentos, melhorando seu dialogo, sua linguagem, seu pensamento
abstrato e sua capacidade de criar novas soluções. E é nesse momento que o professor deve
mediar o trabalho, aproveitando cada interferência para criar aprendizagens.
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As pessoas, que têm a responsabilidade de cuidar/ educar crianças nesta


faixa etária, desempenha um papel fundamental no processo de
desenvolvimento infantil, pois servem de intérpretes entre elas e o mundo
que as cerca. Ao nomearem objetos, organizarem situações, expressarem
sentimentos, os adultos estão cooperando para que as crianças compreendam
o meio em que vivem e as normas da cultura na qual estão inseridas.
Portanto, os diferentes profissionais envolvidos na Educação Infantil têm
uma importante tarefa a cumprir, na tentativa de contribuir para um
desenvolvimento agradável e sadio. São, portanto, mediadores entre a
criança e o meio. (FELIPE 1998.p. 8)

Esse elo do professor com o seu aluno, não só no processo lúdico, deve ser pautado em
conhecimentos específicos desse profissional. Seu trabalho deve ser pautado em um
conhecimento teórico, pois assim sendo, esse poderá aproveitar todos os momentos da sua
atividade seu trabalho não deve ser baseado em improvisos e sim em conhecimentos prévios
de condução objetivada.
A objetivação do que se deseja conseguir com essas brincadeiras é fundamental, mas a
observação do desenvolvimento dos alunos, não pode ser de forma alguma deixada para
segundo plano. Se todos estão de fato assimilando o que é trabalhando, nesse momento, o
professor observador se faz presente vendo e analisando as formas de seus alunos se
manifestam.
“Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma
visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada
uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens,
assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais
que dispõem” (RCN, 1998, v.1 p. 28).

O professor deve ter também a sensibilidade de que nem todas as brincadeiras devem
ser objetivadas que, em alguns instantes esses momentos podem existir, onde a imaginação da
criança extrapola a objetividade da ação, mas que mesmo nesses momentos, o crescimento
dessa criança está sendo desenvolvido e que ela saberá tirar proveito, talvez não de forma
explicita, desse momento.
O professor observador, deve assimilar o que seus alunos expõem durante as
brincadeiras, pois dependendo do seu meio social, alguns têm regras diferenciadas para
determinados jogos e isso pode ser de grande valia e em algum momento esse professor pode
pedir para esse ensinar suas regras para o grupo e dar uma roupagem a brincadeira com a
identidade desse aluno.
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É preciso que o professor tenha consciência que na brincadeira as crianças


recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do
conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa. Nessa
perspectiva não se deve confundir situações nas quais se objetiva
determinadas aprendizagens relativas a conceitos, procedimentos ou atitudes
explicitas com aquelas nas quais os conhecimentos são experimentada de
uma maneira espontânea e destituída de objetivos imediatos pelas crianças”
(RCN, 1998, v.1, p.29).
Com a leitura dos parágrafos aqui contidos se é possível entender o significado do
brincar na educação infantil, mas de forma mais clara, a importância do professor mediador,
com conhecimento teórico do que deseja construir com a sua prática. Esse profissional é o elo
entre o brincar e o que conseguir com a brincadeira nesse período de aprendizagem da
criança.
Cabe a esse a observação, o estudo, a busca dos resultados e o respeito aos
conhecimentos prévios dos seus alunos. Saber que cada uma carrega sua gama social e
conhecimentos prévios e com seu embasamento teórico tirar o maior proveito possível disso.
Nota -se que ao incerir nas atividades escolares a ludicidade, há uma contribuição para
o desenvolvimento da criança de forma global,onde a afetividade contribuirá com a energia
necessária para o desenvolvimento da motricidade,a socialização ,a inteligência que estão
interligadas e irão progredir psicológicamente .Sendo que neste sentido a brincadeira se torna
um sinônimo de transmitir o conhecimento dentro do ambiente a qual a criança se socializa, a
criança pensa, interage por intermédio dos contatos sociais a qual as atividades lúdicas
proporcionam.
Quando as crianças jogam , brincam, conversam, observam,planejam,
experimentam,testam ,repetem e refletem, há um aprofundamento na forma que irão
compreender, pensando assim que ao introduzir as atividades lúdicas na escola como uma
técnica relevante o aluno possa brincar jogar e aprender. Através desta interação.
Entende-se que o brinquedo e os jogos quando utilizados para fins pedagógicos eles se
tornam de grande importância para a aprendizagem e o professor deve ser mediador para que
o aluno se envolva e seja estimulado .
A ludicidade como atividade é um meio de aprendizagem e não apenas uma ênfase de
aprender brincando, de acordo com esse entendimento percebe-se que ao aplicar o lúdico
como uma atividade a criança irá obter uma ampla aprendizagem, sendo assim a ludicidade
passa a ser uns instrumento que facilita na aprendizagem, porém ela não se resume ao
aprender brincando.
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No âmbito escolar,a brinquedoteca é uma espaço importante para desenvolver o brincar


como prática lúdica, onde pode-se estimular o criar pois seus espaços são adaptados para a
incentivação da criança para que ela possa realizar brincadeiras educativas como exemplo faz
de conta ou com teatro de fantoches para dramatizar, o construir e em busca para solucionar
problemas assim como elas irão através da interação se socializar neste espaço despertando
um desejo para o criar.
É de suma importância importância que os professores tenham um posicionamento
ético evitando expôr o aluno a constrangimento. Transmitindo segurança em busca do afeto
através das brincadeiras, assumindo um papel de facilitador ao levar o brincar como atividade
lúdica e propondo que as crianças assumam responsabilidades, e durante as brincadeiras cabe
ao educador que participe sempre que haja possibilidade de interação.
O brincar no mundo infantil das crianças acontece de forma espontânea, e para a educação
encontra-se o papel que é social, em que se há uma valorização dos conhecimentos que elas
possuem e sendo necessário que haja uma garantia para adquirir novos saberes e o lúdico
torna-se importante para o crescer do ser, assim como a parte intelectual se desenvolve
naturalmente, pois há uma relação na busca kmpor uma qualidade de vida melhorada e que
caberá aos educadores se responsabilizar neste determinado ambiente, empenhando-se sempre
na valorização da pessoa.
Pode ser algo prazeroso e natural para a criança no jogar e a brincadeira, autores concordam
que aplicar a ludicidade na educação infantil é de suma importância para o desenvolvimento
de uma pedagogia que conduza até o aluno uma maneira que este seja no futuro um
profissional e socialmente participativo.
Concluímos então este capítulo onde foi importante discutir o papel do professor no
processo de aprendizagem lúdico da criança, falamos como o docente pode preparar, intervir e
oferecer atividades dentro e fora da sala de aula nos momentos lúdicos para que o objetivo
seja atingido. O professor é o que vai direcionar e coordenar a atividade, por isso é importante
que ele conheça sobre o assunto e saiba usar as ferramentas certas, pensando nisso neste
capítulo falamos um pouco sobre o posicionamento do professor sendo possível até orientá-
los para a elaboração de algumas possíveis atividades lúdicas.
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3. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS COM O USO DA LUDICIDADE

Ressaltar a importância do lúdico ao iniciar os próximos parágrafos se faz necessário


pois, além de ser uma ferramenta educacional muito rica, a ludicidade é um termômetro
vivencia social e de conhecimentos adquiridos, com ela, o professor é capaz de entender
determinadas atitudes e conhecimentos dos seus alunos e planejar estratégias de utilização na
busca de novos saberes.
[...] o ser humano, quando age ludicamente, vivência uma experiência plena.
Com isso, queremos dizer que, na vivência de uma atividade lúdica, cada um
de nós estamos plenos, inteiros nesse momento; nos utilizamos da atenção
plena. Enquanto estamos participando verdadeiramente de uma atividade
lúdica, não há lugar, na nossa experiência, para qualquer outra coisa além
dessa própria atividade. Não há divisão. Estamos inteiros, plenos, flexíveis,
alegres, saudáveis. (LUCKESI 1989.p.21)
Essa “permissão” (grifo nosso) para brincar deve ser em todas as esferas na aprendizagem
a rigidez na educação, além da evasão, não corrobora com o processo educacional.
Obviamente que existe a necessidade de um líder que nesse caso é o professor, mas esse deve
tomar o máximo de cuidado para não fazer dessa liderança algo que prende o aluno tanto no
seu corpo como no pensamento.
Ao intervir em jogos e brincadeiras o professor deve objetivar, pedagogicamente falando,
o que deseja conseguir quais os fins que deseja e por quais meios. Antes disso o professor
deve descobrir as necessidades dos seus alunos, o que lhes é mais deficitário e através de qual
intervenção lúdica ele pode melhorar isso. Para tanto esse professor deve estar munido de
conhecimentos teóricos.
Quando o professor escolhe uma atividade lúdica para trabalhar com seus alunos ele
deve, primeiramente, saber quais habilidades essas irão desenvolver. Os jogos, por exemplo, é
um tipo de intervenção lúdica que se bem explorada estimular diferentes faces do
conhecimento além de ser uma atividade prazerosa.
Muitos aspectos podem ser trabalhados por meio da confecção e da
aplicação de jogos selecionados, com objetivos como: aprender a lidar com a
ansiedade; refletir sobre limites; estimular a autonomia; desenvolver e
aprimorar as funções neurossensoriomotoras; desenvolver a atenção e a
concentração; ampliar a elaboração de estratégias; estimular o raciocínio
lógico e a criatividade. (RAU, 2007, p. 53)
A instigação que a criança sente com os jogos é muito interessante, ele fica atento a todos
os passos, mesmo que esse jogo não tenha o intuito de competição ele tenta ao máximo se
esmerar para conseguir os resultados e mostrar como chegou a esse. O uso desse instrumento
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de aprendizagem pelo professor transforma suas aulas mais estimulantes e tem a adesão de
todos os alunos quanto a vontade de participar.
Segundo Lopes (2011, p.36-45) algumas potencialidades podem ser desenvolvidas através
dos jogos lúdicos e, o professor ao planejar sua aula deve elencar a que deseja explorar com
maior ênfase:
Aprimorar a coordenação motora: algumas crianças não têm bem desenvolvidas a
coordenação motora fina então, atividades com colagens, recortes, dobraduras, manipulação
de materiais coloridos para enfeitar, tesouras dentre outros objetos podem ajudar no
desenvolvimento dessa coordenação; Lopes (2011)
Desenvolvimento da coordenação espacial: o cálculo mental de espaços é outra
dificuldade das crianças nessa fase constantemente se é possível as ver caindo por não
calcular um pulo corretamente, se equivocar tentando passar em um determinado espaço que
não a cabe e derrubando tudo na sua frente.com os jogos essa percepção de lateralidade e
espaço é assimilada de forma natural durantes as atividades bem como a organização e
sequência dos fatos; Lopes (2011)
Melhorar o controle segmentar: nessa fase a criança não tem controle de todo o seu corpo,
quando e chamada para observar um determinado ponto vira todo o corpo ou movimenta-se
de forma brusca. Esses movimentos podem criar tensões e dores no corpo. Quando vai
realizar uma atividade escrita ao invés de usar somente a mão força, todo o braço, mandíbula,
pescoço e acaba ficando cansado e sem vontade de realizar tal atividade; Lopes (2011)
Aumento da concentração e atenção: para a falta de atenção e concentração os motivos
podem ser mais variados possíveis, mas um desses, podem ser a falta de estimulo durante as
aulas por talvez serem monótonas e não despertarem o interesse sobre as mesmas. Então, o
lúdico com materiais coloridos, jogos, brinquedos tende a estimular esse lado e gerar o foco
para as atividades; Lopes (2011)
Desenvolvimento da antecipação e estratégias: planejar suas ações são desenvolvimentos
necessários para toda a vida e, através dos jogos, os alunos podem raciocinar, prever, calcular,
criar hipóteses ampliando assim a visão de mundo; Lopes (2011)
Trabalhar a discriminação auditiva: o trabalho com jogos de diferentes sons ajuda a
desenvolver a acuidade auditiva fazendo com que assim alguns fonemas sejam trabalhados
ajudando na leitura e escrita; Lopes (2011)
Ampliação do raciocínio logico: esse é um dos grandes problemas das crianças, a
preguiça em pensar, desta forma jogos que estimulem a antecipação, raciocínio logico e
estratégias devem ser estimulados para que esse aspecto seja desenvolvido; Lopes (2011)
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Desenvolver a criatividade: o desenvolvimento artístico a liberdade de poder criar deve


ser estimulada nas crianças o professor deve estimular e procurar atividades que desenvolvam
esse aspecto; Lopes (2011)
Trabalhar o jogo: a criança nessa fase tem muita dificuldade no processo e entendimento
do ganhar e perder os jogos tem esse poder de ajudar a vivenciar os dois aspectos trabalhando
melhor, a sua aceitação, nesses dois momentos distintos e ajudando-o a trabalhar suas
emoções e viver em consonância social. Lopes (2011)
São muitas as possibilidades ao se introduzir o lúdico na educação infantil e a
necessidade de que esse seja inserido é incontestável, pois as potencialidades e possibilidades
durante as aulas são inúmeras e, todo profissional de educação, sempre procura melhores
formas de ministrar suas aulas e, se fazem uso do lúdico, sabem que resultados são
consequências de uma metodologia que pauta o uso desse meio.
Ressaltando falas anteriores o importante dos jogos na educação infantil é o
conhecimento prévio do que se deseja conseguir. A articulação entre esse momento e o fazer
pedagógico e a aquisição dos conhecimentos necessários para o crescimento físico, intelectual
e social dessa criança. Pois, seja, quais forem as atividades o fator principal para aplica-las e o
desenvolvimento do aluno.
[...] o ser humano, quando age ludicamente, vivência uma experiência plena.
Com isso, queremos dizer que, na vivência de uma atividade lúdica, cada um
de nós estamos plenos, inteiros nesse momento; nos utilizamos da atenção
plena. Enquanto estamos participando verdadeiramente de uma atividade
lúdica, não há lugar, na nossa experiência, para qualquer outra coisa além
dessa própria atividade. Não há divisão. Estamos inteiros, plenos, flexíveis,
alegres, saudáveis. (LUCKESI 1989.p.21)

Não permitir que essa alegria, tão característica da infância, pereça antes da hora que
esse possa desfrutar desse período da sua vida de forma máxima, condiz com a escola do
século XXI, onde a priorização do conhecimento oriundo do meio, as experiências de vida são
respeitadas e devem ser resgatadas.
Dessa forma, podemos ver nesses capítulos que o papel do professor quanto ao uso do
lúdico é de suma importância, pois é ele que irá nortear o trabalho, para que as várias
potencialidades que as brincadeiras com jogos lúdicos tenham um sentido na aquisição de
conhecimentos pedagógicos. A ruptura da escola tradicional onde só há o professor e o quadro
negro deve ser incentivado e é comprovado que as mesmas não produzem o mesmo efeito de
outrora, pois em um mundo tão globalizado, a mesmice não tem mais lugar
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Porém para que o lúdico possa ser utilizado como um método de desenvolvimento
prático na aprendizagem e para que ele também possa ser uma ferramenta transformadora e
inovadora na transmissão de conhecimentos,o âmbito escolar precisa estar adequado, e
principalmente adaptado com a definição de espaços para cada tipo de atividade lúdica, assim
como os professores devem estar aptos e preparados para utilizarem essa prática de maneira
correta e adequada ao momento do brincar e dos jogos,o jogo se torna pedagógico e com o
intuito voltando para a aprendizagem com o significado de estimular uma nova descoberta
estimular a construção do conhecer e se desenvolver dentro da escola.
O professor tem também a função de valorizar e de enriquecer os jogos os quais as
crianças realizarão, onde através de observação detalhada poderá indicar aos educadores que a
sua participação poderá melhorar as atividades onde introduzirá por exemplos novos
personagens ou situações a qual estimulará o interesse maior das crianças e para ele próprio
ter interesse e motiva-las.
Entende-se que para o lúdico se tornar um instrumento eficaz no âmbito escolar o
docente deve sempre se precaver estando preparado para quaisquer circunstâncias, tendo em
vista a melhor maneira de transmitir conhecimentos.
Para que o lúdico possa se tornar um instrumento que transmita conhecimentos com
divertimento e prazer nas escolas, é necessário que o professor entenda que o brincar pode ser
utilizado e inserido no ambiente escolar e que este brincar é um pouco diferente daqueles que
as crianças praticam fora das escolas podendo ser este controlado ou dirigido pelo professor
onde ao colocar regras nas brincadeiras, e por não existir nos alunos um jogar ou brincar
natural estas irão aprender das duas maneiras em que o brincar livre levará a conquista de uma
autonomia e o brincar dirigido e controlado levarão a uma organização, despertando na
criança a curiosidade.
O simples fato de pular amarelinha por exemplo pode ser usado para ensinar números,
cores e até a questão do equilíbrio. Vemos que com uma brincadeira a tanta coisa que pode
ser trabalhada, basta o professor ter um olhar diferenciado e saber direcionar a atividade que
de uma forma lúdica ele vai conseguir ensinar muita coisa a seus alunos.
Agora finalizando o último capítulo deste trabalho de pesquisa destacamos as
intervenções que o professor pode usar no momento de uma atividade, as intervenções são de
extrema importância para instigar o aluno, para aguçar a curiosidade e vontade dele aprender.
Por isso é importante que o professor se organize pense de maneira certa e correta sobre como
ele vai intervir, pois sua intervenção é o que vai direcionar o aprendizado. O que também se
torna muito útil é a elaboração de atividades com o auxílio de outro professor ou até da equipe
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da escola como coordenador, diretor talvez com outro profissional seja possível uma troca de
experiência e o professor perceba algo que vai agregar ainda mais.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O lúdico é algo tão presente na vida de um ser humano que raramente se é possível
encontrar alguém que nunca fez uso de brincadeiras no decorrer da sua existência. O brincar
já é natural do ser humano na sua tenra idade, e esse, faz uso dela como forma de se expressar
para expor suas emoções.
Desta forma, o lúdico deve ter no processo educacional, seu valor entendido já que
esse é capaz de fazer com que potencialidades sejam afloradas através de um trabalho pautado
em estratégias pelo professore regente. Esse profissional, munido de conhecimento especifico,
pode fazer com que momentos, considerados maçantes pelos alunos, possam ser encarados de
forma mais satisfatória e que imprima resultados concretos no ensino/aprendizagem.
A importância do professor mediador dos conhecimentos com o uso do lúdico, e a
percepção desse profissional, de que essa criança não deve ser entendida apenas como um
cérebro matriculado, mas com todo o seu corpo e potencialidade do mesmo. A percepção de
mundo que, até então era do conhecimento dessa criança, advém da sua expressão corporal, e
essa, não pode ser descartada para dar lugar somente aos aspectos cognitivos.
Esse uso, consciente, dessa estratégia pedagógica requer que o professor se
mantenha embasado em conhecimentos específicos e sempre se atualize com a chegada de
novas demandas. Assim, o conhecimento do seu aluno, do meio que esse vive, sua realidade
social e afetiva também são embasamento para um trabalho de excelência no uso do lúdico
como estratégia de ensino.
Diante deste presente trabalho pode se concluir que a ludicidade é de suma importância
para ser aplicada no ambiente escolar e que através desta ferramenta pode propiciar ao aluno
ter mais autonomia e construir seu próprio conhecimento. Através da minha pesquisa nota-se
que a ludicidade não apenas facilita na aprendizagem, mas também na autonomia na
imaginação e a socialização. O ensinar na atualidade deve ser sempre aprimorado utilizando
novas formas de transmitir conhecimentos, e a ludicidade torna-se um método importante, nas
novas concepções para conduzir uma educação de melhor qualidade e para isso buscar
entender como surgiu a ludicidade e como pode ser aplicado na educação, entende-se como
uma forma de transformar o educar.
Quando buscou se compreender que o jogar e o brincar é natural do ser humano,e é
espontânea nas crianças,pode se observar as influências que ao utilizar a ludicidade como
instrumento transformador na educação infantil trará benefícios, pois a criança será
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estimulada de forma divertida e espontânea, obtendo como resultados o aprender sem


pressões e mais atrativa, ao contrário da forma tradicional de transmitir conhecimentos.
Para que a ludicidade seja um instrumento eficaz, observou-se através deste trabalho
que tanto o professor como a escola devem estar aptos e preparados para esta nova maneira de
transmitir conhecimentos, a escola deve estar adaptada dispondo de recursos de acordo com
as necessidades de cada aluno com espaços bem montados e adequados e aos professores se
prepararem, pois , neste modelo deve-se ter uma maior interação entre professor e aluno.
Pressupõe-se neste encerramento do trabalho sobre a ludicidade como sendo um método
facilitador no processo de aprendizagem da criança, e atingidos os objetivos deste pode se
recomendar aos professores, pedagogos e acadêmicos uma contínua utilização deste trabalho
como apoio ao entendimento e utilização da ludicidade como um processo de melhor
rendimento na educação infantil.
Este trabalho tem como intuito elaborar uma pesquisa bibliográfica demonstrando que a
ludicidade pode ser utilizada como prática pedagógica importante para o desenvolvimento da
criança e para buscar essa compreensão, buscou-se os principais conceitos adquirido por
intermédio de revisão de literatura com pesquisa bibliográfica qualitativa na opinião de
diversos autores e em sua fundamentação utilizou-se livros e artigos científicos e sites
confiáveis, sobre o que vem a ser ludicidade e como a ludicidade pode ser utilizado como um
instrumento na educação infantil. Onde objetivou se identificar quais as relevâncias que ao
utilizar o lúdico na educação infantil pode ocasionar na melhoria na forma de educar, o
brincar e jogar faz parte da natureza humana , assim como o âmbito escolar precisa estar
preparado para poder utilizar, esta ferramenta e para levar a este entender , foi necessário
buscar como surgiu o termo lúdico e quais as principais práticas que podem ser utilizadas no
processo de aprendizagem.
O lúdico é algo que pode ajudar muito no trabalho dentro das salas de aulas, pois com
ele o aprendizado se torna prazeroso pro aluno e assim facilita o processo, a realidade de
algumas crianças é brincar, se divertir com jogos e brinquedos e a intenção da ludicidade é
usar todo esse material para fazer com que a criança aprenda, usando um método
diferenciado.
Algumas crianças as vezes não tem nem o momento de brincar, talvez não tenham nem
com quem brincar então esse momento é importante para isso também. Aliás visando que as
escolas não estão ali só para ensinar mas para fazer parte da vida dos alunos e ajudá-los a se
tornar bons cidadãos.
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Conclui-se assim que, o lúdico quando bem utilizado, com um propósito bem definido
e adequado a realidade dos alunos e da instituição de ensino, tende a ser, uma proposta
educativa rica em respostas e, para a concretização da aprendizagem do aluno, que é o ator
principal desse contexto, o professor deve ser um mediador bem preparado e estar sempre em
busca de conhecimentos específicos para seu trabalho.
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