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INSTITUTO DO CONHECIMENTO DA BAHIA

LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

DISCIPLINA: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I

TAÉLIA DE LIMA SILVA

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NA


EDUCAÇÃO INFANTIL.

NOVO HORIZONTE-BA

2021
TAÉLIA DE LIMA SILVA

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NA


EDUCAÇÃO INFANTIL.

Curso de Pedagogia apresentado a ICB,


como requisito parcial na aprovação da
disciplina de Trabalho de conclusão de curso
I, sobe a orientação do professor Leonardo
Rodrigues.

NOVO HORIZONTE- BA

2022
RESUMO

Este estudo tem como tema A importância do lúdico no processo de Ensino – aprendizagem na
Educação Intantil, cujo objetivo é refletir sobre o papel da ludicidade no processo de ensino-
aprendizagem dos educandos da Educação Infantil. Diante do tema, o trabalho tem como ponto de
partida a seguinte problemática: Qual a importância de se usar estratégias lúdicas no processo de
aprendizagem das crianças? Para responder a essa problematica é importante compreender a
importância do lúdico na Educação Infantil, adquirido através de brincadeiras e dos jogos, de forma
que lhes possibilitem desenvolver a autonomia, coordenação motora, criatividade, além do afetivo,
da sua socialização, interação com outras crianças e principalmente a diversão. Para realizar este
trabalho, utilizamos a pesquisa bibliográfica, fundamentada na reflexão de leitura de livros, artigos,
revistas e sites, bem como pesquisa de grandes autores referente a este tema. Desta forma, este
estudo proporcionará uma leitura mais consciente acerca da importância do brincar na vida do ser
humano, e, em especial na vida da criança. Desse modo, foi possível entender que o trabalho
realizado com lúdico vem ao longo dos tempos conquistando seu espaço, sua importância e até
mesmo necessidade, tornando-se uma ação importante de forma geral, ação esta presente na vida
do ser humano em todas as fases. Assim, este trabalho é de fundamental importância no decorrer do
processo ensino-aprendizagem.

Palavras chave: Ludicidade. Educação Infanil. Ensino/Aprendizagem. Brincadeiras. Jogos

______________________
*Aluno/a do Curso PRODOCENTE - Graduação em ............................................... pela FAC
**Professora Drª. Orientadora de TCC

1 INTRODUÇÃO
Esta investigação tem como problema A importância do lúdico no
processo de alfabetização na Educação Infantil que teve como objetivo mostrar a
importância do lúdico na Educação Infantil, através da prática das brincadeiras e dos
jogos que exercem no desenvolvimento infantil, muitos benefícios nos aspectos
cultural, físico, social, cognitivo e afetivo, desenvolvendo na criança os potenciais
como a autonomia, a criatividade, o senso crítico, e cooperando para sua
socialização.

O lúdico, como estratégia de ensino, pode ser um grande aliado no


ensino aprendizagem dos alunos, principalmente se tratando da educação infantil,
que é uma fase na qual as crianças movimentam-se intensamente buscando
desvendar o mundo que os cerca. Pode estar associado a jogos, brincadeiras,
interesse, prazer, além de ajudar a desenvolver a criatividade e de proporcionar bem
estar aos educandos.

Na Educação Infantil o lúdico é uma ação atuante, primordial e muito


importante, primeiro por ter a necessidade de ser um profissional conhecedor da
maneira que seus alunos aprendem, para que o seu trabalho seja realizado com o
objetivo de desestabilizar e direcionar o ensino, garantindo que a utilização do lúdico
seja uma estratégia propicia, possibilitando um ambiente de criatividade e
desafiador, a aprendizagem vai fluir de forma dinâmica e divertida.

De acordo o problema supracitado, fez-se necessário buscar


responder a questão problema norteadora dessa investigação: Qual a importância
de se usar estratégias lúdicas no processo de aprendizagem das crianças? Logo,
tem-se como hipóteses supor que o lúdico possibilita ensinar de forma fácil; a partir
dessas estratégias lúdicas é trabalhado o desenvolvimento de habilidades
cognitivas, sociais e psicomotoras; os jogos e brincadeiras estimulam a criatividade
do aluno e não somente a produtividade.

Vale destacar que o objeto de estudo dessa pesquisa é a


importância do lúdico no processo de aprendizagem na Educação Infantil Nessa
perspectiva, é necessário descrever que o objetivo geral deste estudo foi refletir
sobre a utilização dos jogos e brincadeiras para facilitar a produção do
conhecimento na Educação Infantil. A partir do objetivo geral, surgiram os objetivos
específicos que são: Refletir sobre o lúdico como instrumento favorável ao processo
de alfabetização na educação infantil; Analisar estratégicas lúdicas para realizar em
sala de aula com o objetivo de contribuir significativamente para o processo de
alfabetização; Enfatizar a necessidade de o professor ter conhecimento, habilidade e
competência na utilização de atividades lúdicas;

Para efetivar a esses objetivos e responder a inquirição desse


estudo, optou-se pela metodologia pesquisa cientifica com enfoque na pesquisa
bibliográfica a qual proporcionou maior validade, e possibilitou uma visão mais
precisa da realidade, tendo em vista o maior conhecimento sobre o tema. Assim,
ainda é coerente destacar que na pesquisa bibliográfica utilizou-se de instrumento
para coleta de dados a revisão de literatura a partir de produções científicas de
autores renomados na temática.
No tocante ao referencial teórico, a escolha dos autores se fez
considerando a dedicação dos mesmos à abordagem do tema, cabendo descartar a
participação de autores como: Vygotsky (1984), Negrine (1994), Santos (1999),
Sneyders (1996), Huizinga (1990), Marcelino (1990) e outros que abordam a
importância do lúdico no desenvolvimento infantil e na educação. Esta pesquisa
bibliográfica tem a pretensão de contribuir para a formação de profissionais que
consideram “o ser criança” e “o brincar” como a fase mais importante da infância e
do desenvolvimento humano entre outros, conforme foram citados ao longo desse
trabalho.

I CAPÍTULO: CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA


O presente trabalho buscou-se refletir sobre as contribuições do
uso da ludicidade para o processo de alfabetização na Educação Infantil, no qual o
objetivo foi o de compreender como o uso da ludicidade pode ser ferramenta
pedagógica na Educação Infantil, funcionando como agente de socialização e
desenvolvimento das capacidades cognitivas, afetivas, motoras e sociais da criança,
além de transformar o processo de aquisição dos sistemas de leitura e escrita, em
algo interessante e desafiador.
A alfabetização é um processo muito importante na vida escolar
dos alunos. É nos anos iniciais que a criança tem contato de forma formal com os
símbolos da escrita, por mais que já venham familiarizados com esses códigos no
seu dia a dia. É importante que os professores façam desse processo algo
prazeroso e que facilita a construção do conhecimento;
O conceito de alfabetizar é tornar o individuo capaz de ler e
escrever, no entanto, não cabe à educação infantil alfabetizar a criança, pois nessa
fase de 0 à 5 anos eles não possuem maturidade neura para isso, salvo os casos
em que a alfabetização é espontânea. Mesmo diante dessa informação, não se
anula a possibilidade de desenvolver esse processo nos primeiros anos dos alunos.
Há quem diga que o lúdico é total perda de tempo, é normal às
vezes ouvir essa frase, pois muitas pessoas, geralmente os próprios pais das
crianças, não compreendem a importância dos jogos e brincadeiras para o
desenvolvimento do conhecimento.
Nesse contexto, a proposta de trabalho visa à importância de se
trabalhar de forma lúdica e prazerosa nesse processo, desenvolvendo assim a
construção do conhecimento nos primeiros anos da criança.

A escolha desse tema surge do interesse em melhor compreender o


conceito da educação infantil como espaço privilegiado da aprendizagem infantil
onde é possível assimilar o aprender com o brincar . Os jogos, que por muito tempo
fizeram parte da didática de grandes educadores do passado, hoje, surgem como
necessidade absoluta e indispensável no processo educativo. Não será abordado o
brincar por brincar e sim o brincar sob uma perspectiva pedagógica.
1.2 O lúdico e a sua importância no processo de aprendizagem
O lúdico permite um desenvolvimento global e uma visão de mundo
mais real.Por meio das descobertas e da criatividade, a criança pode se expressar,
analisar, criticar e transformar a realidade. Se bem aplicada e compreendida, a
educação lúdica poderá contribuir para a melhoria do ensino, quer na qualificação ou
formação crítica do educando, quer para redefinir valores e para melhorar o
relacionamento das pessoas na sociedade. Para que a educação lúdica caminhe
efetivamente na educação é preciso refletir sobre a sua importância no processo de
ensinar e aprender.
A ludicidade é um assunto que tem conquistado espaço no setor da
educação principalmente na fase da educação infantil. Independentemente de
época, cultura e classe social, os jogos e brinquedos sempre fizeram parte da vida
da criança.
Atualmente vivemos em uma sociedade repleta de mudanças, onde
somos sempre levados a adquirir novas competências. No entanto a utilização de
brincadeiras e jogos no processo pedagógico faz despertar o gosto em aprender
cada vez mais e leva as crianças a enfrentarem os desafios que lhe surgirem. O
“lúdico” é um instrumento indispensável na aprendizagem, no desenvolvimento e na
vida das crianças. Hoje o lúdico está associado a jogos, brincadeiras, interesse,
prazer, ajuda a desenvolver a criatividade e proporciona bem estar aos educandos,
cabe ao profissional de educação física utilizar a ludicidade como meio para
desenvolver inúmeras capacidades em seus alunos para que o ensino
aprendizagem aconteça de forma espontânea, divertida e principalmente
significativa.
O desenvolvimento infantil tem se modificado e se tornado mais
valorizado com o decorrer do tempo na educação escolar. Kishimoto (2001, p. 28),
em seu estudo, elucida que os jogos influenciam diretamente no “desenvolvimento
da imaginação, da representação simbólica, da cognição, dos sentimentos, do
prazer, das relações, da convivência, da criatividade, do movimento e da
autoimagem dos indivíduos”. Nesse sentido, cabe, ao docente, o trabalho com o
lúdico nas séries iniciais para que a criança se sinta inclinada a aprender com base
nas novas estratégia. O lúdico desperta, nas crianças, a felicidade necessária para
que se sinta motivada a desenvolver uma dada atividade. O professor deve sempre
refletir sobre suas práticas a fim de conseguir incluir o lúdico ao conteúdo
programático proposto, já que como elucida Santo (2008, p. 52):
O papel do professor durante os jogos deve ser o de provocar e desafiar a
participação coletiva na busca de encaminhamentos e resolução dos
problemas, pois é através do jogo que podemos despertar e incentivar a
criança para o espírito de companheirismo de cooperação gradativamente,
ela vai assumindo e compreendendo sua posição como um membro de um
grupo social.

As atividades lúdicas favorecem a adesão a um ambiente escolar


mais harmonioso, afetando, igualmente, o fazer pedagógico e a aprendizagem, e,
assim, o ato de aprender se torna mais atrativo, e, principalmente, prazeroso.
A arte de brincar faz necessário ao crescimento da criança em todos
os âmbitos proporcionando momentos de prazer e criando um lado fantasioso que a
transporta para outras galáxias da imaginação. Visando a importância da prática da
ludicidade como processo de ensino eaprendizagem na sala de aula, pois é no
decorrer dessa ação que a criança tem um pleno desenvolvimento educacional na
alfabetização e letramento, é ressaltado que será por meio de atividades lúdicas e
jogos que o estudante aprende com mais facilidade.
A brincadeira pode ajudar a criança a aprender e se desenvolver no
meio social. Partindo do ponto de vista psicológico, o brincar está presente em todo
o desenvolvimento da criança nas diferentes formas de modificação de seu
comportamento. Do ponto de vista filosófico, o brincar é abordado como um
mecanismo para contrapor a realidade humana. E na visão sociológica, o brincar
tem sido visto como uma forma mais pura de inserção das crianças na sociedade;
brincando a criança assimila crenças, costumes, regras, hábitos do meio em que
vive. E por último no lado pedagógico, o brincar tem se levado, como uma estratégia
poderosa,para a criança aprender desenvolvendo suas habilidades.
As atividades lúdicas fazem com que as crianças aprendam com
prazer e alegria sendorelevante ressaltar que a ludicidade está diante da concepção
única de passatempo e diversão. A educação lúdica é uma ação inerente na criança
e aparece sempre como uma única forma transicional em direção a algum
conhecimento. O brincar se torna cada vez mais importante naconstrução do
conhecimento, oportunizando prazer enquanto incorpora as informações
etransforma as situações da vida real.
As contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral
indicam que elas contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança
e que todas as dimensões estão intrinsicamente vinculadas: a inteligência, a
afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetividade
que contribui para energia necessária para a progressão psíquica, moral, intelectual
e motriz da criança.
A prática pedagógica através da ludicidade pode proporcionar o
desenvolvimento de atividades que estimulem o raciocínio lógico, a criatividade e o
crescimento pedagógico de forma mais significativa. O uso do lúdico pode permitir
um trabalho pedagógico que possibilite a produção do conhecimento, da
aprendizagem e do desenvolvimento, brincando a criança aprende novos conceitos,
adquire informações e tem umcrescimento saudável.
É papel do professor realizar uma prática pedagógica que
proporcione o desenvolvimento e uma aprendizagem prazerosa e significativa, que
ofereça uma educação de qualidade contribuindo para que a criança entenda e
supere a realidade em que vive, criando no espaço escolar laços de respeito e
solidariedade. Neste contexto, as crianças sentem-se livres para expressarem suas
expectativas, interesses e necessidades, fazendo uso das diferentes formas de
linguagem, promovendo e estimulando a criatividade, valorizando e respeitando a
brincadeira.
Assim, este estudo é de suma importância, onde a proposta do
lúdico é promover uma alfabetização significativa na prática educacional, e
incorporar o conhecimento através das características do conhecimento do mundo.
Tendo o professor como peça chave deste processo. Partindo-se do pressuposto de
que a ludicidade nos traz grandes contribuições em relação ao processo ensino-
aprendizagem, pois o lúdico deve ser considerado como parte integrante da vida do
homem não só no aspecto de divertimento ou como forma de descarregar tensões,
mas também como uma forma de penetrar no âmbito da realidade, inclusive na
realidade social.

II CAPÍTULO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DE LITERATURA


2.1 A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES LÚDICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O tema relacionado à importância do lúdico na Educação Infantil


torna-se interessante no auxílio no desenvolvimento da criança, permitindo que ela
construa seu conhecimento e manipule a sua realidade, reproduzindo seu cotidiano.
O lúdico acompanha a criança em todos os aspectos e fases de sua vida, inclusive
nas séries iniciais da Educação Infantil.

Percebe-se que o lúdico está presente na construção do processo


de ensino e aprendizagem na educação infantil, que é de suma importância, fazendo
deste assunto um fator primordial a ser trabalhado por todos os pedagogos,
professores, comunidade, escola e familiares que tenham a intenção de educar,
sabendo que isto não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um
caminho, mas sim ajudar a criança a tomar consciência de si mesma, dos outros e
da sociedade.

Segundo Ribeiro (2013, p. 1) o lúdico é parte integrante do mundo


infantil na vida de todo ser humano. O olhar sobre o lúdico não deve ser posto
apenas como diversão, mas sim, de grande importância no processo de ensino-
aprendizagem na fase da infância. O lúdico promove na Educação Infantil uma
prática educacional para conhecimento de mundo, oralidade, pensamento e sentido.

Quando utilizamos o lúdico na sala de aula ele se torna um


instrumento metodológico para o ensino, sendo assim, ajuda no desenvolvimento de
atividades, como um recurso que facilita a aprendizagem das crianças. Nesse
sentido, compreendemos a importância da ludicidade nos jogos e brincadeiras, onde
Luckesi (2000, p. 21) relata que “brincar, jogar, agir ludicamente exige uma entrega
total do ser humano, corpo e mente ao mesmo tempo”, fazendo com que a criança
seja espontânea e criativa.

A ludicidade é uma forma de linguagem que permite a criança se


comunicar com os outros, possibilitando não só a liberdade de expressão, mas a
autonomia criativa, ampliando o seu conhecimento sobre o mundo e proporcionando
seu desenvolvimento emocional e social. O lúdico auxilia também no
desenvolvimento da criança, pois quando brinca, inventa, cria e fantasia fatos que
presencia em seu cotidiano.
“Quando a criança brinca, e se relaciona com brinquedos educativos ela é
levada pela mediação do professor e a partir disso, ela cria, experimenta,
monta, usa a imaginação e através disso ela começa a distinguir a diferença
entre o certo e o errado, assim ela começa a refletir e superar suas
limitações” (RODRIGUES E ROSIN, 2007, p. 11).

Sendo assim o lúdico é de grande importância para as crianças, pois


sem distinção de idade ou classe social, estas atividades lúdicas devem constar no
contexto político pedagógico da escola. O lúdico compreende os jogos as
brincadeiras e os próprios brinquedos, tanto as brincadeiras de antigamente, bem
como as atuais, pois são de cunho educativo e auxiliam na aprendizagem dos
alunos, assim como no convívio social. É com a interação que as crianças vão
desenvolvendo suas criatividades e liberdades.

As atividades lúdicas utilizadas em sala de aula são consideradas


um meio pelo qual a criança desenvolve sua criatividade, seu espírito de liderança e
a capacidade de atuar em grupo, sua capacidade de socialização, pois através dos
jogos em grupo a crianças aprende a repartir, a ouvir e até mesmo a ter um espírito
de liderança. Sabendo da importância do lúdico para o desenvolvimento da criança,
não se pode deixar de defender seu valor dentro do contexto escolar, uma vez que a
escola acolhe crianças em fase de crescimento, ativas e dispostas a aprender.

O lúdico é uma característica fundamental do ser humano, do qual a


criança depende para se desenvolver. Para crescer, brincar e para se
equilibrar frente ao mundo precisa do jogo. Aprender brincando tem mais
resultados, pois a assimilação infantil adapta-se facilmente à realidade
(PIAGET 1978).

A infância é a idade das brincadeiras. Acreditamos que por meio


delas a criança satisfaz, em grande parte, seus interesses, necessidades e desejos
particulares, sendo um meio privilegiado de inserção na realidade, pois expressa a
maneira como a criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o mundo.
Destacamos o lúdico como uma das maneiras mais eficazes de envolver o aluno nas
atividades, pois a brincadeira é algo inerente na criança, é sua forma de trabalhar,
refletir e descobrir o mundo que a cerca.

De acordo com Antunes (2004), observa se que a criança


construindo seu conhecimento a partir de atividades lúdicas, leva a realidade para
seu mundo de faz de conta, transformando dúvidas em algo seguro e prazeroso,
pois vai construindo seu conhecimento sem limitações.

Não é possível pensar no desenvolvimento da criança sem


considerar a prática do brincar, pois como afirma Santos (1997), “as atividades
lúdicas são a essência da infância.”

É muito importante aprender com alegria, com vontade. Comenta


Sneyders (1996, p.36) que “Educar é ir em direção à alegria.” As técnicas lúdicas
fazem com que a criança aprenda com prazer, alegria e entretenimento, sendo
relevante ressaltar que a educação lúdica está distante da concepção ingênua de
passatempo, brincadeira vulgar, diversão superficial.

[...] A educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre


como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que se
redefine na elaboração constante do pensamento individual em
permutações constantes com o pensamento coletivo. [...] (ALMEIDA, 1995,
p.11)

O brincar é sem dúvida um meio pelo quais os seres humanos exploram


suas experiências em situações diversas. A questão da necessidade do lúdico e de
suma importância, pois conforme Buarque (1994),

Nenhuma instituição sobrevive muito tempo se não for capaz de reformar-


se, adaptarem-se a cada instante as exigências do momento, mantendo-se
fiel ao seu papel permanentemente.

Segundo FRIEDMANN (2006, p. 45):

“Quando há consciência de que o brincar é essencial para que a criança se


expresse, aprenda, socialize e descubra o mundo; quando há consciência
de que o brincar é um canal de atenção, presença e conexão fora e dentro
de cada um; quando há consciência de que o brincar é o alavancador dos
potenciais e possibilidades individuais de cada criança e adulto, não há um
tempo ou um espaço limitados para o brincar, mas este brincar acaba
virando uma atitude, permeia em todas as atividades e propostas dentro dos
centros de educação infantil”.
Para tanto, as escolas não investem nesse aprendizado. A
brincadeira está sendo esquecida, considerada perda de tempo, por vezes, as
proibições são constantes até mesmo no momento de recreio (MALUF, 2009).

Segundo MACHADO E NUNES (p.22, 2011):

Por meio do ―faz-de-conta‖, a criança pode liberar sonhos ou medos, uma


criança com possibilidades lúdicas variadas terá mais riqueza de
criatividade, relacionamentos, capacidade crítica de opinar. Seu interesse
vem de uma motivação interna de curiosidade, divertimento e
experimentação, podendo as crianças se sujeitarem às regras externas,
mas jamais vão brincar sem desejo e, se não for pelo desejo, então, não
será brincadeira.

Através da brincadeira a criança pode se expressar, em um papel


ela poderá expor os sentimentos, seus medos, acontecimentos do dia a dia, é com o
brincar que a criança socializará, aprenderá a ter opinião e ouvir as outras crianças,
entenderá sobre limites e limitações. Os autores MACHADO e NUNES (2011, p.29)
ainda afirmam que o ―professor que participa dos jogos em sala de aula mediando
os conflitos ajuda a estimular o raciocínio, criatividade, reflexão, autonomia, podendo
criar diversificadas situações estimulando a inteligência, desenvolvimento e
afetividade da criança‖.

A ludicidade facilita o processo de aprendizagem e o


desenvolvimento social, cultural e pessoal, colaborando para saúde mental
positivamente, facilitando a socialização, expressão, comunicação e na construção
do conhecimento da criança, MACHADO e NUNES (2011, p.39), diz que
―brincando a criança ordena o mundo que a rodeia, assimilando experiências, [...] o
brincar pode ser visto como um recurso mediador no processo de ensino-
aprendizagem tornando-o mais fácil.

De acordo com Nunes e Machado (2011, p.25) pelos jogos e


brincadeiras a criança desenvolverá capacidades que serão indispensáveis para sua
atuação no mercado de trabalho, desenvolvendo habilidades como a afetividade, o
hábito de permanecer concentrado, desenvolver habilidades psicomotoras, seu
esquema corporal, lateralidade, coordenação motora grossa e fina, esses jogos e
brincadeiras trabalham a criança como um indivíduo completo, transformando e
moldando ela para convívio e ingresso na sociedade e no mercado de trabalho
futuramente.

Nunes e Machado (2011, p.39) enfatizam que:

Brincando e jogando, a criança ordena o mundo que a rodeia, assimilando


experiências, informações e atitudes, incorporando atividades e valores, o
brincar pode ser visto como um recurso mediador no processo
ensinoaprendizagem, tornando-o mais fácil.

O brincar faz parte da vida do ser humano, desde a infância até a


fase adulta, o jogo a brincadeira e o brinquedo despertam não somente a ludicidade,
mas o prazer em executar determinada tarefa, a competitividade e o trabalho em
equipe. O jogo compreende no desenvolvimento motor da criança, é através dos
jogos, brinquedos e brincadeiras que a criança vai se expressar para o mundo,
expondo suas alegrias e frustrações, mostrando seu ponto de vista, apresentando
soluções para determinados desafios.

Na educação infantil, a construção da linguagem como a do


pensamento nasce de situações de vida. Como a criança aprende a falar e a pensar
na ambiência afetiva da família, o estudo da evolução da linguagem orienta o
professor quanto às diretrizes a serem adotadas. A construção da linguagem e do
pensamento não constitui matéria a ser ensinada, surge das vivências naturais da
própria criança, as quais estão repletas de ludicidade. Ao construir, transformar e
ressignifi car, a criança expressa seu imaginário, seus problemas, permite aos
educadores o diagnóstico de suas difi culdades bem como a oportunidade de
estimular a imaginação infantil, assim como o seu desenvolvimento afetivo e
intelectual.

É importante mencionar, ainda, que como a aquisição da linguagem escrita


é, para Vygotsky, a aquisição de um sistema simbólico de representação da
realidade, também contribuem para esse processo o desenvolvimento dos
gestos, dos desenhos e do brinquedo simbólico, pois essas são também
atividades de caráter representativo, isto é, utilizam-se de signos para
representar signifi cados (OLIVEIRA,1992, p.72).

Dessa forma, desenhar e brincar deveriam ser estágios


preparatórios ao desenvolvimento da linguagem escrita das crianças, cabendo aos
educadores organizarem todas essas ações e todo o complexo processo que leva à
transição de um tipo de linguagem para outro.

É preciso resgatar o direito da criança a uma educação que respeite


seu processo de construção do pensamento, que lhe permita desenvolverse nas
linguagens expressivas do jogo, dos desenhos, da música. Esses, como
instrumentos simbólicos de leitura e escrita do mundo, articulam-se ao sistema de
representação da linguagem escrita, cuja elaboração mais complexa exige formas
de pensamento mais sofi sticadas para sua plena utilização.

Do exposto, decorre a compreensão de que a Educação Infantil


deve utilizar-se da brincadeira, do lúdico, como recursos ricos, signifi cativos, em
que a criança pode interagir com o contexto que a envolve, pode apropriar-se do
mundo, não diretamente, mas ativamente por meio da representação;

O processo de desenvolvimento da criança como ser humano está sempre


inexplicavelmente ligado às relações sociais em que se insere. No jogo das
interrelações, o sujeito gradualmente incorpora como seus, os recursos
usados, em sua cultura, internalizandoos, modifi ca seus processos
psicológicos, podendo estruturá-los de maneira qualitativamente diferente
(ROCHA, 2000, p.35).

Daí decorrem importantes conseqüências para a educação: a


criança é um ser lúdico, toda a proposta pedagógica deve respeitar essa
característica; as estratégias metodológicas, da mesma forma, deverão ter como
norte a ludicidade, o prazer.

Reportando-nos à Lei de Diretrizes e Bases n° 9.3944/96 no que se


refere à Educação Infantil, no seu artigo 21, diz:

A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como


finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade,
com seus aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais,
complementando a ação da família e comunidade.

Entre os objetivos delineados por essa mesma lei, destaca-se

... possibilitar que as crianças vivenciem os universos das diferentes


linguagens (corporal, visual, musical, oral e escrita entre outros)... (BRASIL,
LDB/1996).
Ao retomar as idéias norteadoras deste trabalho, isto é, atividades
lúdicas como mediadoras do letramento no espaço da Educação Infantil e ao
estabelecer uma relação com a finalidade objetiva desta primeira etapa de
Educação, qual seja o desenvolvimento integral da criança, e ao possibilitar que elas
vivenciem as diferentes manifestações de linguagem, entre elas, a linguagem oral e
escrita; partindo-se ainda do pressuposto de que a aprendizagem da linguagem
escrita é muito mais que a aprendizagem de um código artifi cial, arbitrário de
transcrição, “é a construção de um sistema de representação...” (FERREIRO,1994,
p. 85)

Assim, a ludicidade precisa ser vista como algo imprescindível à


necessidade do ser humano que facilita os processos de socialização, comunicação,
expressão e construção do conhecimento. A formação lúdica deverá proporcionar
aos professores vivências lúdicas despertando a valorização da criatividade,
sensibilidade, afetividade tornando a prática pedagógica prazerosa e dinamizadora
auxiliando na construção da identidade e da personalidade.

Portanto, é de primordial importância a utilização das brincadeiras e


dos jogos no processo pedagógico, pois os conteúdos podem ser ensinados por
intermédio de atividades predominantemente lúdicas.

2.2 JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS

As brincadeiras lúdicas inseridas adequadamente no processo de


apropriação dos conhecimentos e desenvolvimentos das habilidades infantis
permitirão à criança construir o conhecimento o que, consequentemente, estimulará
o pensamento crítico e reflexivo no infante, proporcionando ao mesmo, compreender
as situações vivenciadas no seu cotidiano e o desenvolvimento de suas
competências e capacidades correspondentes a sua faixa etária.

Segundo Velasco (1996), é brincando que a criança consegue


desenvolver vários aspectos de sua personalidade, paciência, concentração,
criatividade etc. Assim, estimula o cérebro em impulsos conscientes e inconscientes,
contribuindo para o raciocínio-lógico, elaborando seu reflexo para desenvolver tanto
o social, quanto intelectual, o que fará parte de sua história. Segundo Velasco (1996,
p. 78):
[…] brincando a criança desenvolve suas capacidades físicas, verbais ou
intelectuais. Quando a criança não brinca, ela deixa de estimular, e até
mesmo de desenvolver as capacidades inatas podendo vir a ser um adulto
inseguro, medroso e agressivo. Já quando brinca a vontade tem maiores
possibilidades de se tornar um adulto equilibrado, consciente e afetuoso.

A criança aprende brincando e se torna nítido a necessidade dos


educadores em saber utilizar a metodologia mais funcional que é recorrer aos jogos
e brincadeiras na sua prática instrutiva, como recurso no processo de ensino. Esses
meios ajudam a ensinar os conteúdos de uma forma prazerosa, de modo que a
criança aprenda como ela gosta, de uma forma simples e, portanto, eficaz.

Para Piaget (1974), o jogo não é apenas uma forma de desabafar,


ou de diversão que faz a criança gastar energia, mas é um instrumento que favorece
o desenvolvimento intelectual. Nesse sentido, a criança se desenvolve de forma
completa nos aspectos linguísticos, sociais, afetivos, cognitivos e morais.

Para Lopes (2005, p. 35), “o jogo para a criança é o exercício e a


preparação para a vida adulta”. De acordo com as ideias da autora, o jogo para
criança é uma atividade excelente para desenvolver suas capacidades. Com isso, a
autora destaca os benefícios para ampliar as habilidades de cada um.

Vygotsky (BAQUERO.2000.p. 27) indica a relevância de brinquedos


para a criação da situação imaginária. As experiências são extremamente
importantes em nossas vidas. Todo o acervo de brincadeiras constituirá o banco de
dados de imagens utilizados em nossas interações. Dispor de tais imagens é
fundamental importância para a construção do conhecimento e sua socialização. Ao
brincar a criança movimenta-se 4 em busca de parceria e na exploração de objetos
comunica-se com seus pares; se expressa através de múltiplas linguagens;
descobre regras e toma decisões.

Entende-se que enquanto a criança brinca, ela vai encontrar e


idealizar valores culturais, pois o brincar é uma atividade que passa de pai para filho.
Assim sendo, nesse processo o jogo e a brincadeira contribuem para que a criança
passe de uma uma etapa, onde deixa o nível que se encontra e esteja apta para dar
o próximo passo para o nível superior do seu desenvolvimento, isso acontece de
forma gradual e contínua.
O brinquedo é empregado pela criança para materializar seu faz de
conta, suscitar o imaginário, assim ele servirá de acordo com o significado a ele
atribuído e não exatamente por sua concretude (NASCIMENTO, 2018).

Com as brincadeiras, a criança consegue expressar e interagir umas


com as outras. Segundo o Manual de Orientação Pedagógica Brincadeira
eInterações nas Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (BRASIL, 2012, p.
7):

Brincar é repetir e recriar ações prazerosas, expressar situações


imaginarias, criativas, compartilhar brincadeiras com outras pessoas,
expressar suas individualidade e sua identidade, explorar a natureza, os
objetos, comunicarse e participar da cultura lúdica para compreender seu
universo. Ainda que o brincar possa ser considerado um ato inerente á
criança, exige um conhecimento, um repertório que ela precisa aprender.

Brincar é um universo de descoberta e é nesse universo que a


criança desenvolve suas habilidades motoras, afetivas e cognitivas. O lúdico
promove, na prática pedagógica, o desenvolvimento da criança. Segundo Bahiense
(2013, p. 48): “sem a presença do lúdico, dentro ou fora do contexto escolar, em
muito a criança perde, já que o ato de brincar exerce tantas infâncias em seu
desenvolvimento, contribuindo positivamente”.Os jogos ourincadeiras devem ser
ofertados pelo professor, mas também devem ser escolhidos pela criança no
momento de interagir uma com a outra. Evidenciamos que o brincar está ligado
àautoestima, acultura, a imaginação, a criatividade e no desenvolvimento dos
alunos. Segundo o Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil
(BRASIL, 1998, p. 27): “A brincadeira favorece a das crianças, auxiliando-as a
superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui,
assim, para a interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito de
grupos sociais diversos”.

As brincadeiras proporcionam para as crianças um momento de


divertimento e ao mesmo tempo de aprendizagem. As brincadeiras utilizadas por
professores na educação infantil são: brincadeira de roda, amarelinha, faz de conta,
bingo do nome, jogo da memória, forca, etc.Essas brincadeiras contribuem para o
desenvolvimento, e aprendizagem da criança.
O brincar é importante na construção do conhecimento, desenvolve
a linguagem, os jogos oportunizam e favorecem a superação, desenvolve a
solidariedade introduzida no compartilhamento dos brinquedos e dos jogos,
Kishimoto (2014, p. 83) “[...] o brincar torna-se um dos temas importantes da
contemporaneidade capaz de quebrar fronteiras de diferentes áreas do
conhecimento”.

O referencial da educação infantil, ao contemplar a brincadeira como


uma das questões presentes durante a vivência para as crianças que fazem parte
deste universo, já aponta a importância dessa ação para o desenvolvimento e para o
aprendizado da criança (MENESES, 2009).

A utilização de atividades lúdicas no ambiente escolar representa um


fator importante para que se alcance uma melhor aprendizagem (KISHIMOTO,
2009). Através das brincadeiras e dos jogos, as crianças desenvolvem sua
afetividade, manipulam objetos, praticam ações sensório-motoras e vivem
ativamente os contextos de participação e interação social, fatores que contribuem
para o seu desenvolvimento e para a aprendizagem.

Trabalhar com o jogo dentro de sala de aula é muito significativo,


pois facilita a interação entre os alunos. No início, o professor que não tem o hábito
de trabalhar com o lúdico terá com certeza mais trabalho em desenvolver atividades
utilizado o jogo e brincadeira, mas com o passar do tempo vai perceber que estes
são recursos que além de divertir e tornar a sala de aula prazerosa, as crianças vão
aprender muito mais do que com lições e exercícios no caderno. Para ilustrar esse
contexto Friedimann (2012, p. 38) explicita:

Através de um jogo ou brincadeira, as crianças são mais ativas


mentalmente do que em exercícios intelectuais. Os jogos e brincadeiras são
uma atividade importantíssima e merecem ser levados para a sala de aula
para tornar a educação mais compatível com o desenvolvimento das
crianças.

Ao analisar essa afirmação, percebe-se que o desenvolvimento da


criança é vital em qualquer momento de sua vida, e para que se desenvolva
socialmente é necessária a interação em grupo, e nada melhor que o jogo e as
brincadeiras para facilitar essa interação.
As relações entre o brincar e aprender é um grande motivo para que
professores e crianças possam fazer do espaço escolar, um especial e educativo
lugar para brincar, sonhar, interagir e agradavelmente aprender, para a construção
do conhecimento desenvolvendo regras para um convívio social favorável, que a
acompanhará no seu processo de crescimento e na sua formação pessoal e
profissional.

Ainda sobre os benefícios dos jogos e brincadeiras, alguns autores


têm uma visão que muitos fatores podem interferir nas atitudes da criança e pontua
que:

[...] o jogo é uma atividade que proporciona prazer e diversão; o jogo não
responde a uma finalidade externa, é feito sem nenhuma finalidade concreta
e não está submetido a exigências ou interesses alheios; o jogo tem sempre
uma característica imediatista: a criança joga aqui e agora, e não se
planejam objetivos alheios ou diferentes no tempo; o jogo deixa um amplo
espaço à livre iniciativa e à liberdade dos participantes; o jogo caracteriza-
se, muitas vezes, pela simulação, por um “fazer de conta”, pela sua própria
condição de semi-realidade e para possibilitar um mundo de fantasia [...].
(BASSEDAS; HUGUET; SOLÉ, 1999, p.142-143).

A partir deste ponto de vista dos autores citados e referenciados, os


jogos e brincadeiras na vida da criança tem um valor imensurável, pois traz a
possibilidade das ações se tornarem referentes ao que se é representado, pois é
notável que o mais importante na vida do ser humano e as experiencias vividas.

Para Aguiar (2002, p. 27):

É no período da educação infantil e da series iniciais do ensino fundamental,


por meio da brincadeira e da fantasia, que a criança adquire a maior parte
de sues repertórios cognitivos, emocionais e sociais. O jogo é reconhecido
como meio de fornecer a criança um ambiente agradável, motivador,
planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de varias
habilidades.

De acordo com o autor, a atividade lúdica do jogo possibilita a


criança a vivenciar a brincadeira e a fantasia, sendo reconhecido por grande parte
dos educadores com uma ferramenta didática que oferece inúmeras possiblidades
pedagógicas.
Pode-se dizer que utilizar o lúdico como recurso pedagógico
contribui para o aumento das possibilidades de aprendizagem da criança, pois por
meio desse recurso ela pode vivenciar situações de ensino-aprendizagem,
exercendo sua criatividade e expressividade, interagindo com outras crianças,
exercitando a cooperação e aprendendo em grupo. Assim com o lúdico, o professor
possibilita à criança o acesso ao conhecimento a partir da vivência, da troca e da
experiência, propiciando uma educação mais significativa e prazerosa. Desse modo,
aprender pode e deve extremamente agradável e motivante para a criança.

De acordo com Salomão e Martini (2007), é no jogo que a criança


pode começar a desenvolver fatores intelectuais, aprendendo a construir uma série
de informações e ter novos conhecimentos, principalmente na aprendizagem. Além
disso, elas contribuem para o processo de aprendizagem e escolarização, já que
podem ser utilizadas com finalidade educativa.

Na atualidade o brincar e o jogar não e só um passatempo, são


fatores que se tornaram de grande importância no desenvolvimento da criança,
ajudando com que suas principais dificuldades e também ajudando a fornecer
informações sobre a criança, seja para a família ou em seu meio escolar. Podemos
então afirmar que, os jogos e brincadeiras estimula os sentidos da criança,
motivando a aprender produzir e reproduzir.

Galvão (2008), completa que o brincar é visto como um direito da


criança e uma situação cotidiana. Nas salas que possuem fantoches, fantasias ou
cenários para as atividades simbólicas, são sempre apreciados pelas crianças,
sendo assim uma boa estratégia para enriquecer o brincar e atrair a garotada para
os espaços diferenciados. O cenário por si só faz com que a criança deduza e
pressuponha a atividade proposta. O objetivo de oferecer vários ambientes
diferenciados é que quando eles se cansam daquele ambiente, o educador já tem
outro para estimular e garantir situações de aprendizagem.

O brincar também contribui bastante com o desenvolvimento


intelectual e social da criança, por isso, (BETTELHEIM, apud MALUF, 2003, p.19)
referenciam que “Brincar é muito importante, pois enquanto estimula o
desenvolvimento intelectual da criança, também ensina, sem que ela perceba, os
hábitos necessários ao seu crescimento”.
Zanluchi (2005, p. 89) reafirma: “Quando brinca, a criança prepara-
se a vida, pois é por meio de sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o
mundo físico e social, bem como vai compreendendo como são e como funcionam
as coisas.”

Levisky (2006) cita em sua obra que é por meio da brincadeira que a
criança sente, vive e revive as experiências de sua relação consigo mesma e com o
mundo exterior, poisgradativamente por meio do ato de brincar cria-se o espaço do
imaginário e assim ela pode discriminar e elaborar as partes do mundo faz-de-conta
e o que pertence ao mundo exterior, além de vivenciar em nível simbólico situações
de perigos, medos, ameaças e prazeres que conduzem às gratificações e
realizações de fatos de sua vida real.

Vygotsky (1994, p. 131) faz uma reflexão dizendo que:

[...] o brinquedo cria na criança uma nova forma de desejos. Ensina a


desejar, relacionando seus desejos a um “eu” fictício, ao seu papel no jogo e
suas regras. Dessa maneira as maiores aquisições de uma criança são
conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível
básico de ação real e moralidade. (VYGOTSKY, 1994, p. 131)

O lúdico como ferramenta para desenvolvimento com o auxílio do


jogo e da brincadeira facilitando a criança a construir conhecimentos, tanto que ao
chegar ao ambiente escolar ele já tem certa experiencia, tornandose apto para a
ampliação dos conceitos das várias áreas do conhecimento.

2.3 O lúdico como subsídio pedagógico no processo de ensino/ aprendizagem


e o papel do professor.

A ludicidade hoje é estudada como algo fundamental do processo de


ensino/aprendizagem, fazendo com que cada vez mais se produzam estudos de
cunho científico para entender para entender sua dimensão no comportamento
humano e se busquem novas formas de intervenção pedagógica como estratégia
favorecedora de todo o processo.

A ideia de um ensino despertado pelo interesse do aluno acabou


transformando o sentido do que se entende por material pedagógico. É nesse
contexto que o jogo ganha espaço, como a ferramenta ideal da aprendizagem, na
medida em que propõe estimulo ao interesse do aluno, desenvolve níveis diferentes
de sua existência pessoal e social, ajuda-o a construir suas novas descobertas,
desenvolve e enriquece sua personalidade e simboliza um instrumento pedagógico
que leva ao professor a condição de condutor, estimulador e avaliador da
aprendizagem.

Piaget (1976)

A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da


criança. Essas atividades não são apenas uma forma de entretenimento, ou
passatempo para eles, é uma forma de prazer e uma forma de aprender.

Para Vygotsky (1998, p.127).

A importância do brincar para o desenvolvimento da criança reside no fato


de que esse tipo de atividade contribui para a mudança na relação da
criança com os objetos, pois estes perdem sua força determinadora na
brincadeira. “A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em
relação ao que vê. Assim, é alcançada uma condição que começa a agir
independentemente daquilo que vê.”

Pode-se afirmar que quando o indivíduo interage com as atividades


lúdicas, ele passa a ter a sua formação definida por meio de suas ações. O
aprendizado passa a representar um exercício encantador e prazeroso. Dessa
maneira, o indivíduo estará fazendo uso de sua capacidade descoberta,
concentração e criação.

Segundo Freire (1996, p. 96),

O professor bom é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a


intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é dessa forma um
desafio e não uma cantiga de ninar.

Cabe ao professor acompanhar a criança em todas as atividades,


estimulando-a e orientando-a para melhor desenvolvimento e acompanhamento de
suas atitudes e de seu aprendizado.

Alves (2001, p. 21) resume isso apontando para a simplicidade do


tema afirmando que, “Professor bom não é aquele que dá uma aula perfeita,
explicando a matéria. Professor bom é aquele que transforma a matéria em
brinquedo e seduz o aluno a brincar”.
Os jogos e as brincadeiras devem se tornar recursos didáticos, no
processo ensino-aprendizagem, pois as crianças aprendem melhor brincando. Com
o movimento da Escola Nova, o lúdico difundiu-se na educação, trazendo com essa
ideia o brinquedo, para enriquecer as atividades lúdicas.

De Acordo com MARCELINO (1990) a proposta de um novo jogo


jogado pela escola deve começar pela observação e compreensão de quem está
melhor preparada para o jogo sendo a criança. A introdução de jogos e brincadeiras
no currículo escolar requer espaço e materiais, estímulo à interação entre as
crianças e compreensão por parte dos professores das diferentes formas de brincar,
relevantes para cada criança em determinado momento.

Como na escola o aprendizado é um resultado desejável, é o próprio


objetivo do processo escolar, a intervenção é um processo pedagógico
privilegiado. O professor tem o papel explícito de interferir na zona de
desenvolvimento proximal dos alunos, provocando avanços que não
ocorreriam espontaneamente. O único bom ensino, afirma Vygotsky, é
aquele que se adianta ao desenvolvimento. Os procedimentos regulares
que ocorrem na escola – demonstração, assistência, fornecimento de pistas,
instruções – são fundamentais na promoção do “bom ensino”. Isto é, a
criança não tem condições de percorrer, sozinha, o caminho do
aprendizado. A intervenção de outras pessoas – que, no caso específico da
escola, são o professor e as demais crianças – é fundamental para a
promoção do desenvolvimento do indivíduo. (OLIVEIRA, 1995, p. 62).

O aluno precisa agir cognitivamente, assimilar o que lhe for


interessante, significativo; para que o aluno responda as questões provocadas pela
acomodação deste material e, por fim, se realize a reflexão, a partir de perguntas
levantadas pelos alunos e pelo professor.

pelo fato de o jogo ser um meio tão poderoso para a aprendizagem das
crianças, em todo o lugar onde se consegue transformá-lo em iniciativa de
leitura ou ortografia, observa-se que as crianças se apaixonam por essas
ocupações antes tidas como maçantes. (WADSWORTH, 1977. p. 14-31)

Para que a aula se torne significativa, o lúdico é de extrema


importância, pois o professor além de ensinar, aprende o que o seu aluno construiu
até o momento, condição necessária para as próximas aprendizagens. A tendência
é de superação, desde que o ambiente seja fecundo à aprendizagem e que o mestre
tenha noção da responsabilidade que esta busca exige. Estuda-se o passado, vive-
se o presente, busca-se o futuro. Através da ludicidade podemos fazer novas
perguntas para velhas respostas.

Segundo Oliveira (2000):

Ao brincar, afeto, motricidade, linguagem, percepção, representação,


memória e outras funções cognitivas estão profundamente interligados. A
brincadeira favorece o equilíbrio afetivo da criança e contribui para o
processo de apropriação de signos sociais. Cria condições para uma
transformação significativa da consciência infantil, por exigir das crianças
formas mais complexas de relacionamento com o mundo. (OLIVEIRA, 2000,
p. 164).

A criança brincando constrói-se como cidadão e acaba construindo


regras fundamentais para a vida e é em seu meio familiar que a brincadeira começa,
brincar para podercrescer e interagir com as pessoas, desta maneira no seu
conviveu familiar a diversão são as brincadeiras.

Portanto, é necessário que o professor procure descobrir não só


dento de si a ludicidade adormecida, mas também dentro do seu contexto
sociocultural e de embasamentos teóricos que lhe possibilita descobrir a importância
da ludicidade. E a partir desse enfoque trabalhar o lúdico existente em cada
indivíduo. Só assim terá sua prática pedagógica mais ampla e contínua dentro do
processo da dimensão lúdica. Precisamos, enquanto educadores nos colocarmos
como participantes, acompanhando todo o processo da atividade, mediando os
conhecimentos através da brincadeira e do jogo, afim de que estes possam ser
reelaborados de forma rica e prazerosa.

O lúdico com vínculos pedagógicos tornou se uma maneira


prazerosa e divertida da criança aprender dentro do seu contexto escolar,
encontrando mais facilidade em aprimorar, aprender, compreender e interagir. As
atividades lúdicas acontecem em várias situações dentro da escola, como na hora
da música, nas refeições, na contação de história, durante as aulas e nas atividades
livres em que a criança cria e recria sua imaginação por meio dos brinquedos,
relacionando-se com a realidade, etc.

Nesta perspectiva Baquero (2000. p. 27) considera que:


No processo de educação, também cabe ao mestre um papel ativo: o de
cortar, talhar e esculpir os elementos do meio, combiná-los pelos mais
variados modos para que eles realizem a tarefa de que ele, mestre,
necessita. Deste modo, o processo educativo já se torna trilateral mente
ativo: é ativo o aluno, é ativo o mestre, é ativo o meio criado entre eles.
(BAQUERRO, 2000. p. 27).

A preparação das aulas lúdicas deve ser desenvolvida com atenção


e de acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola, criando orientações e
objetivos específicos com o foco em que a criança aprenda o conteúdo e não leve só
para o lado da brincadeira, e por meio de sua prática, o professor percebera qual a
postura de cada criança, como se comporta, ensinando sobre valores, quais as
dificuldades encontradas em cada criança e com isso, o educador também adquire
conhecimento na área comportamental.

De acordo com a RCNE (1998, p.41):

O trabalho direto com crianças pequenas exige que o professor tenha uma
competência polivalente. Ser polivalente significa que ao professor cabe
trabalhar com conteúdos de naturezas diversas que abrangem desde
cuidados básicos essenciais até conhecimentos específicos provenientes
das diversas áreas do conhecimento. Este caráter polivalente demanda, por
sua vez, uma formação bastante ampla do profissional que deve tornar-se,
ele também, um aprendiz, refletindo constantemente sobre sua prática,
debatendo com seus pares, dialogando com as famílias e a comunidade e
buscando informações necessárias para o trabalho que desenvolve. São
instrumentos essenciais para a reflexão sobre a prática direta com as
crianças a observação, o registro, o planejamento e a avaliação.

Partindo desta afirmação, cabe então ao professor auxiliar a criança


durante todo o seu processo de aprendizado, ensinando os mesmos a ter a sua
personalidade própria, sempre atentos ao tipo de conhecimento, e juntamente com o
corpo docente disseminar as matérias do currículo escolar tradicional para que as
crianças se desenvolvam nas mais diferentes frentes.

Ainda sobre RCNE (1998, p. 47):

Embora as crianças desenvolvam suas capacidades de maneira


heterogênea, a educação tem por função criar condições para o
desenvolvimento integral de todas as crianças, considerando, também, as
possibilidades de aprendizagem que apresentam nas diferentes faixas
etárias. Para que isso ocorra, faz-se necessário uma atuação que propicia o
desenvolvimento de capacidades envolvendo aquelas de ordem física,
afetiva, cognitiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social.

Fica evidente que o professor tem um papel muito importante com a


criança, pois é ele que traz o contato direto da criança com a escola. Mesmo diante
de tantas mudanças que tem ocorrido no mundo atualmente, o professor continua
sendo uma ferramenta de orientação e exemplo, pois é por meio dele que a criança
recebe mais estimulo e por isso ele se torna o protagonista na vida do educando
dentro do contexto escolar e até mesmo na sociedade.

É importante ser levado em consideração a necessidade de práticas


lúdicas na vida da criança. Assim, “é necessário que o educador insira o brincar em
um projeto educativo, o que supõe intencionalidade, ou seja, ter objetivos e
consciência da importância de sua ação em relação ao desenvolvimento e à
aprendizagem" (FORTUNA, 2004, p. 6).

A escola que consegue inserir no processo de ensino e


aprendizagem o ato de brincar para aprender apresenta a construção de um homem
bem formado, pois consegue inserir na cultura da criança a importância da vida
social, a criatividade, a autonomia e a prática da cidadania. (AYRES; SENA, 2010).

É necessário e fundamental que o professor elabore e desenvolva


um planejamento com conteúdo envolvendo atividades lúdicas, conforme Pereira e
Sousa (2015), que diz:

o professor deve utilizar jogos e brincadeiras como recurso pedagógico e


planejar a sua aplicação, para que possa desafiar seu aluno e abrir sua
mente para descoberta, além de sistematizar o conhecimento que foi
construído, permitindo que o jogo não seja visto apenas como diversão ou
para motivar sua aula expositiva, mas como algo que estimule o
aprendizado (PEREIRA e SOUSA, 2015, p.7).

Com base no exposto, percebe-se que é direito do educando ter


uma educação de qualidade e os jogos e brincadeiras dentro das instituições de
ensino são ferramentas para que o aprendizado aconteça. Portanto, é de
competência das instituições que oferecem educação infantil adequar-se para que
seus educandos tenham um espaço rico em atividades lúdicas, pois sabe-se que a
maioria das crianças acaba passando grande parte de sua vida dentro de
instituições ensino, assim sendo tal ambiente tem que criar um local no qual permita
que elas vivam, sonhem, criem e instruam-se.

Assim, pode-se constatar que o jogo não deve ser tratado apenas
como um simples ato de brincar, vai muito além dessa concepção. No processo de
ensino e aprendizagem, o docente pode aguçar o desenvolvimento intelectual do
seu educando, vindo a aprimorar as habilidades e mostrando que através dos jogos
ele aprende e conhece melhor o mundo em que vive.
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