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LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTRIBUIÇÕES DOS JOGOS E

BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DAS CRIANÇAS.

Maria José Barbosa de Andrade

Resumo: VEJA AS NORMAS DA ABNT, MAS GERALMENTE INICIAMOS


COM A PROBLEMÁTICA/OBJETIVO GERAL/METODOLOGIA
(BIBLIOGRÁFICA E DE CAMPO) E OS RESULTADOS ALCANÇADOS

Como objetivo principal deste trabalho, busca compreender como os jogos e


brincadeiras favorecem no desenvolvimento cognitivo das crianças da
educação infantil , assim como colaborar nos estudos sobre ludicidade. Foi
realizado uma pesquisa por meios eletrônicos digitais com 05 professoras de
Educação Infantil, da rede pública de ensino da cidade de Poço de José de
Moura-PB, mas apenas 03 responderam. Fundando-se em interpretações de
conhecimentos, abrangendo motivações, ideias e maneiras sobre a importância
de utilizar jogos e brincadeiras em sala de aula. O presente trabalho teve como
natureza da pesquisa exploratória e qualitativa, com intuito de obter mais
informações sobre o problema questão da pesquisa. A entrevista aconteceu de
modo a distância, utilizando o aplicativo de mensagens WhatsApp, como meio
facilitador para as educadoras considerando o pouco tempo para marcar
encontro presencial. Com isso, busquei informações para fazer analises sobre
a ludicidade e seus meios de facilitar o processo de ensino e aprendizagem, e
desenvolvimento cognitivo dos alunos da educação infantil da cidade de Poço
de José de Moura-PB. Foi realizado também pesquisas bibliográficas e
eletrônicas nos sites Anped, Scielo, Capes, Biblioteca UFRGS, etc.; Foi
possível considerar a importância do lúdico no contexto educacional, assim
como compreender que os jogos e brincadeiras são fatores de grande
importância para aprendizagem e desenvolvimento cognitivo das crianças, pois
instiga a imaginação e alegoria dos mesmos. Quanto aos profissionais que
participaram da pesquisa, foi possível considerar que ambos estão de acordo
com as práticas lúdicas, assim como consideram fundamentais para
impulsionar o processo de ensino e aprendizagem das crianças, tornando uma
aula mais divertida e prazerosa.

Palavras-chave: Ludicidade. Educação infantil. Desenvolvimento cognitivo

ABSTRACT:

Keywords:

1. INTRODUÇÃO
Muitos professores possuem dificuldades de promover aulas mais
dinâmicas e convidativas, ligando essa dificuldade á realidade dos alunos, é
possível perceber que na Educação infantil e nas séries iniciais do ensino
fundamental possuem muitas crianças desmotivadas, desestimuladas á
aprender os conteúdos estabelecidos para cada ano escolar. Fato esse que
pode estar vinculado a modalidade do mundo moderno e tecnológico, que são
atraentes e estimulantes para as crianças nessa faixa etária.
Não apresentar esses conteúdos de modo alinhado a realidade da
criança, pode desproporcionar o aprendizado dos mesmos. Desse modo,
espera-se dos educadores novas alternativas metodológicas que motivem o
aluno a sentir interesse pelas aulas, pelo conteúdo oferecido, e pela efetivação
da aprendizagem. De acordo com as literaturas especializadas, é possível
encontrar anais evidenciando a contribuição significativa da utilização dos jogos
e brincadeiras no campo educacional.
Ao decorrer da história da educação, este instrumento não foi sempre
considerado como um recurso contribuinte para o processo de ensino e
aprendizagem dos alunos. Todavia, a ludicidade nos últimos anos tem se
expandido de forma positiva e contribuinte nas discussões, e estudada como
instrumento metodológico em várias áreas de pesquisa. É necessária que os
educadores utilizem essas práticas metodológicas de forma planejada,
vinculando aos aspectos pedagógicos.
O interesse pela pesquisa surgiu mediante me especializar em
neuropiscopedagogia, e atuar nesse campo atendendo clinico as crianças da
rede municipal da cidade de Poço de José de Moura, onde o uso dos jogos, e a
metodologia lúdica nas intervenções são de extrema importância para
promover estímulos cognitivos nos alunos/aprendentes. Como objetivo principal
deste trabalho, busca compreender como os jogos e brincadeiras favorecem no
desenvolvimento cognitivo das crianças da educação infantil, assim como
colaborar nos estudos sobre ludicidade.
Os benefícios da ludicidade no processo de ensino e aprendizagem, é
fator de grande relevância, e ignorar essas benfeitorias os alunos estão
perdendo a oportunidade de aprender os conteúdos de forma prazerosa.
Diante das questões colocadas, torna-se pertinente averiguar como as
atividades lúdicas tem impulsionado no aprendizado dos alunos? (de que
modo os recursos lúdicos podem ser usados dentro do contexto educacional
para promover as crianças uma articulação de seus conhecimentos prévios aos
conteúdos abordados?) QUAL MELHOR PROBLEMÁTICA??
Mediante a interrogativa em questão, este trabalho tem como objetivo geral
compreender a importância das atividades lúdicas para impulsionar o
desenvolvimento cognitivo das crianças; assim como os objetivos específicos:
refletir sobre a inserção dos recursos lúdicos no setor educacional, estudar
sobre as contribuições dos jogos como instrumento nas práticas pedagógicas,
discutir sobre as falas e contribuições das educadoras ao utilizar os
instrumentos lúdicos para estimular o aprendizado dos alunos.

2. REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 AS CONTRIBUIÇÕES DOS RECURSOS LÚDICOS NAS CONEXÕES


DOS PROCESSOS EDUCACIONAIS
Utilizar da prática lúdica para ensinar os conteúdos escolares, favorece o
sucesso da aprendizagem das crianças. Visto que são práticas benéficas que
vão além das paredes da escola, pois promovem maior sociabilidade e
interação entre eles. Podendo também, ser uma prática que aproxima
afetivamente o professor dos alunos.
Podemos considerar as dificuldades econômicas e sociais como outro fator
desmotivante para muitos alunos. Situação essa que muitas vezes interfere no
aprendizado, ou até mesmo na evasão escolar, com base nisso é preciso que a
criança encontre na escola momentos contentes, divertidos, prazerosos que
excitem a criança a querer frequentar aquele campo.
É atribuído à escola o papel de recorrer a estratégias de ensino que sejam
prazerosas e estimulantes para os alunos, para que a aprendizagem possa
acontecer de modo expressivo. Moyles (2002, p. 43) ressalta: “A aprendizagem
ocorre o tempo todo no desenvolvimento normal durante toda a vida, desde
que alguma coisa desperte o nosso interesse”
Faz-se necessário a valorização da escola com os conhecimentos prévios
de cada criança, que muitas das vezes são expostos através dos meios
lúdicos, e que esses conhecimentos possam ser articulados as ferramentas
pedagógicas, que são os brinquedos. A utilização dos recursos lúdicos
contextualiza os conteúdos, e promove a criança sentido lógico de
compreensão do que está sendo apresentado. Uma vez que os jogos
promovem o raciocínio lógico, a criatividade, pensamento autônomo e aptidão
em resoluções de problemas.
Para Freire (1991) acredita que “A criança que brinca em liberdade,
podendo decidir sobre o uso de seus recursos cognitivos para resolver os
problemas que surgem no brinquedo, sem dúvida alguma chegará ao
pensamento lógico de que necessita para aprender a ler, escrever e contar”.
Considerando a grande importância para o desenvolvimento cognitivo,
afetivo e social das crianças, é necessário que ao trabalhar com lúdico em sala
de aula seja de forma cautelosa, planejada e com muita seriedade. É preciso
considerar que ao trabalhar com o lúdico, favorece uma consolidação dos
princípios formativos para construção humana em se tratando dos processos
de ensino e aprendizagem. A ludicidade promove um grande abrangimento
estimulante no universo infantil, onde brincar, ensinar e aprender podem ser
consideradas como práticas prazerosas nos contextos educacionais.

2.2 JOGOS, LÚDICO E BRINCADEIRAS


Brincadeiras são as atividades mais frequentes durante a infância e são
reconhecidas como um direito social das crianças (Lei n. 8.069, 1990). Estão
presentes em um vasto campo, tonando-se artefatos de estudos, e sendo
apresentadas de diferentes modos, contribuindo de modo significativo para o
desenvolvimento infantil.
Como parte de uma cultura popular, as brincadeiras e jogos fazem parte de
um povo de certo período histórico, cuja brincadeiras são costumes espirituais,
onde muitas das brincadeiras tem sua historicidade desconhecidas.
No nosso país, encontra-se uma grande mistura de raças, com isso torna-
se dificultoso saber a origem de algumas brincadeiras. O indicio das
brincadeiras, vieram com os primeiros colonizadores, que traziam consigo o
folclore lusitano, onde incluíam jogos, lendas, superstições, contos e valores.
Os jogos e brincadeiras são oriundos dos tempos passados, que são
fundamentais para a educação, e desenvolvimento infantil.
Velasco (1996), diz que as crianças da antiguidade brincavam e
participavam dos jogos dos adultos, mas que também tinham um momento
reservado para expor suas próprias brincadeiras. Podemos perceber que as
brincadeiras da antiguidade ainda são vivenciadas hoje, porém com algumas
modificações, mas oferecendo o mesmo prazer do brincar a criança.
Desde os tempos passados, as brincadeiras são vistas como eficazes para
um bom desenvolvimento da criança, onde a educação reflete a transmissão
cultural dos tempos antigos, até os atuais trazendo conhecimentos, valores,
competências, assim como ideologias e superstições. As formas mais
utilizadas no nosso meio social são as brincadeiras, jogos e o lúdico.
Para Kishimoto (2000), a definição da palavra brincadeira ou jogo, não é
algo fácil, pois cada um pode ter um entendimento diferenciado de ambas.
Com isso iremos buscar autores que melhor possam definir o significado de
lúdico, jogos e brincadeiras.
Segundo Piaget (1975) e Winnicott (1975), jogo, brinquedos e brincadeiras
são formados ao longo de nossas vidas. E essas são formas que eles nomeiam
o brincar, com isso ambas as palavras são consideradas sinônimos de diversão
e alegria.
No dicionário Larousse (1982), estes termos são definidos como:
 Jogo - ação de jogar; folguedo, brinco, divertimento. Seguem-se
alguns exemplos: jogo de futebol; Jogos Olímpicos; jogo de damas;
jogos de azar; jogo de palavras; jogo de empurra;
 Brinquedo -objeto destinado a divertir uma criança, suporte da
brincadeira;
 Brincadeira - ação de brincar, divertimento. Gracejo, zombaria.
Festinha entre amigos ou parentes. Qualquer coisa que se faz por
imprudência ou leviandade e que custa mais do que se esperava:
aquela brincadeira custou-me caro.

Com isso, podemos definir esses termos: Brincadeira como ação de
brincar, ao estimulo espontâneo, como a criança se comporta em determinadas
atividades; Jogo pode ser compreendido como o conceito de regras a serem
seguidas, e Brinquedo como o objeto que criança utiliza para brincar. Quanto a
atividade Lúdica, podemos conceitua-la de forma mais abrangente, se
retratando dos conceitos antes mencionados.
Segundo Dinello, 2004, por meio de atividades lúdicas:
As crianças manifestam, com evidência, uma aprendizagem de
habilidades, transformam sua agressividade em outras
relações criativas, crescem em imaginação e se socializam,
melhorando o vocabulário e se tornando independentes.
As atividades lúdicas despertam profundas transformações, e impõe
algumas exigências para o processo educacional. Onde podem auxiliar com
propostas criativas. O lúdico permite que qualquer conteúdo possa ser
trabalhado de forma prazerosa e divertida.
De acordo com Neto (2001), o desenvolvimento de atividades lúdicas,
como o jogo, é muito importante, pois a criança desperta sua independência, e
torna-se um ser capaz de realizar suas descobertas e experiências, assim,
como autoexpressar-se.
2.3 O PAPEL DA LUDICIDADE NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Vygotsky (1984) ressalta a importância do ato de brincar na construção do
pensamento infantil. Acredita que é através das brincadeiras, jogos a criança
desperta o seu cognitivo, assim como seu modo de aprender com as
determinadas vivências. Através das brincadeiras, a criança é capaz de
expressa-se, e ser construtora de seu próprio pensamento.
Garcia (2002, p. 56) explana que:
“ao brincar, o sujeito ensaia, treina, aprende, se distrai, sim;
mas se constrói: afirma, assimila, reorganiza, descobre e
inventa suas formas enfrenta os enigmas, os desafios, as
oportunidades e as imposições que a vida lhe apresenta”.

As brincadeiras permitem à criança imaginar, vivenciar situações


fantasiosas. As brincadeiras fazem com que a criança se imagine ao interagir
nas brincadeiras. Ao mesmo tempo em que ela idealiza viver situações reais,
ela também consegue assimilar normas sociais, e a vivencia com o outro
elabora novos conhecimentos. O brincar não é só coisas de crianças, a
ludicidade em si faz parte da vida de todo ser humano.
Brancher (2007) entende o lúdico como atividade essencial ao ser
humano. Para nós educadores, não podemos ver o lúdico apenas como uma
prática útil para ser trabalhada com os alunos, mas sim, percebendo a grande
importância que a ludicidade pode promover nas produções de conhecimentos.
As atividades lúdicas, nos oferece um mundo de situações a serem
experimentadas, recriadas, sentidas através de nossa imaginação. Ela nos
proporciona também, viver um mundo imaginário, despertando em nós
momentos de prazer e alegria.
Nesse contexto, a BNCC determina cinco campos de experiências que
devem ser pensa refletidos de modo coeso:
O eu, o outro e o nós –É na interação com os pares e com
adultos que as crianças vão constituindo um modo próprio
de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem
outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros
pontos de vista [...] Corpo, gestos e movimentos –Com o corpo
(por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos
ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças,
desde cedo, exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu
entorno, estabelecem relações, expressam--se, brincam e
produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o
universo social e cultural, tornando-se,
progressivamente, conscientes dessa corporeidade [...]
Traços, sons, cores e formas –Conviver com diferentes
manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e
universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às
crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar
diversas formas de expressão e linguagens, como as
artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia
etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras
[...] Escuta, fala, pensamento e imaginação –Desde o
nascimento, as crianças participam de situações
comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais
interagem. As primeiras formas de interação do bebê
são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal,
o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham
sentido com a interpretação do outro [...] Espaços, tempos,
quantidades, relações e transformações –As crianças vivem
inseridas em espaços e tempos de diferentes dimensões, em
um mundo constituído de fenômenos naturais e socioculturais.
Desde muito pequenas, elas procuram se situar em diversos
espaços (rua, bairro, cidade etc.) e tempos (dia e noite; hoje,
ontem e amanhã etc.). (BRASIL,2017, p. 38-40)
Não existe uma única forma de aprender, e nem existe um tempo
determinado para isso. A aprendizagem é concebida como uma mudança
ocorrida das experiencias vividas. Sendo possível ocorrer em qualquer
momento de nossas vidas. Segundo Vygotsky (1987, p. 94-95), "[...] o
aprendizado das crianças começa muito antes delas frequentarem a escola.
[...] quando a criança assimila os nomes de objetos em seu ambiente, ela está
aprendendo".
A criança está a todo momento aprendendo, com o seu meio, e percebe
que existe prazer no que faz, o ato de brincar proporciona novos desafios,
conquistas e aprendizagens. Através das brincadeiras a criança vai
construindo ideias, construindo conhecimentos, assim como resolvendo
problemas e desafios que lhe são propostos.
Segundo Antunes (2004), brincando a criança se adequa ao mundo em
que vive, e que a criança aprende enquanto está brincando. A criança aciona
vários sentidos durante a brincadeira, como suas emoções, seu imaginário.
Esses sentimentos, ligados as experiencias vividas por ela, torna-se em
conhecimentos. Quando a criança recria sua vivencia, ela está desenvolvendo
seu imaginário, e sua capacidade de abstrair.
A ludicidade está presente na vida de todos, principalmente no
desenvolvimento infantil, pois através dela pode acorrer a assimilação,
recriação, decodificação da realidade humana.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa realizada foi de caráter exploratória, qualitativa e bibliográfica e
de acordo com (MATTAR, 1994, p. 84) a pesquisa exploratória “visa prover o
pesquisador de um maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa
em perspectiva. Por isso é apropriada para os primeiros estágios da
investigação, quando a familiaridade, o conhecimento e a compreensão do
fenômeno por parte do pesquisador são geralmente insuficientes ou
inexistentes”
Ao retratarmos de pesquisa qualitativa, podemos utilizar das palavras de
Chizzotti (2006, p. 58), que diante de estudos científicos, e aspectos éticos
acrescenta que:
Cresce, porém, a consciência e o compromisso de que a
pesquisa é uma prática válida e necessária na construção
solidária da vida social, e os pesquisadores que optaram pela
pesquisa qualitativa, ao se decidirem pela descoberta de novas
vias investigativas, não pretenderam nem pretendem furtar-se
ao rigor e à objetividade, mas reconhecem que a experiência
humana não pode ser confinada aos métodos nomotéticos de
analisá-la e descrevê-la.

Chizzotti (2006, p. 28) cita às pesquisas denominadas como qualitativas,


ao referenciar-se que “[...] usando, ou não, quantificações, pretendem
interpretar o sentido do evento a partir do significado que as pessoas atribuem
ao que falam e fazem”. Muitos pesquisadores e estudiosos, utilizam da
pesquisa qualitativa para o levantamento de caraterísticas primordiais.
Segundo (CERVO E BERVIAN, 1983, p. 55) a pesquisa bibliográfica
explica: “um problema a partir das referências teóricas publicadas em
documentos, pode ser realizada independentemente ou como parte da
pesquisa descritiva ou experimental”.
O público para pesquisa foram 05 (cinco) professoras sendo elas da
educação infantil e dos primeiros anos do ensino fundamental, da rede
municipal de educação da cidade de Poço de José de Moura-PB, escolhidas
por atuarem nessa rede de ensino. Assim como também foram realizadas
pesquisas bibliográficas e eletrônicas nos sites Anped, Scielo, Capes,
Biblioteca UFRGS, etc.;
3.1 Contexto da Aplicação da Pesquisa

Esta pesquisa sucedeu com professoras da rede publica de ensino na


cidade de Poço de José de Moura-PB, através da utilização de um
questionário, utilizando uma entrevista estruturada por meio do aplicativo de
mensagens WhatsApp, em decorrência do pouco tempo em que as mesmas
possuíam para um encontro presencial.
O questionário consente a concretização de analises comparativas dos
subsídios dos resultados alcançados. Promove ao pesquisador uma
diversidade de conhecimentos e informações viventes no âmbito escolar, em
se tratando de ações e opiniões sobre o lúdico. Segundo (FERRÃO, 2003, p.
64) justifica esse instrumento de coleta de dados como sendo “uma técnica
com uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas sem que o
entrevistador interfira e ainda facilite a tabulação e à análise dos dados
coletados”.

4. EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS DE PROFESSORES DA


EDUCAÇÃO BÁSICA QUE UTILIZAM DA LUDICIDADE, JOGOS E
BRINCADEIRAS PARA FACILITAR A APRENDIZAGEM DE SEUS
ALUNOS.

Dentre diversas técnicas de coleta de dados, foi feito o uso do questionário,


onde se evidencia a coleta de forma mais detalhada. Segundo Gil (1999,
p.128), o questionário pode ser deliberado:

“como a técnica de investigação composta por um número


mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito
às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões,
crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações
vivenciadas etc.”.

Desse modo, alinhando em questões de cunho experiencial, o questionário


é um instrumento que melhor servirá afim de acolher as informações da
realidade. Todas as questões elaboradas, diante de uma mesma temática
como as atividades lúdicas tem impulsionado no aprendizado dos alunos e a
forma que trabalhar com essa prática lúdica pode contribuir no
desenvolvimento da criança.
Com base em estudos atuais, mostram-nos a importância das brincadeiras
e jogos tradicionais para socialização e educação das crianças. Pois é através
das brincadeiras que a criança estabelece liames sociais, e interagem com
outras crianças. Ressaltamos que a Base Nacional Comum Curricular (2017)
concebe o brincar como:
Brincar cotidianamente de diversas formas, em
diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros
(crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso
a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação,
sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais,
sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais (p. 36).

Nessa perspectiva, a BNCC traz a afirmativa que o brincar é indispensável


para o aprendizado do aluno, assim como para o seu desenvolvimento.
Prosseguimos o presente estudo, evidenciando as respostas advindas dos
professores sujeitos da pesquisa, enquanto a prática da ludicidade e jogos para
favorecer no desenvolvimento e aprendizagem da criança.
Quanto aos jogos que mais utilizam em sala de aula, para um melhor
desempenho das aprendizagens das crianças, a primeira entrevistada nos
respondeu que utiliza dos jogos como :Prancha de formas geométricas, bate
pinos, kit aramados, dominó de posições, alfabeto ilustrado, passa cores.
Ressaltando a afirmativa que o trabalho em sua prática docente utilizando, a
ludicidade, jogos e brincadeiras tem contribuído de forma significativa para
resultados positivos em se tratando da aprendizagem dos alunos. Prosseguiu
na afirmativa dizendo que:
As atividades lúdicas auxiliam no processo de aprendizagem,
pois trabalham, a atenção, a imaginação, os aspectos motores
e sociais, visando o pleno desenvolvimento da criança que
aprende de forma significativa tornando o ensino de qualidade.
Algumas brincadeiras como: caça ao tesouro, mímica, pula
corda, batata quente, Vivo ou morto etc. Brincar além de ser
prazeroso estimula a imaginação da criança, promove a
integração, a socialização, a convivência e a comunicação
entre as crianças, contribuindo no processo de
desenvolvimento e aprendizagem. Brincar é a atividade
principal da criança e é brincando que ela interage com o
mundo a sua volta, expressando seus valores, maneiras de
pensar e agir. (ALVES,2023)

A segunda entrevistada, também falou sobre os usos das brincadeiras que


utiliza em sala de aula, tais como dominó, pois promove o despertar do
raciocínio lógico, aprende a ler, a contar, favorece melhor desempenho em
contas de adição e subtração. Com isso, ela também considera que os jogos
são uteis para a aprendizagem porque as crianças interagem mais, e
conseguem absorver mais rápido o que o professor está explicando sobre os
conteúdos. Quanto aos jogos, e brincadeiras que usa com mais frequência em
sala de aula são:
Utilizo bastante o caça-palavras, quebra-cabeças, jogo dos 7
erros, dominó tanto de português, quanto de matemática. Ao
utilizar as brincadeiras e jogos em sala de aula, percebo o
quanto tem contribuído nas aprendizagens dos mesmos,
porque são realizados de acordo com o conteúdo que está
sendo trabalhado. (RIBEIRO,2023)
Diante das palavras da educadora, ela mostra que os jogos e brincadeiras
são utilizados de acordo com as necessidades da turma, sempre
correlacionando as brincadeiras e jogos, com os conteúdos trabalhados em
sala.
A terceira professora que respondeu o questionário, falou sobre a
importância que é trabalhar com jogos e brincadeiras em sala de aula, pois
considera que:

Ao trabalhar em sala de aula com jogos e brincadeiras,


desperta um raciocínio rápido e direcionado auxiliando na
aprendizagem e no objetivo que se deseja alcançar.
(GUSMÃO,2023)

A educadora também respondeu que utiliza bastante o jogo do piquenique,


como forma de trabalhar a economia financeira, dominó de leitura, para focar
na leitura e escrita, dominó das posições, com foco em trabalhar lateralidade,
entre outas. Com isso, considera uma grande importância ao trabalhar em sala
de aula com práticas lúdicas, pois consegue uma melhor participação das
crianças, acontece uma melhor socialização, e perdem a timidez (no caso de
algumas crianças).
Ao observarmos que a mediação da aprendizagem através da ludicidade,
desperta nas crianças a influência da criação de novas brincadeiras, estimula
sua imaginação. Assim, a escola pode favorecer ambientes que beneficiem e
excitem a brincadeira. O Referencial Curricular para a Educação Infantil
(BRASIL, 1998, p. 15) afirma que:
Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, as
crianças também se apropriam do repertório da cultura corporal
na qual estão inseridas. Nesse sentindo, as instituições de
educação infantil devem favorecer um ambiente físico e social
onde as crianças se sintam protegidas e acolhidas, e ao
mesmo tempo seguras para arriscar e vencer desafios. Quando
mais rico e desafiador for esse ambiente, mas ele lhes
possibilitará a ampliação de conhecimentos acerca de si
mesma, dos outros e meio em que vivem.
Ao ofertamos os brinquedos para as crianças, estamos promovendo
uma maior chance de sociabilidade entre a turma, onde instiga-os a explorar
mais o ambiente em que estão inseridos. Com isso, Fortuna (2011, p. 9) nota
que:
Os brinquedos devem estar dispostos como se convidasse a
brincar. Acessíveis, visíveis e instigantes, podem ser
distribuídos pela sala em diferentes cantos e zonas, propondo,
assim, diferentes pontos de partida para a brincadeira.
É importante que existe uma organização no espaço em que a criança
estar. As brincadeiras oferecem um vínculo de aproximação, proporciona
momentos de partilhas e socialização, além de fazer com que a criança possa
se adaptar a diferentes contextos socioculturais.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com as palavras de (MALUF. 2003, P. 17):

Brincar é: comunicação e expressão, associando pensamento


e ação; um ato instintivo voluntário; uma atividade exploratória;
ajuda às crianças no seu desenvolvimento físico, mental,
emocional e social; um meio de aprender a viver e não um
mero passatempo.

As brincadeiras são recursos bastantes utilizados nas salas de educação


infantil, onde proporciona as crianças momentos de interação com o outro,
dispondo de momentos significativos para construção de seu desenvolvimento
como indivíduos psicossociais.
Cascudo (1984) e Kishimoto (1999 e 2003), retratam que os jogos
infantis tradicionais, são oriundos de uma cultura popular, onde são
expressados através de um povo em determinada época, onde esses
ensinamentos são passados de geração para geração através da oralidade,
podendo assim serem transformados, incorporando brincadeiras mais antigas,
e sofrendo alterações com o passar das gerações, podendo ser agregados
novas criações.
FRIEDMANN. (1996, P. 12), assegura que:
[...] brincadeira refere-se à ação de brincar, ao comportamento
espontâneo que resulta de uma atividade não estruturada: jogo
é compreendido como uma brincadeira que envolve regras:
brinquedo é utilizado para designar o sentido de objeto de
brincar: atividade lúdica abrange, de forma mais ampla, os
conceitos anteriores.
O brincar desperta na criança o senso crítico, onde ao seguir as regras
do jogo fazem com que elas estejam aptas com a ideia de obedecer a limites,
seguir regras, e isso torna-se muito importante para construção de seu
desenvolvimento. Visto que atualmente nos deparamos com muitas crianças
que vivem sem regras, e não respeitam a vez do próximo.

6. CONCLUSÃO

Neste trabalho abordamos a grande relevância que as brincadeiras


favorecem no processo de aprendizagem dos alunos. Compreendemos a partir
dos anais e pesquisas dos teóricos que estudam a temática, que a brincadeira
é primordial para impulsionar a aprendizagem e o desenvolvimento infantil. As
brincadeiras promovem as crianças uma oportunidade de aprender coisas
novas, o poder de interagir com o outro, de respeitar os seus próprios limites e
os do próximo. Assim, como valoriza as suas novas experiências, compartilha
de momentos únicos, onde são fatores essenciais que fazem com que a
criança reverencie e compreenda os assuntos abordados de modo divertido e
prazeroso.
Os educadores atuantes na educação básica precisam ofertar métodos
contribuintes para uma aprendizagem significante, devem planejar o trabalho
lúdico de modo conceitual, objetivos que impulsionem o aprendizado dos
alunos. Sendo figura atuante como um mediador e organizador das
brincadeiras com propósitos pedagógicos.
Concluímos, assim, que a prática lúdica serve como intercambio para os
educadores identificarem casos específicos de modo que aluno consiga
progredir no seu processo de aprendizagem.

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