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Cadernos PDE
Marivete Girelli1
Renata Camacho Bezerra2
1. INTRODUÇÃO
1
Professora de Matemática no Colégio Estadual Prof. Flávio Warken em Foz do Iguaçu e
professora PDE na área de Matemática.
2
Doutoranda em Educação, Mestre em Educação Matemática, professora da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná- Unioeste Campus de Foz do Iguaçu e orientadora PDE na
área de Matemática.
muitos alunos apresentam dificuldades na aprendizagem por não terem o raciocínio
lógico desenvolvido. Desta forma, surgiu a ideia de pesquisar atividades/ jogos de
raciocínio lógico, tendo nos Jogos Boole uma ferramenta adequada, por se tratar de
um jogo que vai desenvolvendo gradativamente, o raciocínio lógico através do
lúdico, conforme a capacidade de cada um.
Acredita-se que os Jogos Boole se constituem num elemento motivador da
aprendizagem, principalmente entre alunos que demonstram dificuldade em realizar
cálculos abstratos por não terem o raciocínio lógico bem desenvolvido. Assim,
utilizando atividades lúdicas pode-se contribuir para construir conhecimentos
matemáticos efetivos, contextualizando os conhecimentos com a realidade dos
alunos do Ensino Fundamental.
A dificuldade em compreender os conhecimentos matemáticos a partir de
estratégias abstratas leva ao estudo e ao desenvolvimento de estratégias lúdicas de
base concreta para motivar e tornar o conhecimento matemático mais eficiente.
Desta forma, quando o professor utiliza técnicas lúdicas o aluno tem a possibilidade
de se aproximar do conhecimento real e de aplicar este conhecimento na sua vida
cotidiana. Ao considerar a ludicidade como um processo de ensino aprendizagem, o
educador favorece seu foco de atuação, pois o trabalho em grupo enriquece as
relações grupais caracterizando um contexto propício para a utilização de atividades
lúdicas. Essas atividades são meios de comunicação que permitem ressignificar o
real, permitindo que o educando se envolva interagindo em situações lógicas,
afetivas e sociais.
A utilização de recursos lúdicos no desenvolvimento da aprendizagem exige
conhecimento e disposição dos educadores, o que implica em adequar a formação
dos mesmos para bem realizar tais práticas.
O objetivo deste artigo é apresentar os “Jogos Boole” como uma ferramenta
importante para o desenvolvimento do raciocínio lógico e para despertar o desejo de
aprender matemática, desenvolver o raciocínio e ainda, oportunizar a
interdisciplinaridade na construção do saber matemático.
4. RACIOCÍNIO LÓGICO
7. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
História 1: História 2:
Se a Bia viaja de avião ela A Bia viaja de avião.
come banana. O vovô viaja de carro e toma
O vovô viaja de carro. sorvete.
O Léo viaja de avião e toma O Léo come banana.
leite.
Responda: Responda:
Quem toma sorvete? Quem toma leite?
Quem viaja de avião? Quem viaja de navio?
BIA VOVÔ
LÉO
3
Sala de apoio: Criada pelo Departamento de Ensino Fundamental pela Res. 371/08
(PARANÁ, 2008b) da SEED e pela Instrução 01/08 (PARANÁ, 2008a), é destinada a alunos
com dificuldades de aprendizagem na leitura, na escrita e/ou cálculos essenciais.
utilizarem em suas escolas. Isso tudo não seria possível sem a compreensão e
ajuda indispensável da direção da escola, que apoiou o desenvolvimento das ações
do projeto de intervenção.
A segunda atividade realizada envolveu os alunos da sala de apoio, que
inicialmente conheceram o Jogo Boole e a seguir descobriram como jogar, também
foi enfatizado a sua importância no desenvolvimento do raciocínio lógico, que os
ajudaria a desenvolverem a compreensão dos conteúdos matemáticos e das demais
disciplinas. Os alunos receberam os cadernos e o baralho vermelho de nove (9)
cartas acompanhado das histórias impressas, inicialmente alguns tiveram um pouco
de dificuldade em interpretar as frases corretamente, e no decorrer das aulas foram
se familiarizando, também não foi estimulada a competição, pois cada um respondia
no seu ritmo, e se motivavam cada vez que conferiam a resposta.
Quando os alunos já estavam com as 26 histórias coladas e respondidas em
seus cadernos, passou-se a fazer desafios na lousa, incentivando para ver quem
respondia primeiro e corretamente, os alunos gostaram muito desse desafio,
comprovando uma grande aceitação demonstrada pela empolgação evidente
durante a competição. Os alunos surpreenderam na demonstração de satisfação
com o jogo e solicitaram o caderno para levar para casa e mostrar aos pais e
ensinar para continuar jogando em casa. Em seguida passou-se a executar o jogo
com baralho laranja de doze (12) cartas com maior grau de dificuldade.
Ao realizar a terceira unidade teve início a criação de histórias lógicas
realizadas individualmente, lançando desafios entre eles, competindo para ver quem
fazia mais histórias e divulgando as histórias em cartazes no mural da escola.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SCHLIEMANN, A. L. D.Na vida dez, na escola zero. 10ª Ed. São Paulo: Cortez,
1995.
VYGOTSKY, L.S. (1934). Pensamento e Linguagem. 20. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1994.
WEISS, L. Brinquedos & Engenhocas: atividades lúdicas com sucata. São Paulo:
Scipione. 1997.
SITES CONSULTADOS