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CLAUDETE PESTANA

RONILDA MARIA DE SENA

LÚDICO: a importância do lúdico na alfabetização.

SANTA RITA-MA
2021
2

CLAUDETE PESTANA
RONILDA MARIA DE SENA

LÚDICO: a importância do lúdico na alfabetização

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado á


coordenação do Curso de Licenciatura Plena em
Pedagogia, Centro de Ensino Superior de Santa
Rita, como requisito institucional para obtenção
do Titulo de Licenciatura em Pedagogia.

Orientador(a) Prof.ª Cibele Amaral

Aprovado em / /2021

BANCA EXAMINADORA

Prof.ª Cibele Amaral


Etecba e Faculdades Integradas

Prof. Hayala Miranda


Etecba e Faculdades Integrada
3

LÚDICO: a importância do lúdico na alfabetização

Claudete Pestana1
Ronilda Maria de Sena2

RESUMO

Este trabalho de ordem bibliográfica buscou identificar a importância do lúdico para a


alfabetização. Abordando em primeiro momento: o conceito lúdico, onde nos traz a
historia de como se iniciou essa ferramenta de ensino através de jogos, em um
segundo momento o lúdico no contexto escolar, que nos traz como se da o processo
de forma eficaz e lúdica de crianças, e por ultimo, a Influência das atividades lúdicas
no aprendizado dos alunos, que abordar como essas atividades podem desenvolver
o aprendizado. A forma de ensino e aprendizagem tem se aprimorado muito ao longo
dos anos, e assim a escola vem assumindo atualmente um papel muito importante na
formação de crianças. Sendo assim, é essencial que a escola esteja preparada para
se adaptar as mais diversas formas de ensino como é o caso do lúdico que é um
método de ensino eficaz e capaz de atrair a atenção das crianças fazendo com que
elas se divertem enquanto aprendem. Concluindo deste modo que o lúdico contribui
de forma categórica para a formação de crianças e adolescentes.
Palavras chaves: Lúdico. Alfabetização. Ensino.

1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa que se intitula "A importância da ludicidade na


alfabetização" tem como objetivo geral refletir a importância da ludicidade na
alfabetização como forma de levar as crianças a imaginar, sonhar, divertir-se e,
sobretudo, aprender. Deste modo apresenta-se como objetivo específico identificar a
importância do lúdico nas atividades segundo processo ensino aprendizagem na
alfabetização, examinar a contribuição do lúdico para o rendimento do aluno na
aprendizagem, compreendendo como as atividades lúdicas influenciam na vida do
educando.
O intuito desta pesquisa pautou-se na seguinte pergunta: o lúdico funciona
como facilitador da aprendizagem do aluno no processo de alfabetização? A

1
Acadêmica do 8º período do curso de Pedagogia da ETECBA e faculdades Integradas. 2
Acadêmica do 8º período do curso de Pedagogia da ETECBA e faculdades Integradas.
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alfabetização não é só apresentar letras e números aos alunos e sim dar continuidade
ao ensino. É por meio de jogos e brincadeiras que as crianças podem desenvolver
todas as habilidades.
As brincadeiras bem elaboradas são essenciais para o desenvolvimento do
aluno. Com o lúdico o aluno é capaz de desenvolver habilidades importantes como
atenção, imaginação, memória e aumentar o seu raciocínio lógico. Dessa forma, ela
desenvolve o processo de aprendizagem e se alfabetiza de forma mais divertido e
dinâmica.
Não temos aqui a intenção de afirmar que o aluno só pode ser alfabetizado
através do lúdico, mas sim mostrar que o envolvimento da ludicidade favorece,
enriquece e torna a alfabetização um processo mais prazeroso.
A escolha desse tema se deu devido ao alto índice de analfabetismo e evasão
escolar que assolam nas escolas da cidade de Santa Rita (MA), trazendo uma
inquietação sobre a importância de ter, em sala de aula, métodos lúdicos que possam
favorecer o ensino e aprendizagem. Assim, buscou-se contribuição em matérias
teóricas que contribuíram para a temática lúdica e a importância da ludicidade na
alfabetização.
Para o alcance do objetivo geral utilizou-se como metodologia a pesquisa
bibliográfica, fundamental para o conhecimento do tema proposto. Foram feitas
buscas de informações pela internet, artigos e sites que deram fundamentação e base
nesta pesquisa. Baseando-se nisso presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
decorre acerca dos seguintes tópicos: O Conceito Lúdico, que vai abordar a história
de como se iniciou essa ferramenta e O Lúdico no Contexto Escolar, que nos traz
como se dá o processo de forma eficaz e lúdica de crianças, e a Influência das
Atividades Lúdicas no Aprendizado dos Alunos, que abordar como essas atividades
podem desenvolver o aprendizado. E por fim, as considerações finais.

2. O CONCEITO LÚDICO

Com o decorrer dos anos a formar de ensino foi sendo mudada drasticamente,
o desafio é conseguir passar conhecimento para as crianças de forma mais dinâmicas
para que elas possam aprender enquanto se envolve no seu proprio aprendizado e
possa se tornar um trabalho entre professores e alunos e não apenas o educador
passando conhecimento, é necessário que a sala de aula dos tempos atuais se torne
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mais dinâmica e com maior participação dos alunos. A forma lúdica de ensino faz com
que os alunos se divertem enquanto aprendem e o ensino se torne mais atrativo.
Segundo Huizinga (2001), a palavra "lúdico" vem do latim lúdus, que inclui
jogos infantis, entretenimento, concursos, performances, jogos de azar e outras
atividades que denotam liberdade de movimento e entretenimento. A palavra "lúdico"
evoluiu e é considerada uma característica importante da psicofisiologia do
comportamento humano.
Lúdus é um adjetivo português derivado da palavra latina "Ludos". Refere-se a
todos os jogos, música, dança, etc. de três maneiras. O jogo é uma forma de
desenvolver a criatividade, de aprender uma boa maneira de se divertir e conversar.
Há evidências de que o jogo foi usado desde os tempos antigos em nações como os
fenícios e egípcios. Graças aos registros e criptogramas restante podemos conhecer
alguns dos truques dos egípcios que refletem os aspectos culturais.
Segundo Dallabona e Mendes (2004) a escola deve compreender que em
determinado período da história pedagógica foi um dos meios para imobilizar a vida e
que esse período está chegando ao fim. A evolução do conceito de aprendizagem
implica que a aprendizagem fomenta a criatividade no sentido de devolver a pessoa à
sua evolução histórica e, por fim, abandonar a ideia de que aprender é sinônimo de
conhecimento de fatos, e dados individuais. Em formação sob sobrecarga de memória
real.
Segundo informação assim a escola começa assumir um papel mais dinâmico
e para isso é necessário entender que a forma de ensino mudou, com a avanço do
conceito de aprendizagem, onde a criatividade ganhou espaço nas salas de aulas e o
ensino monótono passou a ser uma coisa mais antiquada e que agora as crianças tem
plena participação na forma em que adquirem conhecimento.

Segundo Oliveira e Soares (2005) usar o game em sala de aula para ensinar
diferentes conceitos como charadas, diferentes tarefas, jogos e simulações pode ser
uma forma de despertar esse interesse interior na pessoa e, portanto, motivá-la.
Soluções e alternativas que resolvem e explicam o entretenimento proposto.
Combinando os aspectos de aprendizagem, interesse e diversão, podemos dizer que
mesmo na idade adulta, a alegria permanece na pessoa, é claro, mudando os tipos de
brinquedos e tipos de jogos.
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Uma das formas de tornar o ambiente em sala de aula mais dinâmico é com a
forma de aprendizado lúdico, contar com o auxílio de jogos desperta nas crianças
maior interesse pela lição que vai ser passada e faz com que as crianças aprendam
não só a forma teórica mas desenvolvem na pratica diversas habilidades da
criatividade ao conhecimento.
Segundo Dallabona e Mendes (2004) por meio da psicologia, entendemos que
o jogo não é apenas genético, mas fundamental para o desenvolvimento psicossocial
equilibrado de uma pessoa. A criança desenvolve apego, criatividade, capacidade de
raciocínio, estruturação de situações e compreensão do mundo por meio de sua
relação com o brinquedo.

A capacidade de brincar possibilita às crianças um espaço para resolução dos


problemas que as rodeiam. A literatura especializada no crescimento e no
desenvolvimento infantil considera que o ato de brincar é mais que a simples
satisfação de desejos. O brincar é o fazer em si, um fazer que requer tempo
e espaço próprios; um fazer que se constitui de experiências culturais, que
são universais, e próprio da saúde porque facilita o crescimento, conduz aos
relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação consigo
mesmo e com os outros. DALLABONA E MENDES
(2004, p. 109).

De Acordo com as citações acima o brincar faz parte da infância e traz


benefícios significativos a vida da criança em vários aspectos, não apenas possibilitam
elas a aprender como também ajuda na sua saúde e no seu bem estar mental, vale
lembrar que as brincadeiras em grupos também desenvolve na criança capacidade
pra lidar e aprender com os relacionamentos interpessoais e desenvolver habilidade
em trabalho em grupo.
Segundo Dallabona e Mendes (2004) aumentam a independência ao brincar
com os temas, estimula a sensibilidade visual e auditiva, valoriza a cultura popular,
desenvolve as habilidades motoras, desenvolve a imaginação, a criatividade, se
comunica, interage, restaura o equilíbrio, processa as emoções, a necessidade de
conhecimento e repensar e, assim, cria seu próprio conhecimento.
Como é citado a cima existe inúmeros benefícios nos jogos como forma de
aprendizado as crianças e eles podem proporcionar diversos beneficíos sendo esses
essenciais para o desenvolvimento dos sentidos, da comunicação, e da autonomia
para que a criança se sinta parte do seu desenvolvimento se tornando ativa ao
aprender.
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Segundo Dallabona e Mendes (2004) a infância é a hora dos jogos.


Acreditamos que a criança satisfaz amplamente seus interesses, necessidades e
desejos especiais como meio privilegiado de inclusão na realidade, pois expressam
como a criança reflete, reorganiza, desconstrói, destrói e reconstrói o mundo.
Destacamos o brincar como uma das formas mais eficazes de envolver os alunos nas
atividades, pois o brincar é uma propriedade inata das crianças, é a sua forma de
trabalhar, pensar e aprender sobre o mundo que as rodeia.
Os jogos no ensino é uma forma de incluir as crianças no seu próprio
aprendizado, fazendo com que a criança se expresse, se conheça em vários aspectos
descobrindo quais são seus pontos fortes e quais seus pontos fracos que precisam
ser trabalhados e quais as habilidades necessárias que ainda precisam ser
desenvolvidas.
Há uma extraordinária divergência entre as numerosas tentativas de definição
biológica do jogo. Umas definem as origens e o fundamento do jogo em
termos de descarga de energia vital superabundante, outras, como satisfação
de certos “instintos de imitação”, ou ainda, simplesmente como uma
“necessidade” de distensão. Segundo uma teoria, o jogo constitui uma
preparação do jovem para as tarefas sérias que mais tarde a vida exigirá;
segundo outra, trata-se de um exercício de autocontrole indispensável ao
indivíduo. Outras veem o princípio do jogo como o impulso inato para exercer
uma certa faculdade, ou como o desejo de dominar ou competir. Teorias há,
ainda, que o consideram uma “ab-reação”, um escape para impulsos
prejudiciais, um restaurador de energia despendida por uma atividade
unilateral, ou “realização do desejo” ou uma ficção destinada a preservar o
sentimento do valor pessoal. HUIZINGA (2001, p. 53).

Segundo a citação a cima os jogos são necessários pois servem como ajuda
para prover habilidades e conhecimentos para problemas e desafios da vida futura,
pois os jogos tem a capacidade de desenvolver nossa mente para solucionar
problemas, mas também há o lado negativo pois algumas pessoas ainda veem jogos
como uma forma de competição que acaba criando desavenças.
Segundo Oliveira e Soares (2005) a definição do jogo no Brasil ainda é
insuficiente. É difícil definir um jogo. Cada vez que uma palavra é pronunciada,
pessoas diferentes podem entendê-la de forma diferente. O jogo pode ser político se
você imaginar a astúcia dos parlamentares. Jogos de fantasia com grande
imaginação; Atividades competitivas, como jogos de tabuleiro e de equipe, e a
manipulação de pedras, objetos ou areia como hobby também são formas de jogo.
Segundo a afirmação acima é difícil definir o que é jogo pois eles podem ser
diversos, com diferentes tipos de matérias, diferentes finalidades e podem ser usados
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para vários meios, mas o conceito lúdico faz dos jogos um caminho que não é tão
exaustivo para o aprendizado melhorando a forma que o conhecimento é passado
para as crianças.
Segundo Coelho (2011) o jogo é apresentado ao jogador como uma
oportunidade onde ele (o jogador) pode obter diferentes experiências, brincar e
melhorar o seu desempenho cognitivo, sem se arriscar no universo do jogo, onde não
existe poder e a gravidade da realidade, ou seja, o jogador que entra no mundo do
jogo pode, ainda que temporariamente, se distanciar da realidade em que vive e
“viver” com segurança em outro mundo que lhe dá prazer. Essa prática e a imersão
do jogador em "estar no jogo" é o que caracteriza o jogo.
De acordo com Coelho o jogo é uma forma de dar prazer ao ser humano, na
mesma forma que o faz se senti dentro do jogo e fazer disso uma experiência em sala
de aula é dar ao aluno prazer em aprender ao mesmo tempo que ele se sente
participativo no direito de fazer escolhas e desenvolver suas mais diversas
habilidades.

3. O LÚDICO NO CONTEXTO ESCOLAR

As escolas precisam está cada vez mais adaptada as técnicas e métodos de


melhoria no aprendizado. O lúdico no contexto escolar proporciona benefício
significativo para as crianças e adolescente, fazendo com que eles aprendam
brincando e tenham interesse no aprendizado de maneira geral.
De acordo com Cervo (2010) brincar é vida, uma criança aprende brincando e
brinca aprendendo. Este lema deve ser aplicado a todas as lições que ensinamos. A
partir do momento em que planejamos atividades educacionais, devemos levar em
consideração os interesses de nossos alunos; Porém, na realidade escolar, essa
prática não está suficientemente desenvolvida. Surge a pergunta: o que esse aluno
pode fazer em sala de aula e incentivá-lo a participar do processo educacional? Esse
mal-estar afeta a vida de um professor dedicado à pedagogia e ao desenvolvimento
intelectual e social de seus alunos
O lúdico é uma forma de aprendizado dinâmico que se encaixa perfeitamente
no interesse da criança, pois é a fase da vida onde o ser humano desperta seu lado
curioso, criativo e imaginário. Fazer com que as atividades educacionais envolva
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crianças pode trazer uma melhoria significativa para sala de aula, inclusive para o
profissional que acompanha o desenvolvimento intelectual dessas crianças.
Segundo Mendonça (2010) o professor deve estar ciente de que o eixo principal
do processo educacional e pedagógico não é apenas a transferência de conteúdo,
mas também o desenvolvimento multifacetado do aluno. Como resultado, são
necessárias atividades educativas que estimulem a participação ativa de todos na
escola com alegria, imaginação e criatividade.
Sacchetto et al. (2011) Por esse motivo, é importante que professores e
administradores tenham um entendimento completo de como os alunos aprendem no
ambiente escolar. Afinal, o foco da educação de hoje é aprender a aprender, e o papel
do professor é ser uma força motriz e desestabilizadora. O ambiente lúdico é um
terreno fértil para esse aprendizado significativo. É impossível negar a existência de
uma aprendizagem real num espaço de apoio munido de ferramentas que permitem o
jogo simbólico, a expressão da criatividade e da fantasia, examinando os saberes
prévios dos alunos, problematizando factos e disponibilizando ferramentas que os
ajudem a organizar esses saberes.
Os profissionais têm um papel significativo em uma parte da vida muito
importante da criança e para desenvolver esse longo caminho de aprendizado é
necessário se colocar no lugar da criança, entendendo suas necessidades,
preferências, o que desperta seu interesse e assim escolher os melhores métodos de
ensino.
De acordo com Cervo (2010) a sociedade precisa de uma escola com uma
educação de qualidade que motive os alunos a participarem das atividades propostas.
Por isso, a escola deve empenhar-se no desenvolvimento de metodologias que
contribuam para a coesão das comunidades e o seu papel mais ativo no contexto
escolar. Dessa forma, uma aliança está sendo formada para tentar harmonizar ações
com o objetivo de aprimorar o processo de ensino aprendizagem.

Na escola inclusiva, ou seja, que defende que a educação básica é um direito


de todas as crianças e que é possível escolarizá-las em um mesmo contexto
e com um objetivo comum, desde que se diferenciem as estratégias e os
recursos pedagógicos, desenvolvimento e aprendizagem não podem ser
tratados de forma subordinada, como se um fosse a causa do outro, nem
livre, como de referissem a processos autônomos. Em uma escola para todos,
desenvolvimento e aprendizagem devem ser considerados como formas
interdependentes. Uma das condições para isso é que a dimensão lúdica,
como proporemos a seguir, qualifique as tarefas escolares, principalmente na
perspectiva daquelas que são propostas as crianças. MACEDO (2007, p. 17).
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Como citado acima a escola tem um papel fundamental em motivar e estimular


o aluno para que aprenda e se desenvolva intelectualmente na perspectiva que a
educação é um direito de todos, para isso é necessário o uso das mais diversas
estratégias e recursos que puderem ser utilizando visando alcançar o desempenho
cogente dos alunos em questão. O lúdico entra como um meio importante para que
crianças possam se deparar com atividades que as façam entender diversos tipos de
assuntos.
De acordo com Cervo (2010) ressalta-se a importância do jogo no processo
educacional e metodológico. Podemos definir isso como uma forma de tornar o
aprendizado divertido e significativo, pois significa transformar o ambiente escolar em
um espaço inclusivo e dinâmico, não apenas de desenvolvimento cognitivo. A direção
é prioritária, mas também completa. Treinamento holístico da personalidade. As
atividades recreativas estimulam a colaboração entre os participantes, expressam
seus pontos de vista, desenvolvem o pensamento e fortalecem seus conhecimentos.
Este aplicativo ajuda a superar o egoísmo e a desenvolver a solidariedade e a empatia
entre aqueles que estão envolvidos nesta atividade.
São inúmeros benefícios das atividades lúdicas, que podem ser benefícios tanto
em habilidades quanto em conhecimento. A criança aprende se divertindo e tem
autonomia para expor suas habilidades que muitas vezes ficam escondidas em um
ambiente de sala de aula tradicional onde o aluno não tem muita oportunidade de se
expressar.
Sacchetto et al. (2011) em outras palavras, ao despertar a curiosidade,
aumentam o envolvimento do aluno, a motivação intrínseca e a consistência do
conteúdo, ou seja, seu aprendizado. Portanto, a motivação extrínseca ou intrínseca
desempenha um papel fundamental e facilitador na aprendizagem. Não há nada mais
motivador para uma criança do que um ambiente rico em oportunidades de interagir,
comunicar, criar, ousar, aprender.
Macedo (2007) o espírito lúdico é entendido como a atitude da criança frente à
tarefa, atividade provocada pelo prazer funcional que ela provoca. Motivação
intrínseca; Fazer ou ser é um desafio. Vale a pena repetir. O prazer funcional explica
porque as ações são realizadas por si mesmas (ler por prazer ou a tarefa de ler) e não
apenas como um meio para outros fins (por exemplo, ler por conhecimento). O
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interesse que sustenta o relacionamento é a repetição de algo para desfrutá-lo


novamente.
O lúdico é um meio de desconstruir um ambiente de sala de aula engessado,
aonde só o professor fala e transmite conhecimento e os alunos apenas absorvem
esse conhecimento teórico. As práticas lúdicas é colocar em ação, aprender na pratica
é fazer com que os alunos tenha autonomia e participação em seu próprio
aprendizado, é colocar em questão as mais diversas habilidades e capacidades que
cada ser humano possui desde a infância.

4. A INFLUÊNCIA DAS ATIVIDADES LÚDICAS NO


APRENDIZADO DOS ALUNOS

A forma lúdica de ensino se utilizada de maneira correta pode trazer


desempenhos significativos e objetivos alcançados para a sala de aula, essa
ferramenta facilita a forma de aprendizado de maneira significante de crianças e
adolescente, pois é uma forma de obter conhecimento a medida que participam,
brincam e se divertem.
Santana e Rezende (2008) além de ser considerada uma tarefa árdua no ensino
de alunos do ensino fundamental e médio com idades entre 12 e 18 anos, é uma
prática preferida para atividades recreativas, desenvolvimento pessoal e
aprendizagem em ação social. São também ferramentas motivadoras, envolventes e
estimulantes para o processo de ensino e aprendizagem e para o acúmulo de
conhecimento.
Cabrera e Salve (2005) uma vez que uma pessoa tem uma tendência para jogar
desde a infância até a idade adulta, os recursos do jogo correspondem naturalmente
à sua satisfação particular. Como atividade física e mental, a alegria desencadeia e
ativa funções neuropsiquiátricas e processos mentais. Um ser que brinca e brinca é
também um ser que se move, sente, pensa, aprende e se desenvolve intelectual e
socialmente.

A prática lúdica além de ser uma forma de facilitar o ensino é uma pratica
motivadora, ou seja, pode ser eficiente não apenas só para crianças mas também
adultos em geral podendo desenvolver o intelecto do indivíduo e nos tornar mais
sociais, lembrando que a sensação de brincar ajuda o bem estar físico, emocional e
mental.
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Niles e Socha (2015) brincar é o nascimento do pensamento, do


autoconhecimento, da capacidade de experimentar, criar e transformar o mundo. No
que diz respeito à educação, sabe-se que muitos são os problemas a serem
resolvidos, portanto, esta área pode ser vista como uma fonte de avanços científicos.
Santana e Rezende (2008) a aprendizagem será influenciada pelas relações
afetivas e pessoais que o aluno estabelece durante o jogo, e se tornará um sujeito
ativo no processo de ensino e aprendizagem em que está diretamente envolvido, ou
seja, aprenderá brincando. Como as atividades recreativas unem e ativam as áreas
motoras, cognitivas e emocionais de uma pessoa, elas afetam diretamente o processo
de aprendizagem e ensino, afetando o aspecto emocional do aluno.
O lúdico proporciona ao aluno um lugar onde ele possa se expressar, se
descobrir e descobrir coisas novas tornando os alunos mais criativos e participativos
no seu próprio aprendizado, isso acorrer por causa do poder que as atividades
recreativas recreativas tem em atingir determinadas áreas do nosso celebro que
afetam diretamente o processo de aprendizagem.
Niles e Socha (2015) focar no brincar na pré-escola é uma das muitas maneiras
pelas quais podemos ver uma criança iniciar o processo de adaptação à realidade por
meio da realização física e funcional, aprendendo a resolver problemas de uma forma
cada vez mais coordenada, flexível e focada. Localizam-se e organizam-se no
contexto espaço-temporal proposto, passando a dar importância à memória pessoal.
Pereira (2014) também se reconhece que as escolas precisam de educação
para a educação para a cidadania, e que isso exige que todos tenham acesso a todos
os recursos culturais e tecnológicos adequados para uma intervenção responsável e
participação na vida pública. Consequentemente, a escolaridade deve ser vista como
uma ferramenta para que os alunos desenvolvam suas potencialidades e adquiram os
conhecimentos necessários para sua participação na vida pública.
O lúdico é uma ferramenta tão importante para as crianças pois proporciona
uma visão melhor de mundo, favorece as crianças capacidade para enfrentar
problemas que possam ocorrer no futuro da sua vida adulta. As escolas precisam levar
em questão o quanto essa pratica é de grande significância para o processo de ensino
e de formar cidadãos capazes de socializar no mundo moderno.
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A preferência dos professores em trabalhar conceitos de forma expositiva


onde o aluno é um mero expectador e o uso do Livro Didático como única
ferramenta para auxiliar a construção do conhecimento no processo de
ensino aprendizagem, não contribuem para o desenvolvimento do raciocínio
lógico, a 9 criatividade e a curiosidade, além de se refletir como processo
pouco atrativo e tornando os alunos desinteressados e desmotivados.
Portanto, a Utilização de Jogos Lúdicos no processo de ensinoaprendizagem
de conteúdos podem auxiliar significativamente no interesse dos alunos,
possibilitando a construção do conhecimento e levando os alunos a
interagirem com o material, retirando-os da passividade e criando um
ambiente educativo mais prazeroso. PEREIRA (2014, p. 08).

Niles e Socha (2015) o jogo deve ser desenvolvido na educação pré-escolar de


forma que não leve tempo, mas sirva para desenvolver o intelecto, a autoconfiança,
as descobertas, a curiosidade, o raciocínio, as emoções, as habilidades psicomotoras
da criança, o que quer que leve à expansão dos valores e grupos com as pessoas de
uma forma saudável. A partir do estudo da relação entre os fenômenos interativos e o
brincar, nesse contexto, o ambiente lúdico pode ser visto como um ambiente no qual
a criança pode aceitar sua espontaneidade na busca pela existência, ser criativa,
espontânea e se sentir segura.
A forma de ensino tradicional onde o conteúdo é inserido apenas por meio de
livros e o professor dita as informações para que o aluno receba, os coloca em lugar
de passividade e com isso a desmotivação pois não tem um ambiente propício para
praticar o teórico. Já o lúdico coloca o aluno no lugar de atividade, dando autonomia
para que ele possa participar do seu ensino, possa colocar suas habilidades em
pratica e possa se desenvolver em diversas áreas de ensino e sociais.
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5. CONCLUSÃO

De acordo com o estudo e pesquisa que foram feitos observa-se que as escolas
atuais precisam estar cada vez mais capazes e dinâmicas para enfrentar novos
desafios no processo de educação de crianças e adolescente, assim revelando
reflexões a respeito da importância do lúdico no dinamismo do ensino e alfabetização
de crianças.
Sendo assim este pensamento, então, sugere que a escola procure meios que
facilitem o aprendizado e coloque os alunos em um lugar participativo na sala de aula,
o lúdico é uma das ferramentas que podem ser utilizadas proporcionando mais
dinamismo, onde os assuntos são repassados em forma de dinâmica para as crianças
fazendo com que elas aprendam e desenvolvam suas mais diversas habilidades
enquanto brincam e se divertem.
É essencial também um empenho dos profissionais da educação para colocar
em pratica o método lúdico que muitas vezes pode ser trabalhoso mas o resultado que
pode se esperar no avanço dos alunos tanto intelectualmente, como na formação de
pessoas preparadas para viver no mundo, é gratificante.
Sendo assim, conclui-se o estudo mediante a reflexão da contribuição do
método lúdico no ensino de crianças como uma proposta eficaz e beneficente ao eixo
escolar, considerando a efetividade de atividades lúdicas, que por sua vez, qualificam
o ensino e melhoram o aprendizado de crianças e adolescente.
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ABSTRACT

This bibliographical work sought to identify the importance of play for literacy.
Addressing at first: the playful concept, which brings us a story of how this teaching
tool starts through games, in a second moment the playful in the school context, which
brings us as if the process of children effectively and playfully, and finally, the Influence
of recreational activities on student learning, which discusses how these activities can
develop what is learned. The way of teaching and learning has improved a lot over the
years, and so the school is currently assuming a very important role in the education
of children. Therefore, it is essential that the school is prepared to adapt to the most
diverse forms of teaching, such as ludic teaching, which is an effective teaching method
capable of attracting children's attention, making them have fun while learning.
Concluding the way that the playful contributes in a categorical way to the formation of
children and adolescents.

Keywords: Playful. Literacy. Teaching.

REFERÊNCIAS

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