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VIVÊNCIAS EDUCATIVAS:

O LÚDICO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA

1. Karina Maria Ferrreira Martins¹


Luiza Vitória Martins Correia¹
2. Ana Paula Vieira²

RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo, evidenciar as vivências educativas, enfatizando o lúdico
como um aparato na aprendizagem. Destacando a importância do planejamento e da metodologia
que vem sendo integrado na educação através das brincadeiras, jogos e musicalização.
Possibilitando a melhor compreensão entre teoria e prática nas experiências vivenciadas no dia a
dia, além de elaboração das atividades mais eficazes e assim proporcionar novas oportunidades
para os discentes no campo educacional. Para a realização do trabalho foi realizada uma pesquisa
bibliográfica a fim de colher informações de autores que já abordaram o tema.

Palavras-chave: Lúdico. Jogos e Brincadeiras. Educação Infantil.

INTRODUÇÃO
O lúdico tem sua origem na palavra latina ludus, que quer dizer “jogo”. Caso ficasse restrito
ao seu significado puro e simples, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao
movimento espontâneo. O aspecto lúdico torna-se importante instrumento na mediação do processo
de aprendizagem, principalmente das crianças, pois elas vivem num universo de encantamento,
fantasia e sonhos onde o faz de conta e realidade se misturam, favorecendo o uso do pensamento, a
concentração, o desenvolvimento social, pessoal e cultural, facilitando o processo de construção do
pensamento.
As atividades lúdicas podem desenvolver na criança a atenção, a imaginação, a
memorização, enfim, muitos aspectos que estão em andamento no momento em que a criança está
na pré-escola. O lúdico faz referência a uma dimensão humana que ressalta sentimentos de
liberdade espontaneidade nas ações desenvolvidas, realizando-se atividades descontraídas e
espontâneas, onde os envolvidos interagem e estão em constante aprendizado.
É importante que os profissionais da educação tenham conhecimentos sobre o lúdico e
saibam como aplicá-lo pedagogicamente. É o professor quem sabe como é a rotina de uma

1 Karina Maria Ferreira Martins


Luiza Vitória Martins Correia
2 Ana Paula Vieira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso (PED3979) – 19/11/2021
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instituição escolar, que irá oportunizar um ambiente propício à educação e, consequentemente, às


brincadeiras em todos os sentidos. Nesse processo, o educador coloca-se como mediador facilitador
ou catalisador do processo de formação e, ao mesmo tempo, como alguém também se formando,
movimentando-se, e transformando-se, evoluindo. CURY, (2003) afirma:

Professores fascinantes são profissionais revolucionários. Ninguém sabe avaliar seu poder,
nem eles mesmos. Eles mudam paradigmas, transformam o destino de um povo e um
sistema social sem armas, tão somente por prepararem seus alunos para a vida através do
espetáculo das suas ideias. Os mestres fascinantes podem ser desprezados e ameaçados,
mais sua força é imbatível. São incendiários que inflamam a sociedade como calor da sua
inteligência, compaixão e singeleza. São fascinantes porque são livres, são livres porque
pensam, porque amam solenemente a vida. Por isso, não são manipulados, controlados,
chantageados. Num mundo de incertezas, eles sabem o que querem.

Desse modo, o educador pode desenvolver atividades que sejam divertidas e que sobretudo
ensine os alunos a discernir valores éticos e morais, formando cidadãos conscientes dos seus
deveres e de suas responsabilidades.O lúdico na Educação Infantil, possibilita nas crianças mais
vida, prazer e significado, para continuarem ampliando seu repertório intelectual, mesmo quando
estão brincando, mesmo quando estão brincando.

LÚDICO COMO FERRAMENTA DE ENSINO E APRENDIZAGEM


Nos dias atuais, os educadores se deparam com diversos problemas de ensino-aprendizagem,
em virtudes de vários motivos causadores que desencadeiam esse problema. Nos mesma nos
adaptamos para realização do estágio de forma on-line, sem contato com a criança, e que a maioria
demonstravam interesse nas aulas e atividades que as professoras realizavam em forma de vídeo.
Creio que é necessário tentar chamar a atenção das crianças para despertar nele o interesse a
curiosidade, como as aulas não foram presenciais tentamos nos adequar para atividades lúdicas de
fácil acesso para que produzissem em casa, acreditamos que a criança tem necessidade de brincar e
jogar para se orientar no espaço, para pensar, para comparar, para perceber e sentir, brincando ela
descobre o mundo, integra-se com o meio em que vive, constrói o seu conhecimento e socializa-se.
Os aspectos afetivos são determinantes na construção da personalidade e eles se revelam de
forma esclarecedora no brincar. Ao entrar em contato com as situações lúdicas, a criança é
estimulada para desenvolver competências e habilidades. Fazendo isso, conseguirá entender as

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dificuldades, o medo de cada aluno e aplicará métodos pedagógicos eficazes para trabalhar as
especificidades examinadas.

Para Almeida (2011, p.1):

Uma aula com características lúdicas não precisa ter jogos ou brinquedos. O que traz
ludicidade para sala de aula é muito mais uma ‘atitude’ lúdica do educador e dos
educandos. Assumir essa postura implica sensibilidade, envolvimento, uma mudança
interna, e não apenas externa, implica não somente uma mudança cognitiva, mas
principalmente uma mudança afetiva. A ludicidade exige uma predisposição interna, o que
não se adquire apenas com a aquisição de conceitos, de conhecimentos, embora estes sejam
muito importantes.

A partir dessa idade, as brincadeiras, a prática esportiva, os jogos- sejam


construtivos,descobertas,agrupamentos,comunicativos, musicais- bem como brinquedo, aparecem
sempre sob a forma de interação social munidos de regras (2000,p 37).
Através das atividades lúdicas, num jogo, por exemplo, observando os alunos é possível
infantilizar não criança muitos fatores, como suas emoções e como ela faz do jogo uma
identificação de sua vida assim podemos conhecer melhor o aluno. Desta maneira acredito que a
criança cria e recria através da brincadeira ou jogo, aí está uma grande oportunidade de utilizarmos
este recurso dentro da escola, favorecendo uma educação de qualidade, através de um recurso muito
utilizado pela criança.
De acordo com Almeida (2000, p. 45), "Nesta fase, a criança reúne-se com outras crianças
para brincar, mas ainda age sem observar regras. No jogo todas ganham e todas perdem."
Diante disso, entendemos que a ludicidade é uma ferramenta necessária para auxiliar o
professor par a que atinja os objetivo s propostos, impedindo a adesão aos conceitos e práticas
tradicionalistas. O brincar é próprio de toda criança, e não deve ser utilizado em sala de aula de
forma isolada, ou seja deve está presente em sala de aula como forma de auxílio para a
aprendizagem e como ferramenta pedagógica.

MATERIAIS E MÉTODOS
Os materiais utilizados para o desenvolvimento deste trabalho foram artigos científicos,
livros e pesquisas em site de internet que abordam o tema vivências educativas com ênfase no
lúdico.

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Buscamos analisar as etapas em que o lúdico passou ao longo dos tempos, como se faz
importante na educação infantil e seu progresso como ferramenta de ensino na sala de aula, levando
em consideração a valorização da modalidade do ensino no aprendizado das crianças. Para o
processo de coleta de dados foram utilizados fontes seguras de autores renomeados nos assuntos
que serviam de complementação para ideias na fundamentação e conclusão do trabalho.
Pesquisou- se sobre a utilização da ludicidade na educação infantil como a principal
ferramenta na aprendizagem como forma para se alcançar objetivos propostos no meio dessa prática
pedagógica e buscamos compreender a importância do professor ter o conhecimento sobre o lúdico
e saber usá-lo para obter aprendizados em torno de jogos e atividades lúdicas no ambiente escolar.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
O lúdico como método pedagógico prioriza a liberdade de expressão e criação. Por meio
dessa ferramenta, a criança aprende de uma forma menos rígida, mais tranquila e prazerosa,
possibilitando o alcance dos mais diversos níveis do desenvolvimento. Quanto mais a criança
explora as coisas do mundo, mais ela é capaz de relacionar fatos e ideias, tirar conclusões, ou seja,
mais ela é capaz de pensar e compreender.
Brincar para criança é uma necessidade, da mesma maneira como a educação e a
alimentação, assim as atividades lúdicas ficam mais significativas, e as crianças vivenciam várias
situações, e conforme Leite e Ostetto (2004, p.11 e 12) o profes sor precisa de “uma abordagem que
vise ampliar olhares, escutas e movimentos sensíveis, despertar linguagens dormecidas, acionar
esferas diferenciadas de conhecimento”.
É importante destacar também que a avaliação do professor é fundamental, referente aos
avanços e atitudes de cada aluno após a utilização do lúdico, dessa forma é possível compreender a
eficácia das aulas e buscar um melhor planejamento pedagógico, garantindo o progresso dos alunos.
Nesta perspectiva, é necessário o professor procurar sempre se qualificar profissionalmente, uma
vez que é função do professor promover, articular e mediar as perspectivas dos alunos.

CONCLUSÃO
Através da teoria fundamentada nos livros, periódico científico, juntamente com a análise
dos mesmos, foi possível estabelecer algumas considerações. O ato de brincar também é importante
já que estimula a auto-estima do educando, que como papel de mediador precisa ter um olhar mais
aguçado e interessado, fundamental para garantir o enriquecimento das brincadeiras, bem como a
utilização das mesmas como ferramenta principal para o desenvolvimento biológico, psicológico,
social, da linguagem, das relações sociais, dos fatores cognitivos, afetivos, intelectuais e
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emocionais, legitimando o ato de brincar, como fator essencial nesta fase da vida e principalmente
para o desenvolvimento humano.
Finalizando a presente pesquisa, concluímos que é fundamental que o lúdico seja aplicado
no ambiente escolar com o metodologia de trabalho, que possibilita para a criança como facilitador
da aprendizagem. Percebe-se através das pesquisas realizadas que o lúdico não som ente facilita a
aprendizagem, mas também a socialização e elementos como criatividade, imaginação e autonomia,
fatores que foram citados ao longo da pesquisa.

REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR-6023. Informação e documentação –


Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
ALMEIDA, P. N. de. Educação lúdica: técnicas e jogos. São Paulo: Loyola, 1990.

ALMEIDA, A. Ludicidade como instrumento pedagógico. Disponível em Disponivel em<


https://www.cdof.com.br/recrea22.htm>: Acesso em: 19 de novembro 2021

ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação lúdica : técnicas e jogos pedagógicos. 10. ed. São Paulo :
Loyola, 2000.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. São
Paulo: Pearson, 2006.
CURY, Augusto Jorge. Pais Brilhantes, professores Fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo:
Atlas, 2011.
LEITE, M. I.; OSTETTO, L. E. Formação de professores: o convite da arte. In: LEITE, M. I.;
OSTETTO, L. E. (Org.). Arte, Infância e formação de professores: autoria e transgressão. 7ed.
Campinas, SP: Papirus, 2004.
MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: UNIASSELVI, 2013.
PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba:
Intersaberes, 2016.

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