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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO PARÁ – IEPA

ALESSANDRA ALEIXO CARDOSO

SILVIA ROSANA OLIVEIRA DA SILVA

O PROCESSO DE INCLUSÃO DA CRIANÇA SURDA ATRAVÉS DO


LÚDICO DENTRO DA SALA DE AULA

BELÉM –PARÁ

2015
1. Introdução

O tema proposto é Lúdico nas aulas, onde se fará a pesquisa,


abordando a aquisição do conhecimento em um ambiente estimulador, como a
sala de aula, para alunos surdos.

A pesquisa é baseada em livros de autores que defendem esse método


de aprendizagem.

A pesquisa consiste em obter informações sobre a importância do lúdico


e o que ele oferece de positivo no ensino. Com os Jogos em sala de aula, o
resultado é sastifatório em ambas as partes, tanto do educador que está
ensinando quanto do aluno que está aprendendo sem ter aquela “pressão” em
que tinha as aulas do ensino tradicional.

Todas as pessoas, têm o direito de acesso a saúde, lazer, trabalho,


educação e demais recursos que são necessários ao pleno desenvolvimento
do ser humano. No entanto, ao longo da história, as pessoas com
necessidades especiais foram julgadas incapazes de realizarem atividades
consideradas normais ao ser humano.

O objetivo da pesquisa é apresentar a importância dos lúdico para o


desenvolvimento do cognitivo do aluno surdo, uma aprendizagem dinâmica,
descontraída, em que brincando vai aprendendo. São recursos em que o aluno
surdo aprende de uma forma prazerosa, tendo o apoio de prossionais
qualificados e ambiente adequado para o atendimento necessário do aluno.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Aspectos históricos da Educação surda

Muitos tempo atrás não víamos surdo estudando, trabalhando ou até mesmo
passeando. Segundo (MESERLIAN,2006)

Os surdos até meados do século XVI, conforme Dias (2006) eram vistos
como ineducáveis; em conseqüência disto, considerados como inúteis à
coletividade. Devido a este fato enfrentavam o preconceito, a piedade, o
descrédito, e até mesmo a denominação de loucos. De modo geral, quando
analisamos as formas de tratamento oferecida às pessoas surdas
percebemos que estas se desenvolvem em função da concepção do homem,
difundida nos diferentes períodos do percurso da humanidade.
2.2 A dificuldade da criança surda no ensino regular

Sempre se ouve falar em iguadade, mas até hoje muitas crianças surdas
têm o acesso dificultado nas escolas.

2.3 A importância do lúdico no desenvolvimento do cognitivo da


criança surda.

O PCN afirma que a insatisfação revela que há problemas a serem


enfrentados, tais como necessidade de reverter um ensino centrado em
procedimentos mecânicos, desprovidos de significados para o aluno. Há
urgência em reformular objetivos, rever conteúdos e buscar metodologias
compatíveis com a formação que hoje a sociedade reclama.

No entanto, cada professor sabe que enfrentar esses desafios não é


tarefa simples, nem para ser feita solitariamente. Os jogos é um instrumento
que pretende estimular a buscar coletiva de soluções para o ensino dessa
área. Soluções que precisam transformar-se em ações cotidianas que
afetivamente tornem os conhecimentos mais acessíveis a todos os alunos.

O PCN é de 1997 e diz “[...] buscar metodologias compatíveis com a


formação que hoje a sociedade reclama.” desde já demonstrava que o
ensino tinha uma necessidade de ser mais dinâmico, flexível, prazeroso e não
podemos esquecer divertido. Mas depende da criatividade de cada professor,
estimular o conhecimento de seus alunos.
O cunho piagetiano recomenda a criação de situações que
desencadeiam conflitos cognitivos, provocando desequilíbrios. A
aprendizagem, precisamente requer desequilíbrio, conflito, reflexão e
resolução de problemas.

Em tese cabe ao professor ajudar os estudantes a adquirir as


ferramentas culturais – linguagens e símbolos – que – lhes possibilitem refletir
sobre suas próprias intuições e experiências e comunicá-las, articulando suas
idéias e, construindo compreensões mais ricas.

Conforme Oliveira (2000), defende que o brincar dar a capacidade e a


habilidade em perceber, criar, manter e desenvolver a construção dos
alicerces da compreensão.

Oliveira (2000) diz, que podemos dizer as crianças o que fazer, mas
não de compreender, afirma também que é de maior importância
conhecermos as concepções elaboradas pelas criança e por elas inventados
para aproximadas formas naturais de pensar.

E as práticas pedagógicas privilegiam a comunicação, a reflexão


coletiva e individual, a interação social, ajuda no desenvolvimento intelectual e
social da criança, abrindo o caminho e embasa o processo de ensino /
aprendizagem favorecendo a construção da reflexão, da autonomia e da
criatividade.

Oliveira (2000) defende o lúdico, pra ela o brincar faz parte


indispensável no desenvolvimento do indivíduo, não pode ser visto como uma
atividade supérflula.

Aranão (2011) se basea nos estudos de Piaget e que consta um


pensamento dele “deverá proporcionar um ambiente moral e intelectualmente
enriquecedor , capaz de compensar, por sua atmosfera e, sobretudo, pela
abundância” , defende a idéia de que o processo de construção do
conhecimento se dá por intermédio da interação indivíduo e meio ambiente.

Aranão (2011) favorece a organização cognitiva da criança por meio


de suas atividades espontâneas sobre o meio. Isto é a interação ocorre no
momento em que o indivíduo age sobre o meio realizando descobertas,
assimilando elementos que vão subsidiar outros conhecimentos.

Para Aranão (2011) a criança é ativa na construção de seu


conhecimento através de sua interação com o meio e na relação que
estabelece com os objetos e pessoas à sua volta.

O conhecimento, então, se dá de dentro para fora e não o contrário. A


criança tem a liberdade de escolher aquilo que é de seu interesse e
significativo para ela.

Observa-se a autora afirmar que a aprendizagem é feita por meio de


manipulação de diversos tipos de materiais, como jogos e na relação que
estabelece com as pessoas por brincadeiras e o meio, seja ele numa sala de
aula ou em outro local da escola.

Santos (2000) diz, que na visão dela a educação ganharia em


qualidade se, em sua sustentação, estivessem presentes três pilares: a
formação teórica, a formação pedagógica e como inovação a formação lúdica.

A formação lúdica se assenta em pressupostos que valorizam a


criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca da afetividade, a nutrição da
alma se proporcionados aos futuros educadores vivências desse método

Nessa abordagem do processo educativo a afetividade ganha


destaque, pois se acredita que a interação afetiva ajuda mais a compreender
e modificar as pessoas do que um raciocínio brilhante, repassado
mecanicamente.

Quanto mais o adulto vivenciar sua ludicidade, maior será a chance de


este profissional trabalhar com a criança de forma prazerosa.

Santos (2000) frisa que a formação lúdica deva possibilitar ao futuro


educador conhecer – se como pessoa, saber de suas possibilidades e
limitações, desbloquear sua resistências e ter uma visão clara sobre a
importância do jogo e do brinquedo para vida da criança.

O que podemos dizer o que Santa Marli defende, é, que para trabalhar
com o lúdico o educador precisa está preparado para este método de ensino,
como ter idéias, ser criativo, ser dinâmico, para ser exato tirar as aulas da
rotina.

Mas para que isso aconteça o educador além das aulas teóricas,
estágios e projetos aplicados em campo, precisaria de uma nova formação na
base de sua estrutura curricular um novo pilar: a formação lúdica. Essa
formação é inexistente nos currículos oficiais dos curso de formação do
educador.

Mas existe uma área que é um pouco assitida, educação de pessoas


surdas. Um tema bastante preocupante. De acordo com Larcerda (2006 p.26)

Pesquisas desenvolvidas no Brasil e no exterior indicam que um


número significativo de sujeitos surdos que passaram por vários anos
de escolarização apresenta competência para aspectos acadêmicos
muito aquém do desempenho de alunos ouvintes, apesar de suas
capacidades cognitivas iniciais serem semelhantes.

Assim profissionais qualificados na área tentam diminuir esses


números. Pesquisando e inserindo novos métodos de aprendizagem. Um
método que seja dinâmico e prazeroso em aprender. Como os jogos em sala
de aula. Assim ocorre uma relação de trocas de aprendizagens com crianças
ouvintes e surdas, no ambiente escolar.

Lacerda (2006 p.18) que, diversas têm sido as formas de realização da


inclusão. Todavia, é inegável que a maioria dos alunos surdos sofreu uma
escolarização pouco responsável.” Todavia os alunos surdossão´poucos
assistidos, pois muitas escolas não possuem recurso para assegurá-los nos
estudos e ainda que podemos dizer, escolas que não possue profissional para
acompanhá-lo, dar uma assitência adequada para essas crianças em
questão.

3. Metodologia

A realização desse projeto de pesquisa bibliográficas dará oportunidade


de conhecermos a importância do lúdico para alunos surdos nas aulas,
buscando dessa forma incentivar esse método em escolas do Ensino Infantil e
Fundamental que ainda mantém o tradicionalismo.

Tem se notado que a criança nesse processo de ensino é obrigada a


realizar exercícios alheios a seu nível de desenvolvimento cognitivo.

O lúdico faz parte inerente do processo de desenvolvimento infantil,


cognitivo e afetivo emocional, não podendo ser visto como uma atividade
complementar, supérflua ou até mesmo dispensável.

Os sujeitos surdos pela defasagem auditiva enfrentam dificuldades


para entrar em contato com a língua do grupo social no qual estão inseridos?

A inclusão de alunos Surdos nas escolas, ainda é um grande desafio.


Problemas e situações que ocorrem nas relações entre professor/aluno surdo e
vice- versa, em uma prática pedagógica com concepções de educação
diversas e muitas das vezes excludentes, em turmas de ensino regular.

A escola é um espaço de interação e aprendizagem, mas se a escola


não estiver preparada para receber alunos surdos pode retardar o aprendizado
do mesmo. È de suma importãncia que os profissionais se capacitem de forma
contínua, dando ao aluno subsídios para desenvolver um trabalho coerente e
digno.

Assim o aluno aprende com facilidade e tem um ensino de qualidade de


acordo com sua necessidade. Um aluno surdo sem suporte de um profissional
possui um processo de aprendizagem lento e corre o risco de não acompanhar
a turma nas aulas.

A escola tem o dever de receber o aluno surdo e dar apoio de acordo


com suas dificuldades de aprendizado. E nunca deixar a família de fora. A
participação e o envolvimento dos pais são fundamentais para obter resultados
positivos durante o processo de educação inclusiva de alunos surdos.

A inclusão apresenta-se como uma proposta adequada para a


comunidade escolar, que se mostra disposta a apoiar e aproximar o contato
com as diferenças.
4. Discusão de resultados

A partir deste estudo foi possível perceber a importância dos jogos para
o desenvolvimento do cognitivo do aluno surdo, uma aprendizagem dinâmica,
descontraída, em que brincando vai aprendendo. São recursos em que o
deficiente auditivo possa aprender de uma forma prazerosa, com profissionais
qualificados e ambiente adequado para o entendimento necessário do aluno.

5. Considerações finais

Referências Bibliográficas

TENOR, Ana Claúdia. A inclusão do aluno surdo no ensino regular na


perspectiva dos professores da Rede Municipal de Ensino de Botucatu;
2008 . Mestrado em Fonodiologia – Pontífica Universidade Católica de São
Paulo – PUC Disponível em
http://www.centroruibianchi.sp.gov.br/usr/share/documents/AnaClaudiaTenor.pdf

ARANÃO, Ivana V.D. A Matemática através de brincadeiras e jogos. São


Paulo, SP: Editora Papirus, 4º Edição.

OLIVEIRA, Vera barros de. ( organizadora). O Brincar e a criança do


nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2000. Vários autores.
SANTOS, Santa Marli Pires dos Santos ( organizadora). O Lúdico na formação
do educador. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2000. Vários autores.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental.


Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos Parâmetros Curriculares
Nacionais. Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997).

LACERDA , Cristina Broglia Feitosa de. A inclusão escolar de alunos surdos:


O que dizem alunos, professores e intérpretes Sobre esta experiência -
Doutora em Educação e docente do Programa de Pós-Graduação em Educação e
do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Metodista de Piracicaba
(UNIMEP).E-mail: cristinalacerda@uol.com.br - Cad. Cedes, Campinas, vol. 26, n.
69, p. 163-184, maio/ago. 2006 Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br>

MESERLIAN, Kátia Tavares; VITALIANO, Célia Regina. ANÁLISE SOBRE A


TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS – 2006 UEL
Kátia.meserlian@hotmail.com / creginav@uel.br Disponivél em
<http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/3114_1617.pdf>

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