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Unaí/ MG
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(Falas de um adolescente
- Cadernos TV Escola/ 2000)
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................ 4
APRESENTAÇÃO
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
4
Prezado(a) Cursista
Este curso que você escolheu: “Deficiência Auditiva - Surdez” apresenta uma
visão geral de vários autores sobre o tema Educação Especial e tem como objetivo
oferecer, através de capacitação continuada, condições de melhor conhecer,
analisar e refletir sobre os aspectos teóricos e metodológicos necessários ao
trabalho docente, propiciando o desenvolvimento de atividades que sejam favoráveis
à aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais, além de
propender situações que promovam uma interação maior entre o aluno e o professor
de uma forma organizada e inclusiva.
Antes de iniciar seu estudo, leia atentamente as orientações abaixo:
PLANO DE ENSINO
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
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I- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
II- EMENTA
III- OBJETIVOS
1- Objetivos Gerais
Contribuir na formação dos professores e pedagogos-orientadores no atendimento
educacional ministrado aos alunos com necessidades educacionais, sendo o educador
parceiro e estimulador de aprendizagens, tem a tarefa de promover, junto aos educandos
com surdez, habilidades e competências para uma melhor atuação destes na aprendizagem
escolar, logicamente na vida pessoal e social.
2- Objetivos Específicos
Reconhecer a necessidade do estudo dessa disciplina para o entendimento dos alunos que
necessitem de atendimento escolar especializado contribuindo assim com a melhoria da
qualidade do processo de inclusão na aprendizagem escolar.
Contribuir com o trabalho do professor nas escolas comuns, junto aos alunos com
necessidades educativas especiais fortalecendo assim o sucesso do processo de inclusão
escolar.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
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V- METODOLOGIA
VI- AVALIAÇÃO
Avaliação
O processo de avaliação deste módulo será desenvolvido através da prática dos exercícios
indicados no final de cada conteúdo de estudo, bem como das atividades referentes ao “Final de
Módulo” (trabalho) que se encontram na última página deste, e “Avaliação escrita”.
Valoração
As atividades/trabalho de “Final de Módulo” (trabalho) terão a notação de 0 a 10, sendo essa
pontuação distribuída conforme as observações contidas no referido trabalho (que se encontra
no final da apostila).
A “Avaliação escrita” terá a notação de 0 a 10 que será somada ao trabalho de final de módulo,
cuja média para aprovação final deverá ser igual ou superior a 8,0 (oito).
VII- BIBLIOGRAFIA
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Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
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Unaí (MG)
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Perdas auditivas acima desses níveis são consideradas casos de surdez total.
Quanto mais agudo o grau de deficiência auditiva, maior a dificuldade de aquisição
da língua oral. É importante lembrar que a perda da audição deve ser diagnosticada
por um médico especialista ou por um fonoaudiólogo.
Toda escola regular com alunos com deficiência auditiva tem o direito de receber um
intérprete de Libras e material de apoio para as salas de Atendimento Educacional
Especializado (AEE). Para isso, recomenda-se que a direção da escola entre em
contato com a Secretaria de Educação responsável.
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FONTE:
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ATIVIDADES
1- Responda:
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As causas da surdez
Por isso mesmo, em cerca de 50 por cento dos casos, a origem da deficiência
auditiva é atribuída a ‘causas desconhecidas’. Quando se consegue descobrira
causa, o mais freqüente é que ela se deva a doenças hereditárias, rubéola materna
e meningite.
Todas as mulheres devem ser vacinadas contra a rubéola, que constitui uma
das principais causas de surdez congênita em nosso País.
A criança jamais deve tomar remédio sem receita médica; um antibiótico, por
exemplo, pode conter aminoglicosídeo, substância que geralmente prejudica
a audição de forma irreversível. (Corrêa, 1999).
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Primeiras medidas
Já a criança maior pode cooperar e, nesse caso, é feito o exame audiométrico, que
identifica seu nível mínimo de audição. Esse exame permite avaliar a audição das
diferentes freqüências de tons puros – do grave ao agudo –, com especial atenção
para a ‘zona da palavra’,que fica nas freqüências de 500 a 4 mil hertz (Hz).
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Com base no trabalho de Roeser & Downs, Martinez (2000) propõe a seguinte
classificação dos limiares de audição:
Limiares tonais*
Audição normal 0 a 15 dB
Deficiência auditiva suave 16 a 25 dB
Deficiência auditiva leve 26 a 40 dB
Deficiência auditiva moderada 41 a 55 dB
Deficiência auditiva moderadamente severa 56 a 70 dB
Deficiência auditiva severa 71 a 90 dB
Deficiência auditiva profunda acima de 91 dB
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Os que adotam essa linha valorizam sua fala, levando em conta que é uma fala
diferente, e valorizam também seu direito de usar recursos variados para se
comunicar, na busca de uma melhor participação social. Rejeitam o termo
‘deficiente’, que embute um conceito de déficit, e defendem uma atitude na qual seja
dado valor ao indivíduo, e não à deficiência da qual ele é portador.
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Para que a sociedade possa melhor conhecer as pessoas que têm perda de
audição, é importante pensarem cada indivíduo como um ser único, repleto
de possibilidades.
Seja qual for o tipo de educação recebida, especial ou não, o surdo não precisa
apenas de escola. Indispensável que lhe seja oferecido atendimento nos aspectos
médicos relacionados com a surdez, bem como orientação familiar e suporte
emocional, procurando facilitar o desenvolvimento de suas potencialidades, levando-
o a fazer escolhas e responsabilizar-se por elas e oferecendo-lhe as mesmas
oportunidades disponíveis para as pessoas que não são portadoras de deficiência.
Mas a luta por sua participação social não é uma luta apenas do surdo e de seus
familiares. Ao se falarem integração (ou, atualmente, em inserção), é fundamental
que a sociedade faça sua parte, usando de todos os meios para atenuar as
dificuldades impostas pela surdez.
Receber o surdo e facilitar seu acesso a todos os espaços sociais (escola, parques,
festas, empresas, teatros, cinema, museus etc.) é a contrapartida para que exista
realmente integração e participação.
Se o surdo não pode ficar esperando que a sociedade faça tudo por ele,
também não pode lutar sozinho e competir com os ouvintes, como se fosse
ouvinte.
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FONTE:
ATIVIDADES
2- Responda:
3- Complete:
As principais partes do ouvido são: .......................................................................,
.....................................................................e .........................................................
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[…] Agora que eu tenho 6 anos, sou o mais esperto dos espertos.
Então, acho que vou continuar com 6 anos pra sempre.
(A. A. Milne)
Cada criança deve receber atendimento de acordo com sua realidade e suas
condições, para vivenciar e explorara o máximo sua potencialidade.
Métodos de treinamento
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Método oral unissensorial: usa apenas a pista auditiva. Por meio do aparelho
auditivo, integra a audição à personalidade da criança com perda auditiva; não
enfatiza a leitura labial, nem utiliza a língua de sinais.
Exemplos: método Pollack e método Perdoncini.
Com frequência tratam a pessoa com deficiência auditiva como se ela fosse
incapaz de compreender. Falam de maneira pouco natural, apenas com
gestos; se usam palavras, falam ‘como índio’, sem artigos ou frases
completas, utilizando apenas palavras soltas, como se o outro fosse incapaz
de entender as formulações completas.
Não conseguem agir com naturalidade. Não informam, por exemplo, o que
está acontecendo: a mãe sai sem dizer onde está indo, como se a criança
não pudesse participar da vida em comum.
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2- O desenvolvimento da linguagem
A criança surda adquire sua linguagem ao relacionara experiência que está vivendo
com a verbalização/ou os sinais que ela observa em outra pessoa (colegas, pais,
professores etc.), bem como ao relacionar o que está sendo falado pelo outro com
suas próprias experiências e também ao comunicar seus pensamentos e
experiências de forma oral, escrita ou com sinais.
Para Piaget, a linguagem é um sistema para representara realidade. É ela que torna
possível a comunicação entre os indivíduos, a transmissão de informações e a troca
de experiências.
Por exemplo: quando a criança come, se lava, se veste, ou passeia pela rua se
oferecem ótimas ocasiões para falar com ela a respeito das coisas que está vendo,
de como as pessoas estão agindo, das sensações dela e das nossas.
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Pela repetição das palavras e pela vivência no dia a dia, as crianças aprendem a
compreender uma língua e a usá-la. Isso vale tanto para as crianças ouvintes quanto
para aquelas com perda auditiva. No entanto, as que têm perda auditiva precisam de
mais estímulos, de mais repetições e de mais vivências. A partir do momento em
que a criança surda percebe que cada coisa ou pessoa tem um nome, seus
progressos e torna mais rápido.
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3- O papel do professor
O trabalho do professor deve estar marcado pelos objetivos que ele pretende
alcançar na área da linguagem e por um programa concreto para cumprir essa meta.
É fundamental conversar com os pais a respeito desses objetivos e adequar o
programa, de maneira a permitir que a família colabore, aproveitando os contextos
naturais e cotidianos para estimular a linguagem do filho.
Para a criança, não é importante apenas ‘falar algo’, mas ser capaz de utilizar a
linguagem para transmitir diferentes intenções, como pedir, afirmar, perguntar etc.
Devemos ainda evitar transmitir apenas o nome dos objetos, procurando sempre
mencionar outros aspectos importantes que suscitem a curiosidade da criança,
levando-a a perguntar (por quê? para quê? o que é?) e a expressar seus
sentimentos (eu quero, eu não quero, eu gosto). Isso permitirá estabelecer uma
comunicação mais completa, natural e próxima à da criança ouvinte, sem se limitar à
mera nomeação verbal de objetos.
FONTE:
1- Comente a frase.
Cada criança deve receber atendimento de acordo com sua realidade e suas
condições, para vivenciar e explorara o máximo sua potencialidade.
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Deixe uma criança comigo até os 7 anos, e então qualquer pessoa poderá cuidar
dela. (Inácio de Loyola)
Nessa nova visão, a inclusão social passa a ser vista como um processo de
adaptação da sociedade, que inclui as pessoas com necessidades especiais em
todos os ambientes sociais. Isso torna possível que, ao mesmo tempo, essas
pessoas se preparem para assumir seu lugar na sociedade, e para desempenhar os
papéis adequados a cada situação (Ver Sassaki, 1997, p. 41).
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Quando o professor recebe em sua classe (de ouvintes) um aluno surdo, é freqüente
que sua primeira reação seja pensar: Como vou falar com esse aluno?Não sou
especialista! Como posso assisti-lo?
Não se pode ‘jogar’ a criança surda em uma escola ou em uma classe comum,
alegando a necessidade de ‘inseri-la’ na escola regular; isso corresponderia a
ignorar sua necessidade de ter um atendimento cuidadoso, capaz de possibilitar o
desenvolvimento de todo seu potencial de comunicação.
Integração à escola
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A família precisa fornecer aos professores os dados necessários para que eles
entendam melhor tudo que a falta de audição pode acarretar e possam prever o tipo
de reação da criança no ambiente escolar.
A escola comum, por sua vez, também precisa dispor de recursos que tornem viável
o processo de inclusão, como por exemplo:
O processo de aprendizagem
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O processo de integração
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Não existe uma metodologia única, específica para a educação de surdos, mas são
necessárias adaptações curriculares para atender às especificidades da clientela,
seja na escola especial ou na regular. Os educadores devem considerar, além da
metodologia, as necessidades específicas dos alunos, com o objetivo de favorecer
sua adaptação e sua integração.
A educação especial
Até recentemente, acreditava-se que o surdo devia fazer uso exclusivo da fala para
transmitir suas ideias, seus pensamentos e sentimentos. Em termos educacionais, o
profissional deveria enfatizar apenas a pista auditiva (abordagem unissensorial), ou
recorrerà leitura oro-facial, a gestos, à pista auditiva e à escrita, tendo sempre como
apoio a fala (abordagem multissensorial).
Na verdade, poucos conseguiam bom desempenho na linguagem oral – em geral,
isso era possível apenas para aqueles que podiam contar com atendimento
especializado de outros profissionais, o que não faz parte da realidade da maioria da
população brasileira.
Comunicação Total.
A Comunicação Total é uma filosofia segundo a qual os surdos devem ter acesso a
todas as modalidades de comunicação disponíveis, escolhendo aquela, ou aquelas,
que atende melhor a suas necessidades:
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fala;
escrita;
pista auditiva: aproveitamento dos resíduos de audição, por meio de
aparelhos de amplificação sonora;
leitura oro-facial: leitura dos movimentos dos lábios e dos músculos do rosto;
expressão corporal;
sinais: movimentos com as mãos representando ideias, usados por
comunidades de surdos;
alfabeto digital: movimentos com as mãos que representam as letras de
nosso alfabeto.
A reivindicação dos surdos para ter assegurado o direito de usar a língua de sinais
em sua vida e na educação fez com que algumas escolas especiais para surdos
propusessem o bilingüismo na educação.
O impedimento na audição faz com que as pessoas surdas tenham maior acesso ao
canal visual, ornando a língua de sinais biologicamente natural para elas.
A língua de sinais, que sempre existiu, tem passado de geração para geração de
pessoas surdas. Ficou esquecida e desvalorizada por muito tempo, em vista da
valorização da língua oral, que é a falada pela comunidade ouvinte majoritária.
Naquela época, a linguagem de sinais não era vista como língua, mas sim como
mímica, sem uma organização. Essa perspectiva predominou até 1960,quando os
estudos lingüísticos comprovaram que se trata de uma língua, com regras próprias.
Ao ter acesso à língua de sinais e à língua portuguesa, o surdo tem a seu alcance
um leque mais amplo de recursos linguísticos, que atendam melhor a suas
necessidades.
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FONTE:
ATIVIDADES
1- As escolas vêm buscando adotar métodos e técnicas que propiciem ao aluno com
surdez a aquisição necessária de conhecimentos e habilidades, bem como a
formação de valores que o identifiquem como pessoa única e como parte integrante
da sociedade. A esse respeito exemplifique o trabalho da escola.
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Estudar a educação escolar das pessoas com surdez nos reporta não só a questões
referentes aos seus limites e possibilidades, como também aos preconceitos
existentes nas atitudes da sociedade para com elas.
Muitos alunos com surdez podem ser prejudicados pela falta de estímulos
adequados ao seu potencial cognitivo, sócio-afetivo, lingüístico e político-cultural e
ter perdas consideráveis no desenvolvimento da aprendizagem.
Conforme Skliar (1999) alegam que o modelo excludente da Educação Especial está
sendo substituído por outro, em nome da inclusão que não respeita a identidade
surda, sua cultura, sua comunidade.
1
Doravante deve-se entender o uso do termo pessoa com surdez como uma forma de nos reportamos a
pessoas com uma deficiência auditiva, independente do grau da sua perda sensorial.
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Não se trata de trocar a escola excludente especial, por uma escola excludente
comum. Ocorre que alguns discursos e práticas educacionais ainda não
conseguiram, responder às questões acima formuladas, mantendo os processos de
normalização das pessoas com surdez.
A inclusão do aluno com surdez deve acontecer desde a educação infantil até a
educação superior, garantindo-lhe, desde cedo, utilizar os recursos de que necessita
para superar as barreiras no processo educacional e usufruir seus direitos escolares,
exercendo sua cidadania, de acordo com os princípios constitucionais do nosso
país.
A inclusão de pessoas com surdez na escola comum requer que se busquem meios
para beneficiar sua participação e aprendizagem tanto na sala de aula como no
Atendimento Educacional Especializado. Conforme Dorziat (1998), o
aperfeiçoamento da escola comum em favor de todos os alunos é primordial. Esta
autora observa que os professores precisam conhecer e usar a Língua de Sinais,
entretanto, deve-se considerar que a simples adoção dessa língua não é suficiente
para escolarizar o aluno com surdez. Assim, a escola comum precisa implementar
ações que tenham sentido para os alunos em geral e que esse sentido possa ser
compartilhado com os alunos com surdez.
Poker (2001), quando trabalhou com seis alunos com surdez profunda que se
encontravam matriculados na primeira etapa do Ensino Fundamental, com idade
entre oito anos e nove meses e 11 anos e nove meses, investigando, por meio de
intervenções educacionais, as trocas simbólicas e o desenvolvimento cognitivo
desses alunos. Segundo esta autora, o ambiente em que a pessoa com surdez está
inserida, principalmente o da escola, na medida em que não lhe oferece condições
para que se estabeleçam trocas simbólicas com o meio físico e social, não exercita
ou provoca a capacidade representativa dessas pessoas,conseqüentemente,
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FONTE:
Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Secretária de
Educação Especial. Formação Continuada a Distância de Professores para o
Atendimento Educacional Especializado Pessoa com Surdez. MEC/ SEED/ SEESP:
Brasília, 2007.
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O trabalho pedagógico com os alunos com surdez nas escolas comuns deve ser em
um ambiente bilíngue, ou seja, em um espaço em que se utilize a Língua de Sinais e
a Língua Portuguesa. Um período adicional horas diárias de estudo é indicado para
a execução do Atendimento Educacional Especializado. Nele destacam-se três
momentos didático-pedagógicos:
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Os alunos com surdez são observados por todos os profissionais que direta ou
indiretamente trabalham com eles. Focaliza-se a observação nos seguintes
aspectos: sociabilidade, cognição, linguagem (oral, escrita, viso espacial)
afetividade, motricidade, aptidões, interesses, habilidades e talentos. Registram-se
as observações iniciais em relatórios, contendo todos os dados colhidos ao longo do
processo e demais avaliações relativas ao desenvolvimento do desempenho de
cada um.
1- Momento Didático-Pedagógico
Na escola comum, é ideal que haja professores que realizem esse atendimento,
sendo que os mesmos precisam ser formados para ser professor e ter pleno domínio
da Língua de Sinais. O Professor em Língua de Sinais ministra aula utilizando a
Língua de Sinais nas diferentes modalidades, etapas e níveis de ensino como meio
de comunicação e interlocução.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
40
Professor explora o conteúdo curricular sobre o universo e o movimento do sistema solar com
recursos diversos para os alunos com surdez.
Professor explora conteúdo curricular sobre civilizações antigas com recursos específicos em
Libras para alunos com surdez.
Professor explora com o aluno com surdez o conteúdo curricular sobre o município de
Uberlândia com recursos específicos em Libras.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
41
O professor que ministra aulas em Libras deve ser qualificado para realizar
atendimento das exigências básicas do ensino por meio da Libras e
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
42
O professor com surdez, para o ensino de Libras oferece aos alunos com
surdez melhores possibilidades do que o professor ouvinte porque o contato
com crianças e jovens com surdez com adultos com surdez favorece a
aquisição dessa língua.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
43
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
44
modalidade oral. Nesse caso, o professor de português oferece aos alunos as pistas
fonéticas para a fala e a leitura labial.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
45
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
46
Esta postura profissional exige disciplina e uma clara consciência de seu papel.
Assim sendo, o intérprete deve ter uma estabilidade emocional muito grande e todo
aquele que almeja assumir essa função precisa ter consciência dessas condições e
buscar formas de desenvolvê-la.
Entende-se como postura ética uma atitude solidária, pela qual esses profissionais
lutam pelo respeito às pessoas com surdez, assim como por qualquer outra pessoa.
Existem várias áreas de atuação do tradutor e intérprete de Libras e Língua
Portuguesa que merecem ser objeto de reflexão de todos os que atuam com
pessoas com surdez usuárias da Libras.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
47
Há uma clara diferença entre ensinar Língua de Sinais a ouvintes ou a pessoas com
surdez. No caso do ensino de Libras para alunos ouvintes, o tradutor/intérprete
poderá mediar a comunicação entre os alunos ouvintes e o professor com surdez no
ensino teórico da Libras. O ensino prático caberá ao professor de Libras.
O professor que é fluente em Libras é a pessoa mais habilitada para transmitir seus
conhecimentos aos alunos usuários da Língua de Sinais. Uma vez que o professor
tenha fluência nessa língua e que o domínio do conhecimento a ser trabalhado é
exclusivo desse professor, não existe abarreira da comunicação e, assim sendo, o
intérprete será desnecessário.
NOTAS:
2- Texto escrito pelas intérpretes Alessandra da Silva e Cristiane Vieira de Paiva Lima
segundo as idéias da proposta desenvolvida pela Profª. Mirlene Ferreira Macedo Damázio
para o Atendimento Educacional Especializado na perspectiva inclusiva.
FONTE:
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
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ATIVIDADES
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3- Qual postura ética deve pautar o dia a dia de um tradutor e intérprete de Libras?
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1. Introdução à CAA
Desde o momento em que o ser humano diz suas primeiras palavras, a linguagem
facilita o encontro de desejos, necessidades, interação social, acesso às
informações e conhecimento sobre o complexo mundo em que vive. Existem várias
razões pelas quais as habilidades lingüísticas de um sujeito podem estar
inadequadas: um acidente, uma doença ou um problema em seu desenvolvimento.
Qualquer que seja a causa, a situação é sempre muito frustrante e limitante, tanto
para o sujeito quanto para as pessoas ao seu redor.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
50
A CAA destina-se a sujeitos de todas as idades, que não possuem fala e ou escrita
funcional devido a disfunções variadas como, por exemplo: paralisia cerebral,
deficiência mental, autismo, acidente vascular cerebral, traumatismo
cranioencefálico, traumatismo raquiomedular, doenças neuromotoras (como, por
exemplo, à esclerose lateral amiotrófica), apraxia oral e outros (TETZCHNER e
MARTINSEN, 1992, p. 23).
Também temos que pensar que as crianças que necessitam de CAA têm alto risco
de apresentar atraso no desenvolvimento da linguagem e necessitam estímulos de
linguagem de todos os modos possíveis. Quando a comunicação se torna realmente
funcional, as habilidades aprendidas na linguagem são transferidas (como por
exemplo, a extensão lexical-vocabulário ou a organização sintática-organização da
frase).
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
51
Os sistemas de CAA podem ser organizados sem recursos que não necessitam
auxílio externo (sinais manuais, gestos, apontar, piscar de olhos, sorrir, vocalizar) e
os que necessitam auxílio externo (objeto real, miniatura, retrato, símbolo gráfico,
letras e palavras, dispostos em recursos de baixa e alta tecnologia).
Objetos reais: o aluno poderá fazer escolhas “apontando” para objetos reais,
como a roupa que deseja vestir, o material escolar que deseja utilizar, o
alimento que escolherá ou o produto que deseja comprar na prateleira do
supermercado.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
52
Pranchas de Comunicação
Cada prancha deve ser feita do tamanho e formato necessários e na confecção, são
utilizados materiais variados como folhas de papel, cartolina, isopor, madeira. Uma
prancha pode ser feita a partir de uma página de álbum fotográfico ou pasta com
sacos plásticos.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
53
Cartões de Comunicação
Como exemplo, podemos citar uma oficina de culinária onde o professor pode
selecionar o vocabulário (receita) e após, organizá-lo com ateroma, ordenando os
cartões para montar a receita. Nessa atividade aproveita-se não só para explorar o
léxico, como também a organização sintática, envolvendo alunos falantes e não-
falantes. Figura 32 – Cartões de comunicação.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
54
– Projeto ecologia e redação sobre passeio feita com símbolos PCS. (figura
51)
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
55
Johnson (1998, p. 5) sugere que o PCS seja dividido em seis categorias primárias,
baseadas na função de cada palavra. Os símbolos são geralmente agrupados por
categorias nos recursos de comunicação, para estimular a ordem frasal adequada.
As categorias são as seguintes:
Cabe salientar que essas orientações não são rígidas e podem ser modificadas
quando necessário. Figura 52 – Prancha organizada por categorias e cores.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
56
Da mesma forma que, quando não concordamos com algum símbolo, podemos
alterá-lo, trocando a cor e/ou acrescentando formas.
O trabalho com a CAA deve iniciar o mais cedo possível a fim de que possamos
evitar um atraso no desenvolvimento das habilidades lingüísticas do usuário. Outro
parâmetro bastante utilizado é iniciarmos quando o usuário começa a manifestar um
distanciamento entre a sua capacidade compreensiva e a expressiva de linguagem
ou quando começa haver um distanciamento significativo entre a habilidade de
fala/escrita deste aluno com relação ao seu grupo (colegas da mesma idade).
9. Trabalho em equipe
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
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Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
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Outro aspecto muito importante para o profissional que irá trabalhar com CAA é a
compreensão sobre as diferentes técnicas de seleção possíveis, no uso de uma
prancha de comunicação. Se pensarmos que um determinado aluno não tem a
possibilidade de usar suas mãos ou outra parte do corpo para apontar o símbolo,
como poderíamos imaginar esse mesmo aluno utilizando uma prancha de CAA, com
um número considerável de mensagens? Nesse caso, podemos sugerir o uso da
técnica de varredura, onde o apontamento do símbolo é feito por outra pessoa
(parceiro de comunicação), que indica os símbolos da prancha, um a um, e o
usuário da CAA manifesta, através de um som ou gesto, qual o símbolo que deseja
expressar.
Varredura – esta técnica exige somente que a pessoa tenha uma resposta
controlável consistente, como sacudir a cabeça, bater um pé ou piscar os
olhos. Os recursos de baixa tecnologia necessitam de um facilitador para
apontar para os símbolos de maneira sistemática, enquanto o usuário
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
59
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
60
14. Conclusão
Os professores e pais que queiram cria rum ambiente de linguagem, que realmente
favoreça o desenvolvimento da comunicação alternativa, terão realmente que
modificar seus pensamentos e flexibilizar suas atitudes. Eles deverão, acima de
tudo, modificar algumas idéias ultrapassadas sobre o ensino de linguagem,
buscando transcender a compreensão do papel de instrutores. Linguagem não é
algo que se treina. A comunicação, quando em um ambiente favorável,variado e
agradável ocorre o tempo todo.
Sendo assim, todo o nosso esforço deve existir no sentido de possibilitar uma via de
comunicação onde o indivíduo poderá expressar seus sentimentos,
questionamentos e desejos. Com isso passará da situação de não comunicador ou
de comunicador passivo, para a situação de agente de comunicação.
NOTAS:
1- Pessoas são consideradas não-falantes em duas situações: quando apresentam um
comprometimento severo na fala por problemas físicos, neuromusculares, cognitivos ou déficits
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
61
emocionais e não possuem prejuízos na audição; quando, no presente tempo usam fala
independente como primeira forma de comunicação, porém não são compreendidos por outras
pessoas que não são de convívio muito próximo. Nesse podemos incluir pessoas com prejuízos
sensoriais.
2- Também encontramos na literatura os termos comunicação ampliada e alternativa, comunicação
suplementar e alternativa.
3- Lesão cerebral em área motora, não evolutiva e que afeta acriança no período que vai desde a
concepção até o final da primeira infância.
4- Com tônus muscular hipertônico que dificulta a execução e coordenação dos movimentos.
5- Dificuldade na articulação e conseqüentemente na pronúncia das palavras.
6- São exemplos de recursos as pranchas de comunicação, os cartões com fotos ou símbolos
gráficos, os objetos concretos que serão apontados para referir uma mensagem a ser
comunicada etc.
7- Uma estratégia de comunicação pode ser a sinalização do “sim” e do “não” através de gestos ou
expressões faciais e a postura do parceiro de comunicação, que deverá fazer perguntas objetivas
que valorizem estas respostas.
8- Uma técnica de comunicação pode ser apontar diretamente
9- Quando é necessário um grande número de símbolos, a prancha pode dispor de subdivisões ou
níveis. Ambas permitem que muitos símbolos estejam a disposição do usuário ao mesmo tempo
em que apenas um número limitado por vez é apresentado.
A subdivisão é um sistema em que um símbolo se refere à outra página de símbolos ou a um
recurso diferente. Por exemplo, na prancha principal há um símbolo para a comida. Quando esse
símbolo for indicado, uma página ou prancha com símbolo relativos a comida deverá ser
apresentada. Níveis são pranchas “debaixo” de pranchas. Pode haver um vocabulário básico e
níveis de outras pranchas que podem ser folheados a medida do necessário. (JOHNSON, 1998,
p. 24)
10- Tela de vidro especial colocada sobre o monitor ou integrada a ele, que permite que o clique do
mouse seja feito diretamente pelo toque do dedo sobre o monitor.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
62
Figura 52 – Prancha organizada por categorias e cores Figura 53 – Técnica de seleção direta
Figura 54 – Técnica de codificação (Palavras da Luiza)
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ATIVIDADES
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TECNOLOGIA ASSISTIVA – TA
1- O que é Tecnologia Assistiva?
2- Conceito
3- Recursos e Serviços
Os Serviços são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com
deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
65
Recursos
Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema
computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas,
computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões
de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos
para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa,
chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios
visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou
disponíveis comercialmente.
Serviços
São aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando
selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Como
exemplo, podemos citar avaliações, experimentação e treinamento de novos
equipamentos. Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente
transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como:
Fisioterapia
Terapia ocupacional
Fonoaudiologia
Educação
Psicologia
Enfermagem
Medicina
Engenharia
Arquitetura
Design
Técnicos de muitas outras especialidades
A classificação abaixo foi construída com base nas diretrizes gerais da ADA,
porémnão é definitiva e pode variar segundo alguns autores.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
66
1- Auxílios para a
vida diária
Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras
tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e
executar necessidades pessoais, manutenção da casa
etc.
2- CAA (CSA)
Comunicação
aumentativa
Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a
(suplementar) e
comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a
alternativa
fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas
as pranchas de comunicação com os símbolos PCS ou
Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para
este fim.
3- Recursos de
acessibilidade ao
computador
Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz,
Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de
cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos,
acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
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4- Sistemas de
controle
de ambiente Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com
limitações moto-locomotoras, controlar remotamente
aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança,
entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório,
casa e arredores.
5- Projetos
arquitetônicos
para
acessibilidade Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou
ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores,
adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou
reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da
pessoa com deficiência.
6- Órteses e
próteses
Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de
funcionamento comprometido, por membros artificiais ou
outros recurso ortopédicos (talas, apoios etc.). Inclui-se
os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações
cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou
digital que funcionam como lembretes instantâneos.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
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7- Adequação
Postural Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de
sentar visando o conforto e distribuição adequada da
pressão na superfície da pele (almofadas especiais,
assentos e encostos anatômicos), bem como
posicionadores e contentores que propiciam maior
estabilidade e postura adequada do corpo através do
suporte e posicionamento de tronco/cabeça/membros.
8- Auxílios
de mobilidade
9- Auxílios para
cegos ou com
visão subnormal
Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e
lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz,
grandes telas de impressão, sistema de TV com
aumento para leitura de documentos, publicações etc.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
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11- Adaptações em
veículos
Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do
veículo, elevadores para cadeiras de rodas, camionetas
modificadas e outros veículos automotores usados no
transporte pessoal.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
70
Definições:
• Fatores Ambientais:
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71
• Fatores Pessoais:
• Modelo Médico
• Modelo Social
• Abordagem Biopsicossocial
A CIF baseia-se numa integração desses dois modelos opostos. Para se obter a
integração das várias perspectivas de funcionalidade é utilizada uma abordagem
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
72
"biopsicossocial". Assim, a CIF tenta chegar a uma síntese que ofereça uma visão
coerente das diferentes perspectivas de saúde: biológica, individual e social.
AUTORES:
SARTORETTO, Mara Lúcia; BERSCH, Rita. Tecnologia Assistiva - tecnologia e
Educação. Mara Lúcia Sartoretto e Rita Bersch ©2013.
FONTE:
http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html
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ATIVIDADES
1- Responda:
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
73
OFICINAS PEDAGÓGICAS
UM ESPAÇO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PARA
ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAIS SIGNIFICATIVAS
Para que isto seja viável, entretanto, o contexto social precisa-se modificar, e
promover as adaptações que se mostrarem necessárias para responder ao conjunto
de necessidades especiais apresentadas por essas pessoas. A esta nova forma de
pensar, denominou-se Paradigma de Suportes.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
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1- Aspectos Metodológicos
São várias as considerações que devem ser feitas no que se refere ao método de
ação das Oficinas Pedagógicas.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
75
1. ecológica;
2. funcional profissional.
Entende-se por avaliação ecológica, “um tipo mais amplo de análise, voltada para
a busca de uma maior compreensão sobre o indivíduo, em todas as ecologias e
ambientes de sua vida... A análise ecológica, assim, envolve:
Assim, ainda segundo o mesmo autor (p. 7 e 8), faz-se essencial que a avaliação
considere os seguintes aspectos:
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
76
Em síntese
Como é que o professor se relaciona com os conteúdos que lhe cabe socializar?
Que domínio do conhecimento ele tem?
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
77
Como é que o professor avalia a relação dos alunos com os conteúdos que ele está
ensinando?
Como avalia a relação do aluno com ele próprio, professor, e com seus
companheiros? Como é que o professor se utiliza dessas informações?
Ele as incorpora para promover ajustes no seu plano de ensino? Ele as ignora? Ou
ainda, ele não dispõe do hábito de efetivar tais estudos e análises?
Para que essa análise, entretanto, possa ser efetivada no cotidiano da sala de aula,
há que se:
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
78
Para tanto, cada aluno precisa ser profundamente conhecido, pelo professor, em
seus interesses, competências, habilidades, nível de aprendizagem já alcançado,
conhecimentos já apreendidos, conhecimentos em utilização funcional, conteúdos
que opera com autonomia, conteúdos que opera com ajuda de terceiros, conteúdos
que não opera sequer com ajuda, limitações diversas, suportes e apoios necessários
para seu funcionamento, etc..
O ensino somente poderá ser eficaz, caso ele responda às características peculiares
de aprendizagem de cada aluno. Assim, faz-se essencial:
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
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Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
80
Conclusão
FONTE:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Projeto Escola Viva.
Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola: alunos com
necessidades. Brasília: MEC/ ESSP, 2000. Série 2.
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ATIVIDADES
1- As Oficinas Pedagógicas devem ser o espaço educacional que dão continuidade
o processo de aprendizagem do aluno com deficiência, destacando-se pela
especificidade de objetivos, voltados para a formação de sua atuação no mundo
produtivo, entre outros. Elucide esta afirmativa.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
81
É necessário dizer que essa escola já conviveu com um índice elevado de crianças
retidas ao final da 1ª série do Ensino Fundamental – em torno de 40%.
Insatisfeitas com essa realidade algumas professoras começaram a estudar e a
investigar a própria prática pedagógica deslocando o foco das atenções para o
processo de ensinar e aprender, para o processo alfabetizador vivenciado pelas
crianças e professoras4. Nesse processo perguntas e mais perguntas foram
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
82
surgindo: por que um número elevado de crianças não aprende a ler e a escrever
mesmo sendo alunos e alunas da escola desde a Educação Infantil e com a
promoção automática garantida ao final da classe de alfabetização? Como
compreendemos5os alunos e alunas? Como compreendemos o processo ensino
aprendizagem? Como temos alfabetizado?
Essas perguntas, mais do que as respostas, pois como nos fala Nuria Pérez (2001)
é necessário mantermos viva a pergunta porque mesmo que não tenhamos a
resposta, obriga-nos a continuar perguntando, têm possibilitado o investimento na
realização de uma prática pedagógica que transforme a diferença – que nos constitui
– em vantagem pedagógica.
4Há mais de dez anos que um grupo de professoras alfabetizadoras dessa escola, grupo do qual sou parte, vem
estudando, investigando e, como diria Jorge Larrosa (2003), conversando sobre a prática pedagógica/
alfabetizadora realizada cotidianamente no dia-a-dia da sala de aula. Além dos espaços tempos institucionais
acontece, uma vez por mês, aos sábados, fora do horário regular de trabalho, os encontros do GEFEL (Grupo de
Estudos de Formação de Leitores e Escritores). Nesses encontros
ampliamos, de modo (com)partilhado, nossas compreensões sobre o processo ensino-aprendizagem através do
movimento de articular prática-teoria-prática.
5
Utilizo, ao longo do texto, a 1ª pessoa do plural, pois o falar da professora, de seus saberes e fazeres falo
também de mim, pesquisadora vinda da universidade, mas acima de tudo, professora alfabetizadora dos anos
iniciais da Educação Básica que por mais de 15 anos fui. Muitas das dúvidas das professoras foram, em algum
momento, dúvidas minhas e muitas das perguntas que hoje nos fazemos, ainda não tenho as respostas, mas
juntas, de modo (com)partilhado temos investido na construção de uma escola mais democrática e mais solidária
de modo que todos os alunos, alunas, professoras e pesquisadoras nela possam aprender e ensinar.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
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A partir das discussões realizadas por Skliar (1998, 1999, 2001, 2003, 2005) sobre
surdez, educação, alteridade e diferença, discussões inquietantes, instigadoras e
provocadoras pretendo, nesse texto, socializar e debater limites e possibilidades de
uma ação pesquisadora que procura, com as professoras de uma escola pública,
investigar como lidamos, no dia a dia da escola, com a questão da surdez como
diferença, questão nova e desafiadora para os profissionais da escola investigada.
Outros autores e autoras farão parte dessa discussão ampliando as possibilidades
de pensar (e praticar) uma educação, uma escola cuja mesmidade não proíba a
diferença do outro.
***
Em 2003, participando de um Conselho de Classe a fala, angustiada, de uma das
professoras alfabetizadoras (professora da 1ª série do Ensino Fundamental) chama
minha atenção:
Eu não sei o que fazer (...). Há quase dois anos estou com Caroline
É muito difícil, para mim, trabalhar com uma aluna surda! Como
avaliar? Ela é uma criança alegre, se dá bem com todos os colegas,
mas... A turma está lendo, menos ela.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
84
Por esse motivo deve ser evitada, silenciada e até apagada. A diferença, por ser
uma forma de complexidade (BRIGGS & PEAT, 2001), anuncia imprevisibilidade e
indeterminação nos processos educativos, gerando sentimentos de apreensão e
incerteza nos tempos e espaços escolares marcados pela busca da
homogeneidade.
6
Uma professora surda, oralizada, que atua no Curso de Formação de Professores (Curso Normal Superior de
Educação) da própria escola, uma vez por semana, fora do horário regular das aulas, trabalhava com essa
aluna, no intuito de alfabetizá-la. Essa mesma professora, uma vez na semana, por um período de duas a três
horas, participava das atividades realizadas em sala de aula
7
Caroline ficou surda um pouco antes de completar um ano de idade em decorrência da meningite que contraiu.
Com surdez pré-linguística, pois não se apropriou da linguagem oral, chegou na escola, com cinco para seis
anos, sem utilizar a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
85
E, sob esta ótica, a mesma idade da escola termina por “proibir” a diferença do
outro.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
86
A professora que trabalha coma aluna surda, desde 2004, quando, juntas,
começamos a investigar o processo alfabetizador vivenciado por esta aluna e seus
colegas ouvintes, desenvolve uma ação alfabetizadora que investe na dialogicidade,
na produção de textos escritos e orais, de modo que as crianças possam aprender a
ler e a escrever usando, praticando experienciando a linguagem escrita, procurando
fugir de uma prática pedagógica que tem a memorização e a repetição como eixos
do trabalho. Caroline, provocada a participar das atividades realizadas, dentro e fora
da sala de aula, foi evidenciando a subordinação do currículo ao ensino da oralidade
e, ao mesmo tempo, foi instigando-nos a pensar e a compreender a surdez como
uma experiência visual, embora se comportasse como se ouvinte fosse, pois
praticamente não convivia com surdos. Várias vezes,quando solicitada a ler, lia
emitindo sons incompreensíveis e se posicionando (desde segurar o papel ou livro,
até o movimento com o corpo) como seus colegas ouvintes faziam. Em casa e na
escola usava gestos mímicos, desenhava, dramatizava, recorria a datilologia (dizia
as palavras utilizando o alfabeto manual em Língua de Sinais), usava sinais (itens da
Libras). Ela e os que com ela conviviam usavam de todos os recursos possíveis de
modo a garantir a comunicação. Vivíamos, na escola, o destacado por Regina Maria
de Souza:
Procurávamos guiadas pela opção política de aprender com a diferença não isolar e
destacar os diferentes, não “falar” com Caroline isolando-a das outras crianças e,
também de não achar natural que ficasse como algumas vezes presenciei, no ano
anterior, à parte do discutido, pensado e trabalhado em sala de aula. As crianças
eram (e são), nesta turma, provocadas a tomar decisões e a interferir nas propostas
a ser realizadas pelo grupo; a dizer, escrever, desenhar, representar o que pensam
e sentem; a discutir, coletivamente, os conflitos existentes; a revelar seus saberes e
ainda não saberes (ESTEBAN, 2001); a ajudar os colegas, a aceitar ajuda no
desenvolvimento das atividades. Algumas professoras dessa escola, como a
professora de Caroline, procuravam atuar na zona de desenvolvimento proximal das
crianças (VYGOTSKY, 1989, 1991) investindo nos conhecimentos prospectivos –
conhecimentos potenciais – em vez dos já consolidados.
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Órgão que presta assessoria às escolas da rede FAETEC – Fundação de Apoio à Escola Técnica – (Secretaria
de Ciência e Tecnologia do Estado do de Janeiro) oferecendo cursos, orientando e realizando discussões que
visam a implementação de políticas públicas de inclusão de estudantes com necessidades educativas especiais
nas escolas regulares.
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Embora a ação tenha como foco a oralização e leitura labial, Caroline tem acesso ao aprendizado da língua de
sinais durante as sessões de terapia. língua de sinais, sem inibição.
Reflexões sobre a deficiência auditiva/surdez e os desafios da inclusão do aluno surdo na escola regular
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Temos experienciado o que Wrigley (1996) citado por Skliar (1999) chama de a
invenção quotidiana da surdez. Caroline começou a se narrar de modo diferente.
Começou a compreender os surdos também de uma outra forma percebendo-os e,
desse modo percebendo a si mesma, como sujeitos potentes e capazes.A cada dia
que passa, usa e pratica com mais fluência a língua de sinais. Ao contrário do já
vivenciado, inúmeras vezes, em sala de aula, lêem os textos que produze os
trabalhados em sala utilizando a
Seus colegas de turma estão também aprendendo, como nos falou um deles, a falar
com as mãos, como Caroline. Mas, estão acima de tudo, aprendendo a se
relacionar coma surdez a partir da perspectiva teórica, epistemológica e política da
diferença e não do ponto de vista, ainda hegemônico, da deficiência.
Mesmo sem perceber, a própria professora surda e a aluna bolsista, por várias
vezes, se colocavam em uma posição física na sala de reuniões mais afastadas do
grupo e fora da roda de discussão. Inclusive a própria professora surda ao ser
solicitada a falar, por mais de uma vez resistiu alegando não ter o que dizer. Eu e
Ana Paula, professora de Caroline, temos insistimos e a provocamos para que
participe efetivamente das discussões e estudos realizados, embora a língua pela
qual se expressa e constrói conhecimentos não seja a língua dos professores e
profissionais ouvintes da escola. Skliar tem nos ajudado a compreender que:
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FONTE:
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ATIVIDADES
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Embora esteja explícito na Declaração Universal dos Direitos do Homem que todo
ser humano tem direito de reivindicar condições de aprendizagem e ação para
desempenhar-se como pessoa e como membro atuante de uma comunidade, tais
condições nem sempre têm sido oferecidas. Neste sentido, pode se observar um
processo de exclusão em relação ao portador de necessidades especiais. Este tem
ficado, por descaso, preconceito, vergonha, falta de conscientização, e até mesmo
despreparo, à margem da sociedade.
A Lei nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1996 diz, no seu capítulo V, art. 58:
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Assim vejamos:
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ATIVIDADES
2- Segundo Mutschele (l996) “a escola é um dos grupos sociais que por mais tempo,
mantém contato sistematizado com indivíduos em desenvolvimento. Daí a sua
responsabilidade em favorecer o processo da evolução através da ação integrante
de todos os aspectos do viver, com a finalidade de assegurar a consistência e o
equilíbrio pessoais...” Reforce esse dito calcado na consistência e no equilíbrio no
desenvolvimento do processo de evolução de cada pessoa.
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SUGESTÕES DE FILMES
Sinopse - Retratos de Família é a saga de uma família americana, que durante três décadas, lutou
para sobreviver e manter o convívio familiar. Uma história de promessas feitas promessas quebradas,
que tem como pivô da maior crise a descoberta que seu terceiro filho é autista. Transformações,
corações feridos, amor e paixão, são sentimentos mais profundos na luta por uma reconciliação.
RAIN MAN
Sinopse - Um jovem yuppie (Tom Cruise) fica sabendo que seu pai faleceu. Eles nunca se deram
bem e não se viam há vários anos, mas ele vai ao enterro e quando vai cuidar do testamento fica
sabendo que herdou um Buick 1949 e as roseiras premiadas do seu pai, sendo que um "beneficiário"
tinha herdado três milhões de dólares. Fica curioso em saber quem herdou aquela fortuna e descobre
que foi seu irmão (Dustin Hoffman), que ele desconhecia a existência. O irmão dele é autista, mas
pode calcular problemas matemáticos complicados com grande velocidade e precisão. O yuppie
seqüestra seu irmão autista da instituição onde ele está internado, pois planeja levá-lo para Los
Angeles e exigir metade do dinheiro, nem que para isto tenha que ir aos tribunais. É durante uma
viagem cheia de pequenos imprevistos que os dois se compreenderão mutuamente e entenderão o
significado de serem irmãos.
TESTEMUNHA DO SILÊNCIO
Sinopse Não há pistas, nem motivos, nem suspeitos. E a única testemunha ocular sabe que nem
tudo poderá ser dito. Ele é uma criança autista de nove anos cujas memórias do brutal massacre dos
seus pais estão seladas dentro dele - a não ser que um determinado e carinhoso psicólogo infantil
possa acessá-las. Richard Dreyfuss é o psicólogo Jake Rainer em TESTEMUNHA DO SILÊNCIO um
poderoso suspense engrandecido por um elenco de primeira (Jeff Craigk, Sixty Second Preview) e
impecavelmente dirigido por Bruce Beresford (Conduzindo Miss Daisy). Linda Hamilton, John
Lightgow, Liv Tyler, J. T. Walsh juntam-se a Dreyfuss nesse magnético enredo cheio de reviravoltas e
surpresas, desde o começo até o seu final.
Sinopse: quando nasceu, Raun era um saudável e feliz bebê. Com o passar dos meses, seus pais
começam a observar que há alguma coisa estranha com ele, sempre com um ar ausente. Um dia
vem a confirmação do que suspeitavam… Raun era autista. Decidem então penetrar no mundo da
criança, acreditando que somente o milagre do amor poderia salvá-la.
Sinopse: Art Jeffries (Bruce Willis), um renegado agente do FBI, combate inescrupulosos agentes
federais para proteger Simon, um garoto autista de 9 anos, que desvendou um “indecifrável” código
secreto. Ele consegue ler o mercury, um avançado código criptográfico do governo americano, tão
facilmente, quanto outros garotos lêem inglês. Essa habilidade, torna vulnerável esse código de 1
bilhão de dólares, especialmente se os inimigos do governo descobrirem Simon e o capturarem. Nick
Kudrow (Alec Baldwin), chefe do projeto mercury, ordena que a “ameaça” seja eliminada, sem
imaginar que Jeffries está envolvido. Perseguido por assassinos implacáveis, Jeffries logo percebe
que não pode confiar em ninguém. Agora o tempo está correndo e ele descobre que a única chance
de sobreviver é usar a habilidade de Simon para levar seus adversários à justiça.
Sinopse: comédia romântica inspirada na vida de duas pessoas com a síndrome de asperger, uma
forma de autismo, cujas disfunções emocionais ameaçam sabotar seu recém-iniciado romance.
Donald é um cara legal, porém um motorista de táxi sem sorte que ama os pássaros e tem uma
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habilidade fora do comum com os números. como muitos portadores da síndrome, ele gosta de
padrões e rotinas. mas quando a bela mas complicada Isabelle se junta ao seu grupo de ajuda aos
autistas, sua vida - e seu coração - ficam de cabeça para baixo.
Sinopse: Forrest Gump (Tom Hanks) é um jovem problemático. Por conta do acaso, ele participa dos
fatos mais importantes da história Dos Estados Unidos em um período de 40 anos.
Sinopse - Quando o marido de Ruth Matthews (Kathleen Turner) morre em uma queda, quando à
noite fazia escavações arqueológicas em umas ruínas maias, a caçula do casal, Sally (Asha Menina),
reage à morte do pai de maneira muito estranha, pois ao voltar para sua casa não profere uma só
palavra. Quando o comportamento de Sally piora, Ruth se vê obrigada a deixar que Jacob T.
Beerlander (Tommy Lee Jones), um especialista em crianças autistas, examine sua filha. Jacob tenta
tirar Sally da sua desordem mental por métodos tradicionais, mas Ruth tenta de outra maneira, ao
reproduzir em grande escala um castelo de cartas que sua filha tinha construído. Por mais estranho
que seja, Ruth crê que só assim terá Sally de volta
Sinopse - Filme muito raro que retrata muito bem o AUTISMO dos 4 filhos desta mãe que encara de
forma muito bem humorada as situações difíceis que vive. Dos sete filhos de Maggi, quatro são
autistas em maior ou menor grau. Determinada, Maggi empreende então uma surpreendente luta,
repleta de momentos mágicos, alegres e tristes, para ajudar seus filhos especiais a ter uma vida feliz.
Drama verídico da história de Jackie Jackson.
UM CERTO OLHAR
Sinopse - Alex (Alan Rickman) é um taciturno inglês que está no Canadá para se encontrar com a
mãe de seu falecido filho. No caminho ele dá carona para Vivienne (Emily Hampshire), jovem que vai
visitar a mãe. Na viagem um caminhão atinge o carro, matando Vivienne. Alex sai então à procura da
mãe da jovem. Ao encontrá-la, descobre que ela (Sigourney Weaver) é autista. Linda não tem
qualquer reação ao saber da tragédia, mas Alex decide ficar com ela até o funeral. É quando ele
conhece Maggie (Carrie-Anne Moss), a vizinha sexy com quem se envolve.
OCEAN HEAVEN
Sinopse - Um pai que sofre de câncer e tem um filho autista, seu drama é conseguir preparar seu
filho para viver sem a ajuda dele, e mesmo procurar alguém que olhe por seu filho após sua morte.
A SOMBRA DO PIANO
Sinopse - Franny luta por mais de trinta anos para dar apoio e respeito a Rosetta, sua irmã mais
nova, que é autista. Ela acredita que Rosetta tenha uma intensa vida emocional e intelectual
escondida sob o seu rosto impassível. O principal obstáculo é a mãe, Regina, uma cantora lírica que
abandonou a carreira para se dedicar à família e agora, amarga e ressentida, é obcecada por
controle e carente de adulação.
Sinopse - Quando Corrine Morgan descobre que seus filhos gêmeos são autistas ela decide
proporcionar-lhes uma vida normal, superando os obstáculos impostos por uma sociedade que
espera que eles se tornem reféns da doença
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Sinopse - Jan Maka era uma criança feliz e cheia de energia - uma criança como outra qualquer. Do
dia para a noite, a vida de sua família vira de cabeça para baixo quando se descobre que ele é
"diferente": Jan é autista. Como é viver com uma criança afetada por essa desordem neurológica? O
contundente curta de Anna Barczewska descreve a luta de todos os pais de crianças com autismo.
JOGO SUBTERRÂNEO
Sinopse - Martín (Felipe Camargo) é um pianista que criou para si próprio um jogo, que tem como
objetivo encontrar a mulher de sua vida. Sempre que entra em um vagão do metrô ele escolhe uma
mulher que o atraia e passa a torcer que ela siga o mesmo caminho que ele. Apenas caso isto ocorra
ele pode tentar se aproximar dela. Em meio a suas várias tentativas frustradas, Martín conhece
algumas pessoas que mudam sua vida: Tânia (Daniela Escobar), uma mulher que se apaixona por
ele e tem uma filha autista (Thávyne Ferrari), e Laura (Júlia Lemmertz), uma escritora cega. Seguindo
seu jogo Martín conhece Ana (Maria Luísa Mendonça), que o atrai de tal forma que faz com que ele
abandone as regras que ele próprio criou. Ana inicia então um romance com Martín, que se baseia
em mistérios que um mantém para o outro.
Sinopse - Quando Thomas (Rhys Wakefield) e sua família mudam-se para uma nova casa ele tem de
começar em uma nova vida, nova escola, tudo que ele quer é que continue a normalidade de sua
vida. Quando sua mãe fica grávida (Toni Collette) seu pai Simon (Erik Thomson) o coloca para cuidar
de seu irmão mais velho Charlie, que é autista (Lucas Ford). Thomas com a ajuda de sua nova
namorada Jackie (Gemma Ward) enfrenta o seu maior desafio de sua vida (cuidar de seu irmão).
Charlie faz com que Thomas percorra uma viagem emocional que provoca frustrações e angústias
pela situação de seu irmão, em uma história que é engraçada, chocante e, por fim, emocionante. The
Black Balloon é uma história sobre a descoberta do amor e aceitação de sua família.
UM AMIGO INESPERADO
Sinopse - Kyle Gram é um menino frágil que sofre de autismo. Seus pais fazem de tudo para tentar
se comunicar com ele, até que um cachorro chamado Thomas consegue criar uma relação com o
menino que o ajudará a escapar do seu silêncio.
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Roteiro de Estudo
2. Levantamentos de tópicos que, segundo sua opinião merecem ser discutidos mais
profundamente.
1. Faça a leitura vertical do texto, ou seja, leia todo o texto sem interrupção.
2. Após a leitura vertical faça a leitura horizontal – análise do texto, parágrafo por
parágrafo, como as sugestões a seguir:
a) Procure realizar a leitura contrapondo com os outros textos que você já leu.
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ALUNO(A): ..........................................................................................................
(nome completo)
LOCAL E DATA: ..................................................................................................
Após o estudo deste módulo e realização das atividades contidas no mesmo faça o
trabalho abaixo especificado, cujo valor é de 10,0 (dez) pontos.
b) A Deficiência e educação
d) As Experiências educacionais
Bom trabalho!
IESI – Unaí/MG
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