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PARAÍBA
UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM LIBRAS
PATOS - PB
2020
MARCELA GUILHERME DE MEDEIROS
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 04
1.1 OBJETIVOS........................................................................................................ 06
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................... 08
2.1 O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO.............................. 08
2.2 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA ALUNOS
SURDOS.............................................................................................................. 10
2.3 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES ............................................................... 14
2.3.1 A Formação de Professores no Brasil.............................................................. 14
2.3.2 Formação de Professores e Educação Inclusiva............................................. 16
2.4 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA A INCLUSÃO DO ALUNO SURDO.... 19
3 MÉTODOS......................................................................................................... 22
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO................................................................. 22
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA............................................................................. 24
3.3 INSTRUMENTO DA PESQUISA...................................................................... 24
3.4 PROCEDIMENTO PARA COLETA DE DADOS............................................ 25
3.5 ANÁLISE DOS DADOS.................................................................................... 25
3.6 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA............................................................... 25
4 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO................................................................ 27
5 ORÇAMENTO.................................................................................................. 28
REFERÊNCIAS................................................................................................. 29
APÊNDICE A – Termo de Anuência da Instituição...................................... 32
APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.................... 33
APÊNDICE C – Instrumento de Coleta de Dados ........................................ 36
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1 INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos, a inclusão de pessoas com deficiência é tema que vem
sendo bastante debatido. Diferentemente de anos atrás, aonde as pessoas que tinham
alguma deficiência eram condenadas à morte pela igreja por esta acreditar que elas eram
amaldiçoadas. O tempo passou, a igreja reconheceu que para estas eram necessárias ser
isoladas do convívio social, mantê-las longe de sua família e serem tratadas por médicos
acreditando que deles viriam a cura para as pessoas com deficiência. Dentre elas
incluem os alunos surdos - alvo desta pesquisa.
Mais tarde, por meio de lutas e movimentos em busca pela igualdade,
democracia e diversidade, surge à “Educação Especial” para todos sem distinção,
garantindo o direito a um ensino voltado a atender as pessoas com alguma deficiência,
esta modalidade de educação escolar é oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação (BRASIL, 2013).
A oferta desta modalidade de educação é muito preocupante, uma vez que, o
Brasil ainda não atingiu o nível mínimo de qualidade educacional na educação básica
como pode ser observado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB),
que no ano de 2019 nos anos iniciais do ensino fundamental obteve médias de 5,7, nos
anos finais do ensino fundamental 5,2 e no ensino médio 5,0. (BRASIL, 2018).
Baseados nesse panorama educacional ao qual o surdo está inserido,
vários são os questionamentos que nos levam a (re) pensar a incapacidade na qualidade
educacional: Será por falta de investimentos na formação continuada de professores?
Serão as práticas pedagógicas que não são inclusivas ou será o despreparado da
comunidade escolar? Esses pontos não devem ser determinantes para o sucesso ou
fracasso escolar, uma vez que a escola deve desenvolver em seu currículo ações
pedagógicas voltadas para os alunos surdos com adaptações de atividades estruturais de
ordem pedagógica inclusivas.
Mediante o exposto, para que de fato ocorra a inclusão do aluno surdo o
Atendimento Educacional Especializado (AEE) pode contribuir de forma significativa
nesse processo. O aluno pode frequentar a Sala de Recursos Multifuncionais, quando
esta tem em sua escola ou quando há em seu município como garante a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional – LDB, em seu artigo 58, inciso 1º
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1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Geral
1.1.2 Específicos
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este atendimento é garantido ao aluno por meio de leis e decretos que foram
estabelecidos para que ocorra o funcionamento dentro dos padrões orientados pelo
Ministério da Educação (MEC). Assim se encarregará a União em prestar apoio técnico
e financeiro aos sistemas públicos com a finalidade em ampliar a oferta do Atendimento
Educacional Especializado (AEE) aos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de
ensino.
O Decreto Nº 6.571, de 17 de setembro de 2008, dispõe sobre o Atendimento
Educacional Especializado, afirmando:
Nessa perspectiva, este atendimento não deve substituir o ensino regular, deve ser
organizado e estar alinhado ao projeto pedagógico da escola contemplando a
participação de toda comunidade escolar bem como da família, garantindo assim o
direito dos alunos com deficiência. Ainda conforme a Resolução Nº 4 de 2 de outubro
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nas pessoas com surdez, para que sejam capazes de gerar sequências linguísticas bem
formadas.
Para os alunos surdos, a Língua Portuguesa é para eles uma segunda língua, uma
vez que a Língua de Sinais é a primeira, mas muitas vezes o fato deles crescerem em
uma família que em sua grande parte é constituída por ouvintes, eles acabam não
aprendendo a Libras, dificultando a comunicação e a construção de diálogos.
Entretanto, podemos refletir que a formação inicial era como uma sustentação
para que o professor fosse capaz de adquirir por meio dela as suas primeiras
experiências em docência.
A formação de professores no Brasil é tema de relevância desde o ano de 1988 e
tem destaque na carta magna maior do nosso País: A Constituição Federal. No artigo
206, inciso I, desta afirma que não é nenhum tipo de educação oferecida que trará
“igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”, assim, entendemos
que o papel da formação docente é distinguir o tipo de educação que irá oferecer a seus
alunos, uma vez não basta apenas o aluno estar recebendo necessariamente
conhecimentos científicos mas sim que aprenda situações em que os preparem para a
vida e sem professores qualificados não é possível, pois deve desenvolver uma
aprendizagem significativa na vida dos seus alunos e assim tornando-os sujeitos
pensantes e críticos.
Atualmente, vivemos uma época de constantes mudanças em relação ao que se
trata a formação de professores. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/ 96,
destaca por meio do artigo 62, que
De acordo com este artigo, notamos que é necessário para o exercício da docência
que o professor obtenha formação em várias áreas da Educação Básica, deste modo terá
competência profissional no desenvolvimento de suas práticas pedagógicas embasadas
nas teorias estudadas nos cursos de formação continuada.
A formação do professor não deve ser vista como um conhecimento pronto e
inacabado pois a cada dia surgem novas ferramentas, conteúdos e novas tecnologias. O
professor deve refletir diariamente suas práticas pedagógicas buscando ressignificá-la,
ampliar a teoria e focando também as atitudes, pois estas também fazem parte do
processo educativo.
Deste modo, o professor necessita adotar um novo papel, uma nova postura,
encontrando através dos cursos licenciatura e de formação continuada, “que leve em
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A escola durante anos foi palco de omissão em exercer seu verdadeiro papel no
que diz respeito incluir o aluno com deficiência, sendo estes alunos segregados,
excluídos e apenas inseridos. Cabe a escola desenvolver um currículo voltado para
contemplar o ensino para as crianças com deficiência visando valorizar suas
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Contudo, para o aluno surdo deve-se ser pensando em atividades e conteúdos que
sejam ministrados em sua língua de domínio, que os professores compartilhem com o
aluno a língua de sinais, objetivado que o mesmo possa se desenvolver de forma
plenamente possível, como é garantido ao aluno ouvinte.
Abordar também o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s)
podem e devem contribuir na construção de práticas pedagógicas inclusivas, no âmbito
da nova política de Educação Especial. Neste sentido, a formação de professores é de
suam importância para o uso adequado e efetivo das denominadas tecnologias
assistivas, que compreendem as TIC’s aplicadas em serviços e recursos que servem para
ampliar as habilidades funcionais do aluno com surdez buscando por meio delas
promover a inclusão, melhoria na qualidade de vida e maior autonomia e produtividade,
no âmbito do contexto escolar.
As Tecnologias de Informação e Comunicação se compõem num conjunto de
recursos tecnológicos, sendo um amplo arsenal, que compreende computadores,
tabletes, internet, redes sociais, e-mails, entre outros, que podem ser utilizados de modo
a favorecer a aprendizagem dos alunos com surdez através da tecnologia assistiva
aplicada tanto na sala regular de ensino quanto no Atendimento Educacional
Especializado. Estes recursos precisariam ser disponibilizados nas escolas, nas salas de
recursos multifuncionais e para isso é necessário que gestores e professores tenham
conhecimento e saibam trabalhar com estas tecnologias para que se tornem grandes
aliadas no trabalho com os alunos surdos.
Entretanto, uma educação inclusiva que colabore para a formação do aluno com
surdez só pode acontecer mediante o preparo e formação dos professores, através da
disponibilidade de materiais didáticos, pedagógicos adaptados e tecnologias assistivas
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como lupas eletrônicas, jogos com adaptações, softwares, etc. baseadas nas
necessidades específicas do aluno com surdez.
Sobre a metodologia usada na prática pedagógica diária Alonso afirma que
3 MÉTODOS
Considerando a natureza do nosso objeto, para essa pesquisa preferimos optar por
uma pesquisa qualitativa que para Córdova (2009):
Contudo, faremos uma pesquisa de campo que para GIL (2002, p. 53):
zona rural. A Instituição Escolar funciona nos três turnos atendendo alunos do Ensino
Fundamental II, do Ensino Médio como também oferece a modalidade da Educação de
Jovens e Adultos (EJA) nos ciclos III e IV e oferta o Atendimento Educacional
Especializado na Sala de Recurso Multifuncional.
A escola em sua estrutura física possui onze (11) salas de aulas, um (01) laboratório
de informática, quatro (04) corredores que dão acesso a diversos ambientes, duas (02)
rampas de acessibilidade, um (01) pátio, uma (01) cantina, uma (01) cozinha, uma (01)
dispensa, um (01) arquivo, um (01) almoxarifado, seis (06) banheiros – três (03) masculinos
e três (03) femininos e destes um (01) banheiro com acessibilidade para meninos e um (01)
banheiro com acessibilidade para meninas, uma (01) sala de professores, uma (01)
biblioteca, uma (01) sala de recursos multifuncionais, uma (01) área aberta para
hasteamento dos pavilhões com três (03) mastros e uma (01) secretaria escolar.
Em relação aos recursos humanos, a escola conta com quatro (04) técnicos de nível
médio, um (01) Auxiliar de secretaria, vinte e seis (26) Professores do Ensino Fundamental
II e Médio, uma (01) Secretária, um (01) Gestor e dois (02) Coordenadores, totalizando
assim 35 funcionários.
Contudo, para Gray (2012) “os questionários são uma das técnicas mais usadas de
coleta de dados primários permitindo uma abordagem analítica explorando as relações entre
as variáveis”.
A análise para a coleta de dados irá ocorrer mediante duas visitas a Escola e as
mesmas acontecerão na Sala de Recurso Multifuncional (SRM).
Na primeira visita a intenção será observar como é realizado o Atendimento
Educacional Especializado (AEE) e quais as práticas pedagógicas são usadas pelas
professoras.
No segundo momento, será entregue o questionário as professoras para que
apreciem e tirem suas dúvidas acerca das questões (caso haja algum tipo de dúvida) e
será estabelecido uma data para que esse instrumento seja recolhido. Serão elaboradas
questões que possibilitem uma coleta de dados e permita compreender as práticas
pedagógicas que usam com os alunos com deficiência e conhecer a (as) formação (ões)
pedagógica (s) na área da Educação Especial.
A análise dos dados será realizada a partir das observações feitas e dos
questionários respondidos concomitantemente discutindo e contrapondo a luz dos
teóricos e discorrendo de forma qualitativa, visando contribuir de forma objetiva e
esclarecedora mediante as respostas obtidas para elucidar o objeto de estudo.
Contudo, para a realização desta pesquisa é importante lembrar que ela poderá
envolver riscos e gradações variadas de acordo com a Resolução 466/2012 – V que trata
dos riscos e benefícios:
4 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
ATIVIDADES 2020
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Escolha do X
tema/problema
Levantamento X
bibliográfico
Revisão de Literatura X
Elaboração/Revisão X
do Instrumento
Aplicação do Pré-teste X
do instrumento
Encaminhamento ao X
Comitê de Ética e
Pesquisa
Coleta de Dados X
Tabulação dos dados X
Análise e X
interpretação dos
dados
Redação do Relatório X
Final
Revisão de Texto X
Apresentação oral do X
TCC
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5 ORÇAMENTO
Material de consumo
Item Quantidade Valor Valor
(unid) Unitário Total
Papel (resma) 02 (resmas) 15,00 30,00
Abastecimento do carro 05 (vezes) 20,00 100,00
Impressão de material 30 (fl) 0,50 15,00
Correção Morfossintática do trabalho 50 (fl) 2,00 100,00
Cópias Xerográficas 100 (fl) 0,20 20,00
Encadernação Simples 02 4,00 8,00
Encadernação capa dura 02 30,00 60,00
Material permanente
Item Quantidade Valor Valor
(unid) Unitário Total
Pen drive 01 30,00 30,00
Caderno para anotações 01 10,00 10,00
Canetas 03 2,00 6,00
Pastas transparentes 03 2,00 6,00
CD-ROM 02 2,00 4,00
Total Geral 389,00
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REFERÊNCIAS
_______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília: DF, 1996.
FONSECA, João José Saraiva da. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC,
2002.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ED. São Paulo: Atlas, 2002.
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LIMA, Emília Freitas de. Formação de professores - passado, presente e futuro: o curso de
Pedagogia. In: MACIEL, L. S. Bomura; SHIGUNOV NETO, A Formação de Professores,
passado, presente e futuro. São Paulo: Cortez, 2004.
RODRIGUES, Janine Marta Coelho; RÊGO, Rogéria Gaudêncio do. Formação Docente:
coletando textos, discutindo idéias. João Pessoa. Editora Universitária, UFPB, 2004.
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Assinatura e carimbo do responsável pela Instituição
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Assinatura do docente
Esta pesquisa foi analisada e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do IFPB
(CEP-IFPB), o qual tem o objetivo de garantir a proteção dos participantes de pesquisas
submetidas a este Comitê. Portanto, se o senhor (a) desejar maiores esclarecimentos
sobre seus direitos como participante da pesquisa, ou ainda formular alguma reclamação
ou denúncia sobre procedimentos inadequados dos pesquisadores, pode entrar em
contato com o CEP-IFPB. COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DO IFPB. Endereço:
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Av. João da Mata, nº 256 - Jaguaribe - Edifício Coriolano de Medeiros CEP 58.015-
020, João Pessoa, PB, Brasil; Telefone: (83) 3612-9725. Horário de atendimento:
Segunda à sexta, das 12h às 18h. Email:eticaempesquisa@ifpb.edu.br
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3) Que tipo de formação você considera necessária para a atuação na salas de recursos
multifuncionais no trabalho com aluno surdo? Justifique.
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4) Em sua opinião, qual a importância que você professor (a) considera em relação a
formação profissional para a inclusão de pessoas com surdez na escola?
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8) Em que atividade do AEE você dispende mais tempo: Assinale uma alternativa:
( ) atendimento ao aluno.
( ) na produção de materiais.
( ) articulação com o professor da sala de aula.
( ) planejamento de AEE.
( ) atendimento as famílias.
( ) outros.
9) Quais os perfis dos alunos atendidos por você na sala de recursos multifuncionais?
Assinale uma ou mais alternativas:
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11) Dos recursos de tecnologia assistiva abaixo para alunos surdos e com deficiência
auditiva, assinale com (X) na tabela conforme o que se pede:
auditivo ou relevo.
Jogos com sinalizações
em libras, apropriados
aos alunos com surdez.
CDs ou softwares em
libras e português.
Dicionário em libras.
Softwares com banco de
imagens para auxiliar o
estudo da LIBRAS e do
Português para alunos
com surdez.