Você está na página 1de 10

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO MARANHÃO

SECRETARIA ADJUNTA DE GESTÃO DE REDE DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM

CENTRO DE ENSINO Dr. JACKSON LAGO

ARNALDO ELIEZIO AMORIM SANTOS


PROF. DE QUÍMICA
ADRIANA
PROF. BIOLOGIA

A MISTURA QUE INCLUI

Presidente Sarney - MA
2022
SUMÁRIO
1 INFORMAÇÕES GERAIS 2
2 JUSTIFICATIVA 2
3 OBJETIVOS 4
3.1 OBJETIVO GERAL 4
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 4
4 EIXOS ESTRUTURANTES 5
5 OBJETOS DE CONHECIMENTO 5
6 METODOLOGIA 5
7 RECURSOS DIDÁTICOS 6
8 PROPOSTA PARA CULMINÂNCIA 6
9 CRONOGRAMA 7
10 AVALIAÇÃO.......................................................................................................................7
REFERÊNCIAS 8

1
1. INFORMAÇÕES GERAIS
● Título da Eletiva de Base: A Mistura que inclui!

● Série/Turma(s): 1ª (102 Noturno)

● Área de Conhecimento
☐ Linguagens e suas tecnologias
☐ Ciências da Natureza tecnologias
☐ Ciências Exatas e suas tecnologias
☐ Ciências Humanas e Sociais aplicadas
☐ Arte e movimento

● Componentes Curriculares: Química, Biologia, Matemática, Arte, Língua Portuguesa, ,


Educação Física e Projeto de Vida.

● Enfoque: Trabalhar de maneira interdisciplinar com os componentes Química,


Biologia,Matemática, Arte, Língua Portuguesa, Educação Física e Projeto de Vida,
relacionando os conteúdos aplicados pelas disciplinas em sala de aula, para
aprofundamento do projeto, dando ênfase ao projeto de vida.

2. JUSTIFICATIVA
A Eletiva: Mistura que inclui! Visa proporcionar possibilidades para o desenvolvimento de
ações pedagógicas por permitir práticas em equipe explorando a multiplicidades das formas
de aprender.
É crescente o número de pessoas que apresentam distintos tipos de deficiências físicas
e ou cognitiva, que freqüentam as instituições de ensino. No entanto percebe-se que ainda há
ineficiência no sistema educacional inclusivo, e também, os docentes que lecionam no ensino
regular, principalmente na educação básica, não possuem formação especializada para atender
esse público.
Segundo Melca e Blois (2014), a inclusão da educação especial no sistema regular de
ensino é hoje a principal diretriz das políticas públicas educacionais, e a formação de
professores é, sem dúvida o aspecto determinante para a efetivação dessa política. Mediante
isso, o deficiente visual possui uma forma de aprendizagem diferente, uma vez que seu
conteúdo não é visual, pode desenvolver outras habilidades como tato, audição e olfato.
A aprendizagem escolar do deficiente mediada pelo professor em uma instituição
escolar enfrenta algumas limitações, como a formação acadêmica do professor e sua prática

2
pedagógica em relação as deficiências ou limitações referentes as políticas públicas para a
educação (investimentos financeiros, recursos didáticos, continuidade de projetos
educacionais voltados para os deficientes . (Dorneles, 2002). Na visão de Sonza (2013), o
professor precisa enxergar o aluno deficiente visual como alguém que possui várias
potencialidades, além de apenas alguém que possui uma diferença.

É necessário o envolvimento de toda a comunidade escolar no sentido de romper


com estigmas e tabus enraizados na sociedade e prover a infraestrutura didático-
pedagógico e de pessoal necessária para acolher e manter o aluno na classe comum
de ensino, aprendendo como outro qualquer. A existência de núcleos de apoio e /ou
de salas de recursos também constitui experiências que tem surtido ótimos efeitos
nas instituições de ensino. (SONZA, 2013, p. 89).

Em relação à inclusão de deficientes em classe regular, Souza (199, p. 2), se refere da


seguinte forma.
A convivência entre indivíduos muito diferentes não é tão fácil. Implica em
mudanças institucionais, pedagógicos, metodológicas e pessoais. Quando me refiro a
muito diferentes, não falo da diferença peculiar ao ser humano, mas daquilo que o
torna mais diferente do que realmente é, tomando como parâmetro os critérios de
normalidade estabelecidos socialmente. O ingresso deste aluno em classe comum,
supõe uma (con) vivência entre alunos e professores deficientes e não deficientes,
onde a falta da visão estabelece a diferenciação dos referenciais perceptivos no
grupo. (SOUZA 199, p. 2).

Nesse ínterim, a diferença está nas estratégias utilizadas pelo professor no exercício da
sua profissão para ensinar alunos com deficiência. Além de adequar o ambiente da sala de
aula, de modo que esta possa ser adequada para atender as especificidades de cada aluno,
proporcionar aos alunos não deficientes a possibilidade vivenciar as dificuldades que os
alunos com deficiências enfrentam para estudar e desenvolver suas atividades diárias. Sendo
assim, Preti (2012, 78) aponta que a “educação precisa prestar suporte para o desenvolvimento
de adaptações curriculares que atendam às necessidades específicas de cada deficiência do
indivíduo e disseminar tecnologias assistivas educacionais inclusivas. Desse modo, é de suma
importância utilizar recursos didáticos que favoreçam a aproximação da teoria à prática e
possibilite uma aprendizagem mais eficaz, e é justamente isso que ocorre quando são
utilizados os experimentos, pois
Os experimentos são desenvolvidos na forma de problemas ou testes de hipóteses,
envolvendo o cotidiano do aprendiz e tendo, portanto, um caráter investigativo. O
aprendiz tem um papel ativo na construção de seu próprio conhecimento e o
professor deve auxiliá-lo neste processo, subsidiando-o com informações e
conhecimentos necessários (SHILLAND, 1999; CARVALHO, 1999).

Sendo assim, o presente trabalho que aborda a temática MISTURA QUE INCLUI

3
“Experimentos adaptados para o ensino de Biologia/Química para alunos com deficiências.
Para tanto, este estudo se justifica pelo fato de ainda haver déficit de propostas
pedagógicas envolvendo atividades experimentais adaptadas para alunos com deficiências,
fazendo com que não haja uma “real inclusão” e uma sensibilização por parte dos alunos não
deficientes. Mediante isso, para Lima (2007 apud Ferroni, 2011, p.34), todo aluno tem direito
de beneficiar-se de uma formação que responda às suas necessidades educacionais e cabe à
escola e, consequente, aos educadores a busca de mecanismos para propiciar a aquisição de
conhecimentos, respeito e inclusão. Dessa forma, disponibilizar recursos didáticos que
aproxime a teoria à vivência do aluno com deficiência, faz toda diferença no ambiente escolar,
além de melhorar a aprendizagem desse educando, o mesmo irá se sentir incluído.
Sendo assim, espera-se que as adaptações feitas nos experimentos propostos sejam
satisfatórias, para atender as necessidades dos alunos com deficiências, e sensibilizar os não
deficientes.
Ante o exposto, as escolas e principalmente os professores devem desenvolver
estratégias como a exposta neste estudo, para incluir todos os alunos com deficiências, pois
como disposto na Declaração de Salamanca de 1994,

[...] escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas


condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Deveriam
incluir crianças deficientes e superdotadas, crianças pertencentes a minorias
linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos em desvantagem ou
marginalizados. [...] Escolas devem buscar formas de educar tais crianças bem
sucedidamente, incluindo aquelas que possuam desvantagens severas. (UNESCO,
1994, p.3).

Portanto, nota-se a importância de incluir todos os alunos a um ambiente escolar


acolhedor onde seja oferecido uma educação de qualidade e adaptada para atender todas as
necessidades dos estudantes. Ademais, a educação inclusiva reconhece que todos os alunos
pode aprender, seja ela deficiente ou não, cabe a instituição escolar adaptar-se e desenvolver
metodologias que atendam e acolha a todos.

3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
-Realizar uma eletiva com o objetivo de estabelecer a igualdade de possibilidades e
oportunidades para alunos com deficiências no âmbito da educação inclusiva, e oportunizando
aos alunos não deficientes sentirem empatia pelos alunos com deficiências, Ou seja, tornar um
direito de todos estudantes de freqüentar um ambiente educacional inclusivo..

4
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Favorecer atividades inclusivas de experiências com mistura e separação de misturas;
- Aproximar os estudantes na fomentação de uma educação de equidade;
- Oportunizar aos estudantes que não possuem deficiências experimentar as diversas maneiras
que alunos deficientes realizam atividades como mistura de substâncias, separação, artes.
- Desenvolver a autonomia, responsabilidade social na execução de atividades;
-Utilizar os conhecimentos adquiridos em avaliações externas;
-Assimilar e articular o conhecimento adquirido com conhecimentos de outras áreas do saber;
-Observar os tipos de mistura e transformações químicas na elaboração dos experimentos;

4. EIXOS ESTRUTURANTES
-Investigação Científica
-Processos Criativos
-Mediação e Intervenção Sociocultural
- Arte
- Leis

5. OBJETOS DE CONHECIMENTO
-Química: Unidades de medidas, Mudanças de estado físico, Misturas e Transformações químicas;
- Biologia: Genética, substâncias, reprodução;
-Arte: Pinturas, e outras atividades.

6. METODOLOGIA
Os experimentos na disciplina de Biologia/Química apresenta-se como fator
pedagógico importante de facilitação da aprendizagem, com pauta nisso, foi pensado
estrategicamente em adaptações inclusivas para alunos com deficiencias. Dessa forma, o
processo consiste em experimentos como proposta referente ao conteúdo “Separação de
Misturas” e pinturas .
Experimento ( I ):
A primeira experimentação diz respeito a separação de misturas heterogêneas, que tem
por nome Catação. Este método supracitado baseia-se em separar dois ou mais sólidos, que
pode ser reconhecido no dia a dia quando tiramos as impurezas dos grãos de feijão antes de
coloca-lo para cozinhar por exemplo.
Materiais
Lista de materiais necessários para a realização do experimento de catação:

5
 miçangas no formato de cubo;
 miçangas no formato de esfera;
 2 saquinhos de geladinho;
 3 recipientes;
 mesa;
Procedimento
O processo se dá através de duas etapas: a formação da mistura e posteriormente sua
separação por catação.

Formação de mistura
1.Coloque as miçangas em forma de esfera em um saquinho de geladinho e as em forma de
cubo no outro saquinho;
2.Em cima de uma mesa disponha um recipientee oriente o discente a tocá-lo para identificar
sua posição;
3.Peça que o aluno estenda uma mão, com cuidado deposite as miçangas de formato esférico e
conduza-o a despejar no recipiente do meio;
4.Repita o procedimento 3com as miçangas em forma de cubo.

Separação por catação


1.Posicione os dois recipentes na mesa, um de cada lado do recipiente com a mistura de
sólidos (miçangas);
2.Oriente o educando a tocar os três recipentes para identificar suas posições e quais estão
vazios;
3.Direcione o aluno a fazer a separação manual dos sólidos, depositando as miçangas esféricas
em um recipiente vazio e as em forma de cubo no outro recipiente vazio.
Experimento ( II ):
Esta experimentação corresponde também a separação de misturas heterogêneas de
sólidos. No entanto, a diferença está atrelada a propriedade existente em alguns materiais de
serem atraidos por um imã, um exemplo desse método seria um eletroímã que atrai ferro para
reciclagem em um ferro-velho.
Materiais
 moedas (ou qualquer outro material que seja atraído por imã);
 miçangas;

6
 2 recipientes;
 1 imã;
 mesa;
Procedimento
O processo se dá através de duas etapas: a formação da mistura e posteriormente sua
separação por magnetismo.

Formação de mistura
1.Na sua mesa de professor coloque um recipiente;
2.Peça que o aluno o toque para identificar sua posição;
3.Deposite as moedas na mão do aluno e conduza-o a colocar no recipiente;
4.Repita o procedimento 3 com as miçangas;

Separação por magnetismo


1.Coloque o outro recipiente na mesa ao lado do que tem a mistura;
2.Peça que o discente toque ambos para saber suas posições e qual está vazio;
3.Espalhe bem a mistura de sólidos presente no recipiente;
4.Dê ao aluno um imã;
3.Explique que ele fará a separação aproximando o imã que está em sua mão da mistura que
ele produziu;
4.Oriente o aluno a aproximar o imã por toda superficie da mistura para que atraia os
materiais;
5.Direcione o educando a colocar os materiais que foram atraídos no recipiente vazio;
6.Repita o procedimento 4 até que todo material seja separado.

7. RECURSOS DIDÁTICOS
-Materiais de papelaria;
-Moedas metálicas;
-Computador;
-Datashow;
- Pinceis
- Tintas
- Telas
8. PROPOSTA PARA A CULMINÂNCIA

7
A Culminância será feita através de exposição de trabalhos realizados pelos alunos procurando
aproveitar as habilidades particulares e as desenvolvidas na Eletiva. Com essas atividades pretendemos
desenvolver e tornar o aprendizado mais prazeroso, tendo em mente que a Culminância não deve ser o
objetivo final a ser atingido, mas sim um aproveitamento máximo nas experiências vividas durante as
aulas da Eletiva.
Exposição de stands, demonstrações de experimentos, pinturas em telas, elaborados pelos
estudantes, apresentações de vídeos em datashow e etc.

9.CRONOGRAMA
AGOST SETEMBR OUTUBR NOVEMBR DEZEMBR
O O O O O
ELABORAÇÃO DO
TEMA
ANÁLISE DE
MATERIAIS A SEREM
UTILIZADOS
RODA DE
CONVERSA/
PALESTRAS/MOSTR
A DE FILMES E
VÍDEOS

CONFECÇÃO DE
EXPERIMENTOS
CONFECÇÃOS DE
PINTURAS EM TELA
CULMINÂNCIA

10. AVALIAÇÃO
A avaliação acontecerá ao longo da eletiva, por meio da observação em relação à participação
dos estudantes durante as aulas teóricas e práticas, e na culminância. Também se dará através

8
dos debates na sala de aula, entrega e análise das atividades propostas, criatividade,
coletividade e cooperação, cultivo de valores positivos e reflexão crítica.
Os aspectos considerados no processo de avaliação o nível de envolvimento dos estudantes na
realização das atividades e entrega das atividades propostas. É importante, também ir além do
conteúdo, promovendo e acompanhando o desenvolvimento de qualidades ligadas ao ser
humano, tais como: respeito, solidariedade, empatia, autonomia, compromisso, resolução de
problemas, afetividade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. 2006. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o


atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos cegos e de alunos com baixa
visão. Brasília: SEESP/MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.
DORNELES, Claunice Maria. A contribuição das novas tecnologias no processo de ensino
aprendizagem do deficiente visual. 2002. 177 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade
Federal do Mato Grosso do Sul.
KUSS, Paulo Fernando. Análise da inclusão das crianças cegas na educação regular: um olhar
para a tecnologia assistiva. 2016. 107 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Vale do
Itajaí.
CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA (CBO). As condições de saúde ocular no
Brasil, 2012.
SHILAND, Thomas w. Construtivismo: Implicações para o Trabalho de Laboratório. Journal
of Chemical Education, 76(1), 107-109, 1999.
GODOY, Leandro Pereira de. Ciências & vida e universo: 6º ano: ensino fundamental: anos
finais. – 1.ed. –São Paulo: FTD, 2018.

Você também pode gostar