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DESAFIOS NA INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNO COM DEFICIÊNCIA

INTELECTUAL: UM ESTUDO DE CASO

Autor1, Marinaldo Ribeiro dos Santos

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO

Este estudo de caso tem como propósito identificar os desafios e obstáculos enfrentados pelo
aluno RFS, com deficiência intelectual, especialmente em relação à sua integração no processo de
ensino e na dinâmica social do ambiente escolar. Matriculado no oitavo ano do ensino fundamental em
uma escola pública municipal em São Raimundo Nonato, Piauí, no contraturno o aluno frequenta a sala
de recursos multifuncionais na mesma instituição, onde recebe o atendimento educacional especializado.
Diagnosticado com uma deficiência intelectual leve, o aluno enfrenta acentuadas dificuldades de
aprendizagem, baixo rendimento escolar e isolamento social, tanto na sala de aula, quanto nas demais
dependências do espaço escolar. A metodologia empregada envolveu pesquisa de campo por meio de
questionários e entrevistas com os responsáveis, além da observação do aluno nas diversas áreas da
escola, incluindo a sala de aula comum e a sala de recursos. O estudo destaca a escassez de
acessibilidade no espaço escolar para inclusão de alunos com deficiência intelectual. Salas mal
iluminadas e superlotadas, aliada à falta de preparo da maioria dos professores para lidar com esse perfil
de aluno, resultam na incapacidade de envolver estratégias de ensino eficazes para integrá-los ao
processo de ensino-aprendizagem junto aos demais alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Dificuldades de aprendizagem. Inclusão. Deficiência intelectual. Acessibilidade.

1 mrs.educador@gmail.com
1 INTRODUÇÃO

A inclusão de alunos com deficiência intelectual nas escolas tornou-se, nos dias
atuais, uma prioridade educacional. Este estudo de caso tem por fim investigar as
dificuldades que o aluno RFS, com deficiência intelectual, matriculado no oitavo ano do
ensino fundamental, enfrenta para ser incluído no processo de ensino-aprendizagem,
como também de socialização dentro do espaço de uma escola pública da rede
municipal de ensino, em São Raimundo Nonato no Piauí.
O aluno foi diagnosticado com uma deficiência intelectual leve, mas que afetou
sua capacidade cognitiva, causando no mesmo uma acentuada dificuldade de
aprendizagem, baixo rendimento escolar e isolamento social, fazendo com que
encontre dificuldades em interagir com os demais alunos da escola, bem como no
convívio social do seu meio familiar.
A pesquisa foi conduzida por meio de um estudo de caso que abrangeu um
aluno matriculado no oitavo ano do ensino fundamental, diagnosticado com deficiência
intelectual, tendo como propósito identificar os desafios e obstáculos enfrentados por
esse aluno, especialmente em relação à sua integração no processo de ensino-
aprendizagem e na dinâmica social do ambiente escolar. A coleta de dados foi
realizada no período de setembro a novembro de 2023, em uma escola localizada em
um bairro periférico da cidade de São Raimundo Nonato no Piauí, que atende alunos do
sexto ao nono ano do ensino fundamental, dispondo de oito salas de aulas e uma sala
de recursos multifuncionais, pátio, cantina, banheiros masculino e feminino, sala de
professores, diretoria e secretaria. Entretanto, é importante destacar que o espaço
escolar apresenta desafios significativos em termos de acessibilidade. As salas comuns
são caracterizadas por iluminação inadequada, ventilação limitada e superlotação de
alunos. Este cenário é agravado pelo fato de os professores, em sua maioria, não
estarem plenamente preparados para atender alunos com deficiência intelectual, que
diante dessa falta de preparo, eles enfrentam dificuldades na formulação de estratégias
pedagógicas eficazes, prejudicando a inclusão efetiva desses alunos no processo
educacional junto aos demais colegas.
Portanto, com base no prognóstico da inclusão, observa-se que a presença de
desafios na inclusão do aluno do caso em estudo se associa a barreiras pedagógicas
no ambiente escolar, junto com a falta de adaptações curriculares e de estratégias
pedagógicas específicas, bem como a falta de suporte e ajuda por parte dos demais
funcionários da escola que também dificulta a inclusão do aluno em outras
dependências da escola, como também a superlotação da sala de aula juntamente com
a falta de atitudes e de conhecimento dos professores em relação à inclusão, a
percepção e participação do aluno no processo de ensino aprendizagem.
Sendo assim, este trabalho tem como objetivo identificar os principais desafios e
dificuldades enfrentado pelo aluno RFS, com deficiência intelectual, em sua experiência
educacional, bem como analisar o impacto dessas dificuldades no seu processo de
ensino-aprendizagem, e ao mesmo tempo propor recomendações práticas que
promovam sua inclusão escolar com mais eficácia.
Dessa forma ao analisar os desafios de inclusão sob diferentes perspectivas
teóricas, o presente trabalho pode ampliar o entendimento sobre as complexidades
envolvidas na implementação de práticas inclusivas, preenchendo lacunas na
compreensão dos desafios específicos enfrentados por alunos com deficiência
intelectual em contextos educacionais inclusivos, como também sensibilizar a
comunidade escolar sobre a importância de criar um ambiente escolar inclusivo e de
oferecer suporte adequado para garantir o pleno desenvolvimento de alunos com
deficiência intelectual.
Para a realização da pesquisa adotou-se como procedimento metodológico a
pesquisa de campo, no período de setembro a novembro de 2023, tendo como base a
abordagem qualitativa, onde os dados coletados se deram mediante questionários
respondidos pelos professores da sala comum e sala de recursos, também foi feita uma
entrevista com a mãe do aluno, e uma observação minuciosa do aluno nos diferentes
espaços do ambiente escolar.
O trabalho foi estruturado em capítulos, organizados da seguinte forma:
Capítulo 1. Introdução
• Apresenta contextualização breve e delimitação do tema.
• Explanação dos objetivos do estudo e a justificativa de sua relevância para a
sociedade e comunidade escolar.
• Finaliza com a descrição da metodologia empregada para a coleta de dados no
desenvolvimento da pesquisa.
Capítulos 2. Desenvolvimento
• Inicia com a fundamentação teórica que embasa o trabalho.
• Descreve o tipo de pesquisa empregada no desenvolvimento do estudo.
• Indica o procedimento aplicado para a coleta de dados.
Capítulo 3. Conclusão:
• Constitui o encerramento do trabalho, apresentando as respostas para as
hipóteses e objetivos levantados ao longo da pesquisa.
Capítulo 4. Referências
• apresenta todas as citações utilizadas como fundamentação teóricas ao longo do
texto, contribuindo para a sustentação do tema.

2 DESENVOLVIMENTO

Aspectos legais

De acordo com a Constituição Federal, artigo 205, a educação é assegurada


como direito de todos e dever do estado e da família, promovida e incentivada em
parceria com toda a sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
garantindo sua habilitação como cidadão e ao mesmo tempo promovendo sua
qualificação para o trabalho profissional (Brasil, 1988).
Em relação a educação especial, a Constituição Federal garante em seu artigo
208, inciso III – atendimento educacional especializado as pessoas com deficiência, e
que seja de preferência na rede regular de ensino público (Brasil, 1988).
De acordo com o artigo 58 da Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional nº
9.394/96, a educação especial, deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades e superdotação, e quando haver necessidade, deve ser oferecido
apoio especializado, na escola regular, sendo observado as condições específicas de
cada aluno (Brasil, 1996).
Segundo a Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência, aprovada
pela ONU em 2006, determina que os Estados-partes, incluindo o Brasil, devem garantir
um sistema de educação inclusiva em todas as modalidades de ensino, em ambientes
que promovam o desenvolvimento acadêmico e social e assegurem a plena
participação e inclusão. (Brasil, 2010,).
Quanto ao atendimento educacional especializado (AEE), de acordo com as
diretrizes da Política Nacional de Educação especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva, “tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de
acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos,
considerando suas necessidades específicas” (Brasil, 2010, p. 21).

A importância da escola comum na inclusão de alunos com deficiência

Durante muito tempo as pessoas com deficiência eram tratadas pela sociedade
como incapazes, sem competência para aprender qualquer coisa que lhes fosse
ensinada, chegando a serem segregadas pela própria família, que as privavam do
convívio social e também o direito de frequentar a escola. Com o passar dos anos, essa
ideia de segregação foi perdendo espaço para novos paradigmas que buscam,
principalmente a inclusão de pessoas com deficiências, tanto no meio social do qual ele
faz parte, como também sua plena inserção dentro dos espaços escolares, juntos com
os demais alunos e participando ativamente do processo de ensino/aprendizagem.
Uma verdadeira sociedade inclusiva deve, antes de tudo, perceber a importância
do espaço escolar como um espaço de ampla convivência, troca de experiência,
respeito mútuo e sem qualquer tipo de exclusão ou discriminação.
Para Salete e aranha (2004, p. 9), a escola é:

Um dos principais espaços de convivência social do ser humano, durante as


primeiras fases de seu desenvolvimento. Ela tem papel primordial no
desenvolvimento da consciência de cidadania e de direitos, já que é na escola
que a criança e o adolescente começam a conviver num coletivo diversificado,
fora do contexto familiar.
Uma escola comum se torna inclusiva de fato, quando inclui todos os alunos
dentro do seu processo educativo, respeitando as diferenças existentes e inovando com
práticas pedagógicas que contemplem a todos sem distinção, garantindo a plena
participação no processo de ensino-aprendizagem (Ropoli, et al., 2010).
Para Mantoan (2003, p. 16), “As escolas inclusivas propõem um modo de
organização do sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos
e que é estruturado em função dessas necessidades.”

A inclusão de alunos com deficiência intelectual na escola comum

A inclusão de alunos com deficiência intelectual em escolas comuns tem


desafiado constantemente, não somente os professores, mas também todos os
profissionais da educação que atuam dentro das escolas. De acordo com (Gomes, et
al., 2007, p. 16) “As outras deficiências não abalam tanto a escola comum, pois não
tocam no cerne e no motivo da sua urgente transformação.”
É imprescindível enfatizar que não basta apenas inserir os alunos com deficiência
intelectual nas salas comuns, mas sim incluí-los de fato no processo de ensino, fazendo
que ele tenha oportunidade de participar igualmente dos conteúdos curriculares.

Na concepção inclusiva, a adaptação ao conteúdo escolar é realizada pelo


próprio aluno e testemunha a sua emancipação intelectual. Essa emancipação
é consequência do processo de auto-regulação da aprendizagem, em que o
aluno assimila o novo conhecimento, de acordo com suas possibilidades de
incorporá-lo ao que já conhece. (Gomes, et al., 2007, p. 17)

Lira; Braga; Silva, (2022, p. 7), reforça:

A educação inclusiva faz parte de um paradigma educacional que se


fundamenta na concepção dos direitos humanos, que luta pela igualdade, e que
avança em relação ao ideal de justiça nas circunstâncias que revelam exclusão
dentro ou fora da instituição escolar.

Para favorecer a aprendizagem do aluno com deficiência intelectual na escola


comum, é necessário que ele participe do atendimento educacional especializado
(AEE), que funciona no contraturno das aulas da sala regular.
Batista e Mantoan (2006, p. 9), dizem que “O atendimento educacional
especializado deve ser oferecido em horários distintos das aulas das escolas comuns,
com outros objetivos, metas e procedimentos educacionais.”

O objetivo do Atendimento educacional especializado é propiciar condições e


liberdade para que o aluno com deficiência mental possa construir a sua
inteligência, dentro do quadro de recursos intelectuais que lhe é disponível,
tornando-se agente capaz de produzir significado/conhecimento (Gomes, et al.,
2007, p. 25).

De acordo com (Ropoli, et al.,2010, p. 17):

O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua


autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas
de ensino. É realizado de ´preferência, nas escolas comuns em um espaço
físico denominado Sala de Recursos Multifuncionais. Portanto, é parte
integrante do projeto político pedagógico da escola.

Desafios e perspectivas na inclusão escolar: clarificação do caso

Ao considerarmos minuciosamente o estudo de caso do aluno RFS, que enfrenta


desafios significativos devido à deficiência intelectual, e as barreiras encontradas para
sua plena inclusão no processo de ensino- aprendizagem, a análise aprofundada dos
aspectos legais e conceituais revela uma rica compreensão dos fundamentos que
respaldam a importância da inclusão escolar. Nesse contexto, a abordagem cuidadosa
desses elementos proporciona uma base sólida para a compreensão da relevância da
inclusão educacional, bem como das diretrizes legais que foram estabelecidas para
garantir esse direito fundamental a todos os alunos.
Explorar as nuances do estudo de caso do aluno RFS permite uma imersão nos
desafios específicos enfrentados por esse aluno, como sala de aula superlotadas, com
pouca iluminação e ventilação, professores despreparados para incluir alunos com
deficiência intelectual no processo educacional e falta de atitudes de funcionários da
escola em relação aos alunos com deficiência. Assim, esses desafios nos possibilita
uma análise contextualizada e sensível das dificuldades que surgem em seu percurso
educacional. A deficiência intelectual por sua natureza única e variável destaca a
necessidade de estratégias inclusivas e personalizadas que atendam às suas
especificidades.
Aprofundando se nos aspectos legais, é possível perceber com a legislação,
como a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional nº 9.394/96, estabelece claramente o direito à educação inclusiva para todos
os estudantes, incluindo aqueles com deficiência intelectual. Além disso, a ratificação
internacional por meio da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência,
adotada pela ONU em 2006, ressalta o compromisso global com a criação de
ambientes educacionais inclusivos.
Ao considerar esses dispositivos legais, é possível construir uma compreensão
mais abrangente do cenário normativo que envolve a educação inclusiva.
No âmbito conceitual, a análise se estende à compreensão das próprias bases
filosóficas da inclusão escolar. A ideia de uma escola inclusiva vai além do simples
acesso físico, ela abraça a ideia de que cada aluno, independente de suas diferenças,
deve ter oportunidade não apenas de estar presente, mas de participar plenamente do
processo educacional. Concepções como a proposta por Mantoan (2003) e as
Diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (2010), destacam a importância de organizar o sistema educacional em função
das necessidades individuais de cada estudante.
Portanto, ao unir a análise do estudo de caso do aluno RFS com a compreensão
profunda dos aspectos legais e conceituais relacionados a inclusão escolar, estabelece-
se uma plataforma robusta para advogar e implementar políticas educacionais que
respeitem a diversidade, promovam a igualdade e assegurem que o direito à educação
seja verdadeiramente acessível a todos os alunos, independentemente de suas
habilidades ou desafios específicos.

Metodologia

Para realização dessa pesquisa foi utilizado a abordagem qualitativa, tendo como
base o estudo de caso do aluno RFS, com deficiência intelectual, matriculado no oitavo
ano do ensino fundamental. Gil (2002, p. 55), enfatiza que: “Os propósitos dos estudos
de caso é de proporcionar uma visão global do problema ou de identificar possíveis
fatores que influenciam ou são por ele influenciados.”
Foram utilizados para a coleta de dados questionários com os professores da
sala de aula comum, professor da sala de recursos multifuncionais, e uma entrevista
com a mãe do aluno, também foi feita uma observação minuciosa do aluno em
diferentes locais do espaço escolar, como sala comum, sala de recursos multifuncionais
e pátio na hora do recreio. Segundo Danna e Matos (2011, p. 14):

Os dados coletados por observação referem-se aos comportamentos exibidos


pelo sujeito: contatos físicos com objetos e pessoas, vocalizações, expressões
faciais, movimentações no espaço, posturas e posições do corpo etc. Os dados
referem-se também a situação ambiental, isto é, às características do meio
físico e social em que o sujeito se encontra, bem como às que ocorrem no
mesmo.

As autoras citadas acima ainda destacam que: “Os dados coletados por
observação são usados para diagnosticar a situação-problema, para escolher as
técnicas e procedimentos a serem empregados, e para avaliar a eficácia dessas
técnicas e procedimentos.”
Toda pesquisa foi realizada no período de setembro a novembro de 2023, dentro
do espaço de uma escola pública, na cidade de São Raimundo Nonato, no estado do
Piauí, e também foi feita uma visita na casa do aluno, para coleta de informações sobre
o mesmo no seu meio social e familiar.
Os questionários usados na pesquisa foram compostos de dez questões, com
perguntas abertas deixando um espaço para que o respondente emita as respostas
usando suas próprias palavras. Foi elaborado dois tipos de questionário, onde um
questionário foi direcionado ao professor da sala de recursos multifuncionais, com
perguntas relacionadas as atividades desenvolvidas com o aluno no atendimento
educacional especializado (AEE), e o outro para dois professores da sala comum, com
perguntas direcionadas as atividades curriculares aplicadas na sala de aula, levando
em conta o interesse e capacidade do aluno em desenvolvê-las, bem como sua relação
e interação com os demais alunos.
A escolha dos professores que responderam ao questionário foi feita mediante o
interesse dos mesmos em participar da pesquisa.
Também foi feito uma entrevista com a mãe do aluno na sua própria residência
com perguntas diretas sobre o comportamento do mesmo no contexto familiar.

3 CONCLUSÃO

Concluindo, a análise do cenário de inclusão do aluno RFS, com deficiência


intelectual, destaca uma série de desafios interligados que comprometem
significativamente sua experiência educacional. As barreiras pedagógicas no ambiente
escolar, aliadas à ausência de adaptações curriculares e estratégias pedagógicas
específicas, evidenciam-se como fatores cruciais. Além disso, a falta de suporte e
colaboração por parte dos demais funcionários da escola, a superlotação da sala de
aula e a escassez de atitudes e conhecimentos por parte dos professores em relação à
inclusão escolar exacerbam ainda mais as dificuldades percebidas.
Nesse contexto, o trabalho se propôs a identificar e compreender esses desafios,
bem como analisar o impacto direto dessas dificuldades no processo de ensino-
aprendizagem do aluno do caso em estudo. A constatação desses entraves reforça a
urgência de estratégias práticas e eficazes para promover uma inclusão mais efetiva.
Diante desse panorama, as recomendações práticas emergem como uma
necessidade vital para reduzir as barreiras identificadas. Essas recomendações devem
ser orientadas para implementação de adaptações curriculares, capacitação adequada
dos professores, a sensibilização de toda a comunidade escolar e a promoção de
estratégias inclusivas que atendam as necessidades específicas do aluno RFS. Assim,
espera-se que este trabalho contribua não apenas para a compreensão aprofundada
dos desafios enfrentados por alunos com deficiência intelectual, mas também para
efetiva transformação do ambiente escolar em um espaço inclusivo e acolhedor.
4 REFERÊNCIAS

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http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/529969. Acesso em: 16 de janeiro de 2024.

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MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer?.
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ROPOLI, Edilene Aparecida et al. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão


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SALETE, Maria; ARANHA, Fábio. Educação Inclusiva: v. 1: a fundamentação


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