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Subprojeto: PEDAGOGIA
RESUMO
Este artigo pretende mostrar como os jogos matemáticos podem servir de auxílio e
recurso didático, mostrando-se como meio alternativo que facilita o ensino e o gosto dos
discentes pela disciplina de Matemática, temida e muitas vezes execrada nas salas de
aula. A Matemática e sua aprendizagem possuem fatores muito variáveis, tornando seu
ensino bastante complexo, considerando assim que a utilização dos jogos para
complementar o estudo é de grande valia para um ensino através lúdico. Sabe-se que o
trabalho com jogos matemáticos proporcionam experiências enriquecedoras que vão
além da aquisição de habilidades, perpassam pela aceitação de normas, pela fomentação
do trabalho em equipes, e acima de tudo desenvolvem o respeito pelo outro. Nesse
sentido, os jogos tornam-se elemento catalisador, contribuindo e motivando o interesse
do aluno, auxiliando educadores e mestres no ensino do conteúdo relativo à matéria,
fazendo com que o educando identifique suas dificuldades e tenha condições superá-las.
Pensando assim, o artigo busca apresentar situações para o desenvolvimento e
construção de instrumentos que facilitem o ensino e a compreensão de conceitos
matemáticos relativos às operações fundamentais. Apresenta, ainda, observações quanto
ao desenvolvimento de jogos, suas aplicações e modificações ocasionadas por seu uso
em sala de aula e como estes podem tornar o aprendizado significativo para uma turma
terceiro ano do ensino fundamental. Enfatiza-se, também a importância e os desafios
metodológicos dos jogos no ensino das aulas de Matemática, lembrando que os
mesmos, quando convenientemente preparados, tornam-se um recurso pedagógico
eficaz para a construção do conhecimento matemático.
Ao pensarmos no ensino de Matemática, que muitos tiveram nos anos iniciais, muitas
coisas veem em nossas mentes, como lembranças de quão aqueles problemas colocados
nos lousa, com enunciados enormes e de difícil entendimento eram complicados para
todos, o que acabou em produzir nesses alunos do passado uma forma de organização
artificial e desnecessária, para tal ensino. Nessa forma de ensino, a Matemática estava
apenas vinculada a memorização de fórmulas, regras e resolução de cálculos, tornando-
se, assim, uma disciplina complicada e com aprendizado penoso.
Entende-se que ensinar Matemática, não é somente fazer com que os alunos calculem,
resolvam equações ou ainda memorizem regras e fórmulas, mas sim levá-los a adquirir
habilidades que possibilitem a resolução de situações problemas apresentadas em seu
cotidiano das mais variadas formas possíveis. Considerando isso, vemos que a
Matemática é uma ciência que está sempre em evolução e o lúdico, na forma de jogo,
vem para auxiliar seu aprendizado que antes parecia tão intricado.
Os jogos na fase de ensino aprendizagem se tornam acessórios no desenvolvimento de
conhecimentos e capacidades e dão aos alunos do ensino fundamental a oportunidade de
utilizar suas habilidades matemáticas de novas maneiras. Até mesmo aqueles que
pensam não poderem aprender esta matéria se sentem familiarizados pelo simples fato
de ver através dos jogos o concreto daquela determinada operação, deixando de
fundamentar o ensino numa fórmula ou regra que deveria ser decorada e passando
através da ludicidade a vivenciar a Matemática, associando e entendendo todo o
significado embutido na problematização apresentada, chegando a uma resolução de
modo menos árduo e muito mais prazeroso.
Segundo Starepravo (2010, p. 20), devemos saber usar os jogos no ensino da
matemática para tirarmos o maior proveito possível:
[...] Se conseguirmos compreender o papel que os jogos exercem na
aprendizagem de matemática, poderemos usá-los como instrumentos
importantes, tornando-os parte integrante de nossas aulas de
matemática. Mas devemos estar atentos para que eles realmente
constituam desafios. Para isso, devemos propor jogos nos quais as
crianças usem estratégias próprias e não simplesmente apliquem
técnicas ensinadas anteriormente.
Os jogos por sua vez dão suporte aos alunos e fazem com que consigam utilizar mais de
uma habilidade ao mesmo tempo, levando-os ao verdadeiro aprendizado baseado no uso
concreto de saberes.
No ambiente escolar, os jogos têm como finalidade explícita o ensinar, possibilitando
aos discentes o desenvolvimento de sua capacidade de organização, argumentação e
algumas outras atitudes como: saber trabalhar em equipe, aprender a lidar com o ganhar
e perder e ainda o respeitar regras.
Considerando as dificuldades quanto ao ensino de Matemática, elaborou-se um projeto
baseado no material do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), do
Ministério da Educação (MEC), operacionalizado como um programa que traz
estratégias formativas para o ensino de Matemática no ciclo de Alfabetização. Ademais,
se objetivou neste projeto fazer com que os alunos do terceiro ano do ensino
fundamental da escola EMEF Prof. Eurico Leite de Moraes, desenvolvam habilidades
matemáticas e construam conhecimento através do mundo concreto dos jogos que
facilita e, principalmente, efetiva o aprendizado significativo.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Metodologicamente, pode-se observar que todo o material e todo jogo que se utiliza
dentro do ambiente escolar, carece de planejamento e posturas coerentes de educando e
educador, sendo necessário um direcionamento adequado.
O programa do governo federal. PNAIC de Alfabetização Matemática, destaca, ainda:
O próximo jogo foi o “Jogo das Operações” que objetivou facilitar o desenvolvimento
de habilidades do campo aditivo e do campo da subtração, levando o discente a pensar e
revolver situações problemas de seu cotidiano. Cada tabuleiro foi confeccionado a
partir de dezesseis garrafas pet trazidas pelos próprios alunos que depois foram cortadas
ao meio para formar “potes”, nos quais foram colocadas variadas quantidades de
tampinhas. Também faziam parte de cada jogo uma bolinha, um dado com faces
identificadas com símbolos da operação (adição ou subtração) a ser realizada pelo
jogador e uma tabela para anotação dos resultados de cada jogada. O aluno deveria
pegar a bolinha, jogar em direção ao tabuleiro e recolher as tampinhas do pote no qual
caiu a bolinha. Em seguida, repetia o procedimento e colocava as tampinhas recolhidas
na segunda jogada ao lado das outras. Após isso, o aluno deveria jogar o dado, descobrir
a operação que deveria realizar (adição ou subtração) e, em seguida resolver o cálculo
anotando-o na tabela. No jogo, ganhava o aluno que obtivesse o maior resultado. Para
variar o grau de dificuldade do jogo bastava alocar uma maior ou menor quantidade de
tampinhas por pote.
Como a intenção era trabalhar com todas as operações matemáticas, optou-se pelo jogo
“A bota de muitas léguas”, o qual trabalha com a ideia da multiplicação e da divisão..
Para este jogo foram usados cinco cartões confeccionados em EVA numerados de 1 a 5
representando a quantidade de pulos (cartões rosa) e mais cinco cartões também
confeccionados em EVA e numerados de 1 a 5 (cartões amarelos) para representar o
tamanho dos pulos. Também foi feita uma folha com retas numéricas com marcações de
0 a 25 para ser a base da medição das distâncias (léguas) percorridas por cada aluno em
cada jogada. Cada aluno escolhia entre as cartas viradas para baixo uma da cor rosa para
saber quantos pulos iria dar e outra da cor amarela para saber o tamanho de cada pulo o
qual era representado pelo aluno na reta com um lápis.
Figura 5 e 6: Cartões e tabuleiro do jogo “A bota de muitas léguas”.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para que toda esta metodologia pudesse ser utilizada em sala de aula com os alunos do
terceiro ano do ensino fundamental da escola Prof. EMEF Eurico Leite de Morais,
houve um planejamento e uma postura adequada de ambas as partes (alunos e
professor), para que a aula dialogada transcorresse de maneira a possibilitar aos alunos a
discussão de suas ideias, fazendo com os mesmos se sentissem a vontade para realizar
as atividades, permitindo a eles risadas, gargalhadas, divergências e ate gritos eufóricos,
comuns ao se trabalhar atividades como estas.
No jogo “Cubra o anterior”, pode-se observar, inicialmente, que os alunos não
utilizavam o cálculo mental. Com o passar das jogadas eles foram se apropriando dos
resultados que iam aparecendo com mais frequência e já eram capazes de falar, sem
titubear, os resultados não necessitando fazer as contagens das bolinhas dos dados,
como acontecia no início.
4. CONCLUSÃO
Por esse motivo jogos educacionais matemáticos são elaborados e aqui foram aplicados,
com a finalidade de abranger fatores em um contexto lúdico e educacional, auxiliando o
professor no ensino das habilidades a serem desenvolvidas durante o ano letivo. Ainda,
verificou-se através deste estudo e pesquisa, que educador e educando são totalmente
favoráveis ao uso dos jogos no ensino, mostrando-se como forma facilitadora para o
desenvolvimento do discente, fazendo com que estes alcancem melhores resultados.
AGRADECIMENTOS
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES.
REFERÊNCIAS