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Jogos Matemáticos na Educação Infanto-Juvenil

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Introdução
Um dos objetivos deste curso é fundamentar como os jogos e as
situações problemas podem facilitar na aprendizagem do aluno e
também sugerir algumas atividades lúdicas como incentivo a uma
aprendizagem de qualidade.
Existe muitas discussões sobre os vários métodos que o
professor pode usar na sala de aula para motivar os alunos a
aprender Matemática, surgiu a ideia de que através de jogos
seria mais divertido e mais aceito por parte dos alunos. Com base
nesse pensamento começamos o curso em cima dos vários
aspectos desse tema. Procurando fundamentações e ajustando
nosso pensamento junto com as experiências e realidade da sala
de aula.
O jogo para a criança constitui um fim, ela participa com objetivo
de obter prazer, enquanto que para o educador que deseja usar o
jogo com objetivos educacionais, este é visto como um meio, um
veículo capaz de levar a criança a aprender. O educador deve
estar atento ao escolher o jogo para se trabalhar, pois o mesmo
precisa ser adequado para transmitir a mensagem educacional
desejada. Através de um trabalho expressivo e criativo é que se
desenvolve o cognitivo, psicológico, físico, social, cultural do
educando. O jogo é um dos meios pelo qual a criança pode viver
sua expressão mais espontânea, em um fazer mais concreto.
Afastar as crianças deste mundo lúdico é transportá-las para o
mundo adulto, é fazer um corte em seu ritmo normal de construir
o conhecimento.
Os jogos desenvolvem a criatividade, a iniciativa, a motivação, a
concentração, a imaginação, a vontade de adquirir novos
conhecimentos, e o interesse pelo novo.
É por meio de jogos e brinquedos que o professor das séries
iniciais, poderá levar a criança a construir um conhecimento
matemático mais elaborado, pois aplicados durante o processo
de aprendizagem, desenvolvem o raciocínio lógico facilitando a
noção de quantidade, medidas, espessuras, sequências,
seriação, etc.
Este curso relaciona alguns pontos estratégicos da relação
fundamental que existe entre jogo e as inteligências, recurso
pedagógico este que, dependendo da forma como é utilizado,
pode tornar-se uma ferramenta estimuladora da aprendizagem
como também pode construir uma barreira de desestímulo.

Trata-se, portanto, de saber como utilizá-lo de modo positivo a


favorecer a ação do educador, de mediar o processo de
construção do conhecimento pelo próprio educando.
Os jogos a serem empregados no transcorrer deste curso são de
cunho estratégico, portanto estabelecem algumas regras que
devem ser considerar pelos jogadores. Não se trata apenas de
vencer o adversário, mas analisar quais as melhores estratégias
que devem ser empregadas para que os objetivos propostos pelo
exercício possam ser satisfeitos.
Este curso vem ajudar a solucionar um dos grandes problemas
encontrados na metodologia expositiva, do ponto de vista
pedagógico, é o seu alto risco de não aprendizagem. Um dos
objetivos desse estudo é de abrir novos caminhos para romper os
preconceitos vividos por estas crenças pedagógicas e promover
uma visão mais ampla do ato de educar, possibilitando o
desenvolvimento do raciocínio lógico, o pensamento
independente, o espírito investigativo, crítico e criativo.

Selecione a lição que deseja estudar


1º Lição: Introdução 2º Lição: Considerações sobre a Matemática3º Lição:

Dificuldades de aprendizagem4º Lição: Jogos matemáticos como recurso didático5º

Lição: A formação do pensamento lógico-matemático6º Lição: Fases do

desenvolvimento infantil conforme Piaget7º Lição: Sugestões de Atividades8º Lição:

Charadas matemáticas9º Lição: Jogos e brincadeiras antigas10º Lição: Quadrado

mágico11º Lição: Importância dos Jogos no Ensino da Matemática12º Lição:

Bibliografia/Links Recomendados
Considerações sobre a Matemática
Desde o seu surgimento, o ser humano sempre apelou para a
matemática para buscar soluções para seus problemas, usando o
conhecimento adquirido para produzir outros, ampliando,
sofisticando e aplicando os conceitos matemáticos.
Estudar Matemática sem conhecer o seu desenvolvimento e a
sua importância nas transformações sócio-culturais, políticas e
tecnológicas seria um trabalho desmotivante. A partir da própria
experiência e do conhecimento da evolução desta ciência,
mostra-se à criança uma matemática viva, ativa, feita em
resposta às necessidades culturais, sociais e naturais do mundo
atual.
De acordo com os PCNs, a matemática tem sua importância
apoiando-se no fato de que desempenha papel decisivo, pois
permite resolução de problemas da vida cotidiana, tem muitas
aplicações no mundo do trabalho e funciona como instrumento
essencial para a construção de conhecimentos em outras áreas
curriculares. Do mesmo modo, interfere fortemente na formação
de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento e na
agilização do raciocínio dedutivo do aluno.
Não há verdadeira cidadania sem um domínio mínimo de
Matemática, por isso a sociedade nos exige saber, para exercer a
cidadania. Então, é necessário saber calcular, medir, raciocinar,
saber jogar, argumentar, criar hipóteses, tratar de informações.

A matemática escolar também começa a assumir alguns


contornos de mudança, passando a mostrar novos caminhos de
contextualização, interdisciplinaridade, construção de estratégias,
discussão de regularidades e modelos. É nesse horizonte que o
jogo surge como uma possibilidade para o trabalho escolar com a
matemática.

A educação matemática, muitas vezes, é rotulada por ser uma


disciplina de difícil assimilação, muitos alunos encontram
dificuldades e perdem o interesse pela disciplina.

Diante dessas dificuldades, o professor deve mudar seu processo


pedagógico, incluindo diversos meios para se atingir o
aprendizado. Apesar dessa necessidade de mudança, muitos
professores têm resistência a ela, persistindo muitas vezes sem
sucesso na velha e tradicional maneira de se ensinar matemática.
É necessário reconhecer seu papel de educador, que sua
principal função é de ser facilitador da aprendizagem e o jogo
vem ajudar neste processo, o professor deve ser orientador e
permitir um ensino dinâmico onde os alunos realizem suas
próprias atividades, discutindo-as em grupo ou individualmente
com a finalidade de chegar ao conhecimento deixando de receber
conceitos prontos, acabados, que prejudicam o desenvolvimento
intelectual e tornem as pessoas submissas e dependentes,
incapazes de uma compreensão melhor da sociedade e da
própria vida.
A matemática atual não é a mesma de algumas décadas atrás.
Por isso precisamos de mudanças, de uma nova proposta
pedagógica. Não podemos deixar que o ensino se resuma
apenas a livros, cadernos e problemas com respostas prontas,
mas sim que tenha articulação com outras disciplinas e
metodologias, para poder atender a essa constante evolução.
A matemática está presente na vida das crianças em jogos e
brincadeiras, com as quais aprendem a comparar quantidades,
operar com elas, fazer percursos, observar formas de objetos,
etc. Desse modo, nada mais natural que explorar essas situações
como ponto de partida para algumas aprendizagens. No entanto,
é necessário que o jogo ou a brincadeira conduza a criança à
construção de algum tipo de conhecimento matemático e, para
isso, é essencial a intervenção do professor.
Os jogos no ensino da Matemática estimulam não só o
desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático, como também
propiciam a interação entre diferentes formas de pensar. O jogo
permite ao aluno vivenciar uma experiência com características
sociais e culturais, a aquisição de regras, o trabalho em grupo, a
expressão do imaginário e a assimilação de conhecimento. O
jogo possibilita o desenvolvimento de estratégias, o
estabelecimento de planos e a avaliação da eficácia das jogadas
de acordo com os resultados obtidos, sendo muitas vezes uma
situação auto-avaliante. Os erros e fracassos durante os jogos,
em geral, são encarados de maneira desafiante, permitindo que a
criança desenvolva sua iniciativa, sua autoconfiança e sua
autonomia. Os erros podem se revistos de forma natural durante
as jogadas, sem deixar marcas negativas, propiciando novas
tentativas.
Com o uso de jogos, haverá uma maior facilidade na
aprendizagem do conhecimento matemático, de teorias mais
simples para as mais complexas, pois é brincando que a criança
constrói o seu conhecimento.

ASPECTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS


O desenvolvimento da ciência e da tecnologia, o crescimento
comercial e as necessidades de sistematizar nossas atividades
exigem mais conhecimento matemático, de um modo geral,
podemos dizer que poucas ciências modernas podem ser
ensinadas e aprendidas sem o auxilio da Matemática, é por isso
que, ao ensinar Matemática, o professor deve usar todos os
recursos necessários e possíveis para manter presente o
interesse e a compreensão do aluno, pois são fatores
indispensáveis à aprendizagem
Há muitos anos quando os homens contavam seus animais
empilhando varetas ou reunindo pedrinhas, para registrar os dias
os homens primitivos gravavam na pedra, nos troncos das
árvores, ou modelavam na argila os primeiros sinais de uma
escrita numérica. Os processos de medir e contar, bem como os
registros, se aperfeiçoaram no decorrer da história humana.
Devido ao aprimoramento das atividades comerciais os
processos de medir e contar também tiveram de ser atualizados
para seguir as mudanças da sociedade. A partir das grandes
descobertas e à medida que os povos de diferentes culturas se
encontraram, surge a grande necessidade de renovação e
padronização de conhecimentos e recursos matemáticos
adequados para ajudar no desenvolvimento do raciocínio e
crescimento da ciência. Como tudo na história se modifica
através da necessidade e descobertas, também assim, é o
ensino da matemática, onde procuramos caminhos para alcançar
o objetivo de se aprender matemática, de forma completa e
universal. A importância da matemática, hoje, é bem maior do
que antigamente.
As transformações no modo de vida das pessoas trouxeram
modificações também no modo de ensinar Matemática. O
professor que só ensinava passou a ser hoje o que orienta,
conduz, estimula o espírito investigativo; os ensinamentos não
são mais dogmas, mas descobertas que foram conseguidas
através de métodos atualizados e auxiliados com recursos
didáticos que favorecem a concretização dos conteúdos.
A Matemática como disciplina pedagógica está presente em
todos os momentos da vida do aluno, seja ela sob aspectos
numéricos ou não. O ensino da Matemática auxilia na formação
de hábitos e atitudes, no desenvolvimento de habilidades e até
mesmo na alteração de comportamento, beneficiando a formação
da personalidade do aluno.
A Matemática antes se fundamentava em memorizações de
símbolos e formas, que exigia o exercício da memória sem os
benefícios da compreensão. Os ensinamentos tinham base no
método dedutivo, não usava os recursos da curiosidade, da
experimentação ou da concretização. Tenta-se treinar as crianças
a dar respostas tidas como exatas e não a fazê-las compreender
a natureza do raciocínio matemático.
Na elaboração de um programa, não podemos esquecer,
entretanto, que a matemática é uma ciência estruturada em
princípios, símbolos, e terminologia própria, e que quanto mais
lógicas forem as sentenças matemáticas tanto mais lógicas serão
as respostas obtidas.

O professor tem essa tarefa de provocar dentro do aluno esse


pensamento, aproveitando de todas ferramenta que dispor, por
exemplo, os jogos. O jogo é um forte objeto externo que auxiliará
muito o professor nessa caminhada rumo a construção desse
conhecimento matemático. Os objetivos do ensino da Matemática
devem ser entendidos em função do progresso tecnológico da
atualidade, pois a ele se condicionam. Esses devem ser
alcançados e integrados, através de um programa que consista
numa sequência de experiências, planejadas pelo professor de
acordo com as necessidades dos educandos.
O ensino da Matemática é dirigido em duas direções
abrangentes: o sentido social e o sentido matemático da
aprendizagem.
Sentido social: A situação ensinar-aprender é norteada pela
satisfação que o indivíduo sente em usar a ciência para seu
ajustamento ao meio, para suavizar suas lutas, para resolver
problemas dar-lhe maior condição de cidadão. O objetivo social
estimula a capacidade inventiva do educando, pois aguçam a
curiosidade, além disso, favorece o desenvolvimento das
experiências, assegura a habilidade de aplicar os processos
quantitativos dentro e fora da escola, e que os objetivos sociais
estão sendo alcançados no decorrer da aprendizagem.
Sentido Matemático: é a aprendizagem em direção ao
desenvolvimento de habilidades intelectuais, destrezas e
aquisição de habilidades específicas, que facilitam a solução de
problemas e economizando tempo. O espírito matemático é
traduzido no momento que percebemos a reação pronta e eficaz
do aluno, ao se deparar com uma situação que envolva
conhecimento de conteúdos e uso de habilidades desenvolvidas
principalmente quando essa situação seja um jogo.
Sendo vista como a mais difícil das disciplinas escolares, a
Matemática tem sido avaliada como difícil de ensinar e difícil de
aprender. Como o professor pode superar esse problema?
Naturalmente não temos essa resposta, mas o que oferecemos é
um curso baseado na proposta de aulas, que estimule o aluno a
experimentar a sensação de descoberta e divertimento, dentro
dos conteúdos matemáticos de maneira a interagir com os
colegas, professor e disciplina. Buscamos resgatar de alguma
forma o interesse e relevância vista aos olhos dos alunos pela
matemática. Enfim, pode-se realizar muita coisa, basta para isso
conhecer alguns pressupostos e a partir deles inventar sempre
atividades novas. Afinal os caminhos da matemática são
intrigantes e divertidos.

Dificuldades de aprendizagem
No processo de aprendizagem, existem muitos enigmas a serem
desvendados, muitos obstáculos a serem ultrapassados, mas
certamente, alcançar a porta de entrada para este mistério requer
com que o educador seja insistente, persistente e criativo durante
o percurso do processo de ensino.
Para tanto, a prática educativa de cada professor deve ser
repensada e voltada para o resgate de alunos que compõem uma
sala de aula e muitas vezes não fazem parte de um grupo
privilegiado com inteligência rápida e criativa.
O processo de aprendizagem necessita novas mudanças, novas
reflexões sobre sua estruturação. A forma de organização e
interação dos responsáveis pelo sistema de ensino ainda deixa a
desejar, pois um número enorme de crianças e adolescentes
continuam sem respostas a seus anseios, dúvidas, conflitos e,
por que não dizer, sem perspectivas de qualidade de vida, muitas
vezes por falta de orientação de seus pais ou de seus
professores. Não está se questionando aqui, a culpa de ninguém
e sim de como transformar esta situação para o bem da
educação, o problema existe, temos que encontrar a solução.
A cada ano que passa, o número de alunos dentro de uma sala
de aula aumenta das séries iniciais até o ensino médio, e
consequentemente vem a provocar desistências, números altos
de reprovação e acentuação das dificuldades, que muitas vezes
são mínimas, mas reais, enfim aspectos negativos. Infelizmente
ainda há lacunas no trabalho direcionado às dificuldades dos
alunos, quem sabe, sabe, quem não sabe, ou reprova ou irá
reprovar no ano seguinte, é um círculo vicioso, aquele aluno que
apresenta dificuldade de aprendizagem é deixado de lado, e
muitas vezes esquecido.

A dedicação em novas atividades que despertem a curiosidade


dos alunos é essencial na superação dos obstáculos existentes,
os métodos e materiais adequados funcionam como motivação
para os alunos que não aprendem, por isso a necessidade da
utilização de meios especiais e diferenciados e muita dedicação
por parte do professor. A Matemática é umas das matérias onde
os alunos mais encontram obstáculos em adquirir o
conhecimento matemático, pois há muitos professores que ainda
utilizam uma metodologia inadequada e desestimulante, não
havendo flexibilidade em adaptar o conteúdo às necessidades do
aluno, tornando-o difícil e sem sentido.

Aprender uma disciplina é encontrar seu sentido. É chegar a


entender quais são as questões que ela propõe a respeito do
mundo, os seus métodos e teorias e como essa disciplina ajuda o
ser humano a se compreender mais e a compreender melhor o
meio em que vive.
O jogo torna-se muito importante no ensino-aprendizagem da
matemática, pois por meio de atividades lúdicas, a criança
encontra motivação, trabalha com a imaginação e criatividade,
relaciona o abstrato com o real, tornando assim, mais fácil à
aprendizagem.

O ensino da matemática nestas qualidades é mais simples


porque passa a ser utilizado no dia-a-dia das pessoas. Além da
naturalidade e de compreensão, o aluno passa a sentir que não
predominam os princípios científicos impostos como a base de
tudo. O senso comum também se faz presente, sendo usado até
mesmo por maior número de pessoas no entendimento da
matemática.
O jogo é uma atividade natural no desenvolvimento dos
processos psicológicos básicos, é um fazer sem obrigação,
embora haja exigências e regras. No jogo há uma relação entre o
conhecido e o imaginado, desenvolvendo-se o autoconhecimento
e o conhecimento do outro e aprendendo a lidar com situações
mais complexas, como o jogo com regras.
Os jogos de regra são característicos do desenvolvimento das
operações concretas e formais, apresentando regularidade,
convenção, caráter coletivo, caráter competitivo e prazer
funcional, sendo de muita importância para a construção do
conhecimento, pois atuam com um sentido operatório (como) e
simbólico (para quê?).
A correta iniciação ao conhecimento matemático irá influenciar
futuramente na sua aprendizagem, é necessário saber que o
objetivo da educação pré-escolar não é a aquisição imediata de
conhecimento e sim, a base para uma futura aprendizagem, de
modo a torná-la mais fácil.
Outro aspecto a considerar é com relação ao trabalho do
professor, este ao propor atividades lúdicas deve fazê-las com
entusiasmo e motivação. Ao contrário, não cooperando com os
alunos, não despertará interesse, gerando uma frustração por
ambas as partes, e assim, tornará a aula desagradável e
improdutiva.
Dessa forma acreditamos que o brincar e o jogar fortalecerão o
desenvolvimento necessário dos pré–requisitos para a aquisição
do conhecimento matemático, aproximando a criança cada vez
mais da realidade, sem que o professor a sufoque com conteúdos
pedagógicos sem um valor significativo real.

Jogos matemáticos como recurso didático


Ensinar matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o
pensamento independente, a criatividade e a capacidade de
resolver problemas. Nós, como educadores matemáticos ou não,
devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a
aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização,
concentração, atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso
cooperativo, desenvolvendo a socialização e aumentando as
interações do indivíduo com outras pessoas.

Os jogos, se convenientemente planejados, são um recurso


pedagógico eficaz para a construção do conhecimento
matemático.
O uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o
objetivo de fazer com que as crianças e os adolescentes gostem
de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e
despertando o interesse do aluno envolvido. A aprendizagem
através de jogos, como dominó, palavras cruzadas, memória e
outros permite que o aluno faça da aprendizagem um processo
interessante e até divertido. Para isso, eles devem ser utilizados
ocasionalmente para sanar as lacunas que se produzem na
atividade escolar diária. Neste sentido verificamos que há três
aspectos que por si só justificam a incorporação do jogo nas
aulas. São estes: o caráter lúdico, o desenvolvimento de técnicas
intelectuais e a formação de relações sociais.
Jogar não é estudar nem trabalhar, porque jogando, a aluno
aprende, sobretudo, a conhecer e compreender o mundo social
que o rodeia.
Os jogos são educativos, sendo assim, requerem um plano de
ação que permita a aprendizagem de conceitos matemáticos e
culturais de uma maneira geral. Já que os jogos em sala de aula
são importantes, devemos ocupar um horário dentro de nosso
planejamento, de modo a permitir que o professor possa explorar
todo o potencial dos jogos, processos de solução, registros e
discussões sobre possíveis caminhos que poderão surgir.
Os jogos podem ser utilizados pra introduzir, amadurecer
conteúdos e preparar o aluno para aprofundar os itens já
trabalhados. Devem ser escolhidos e preparados com cuidado
para levar o estudante a adquirir conceitos matemáticos de
importância.
Devemos utilizá-los não como instrumentos recreativos na
aprendizagem, mas como facilitadores, colaborando para
trabalhar os bloqueios que os alunos apresentam em relação a
alguns conteúdos matemáticos.
Um agente motivador para a introdução de jogos nas aulas de
matemática é a probabilidade de diminuir dificuldades e bloqueios
apresentados por muitos alunos que temem a Matemática e
sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de
jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é
grande, verificamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos
falam de Matemática, apresentam também uma melhor
performance e atitudes mais positivas frente a seus processos de
aprendizagem e interação com os colegas.
Devemos escolher jogos que estimulem a resolução de
problemas, principalmente quando o conteúdo a ser estudado for
abstrato, difícil e desvinculado da prática diária, não nos
esquecendo de respeitar as condições de cada comunidade e o
querer de cada aluno. Essas atividades não devem ser muito
fáceis nem muito difíceis e ser testadas antes de sua aplicação, a
fim de enriquecer as experiências através de propostas de novas
atividades, propiciando mais de uma situação.

Os jogos trabalhados em sala de aula devem ter regras, esses são classificados
em três tipos:
 jogos estratégicos, onde são trabalhadas as habilidades que compõem o raciocínio
lógico. Com eles, os alunos leem as regras e buscam caminhos para atingirem o
objetivo final, utilizando estratégias para isso. O fator sorte não interfere no resultado;
 jogos de treinamento, os quais são utilizados quando o professor percebe que alguns
alunos precisam de reforço num determinado conteúdo e quer substituir as cansativas
listas de exercícios. Neles, quase sempre o fator sorte exerce um papel preponderante
e interfere nos resultados finais, o que pode frustrar as ideias anteriormente colocadas;
 jogos geométricos, que têm como objetivo desenvolver a habilidade de observação e o
pensamento lógico. Com eles conseguimos trabalhar figuras geométricas, semelhança
de figuras, ângulos e polígonos.
Os jogos com regras são importantes para o desenvolvimento do
pensamento lógico, pois a aplicação sistemática das mesmas
encaminha a deduções. São mais adequados para o
desenvolvimento de habilidades de pensamento do que para o
trabalho com algum conteúdo específico. As regras e os
procedimentos devem ser apresentados aos jogadores antes da
partida e preestabelecer os limites e possibilidades de ação de
cada jogador. A responsabilidade de cumprir normas e zelar pelo
seu cumprimento encoraja o desenvolvimento da iniciativa, da
mente alerta e da confiança em dizer honestamente o que pensa.
Os jogos estão em correspondência direta com o pensamento
matemático. Em ambos temos regras, instruções, operações,
definições, deduções, desenvolvimento, utilização de normas e
novos conhecimentos (resultados).
O trabalho com jogos matemáticos em sala de aula nos traz alguns benefícios:
 conseguimos detectar os alunos que estão com dificuldades reais;
 o aluno demonstra para seus colegas e professores se o assunto foi bem assimilado;
 existe uma competição entre os jogadores e os adversários, pois almejam vencer e
par isso aperfeiçoam-se e ultrapassam seus limites;
 durante o desenrolar de um jogo, observamos que o aluno se torna mais crítico, alerta
e confiante, expressando o que pensa, elaborando perguntas e tirando conclusões
sem necessidade da interferência ou aprovação do professor;
 não existe o medo de errar, pois o erro é considerado um degrau necessário para se
chegar a uma resposta correta;
 o aluno se empolga com o clima de uma aula diferente, o que faz com que aprenda
sem perceber.
Mas devemos, também, ter alguns cuidados ao escolher os jogos a serem
aplicados:
 não tornar o jogo algo obrigatório;
 escolher jogos em que o fator sorte não interfira nas jogadas, permitindo que vença
aquele que descobrir as melhores estratégias;
 utilizar atividades que envolvam dois ou mais alunos, para oportunizar a interação
social;
 estabelecer regras, que podem ou não ser modificadas no decorrer de uma rodada;
 trabalhar a frustração pela derrota na criança, no sentido de minimizá-la;
 estudar o jogo antes de aplicá-lo (o que só é possível, jogando).
Temos de formar a consciência de que os sujeitos, ao
aprenderem, não o fazem como puros assimiladores de
conhecimentos mas sim que, nesse processo, existem
determinados componentes internos que não podem deixar de
ser ignorados pelos educadores.

Não é necessário ressaltar a grande importância da solução de


problemas, pois vivemos em um mundo o qual cada vez mais
exige que as pessoas pensem, questionem e se arrisquem
propondo diferentes soluções aos vários desafios os quais
surgem no trabalho ou na vida cotidiana.
Para a aprendizagem é necessário que o aluno tenha um
determinado nível de desenvolvimento. As situações de jogo são
consideradas parte das atividades pedagógicas, justamente por
serem elementos estimuladores do desenvolvimento. É esse
raciocínio de que os sujeitos aprendem através dos jogos que
nos leva a utilizá-los em sala de aula.
Muitos ouvimos falar e falamos em vincular teoria à prática, mas
quase não o fazemos. Utilizar jogos como recurso didático é uma
chance que temos de fazê-lo. Eles podem ser usados na classe
como um prolongamento da prática habitual da aula. São
recursos interessantes e eficientes, que auxiliam os alunos.
A formação do pensamento lógico-matemático
Observamos é que nos primeiros anos de vida, a criança em seu
egocentrismo, brinca. Usa o próprio corpo como meio de
descobertas e a medida que vai crescendo seu interesse também
progride. Depois são os objetos à sua volta que lhe despertam a
curiosidade, e pouco a pouco, buscam em seus pequenos grupos
de amizades desvendar os mistérios do novo, do desconhecido.
À medida que a criança cresce novas obrigações e
responsabilidades do mundo adulto aparecem e tudo se torna
mais sério, e a lei e a guerra, o comércio, a técnica e a ciência,
perdendo o contato com jogo, restam apenas as lembranças
daquele tempo de criança. Apesar de não, perceber-se
nitidamente, a vida é vista como um jogo, com inúmeras regras
que de acordo com as próprias decisões, torná-lo um vencedor
ou um perdedor.
A escola é o espaço aberto para promover o desenvolvimento de
cada um e portanto ensinar as diferentes regras. A utilização de
recursos como jogos é uma maneira de contribuir na construção
do conhecimento, pois além de atrativo induz a uma motivação
interior em querer aprender, e, justamente este é a força
propulsora que comanda o processo do ensino-aprendizagem.
No contexto escolar, onde se propõe trabalhar com o jogo, o
professor assume o papel de organizador do ensino. Isso supõe
assumir, conscientemente, a criação de situações que
possibilitem ao aluno tomar consciência do significado do
conhecimento a ser adquirido, torna-se necessário um conjunto
de ações a serem executadas com métodos adequados.
Portanto, transportar o lúdico para a educação significa favorecer
a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural,
promover saúde mental, facilitar os processos de interação,
expressão, comunicação e de construção do conhecimento.
Apropriar-se de meios mais significativos, a fim de redimensionar
o ensino, em particular o de matemática, é sinônimo de
comprometimento e, é isto o que está faltando em relação ao
trabalho do educador. Através de atitudes de interação professor
e aluno e novas metodologias será possível alterar a atual
situação educacional.
O ensino tradicional, a preocupação com a sistematização dos
conteúdos como forma acabada do saber, a falta de respeito à
individualidade, as capacidades próprias de cada educando e a
temida avaliação não encontram mais espaço no mundo infantil.
O trabalho com a matemática nas escolas tem sido baseado na
concepção de que a criança aprende matemática através de
exercícios individuais e de informações dadas pelo professor.
Essa prática tem levado a criança a repetir e memorizar uma
série de operações sem compreendê-las e sem conseguir
relacioná-las com situações vividas no seu cotidiano, como se a
matemática da escola fosse diferente da matemática da vida.
Essa concepção é totalmente oposta à teoria que diz respeito a
natureza do conhecimento lógico-matemático e como este
conhecimento é construído pela criança, através da abstração
reflexiva, a partir da interação com o meio físico e social, por isso
propomos na educação da matemática, um trabalho com jogos,
visando também, desmitificar a matemática enquanto uma
disciplina maçante, difícil, que envolve a memorização de formas,
fórmulas, números e contas.
Na nova perspectiva de se alcançar o conhecimento e a efetiva
aprendizagem, o professor é o orientador de todo o processo,
age e com o propósito de estimular o aluno na busca das
informações, oferecendo oportunidades para a troca de ideias e
aceitando a avaliação não como meio de repressão ao aluno,
mas como objeto de reflexão contínua para que a sua prática
educacional permita a formação de uma pessoa consciente,
critica dos próprios atos. É necessário considerar que a cada
criança possui habilidades que lhe são particulares, conforme a
fase de desenvolvimento em que estão enquadradas.
Cada indivíduo tem condições de criar uma relação mentalmente
com o número. A criança vai aperfeiçoando seu conhecimento
lógico-matemático pela coordenação das relações que criou
anteriormente, e pela bagagem de conhecimento que já traz, pois
assim, consegue coordenar as relações de igual, diferente e
mais, entendendo que existem vários cálculos que a cerca. Com
isso, a criança adquire o conhecimento físico e o conhecimento
lógico-matemático. O conhecimento físico é quando conhecemos
a realidade externa do objeto, podendo ser observado sua cor,
tamanho, peso, são exemplos de propriedades físicas. O
conhecimento lógico-matemático é quando podemos identificar a
diferença, esta diferença nos faz progredir na construção lógico-
matemático pela coordenação das relações simples adquiriu e
criou entre os objetos.
Os números devem ser lidos e contados antes de serem escritos.
Quando a criança não tem a estrutura do número, ela busca
utilizar a noção de espaço, depois que tiver construído a estrutura
do número, esta noção de espaço torna-se irrelevante.
Considera-se que estrutura lógica-matemática de número não
pode ser ensinada diretamente, uma vez que a criança tem que
construí-la por si mesmo. O professor deve encorajar as crianças
a pensar, estimular o seu desenvolvimento mental, organizando
atividade que estimulem a criança a pensar numa relação de
inclusão e exclusão.
Exemplo: Os algarismos (0 a 9) devem ser apresentados
comparando com o anterior e posterior e analisando a relação,
“tem um elemento a mais do que e um elemento a menos do
que”. Esta apresentação pode estar interna em jogos e
brincadeiras que propiciem estes tipos de relações.
Essa compreensão é fundamental para que a criança entenda o
significado interno do número e entre as quantidades. Se a
criança não entender o número, será difícil, mais tarde, por
exemplos, entender os conhecimentos organizados na tabuada.
Sem essa compreensão a tabuada torna-se algo mecânico, que a
criança apenas memoriza.
Quando a criança enfileira 5 objetos, que o total é sempre o
mesmo, que ela conta da esquerda para a direita ou vice-versa,
ela está ordenando e reunindo objetos e colocando neles a
propriedade cinco. O importante não é o objeto, mas a relação
nele colocada. A ordem linear não existia antes deles serem
enfileirados e a soma dependeu da ação da criança em reuni-los.
É preciso entre as partes do todo, evidenciando a noção de
conservação, para, posteriormente, entenderem as quatro
operações.
Agora que já foi visto que o conhecimento matemático é
construído pela criança e não dado pelo professor, é importante
refletir sobre a necessidade de se conhecer a matemática vivida
pela criança, isso constitui um desafio para todos os educadores.
Há muito que fazer no sentido de transformar a matemática da
escola em matemática da vida, matemática essa capaz de levar a
criança a ser um indivíduo reflexivo, independente e confiante em
seus conhecimentos. Quando a matemática é um desafio
contagiante e uma criança busca soluções sobre os problemas e
consegue superar uma dificuldade também consegue vencer
seus medos e sua timidez.
Como nos é evidente permitir que a criança cresça e desenvolva
suas potencialidades naturalmente, sem limitações ou punições é
o modo mais instrutivo de garantir uma aprendizagem
significativa, onde os conceitos lógico-matemáticos são
compreendidos e não memorizados.
O ser humano é uma obra eternamente inacabada, em
construção, o que somos agora serve apenas como base para
aquilo que seremos amanhã. Cada nova experiência, boa ou
ruim, acrescenta algo em nós, que pode nos ajudar ou atrapalhar,
mas que de qualquer modo faz parte do que somos.
O raciocínio matemático é por excelência uma ferramenta de
suma importância para a construção do saber científico. Num
nível mais elementar, é também responsável por nossa
habilidade de deduzir e prever ações ou reações futuras em
determinadas situações, é importante que nós profissionais da
educação e áreas afins procuremos com afinco saber como se
encaixam as engrenagens desse engenhoso mecanismo que é a
mente humana.
Em estudos desenvolvidos por Piaget, salienta-se que na
construção das estruturas da inteligência, o ambiente assume um
papel fundamental e serve de subsídio para a formação dos
fundamentos lógicos-matemáticos.
ases do desenvolvimento infantil conforme Piaget

Durante todas as fases do desenvolvimento do homem aparece o


jogo e em cada uma com características diferentes. Existe uma
estreita relação entre os processos de maturação, crescimento e
desenvolvimento afetivo, cognitivo e social, e o aparecimento de
novos interesses e objetos do jogo.
O jogo permite uma assimilação e apropriação da realidade
humana pelas crianças já que este “não surge de uma fantasia
artística, arbitrariamente construída no mundo imaginário da
brincadeira infantil; a própria fantasia da criança é engendrada
pelo jogo, surgindo precisamente neste caminho pelo qual a
criança penetra na realidade”.
As crianças em casa brincam de maneira independente com os
amigos ou com os parentes, a prática e a história nos têm
revelado que elas também brincam, e muito, na escola. O fato é
que, nem sempre, suas brincadeiras são levadas em conta pelo
currículo de educação infantil e quando o são aparecem como
recreação ou possibilidades de desgaste de energia para que, em
sala, as crianças possam concentrar-se em atividades didáticas
dirigidas.

CLASSIFICAÇÃO DOS JOGOS SEGUNDO JEAN PIAGET


Segundo Piaget (1978: 53), existem três formas de atividades
lúdicas que caracterizam a evolução do jogo na criança, de
acordo com a fase de desenvolvimento. Fase Sensório Motor:
dos 0 a 2 anos; Fase Pré-operatória: dos 2 a 6 anos; Fase das
operações concretas: dos 7 aos 11 anos.
A fase sensório-motora (do nascimento até
a. Fase Sensório Motor:
aos 2 anos aproximadamente), onde a criança brinca sozinha,
sem a utilização das regras e não toma conhecimento que elas
existem.
Primeiramente sob a forma de simples exercícios motores surge
a atividade lúdica, dependendo para sua realização apenas da
maturação do aparelho motor. Sua finalidade é simplesmente
para o próprio prazer do funcionamento. Daí dizer-se que o
caracteriza esse tipo de jogo é o prazer funcional. É agir para
conseguir prazer – o prazer é o que traz o significado para a
ação. Por exemplo: o bebê mama não para sobreviver, mas pelo
prazer que o mamar traz, à medida que alivia um desconforto, um
desprazer. O exercício de sugar a chupeta dá também enorme
prazer ao bebê. Portanto, “quase todos os esquemas sensórios –
motores dão lugar a um exercício lúdico”.
A criança no jogo de exercício age para se adaptar à realidade.
Esses exercícios motores com valor exploratório consistem na
repetição de gestos e movimentos simples: nos primeiros meses
de vida, o bebê estica e recolhe os braços e as pernas, agita as
mãos e os dedos, toca os objetos e os sacode, produzindo sons e
ruídos. Esses exercícios têm valor exploratório porque a criança
que os realiza para explorar e exercitar os movimentos do próprio
corpo, seu ritmo, cadência e desembaraço, ou então para ver o
efeito que sua ação vai produzir. Movimentando-se, a criança
descobre os próprios gestos e os repete em busca de efeitos.
Embora os exercícios sensório-motores constituem a forma inicial
do jogo na criança, eles não são específicos dos dois primeiros
anos ou da fase de conduta pré-verbais. Eles reaparecem
durante toda a infância e mesmo no adulto, sempre que um novo
poder ou nova capacidade é adquirido, por exemplo: aos 5 ou 6
anos, a criança realiza este tipo de jogo ao pular com um pé só
ou tentando saltar dois ou mais degraus da escada: aos 10 anos
tenta andar de bicicleta sem segurar no guidão.

Para exemplificar este tipo de conduta no adulto, podemos citar o


caso do indivíduo que acaba de adquirir, pela primeira vez, um
aparelho de som ou passeando no carro, sem outra finalidade se
não o próprio prazer de exercer os seus novos poderes. Assim
sendo, essa forma de atividade lúdica, embora caracterize o
nascimento do jogo na criança na fase pré-verbal (de 0 a 2 ano),
ultrapassa largamente os primeiros anos da infância.

A fase pré-operatória (dos 2 aos 5 ou 6 anos


b. Fase pré-operátoria:
aproximadamente), quando as crianças desenvolvem a noção da
existência das regras e começam a brincar com outras crianças o
jogo de faz de conta. A tendência lúdica se manifesta no período
compreendido entre os 2 e os 6 anos, predominantemente, sob a
forma de jogo simbólico, isto é, jogo de ficção, ou imaginação e
de imitação. Nesta categoria estão incluídas as metamorfoses de
objetos (por exemplo, um cabo de vassoura se transforma num
cavalo, uma caixa de fósforos num carro e um caixote passam a
ser um trem), e o desempenho de papéis (brincar de mãe e filho,
de professor e aluno, de médico etc).

Aqui a criança modifica e assimila a realidade para a satisfação


própria.No jogo simbólico há o prazer, a descoberta do
significado, como no jogo do exercício, mas com o acréscimo do
símbolo. Por exemplo: finge que come terra e diz que é bolo, a
ação de comer é sensório-motora, mas há também a evocação
simbólica, a terra representa o bolo.

O jogo simbólico se desenvolve a partir dos esquemas sensório-


motores que, à medida que são interiorizados, dão origem à
imitação e, posteriormente, à representação. A função desse tipo
de atividade lúdica, de acordo com Piaget, “consiste em
satisfazer o eu por meio de uma transformação do real em função
dos desejos: a criança brinca de boneca refaz sua própria vida,
corrigindo-a a sua maneira e revive todos os prazeres ou
conflitos, resolvendo-os, compensando-os, ou seja, completando
a realidade através da ficção”. Portanto, o jogo simbólico, de
imitação ou imaginação, tem como função assimilar a realidade
seja através de liquidação de conflitos, da compensação de
necessidades não-satisfeitas, ou da simples inversão de papéis
(principalmente no que se refere aos papéis de obediência e
autoridade). É o transporte a um mundo de faz-de-conta, que
possibilita à criança a realização de sonhos e fantasias, revela
conflitos interiores, medos e angústias, aliviando a tensão e as
frustrações.

O jogo simbólico é, simultaneamente, uma forma de assimilação


e um meio de auto-expressão, pois à medida que a criança brinca
de casinha, representando os papéis de mãe, pai e filho, ou
brinca de escola, reproduzindo os papéis ela está, criando novas
cenas e também imitando situações reais vivenciadas. A criança
tende a reproduzir nesses jogos as atitudes e as relações
predominantes no seu meio ambiente: ela será autoritária ou
liberal, carinhosa ou agressiva conforme o tratamento que recebe
dos adultos com os quais convive.

O jogo simbólico é caracterizado por:


 Liberdade total de regras (a não ser as que a própria criança cria e modifica);
 Envolvimento da fantasia;
 Ausência de objetivo fora da atividade em si (brinco porque me dá prazer e não para
ganhar como no jogo de regras);
 Sem relação com a realidade muitas vezes;
 Imprevisível no sentido de não ter uma sequência lógica para acontecer, a criança e
suas fantasias é que vão conduzi-lo;
c. Fase das operações concretas – dos 7 aos 11 anos.
A fase das operações concretas (dos 7 aos 11 anos
aproximadamente), quando as crianças aprendem as regras dos
jogos e jogam em grupos. É através da sua ação sobre os jogos,
o despertar de certas capacidades operatórias que podem
manifestar-se e estas são de suma importância para a construção
do conhecimento humano.

O jogo para ser considerado de regras, necessita, portanto ter:


 Um objetivo claro a ser alcançado;
 A existência de regras;
 Intenções opostas;
 Possibilidades de levantar estratégias.
Esta terceira forma de atividade lúdica, que começa a se
manifestar por volta dos 6 anos, mas se desenvolve
principalmente na fase dos 7 aos 12 anos, predominando durante
toda a vida do indivíduo (nos esportes, no xadrez, no jogo de
cartaz etc.) O jogo de regras são jogos de combinações sensório-
motores (corridas, jogos de bolas de gude ou com bolas etc), ou
intelectuais (cartaz e xadrez etc), em que há competição dos
indivíduos (sem o que a regra seria inútil) e regulamentados quer
por um código transmitido de geração em geração, quer de
acordos momentâneos.

O que caracteriza o jogo de regras é o fato de ser regulamentado


por meio de um conjunto sistemático de leis (as regras) que
asseguram a reciprocidade dos meios empregados. É uma
conduta lúdica que supõe relações sociais ou interindividuais,
pois a regra é uma ordenação, uma regularidade imposta pelo
grupo, sendo que sua violação é considerada uma falta. Portanto,
esta forma de jogo pressupõe a existência de parceiros, bem
como de certas obrigações comuns (as regras), o que lhe confere
um caráter eminentemente social.

Piaget (1978: 48), diz que o jogo de regras é a atividade lúdica do


ser socializado e começa a ser praticado por volta dos sete anos,
quando a criança abandona o jogo egocêntrico das crianças
pequenas, em proveito de uma aplicação efetiva de regras e do
espírito de cooperação entre os jogadores. A melhor maneira,
portanto, de lidar com a competição em jogos de regras é
desenvolver na criança, desde o inicio, uma atitude saudável e
natural em relação à vitória e derrota.

Sugestões de Atividades
Nas lições a seguir teremos várias sugestões de jogos e
atividades que podemos desenvolver com nossos alunos.
Perceber que a criança é um indivíduo dinâmico curioso criativo
em seu meio. Além disso, é um ser puramente lúdico, incapaz de
manter sua concentração durante muito tempo em uma única
atividade que requeira atenção como, por ex, uma aula
expositiva. No entanto o jogo se mostra eficaz para se conseguir
um envolvimento e a atenção dos alunos e com ele é possível
executar um excelente trabalho para o desenvolvimento do
raciocínio lógico-matemático, ao contrario de exercícios
tradicionais, por este motivo citamos alguns jogos que poderão
ser utilizados por professores de ensino fundamental para
estimular a construção do conhecimento por seus alunos. É
interessante que durante uma atividade com jogos o professor
faça suas observações procurando diagnosticar seus alunos e
acompanhar o progresso deles. Com base nestas observações é
que o professor terá condições de saber quais são os conteúdos
que precisam ser montados e ainda poderá intervir durante o jogo
para questionar os alunos em relação as suas respostas.
Alertamos para o fato de que ficará a cargo do professor saber
qual é o momento oportuno para a utilização de cada jogo e qual
a melhor forma de conduzi-lo.
Sugestões de Atividades
A. BOLICHE
Utilizando garrafas de refrigerante ou água mineral pequena,
podemos construir o boliche, usando a criatividade na decoração.
Em cada garrafa deve estar numerada, os quais serão usados no
jogo. O aluno joga a bola para derrubar os pinos (garrafas),
conferindo seus pontos, somando os números dos pinos
derrubados. Quem fizer a maior quantidade de pontos é
vencedor. Pode ser utilizado também para a multiplicação,
usando o mesmo critério, só que agora os números derrubados
deverão ser multiplicados. Para trabalhar a subtração, cada aluno
de início terá um crédito de determinada quantidade, que será o
valor da soma total dos pinos. O aluno joga a bola e o número
presente nos pinos derrubados deverá ser subtraído da
quantidade que o aluno já tinha. Ganha quem zerar seus créditos.
B. QUEBRA-CABEÇA
Em uma cartolina desenhar ou pedir para que os alunos
desenhem, podemos utilizar tinta, canetinhas ou o material que
desejamos, feito isso vamos recortar de formas variadas,
montando o quebra-cabeça. Trocar o quebra-cabeça entre os
alunos ou grupos que confeccionaram. Podemos fazer um
quebra-cabeça com a tatuada ou contas de acordo com o
conteúdo sendo trabalhado. O professor recorta quadrados em
uma cartolina e escreve uma continha, por exemplo 3+2, 5x5,
etc., e em outros quadros o resultados, mistura e pede para os
alunos acharem as respostas. Outra sugestão é marcar as
formas recortadas em uma cartolina branca ( não recortar apenas
marcar) e em outra escrever as continhas, recortar de acordo
com as formas da cartolina em branco, assim os alunos terão que
achar os espaços correspondentes, achando também o resultado
das contas. Dessa forma o aluno vai aprendendo a tabuada e
contas brincando, e se sente mais motivado a estudar.
C. BINGO MATEMÁTICO
Este recurso já é bastante conhecido e utilizado por muitos
professores. Consiste na confecção de cartelas para os alunos
contendo o resultado de determinadas continhas, onde o
professor sorteará uma continha e o aluno observará se em sue
cartela há o resultado desta Se tiver marca, se não, espera o
professor sortear outra, e assim, por diante. Ganha quem marcar
toda a cartela primeiro. Observe o exemplo das cartelas:
Cartelas dos alunos:

Cartelas do professor:
Pode ocorrer também o contrário, quando o aluno já domina bem
determinada operação, ou seja, as cartelas contém a continha e o
professor sorteia o resultado. O professor deve usar sua
criatividade na confecção e aplicação do bingo.

Conteúdos como fração, por exemplo, também podem ser


trabalhados através do bingo. Use sua imaginação e criatividade!

D. MÁGICAS MATEMÁTICAS

Comandos
 Pense em um número
 Multiplique por 2
 Some 6 (número acrescentado)
 Divida por 2 (divisão ordenada)
 Subtraia o número pensado

O resultado: número acrescentado dividido pela divisão ordenada


Observações: 1- No segundo comando posso mandar multiplicar
por qualquer valor, contudo sou obrigado a mandar dividir por
este mesmo valor. 2- No terceiro comando o número
acrescentado deve ser múltiplo do valor que mandamos
multiplicar.

Mágica II
Faremos uma adição de 5 parcelas, cada parcela com 4
algarismos.

O aluno diz a primeira parcela e dela o professor obtém logo a


resposta, bastando para isso subtrair 2 (que é o número de
parcelas pares). O resultado desta subtração é colocado no total
e o número que foi subtraído deve ser posicionado como o
primeiro número da resposta.O aluno agora dita as parcelas
pares, e o professor dita as ímpares. O detalhe é que as parcelas
colocadas pelo professor deverão completar o número 9 da
parcela anterior.
Ex: 5329 (n° dado pelo aluno). 1245 (n° dado pelo aluno). + 8754
(n° dado pelo professor completando a quantidade 9). 3958 (n°
dado pelo aluno). 6041 (n° dado pelo professor completando a
quantidade 9). 25327 (número subtraído) Número subtraído e
deslocado para a frente.
OBS: Pode-se fazer a adição com menos parcelas,ou seja, 3
parcelas. Para tanto, ao invés de se subtrair 2, subtrair-se 1, que
é a quantidade de parcelas pares. Este 1 subtraído se deslocará
para a frente do resultado dessa subtração e dessa forma tem-se
o resultado da adição. O aluno dita as duas primeiras parcelas e
o professor dita a última completando a quantidade 9 em cada
algarismo ditado pelo aluno. Outro detalhe é que não se terá mais
4 algarismos em cada parcela e sim apenas 3. Segue a mesma
ordem da anterior.

E. PULO INTELIGENTE
Formação dos alunos: fileiras de três, quatro ou cinco, conforme
o número de alunos na classe. Os alunos deverão estar em pé
segurando-se pela cintura. Funcionamento O professor fará uma
pergunta (do assunto programado) ao primeiro aluno de cada
fileira. Só ele poderá responder certo, todos os alunos da fileira,
segurando-se pela cintura, darão um pulo á frente.
Se a corrente romper ou se o pula for dado com a resposta
errada, a equipe voltará ao ponto de partida. A seguir, o número
‘1” de cada equipe passa para o último lugar e o número seguinte
se prepara para responder. Vencerá a equipe que em primeiro
lugar alcançar a tinha de chegada.

Regras:

1. Só o primeiro aluno deverá responder; os demais não poderão


comunicar-se entre si.
2. A resposta tem de ser dada em voz bem alta para que todos
possam ouvir.
3. A pergunta deve ser feita para cada fileira
Avaliação: O professor observa e registra o desempenho dos
alunos durante o decorrer do jogo.

escolher o lugar apropriado com antecedência;


Precauções:
programar o assunto antes da aplicação e elaborar as perguntas
com respostas objetivas.

Discussão: problematizar o conteúdo e analisar as reações dos


alunos.

desenvolver a agilidade motora, o raciocínio e a


Objetivo:
memorização.

F. DOMINÓ MATEMÁTICO
O dominó matemático é mais um recurso que permite ao
professor exercitar atividades com as 4 operações matemáticas.
É constituído de 28 peças, e cada peça dividida ao meio como
um dominó comum. De um lado da peça fica a continha e do
outro a resposta, aleatoriamente como mostra a figura abaixo:

O jogo acontece dividindo as peças de acordo coma quantidade


do pessoas. Cada pessoa joga uma pedra, completando as
continhas. Vence quem terminar suas pedras primeiro.

G. MOSAICO DE FRAÇÕES
Sequência didática
Material 24 peças hexagonais do mosaico, número de
participantes 4, tendo como objetivo conseguir o maior número de
pontos através da comparação entre as frações.
· São distribuídas 4 peças para cada jogador;
· As peças sem número ficam separadas e as restantes formam o
bolo. Quem tem a peça com a fração, começa o jogo. O próximo
a jogar deve encostar na peça da mesa um desenho ou uma
fração do mesmo valor. Assim, cada participante, na sua vez,
coloca uma peça encostada na outra que sejam frações
equivalentes. Quem não tiver uma peça que sirva, compra do
bolo. Se ainda assim não tiver como jogar, passa a vez. Quem
conseguir fechar uma rosácea colocando a sexta peça, pode
colocar a peça central que não tem número que equivale a um
coringa, ganhará 10 pontos;
· Cada peça colocada vale 1 ponto. Se a peça colocada encostar
corretamente em duas outras, então faz 2 pontos, exceto quando
fecha a rosácea, porque neste caso faz 10 pontos. Quem
terminar primeiro as peças faz mais 5 pontos e interrompe o jogo
para a contagem final de pontos.
Objetivos:Compreender melhor o significado das frações, ler
frações e identificar as relações de equivalência entre as frações.
Veja a figura, imprima e recorte.

A. BATALHA NAVAL
Conteúdo: qualquer conteúdo
Organização da classe: 2 jogadores ou 2 duplas

Recursos necessários: cartela de batalha naval , 5 cartões com


navios de guerra para cada jogador, lista com questões
matemáticas relativas ao assunto desejado.
Objetivo: fixar conteúdos matemáticos e estimular o estudo.
Desenvolvimento: para o jogo Batalha Naval, cada jogador ou cada
dupla, deverá usar uma cartela que é a base da batalha e um
conjunto de cartões com navios de guerra.
Os competidores deverão se posicionar um em frente ao outro,
mas a uma certa distância, para que um não consiga ver a cartela
do outro.
Cada jogador prepara, então, sua cartela para a Batalha
distribuindo como quiser seus navios nos quadrinhos da base.
Tira-se par ou ímpar para ver quem começa. O primeiro jogador
dá seu tiro:diz uma letra e um número. Exemplo: B 6
O jogador que recebeu o tiro, examina em sua cartela se no
quadrinho correspondente à intersecção coluna B a linha 6 há
algum navio. Se houver, ele escolhe uma questão da lista para
que o jogador que deu o tiro possa responder. Se acertar,
consumou o tiro, fica com o navio do adversário, somando seu
primeiro ponto. Se errar, o dono do navio permanece com ele,
tirando-o da cartela, e soma ponto para si próprio.
Cada jogador dá apenas um tiro por vez e, se no local da
intersecção da letra com o número escolhidos não houver navio,
o adversário diz “água” e continua a batalha. o jogo termina
quando os navios tiverem sido todos atingidos e o vencedor será
o jogador que tiver acumulado mais navios.
B. LOTERIA DE 2° GRAU
Conteúdo: equações de 2° grau.
Organização da classe: em duplas.
Recursos necessários: fichas com equações de 2° grau, cartelas com
pares ordenados dos valores das equações e marcadores ( milho
ou feijão).

Objetivo: desenvolver a habilidade de resolver equações.

cada dupla recebe uma cartela com seis pares


Desenvolvimento:
ordenados que correspondem ao resultado das equações e que
deverão ser marcados com os marcadores quando forem
encontrados a partir da resolução das equações sorteadas pelo
professor. Vencerá a dupla que preencher a cartela primeiro.
C. AVANÇANDO COM O SINAL

Conteúdo: múltiplos
Organização da classe:grupos de 2 à 5 alunos
Recursos necessários: um tabuleiro, uma ficha para cada jogador e
um dado comum.
Objetivo: definir múltiplos; mostrar que o número 1 é divisor de
todos os números; mostrar que todos os números tem infinitos
múltiplos, porém um número limitado de divisores; visualizar que
o zero é múltiplo de todos os números e que todo número é
divisor de si mesmo.
Desenvolvimento: cada jogador, na sua vez, atira o dado e avança
com o resto da divisão do número no qual a ficha está pelo
número obtido com o dado. Quando o resto for zero, o jogador
permanece no mesmo lugar. Ganha o jogador que primeiro
chegar no final da corrida no centro do tabuleiro.
D. AUTÓDROMO
Conteúdo: qualquer conteúdo.
Organização da classe: grupos de 5 a 6 alunos
Recursos necessários: um tabuleiro desenhado no chão
Objetivo: estimular o estudo em grupo; exercitar a clareza e a
precisão de respostas.
Desenvolvimento: o professor prepara um conjunto de questões
objetivas ou problemas matemáticos. Os alunos estudam com
antecedência os temas e devem estar preparados para responder
as questões propostas individualmente. O professor explica a
técnica para os alunos, solicitando a estes que se reúnam em
pequenos grupos. Determina-se uma letra para cada grupo. O
professor marca na pista as letras dos grupos no local do início
do jogo. Começa o jogo, o professor lê a questão pausadamente
e determina um tempo para que o grupo discuta a questão e a
resolva. Encerrado o tempo o professor chama um elemento de
cada grupo e ouve a resposta, em cada acerto o grupo avança
uma casa na pista do autódromo e em cada erro volta para a
casa anterior. Ganha quem chegar primeiro ao final ou, quem
estiver mais próximo do final.
E. CAIXINHA SURPRESA
Conteúdo: qualquer
coletiva
Organização da classe:
Recursos necessários: uma caixinha de papelão, cartões com
questões matemáticas do assunto escolhido e um aparelho de
som.
Objetivo: exercitar motora e auditivamente. Auxiliar no
desenvolvimento do raciocínio, exercitar a prontidão para
respostas e fixar conceitos..
Desenvolvimento: os alunos ficam dispostos em forma de um círculo,
o professor entrega a um aluno a caixinha contendo perguntas
sobre o assunto desejado. Ao som de uma música, o aluno
deverá passar rapidamente a caixinha ao colega da direita, este
ao seguinte, e assim sucessivamente. Quando a música parar,
quem estiver com a caixinha na mão deverá responder a
pergunta proposta. O professor coordena a atividade e atribui
pontos aos alunos que forem respondendo corretamente as
perguntas.
F. BARALHO DE FRAÇÕES
Conteúdo: frações equivalentes.
Organização da classe: 2 a 5 jogadores
Recursos necessários: cartas de baralho contendo frações.
Objetivo: Identificar frações equivalentes
Desenvolvimento: Cada carta tem uma fração na parte azul, e uma
fração escrita na parte rosa . Para jogar o Baralho de Frações
você deverá estar atento tanto na fração da parte azul como na
fração da parte rosa. Decide-se, no início, a ordem de cada
jogador. Embaralham-se as cartas e distribuem-se 5 para cada
jogador. As cartas restantes ficam numa pilha, viradas para baixo,
para serem compradas. O primeiro a jogar põe sobre a mesa
uma carta qualquer das suas, O segundo jogador observa a
fração da parte azul da carta jogada e verifica se tem uma carta
em cuja parte rosa tenha uma fração equivalente a fração da
parte azul da primeira carta posta. Tendo, joga. Caso não tenha,
compra uma vez e vê se é possível jogar. Se for possível, joga.
Se não passa a vez, O terceiro jogador repete o procedimento do
segundo e assim por diante. Cada carta jogada deve ser posta
encostada na anterior como no jogo de dominó, formando uma
fileira. Lembramos que cada jogador deve observar a última carta
jogada. Assim, o segundo jogador joga em relação a carta do
primeiro, o terceiro joga em relação a carta do segundo etc.
Quando nenhum jogador tiver uma carta cuja parte rosa haja uma
fração equivalente a última jogada e não existirem mais cartas
para serem compradas, deixa-se aquela fileira e começa-se
outra, com o jogador da vez jogando uma carta qualquer e o jogo
continuando do mesmo modo o vencedor aquele que terminar
com suas cartas primeiro.

G. TÊNIS MATEMÁTICO
Conteúdo: divisores
Organização da classe:em duplas
Recursos necessários: um tabuleiro, fichas para cada jogador e um
dado comum.
Objetivo: estabelecer os critérios de divisibilidade e definir números
primos e compostos
Desenvolvimento: cada jogador, na sua vez, joga o dado e coloca
uma ficha na casa do adversário, que contenha um múltiplo do
número obtido com o dado. Pode escolher um único numero. Se
obtiver o número 1, retira uma ficha do seu lado. Ganha quem
preencher primeiro a quadra do adversário.

I. EXPREX
Conteúdo: operações com expressões algébricas.
Recursos necessários: 2 dados preparados com expressões
algébricas diferentes; 1 dado com operações de adição,
subtração e multiplicação; 1 tabuleiro com expressões algébricas,
marcadores.
Objetivos: efetuar adição, subtração e multiplicação de expressões
algébricas. Desenvolvimento: um jogador joga os três dados para
cima e efetua a operação correspondente, o jogador coloca uma
ficha no resultado correspondente no tabuleiro e passa a vez
para o próximo jogador e assim sucessivamente. Ganha o jogo
quem conseguir quatro fichas consecutivas alinhadas ou quem
consegue colocar mais fichas no tabuleiro.
Obs.: se o resultado não estiver no tabuleiro ou se já estiver
marcado o jogador perde a vez de jogar.
J. JOGO DA MEMÓRIA
Conteúdo: equações
grupos de 2 á 4 alunos.
Organização da classe:
Recursos necessários: cartas contendo equações (de uma cor) e
cartas contendo as respostas (outra cor).
Objetivo: estimular o aluno a resolver equações e treinar a
memorização. Desenvolvimento: espalhar sobre a carteira todas
as cartas do jogo viradas para baixo. Na sua vez, o jogador vira
duas cartas, uma de cada cor, confere para ver se a resposta
corresponde à equação. Se corresponde, o jogador retira as
cartas para si e joga novamente. Se não corresponde, desvira as
duas peças e passa a vez para o próximo jogador. Ganha o jogo
quem ficar com mais cartas.

L. JOGO DA VELHA
Conteúdo: qualquer
Organização da classe:grupos de 2 alunos.
Recursos necessários: tabuleiro, 9 marcadores para cada jogador,
cartões numerados de 1 a 15, lista com 15 questões relativas ao
conteúdo desejado.
Objetivo: fixar conteúdos matemáticos.
Desenvolvimento: espalha-se no tabuleiro 9 cartões com os números
virados para baixo. O jogador, na sua vez de jogar, vira o cartão
que desejar e responde à questão da lista que corresponder ao
número virado. Se acertar, coloca no lugar da questão o seu
marcador. Se errar, o adversário coloca o seu marcador e assim
sucessivamente. Cada jogador vira um cartão por vez. Ganha
quem conseguir ficar com três marcadores seguidos na
horizontal, vertical ou diagonal.
M.TABUADA NA TESTA
Conteúdo: qualquer
Organização da classe: em dois grupos.
Recursos necessários: dois jogos de cartões numerados de um à
dez.
Objetivo:estimular a memorização da tabuada.
Desenvolvimento: coloca-se os dois jogos de cartões sobre a mesa
do professor, um jogo em cada monte, com as peças
embaralhadas e viradas para baixo. Vem até a mesa dois
jogadores, um de cada grupo, cada um pega um cartão do seu
monte e sem ver o número coloca o cartão na testa. Quando o
professor der o sinal os outros alunos falam o resultado da
multiplicação entre os dois números que estão na testa dos
colegas. O jogador que adivinhar primeiro qual é o número que
tem na testa vence a rodada e ganha um ponto para a sua
equipe. Os dois jogadores retornam ao seu lugar e são
substituídos por alguém de sua equipe. O jogo continua até que
todos os alunos tenham participado. Ganha a disputa a equipe
que conseguir mais pontos.
N. JOGO DO PLIM
Conteúdo: múltiplos
Organização da classe: em duas ou mais equipes.
Recursos necessários: cartões contendo os números que se deseja
trabalhar os múltiplos.
Objetivo: auxiliar na fixação do conteúdo.
Desenvolvimento: um representante de cada equipe por vez, vai até
à frente da classe e sorteia um dos cartões que devem estar em
uma caixa. Se o número for o três, por exemplo, o representante
deve começar a dizer em voz alta os números de 1 á30 cuidando
para que no lugar dos múltiplos de três ele diga apenas a palavra
plim, como por exemplo: um, dois, plim, quatro, cinco, plim, sete,
oito, plim Se o jogador conseguir, sua equipe fará um aponto,
caso contrário sua equipe não faz pontos. O jogo prossegue
vindo um jogador de cada equipe por vez até que todos os alunos
tenham participado. Ganha a equipe que conseguir mais pontos.
O. PESCARIA
Conteúdo: qualquer
Organização da classe:em quatro ou cinco equipes.
Recursos necessários: varas de pescaria com anzóis (grandes e sem
as pontas), uma caixa com serragem ou material similar, peixes
de cartolina contendo perguntas ou questões matemáticas do
assunto pretendido. Em cada peixe deve conter um número que
corresponderá ao número de pontos que a questão vale.
Objetivo: Fixar conteúdos trabalhados e estimular o estudo.
os peixes devem estar enterrados na serragem,
Desenvolvimento:
somente com uma parte para cima por onde possam ser fisgados
(pode ser utilizado um clips). Um representante de uma das
equipes deverá vir fazer a pescaria. Se o pescador conseguir
responder corretamente a pergunta do seu peixe, sua equipe
ganhará o número de pontos correspondentes, se errar sua
equipe não faz pontos. A pescaria prossegue vindo um jogador
de cada equipe por vez até que todos os alunos tenham
participado. Ganha a equipe que fizer mais pontos.
P. JOGO DE ARGOLAS
Conteúdo: qualquer
Organização da classe:em quatro ou cinco grupos.
Recursos necessários: argolas (tampas de margarina recortadas), 6
garrafas descartáveis de coca-cola 600 ml cheias de areia,
cartões com perguntas relativas ao conteúdo desejado.
Objetivo: fixação de conteúdos matemáticos.
Desenvolvimento: no centro da sala devem estar colocadas as
garrafas e sob cada uma delas deve estar um cartão com uma
questão matemática. Um representante de uma das equipes
deverá vir até um risca marcada no chão (uns 2 metros de
distância de onde estarão as garrafas) e atirar a argola (no
máximo três vezes) até que acerte em uma das garrafas. Se
conseguir, responde à pergunta e faz um ponto para sua equipe.
Se não acertar a garrafa ou se não responder corretamente,
retorna ao seu lugar. O jogo prossegue vindo um jogador de cada
equipe por vez até que todos os alunos tenham participado.
Ganha a equipe que fizer mais pontos.
Obs. a medida em que as perguntas forem sendo respondidas o
professor vai trocando os cartões das garrafas.
Q. DAMA MATEMÁTICA
Conteúdo: números inteiros
Organização da classe:em grupos de dois.
Recursos necessários: tabuleiro de damas e oito peças (cartões
contendo números negativos) para cada jogador.
Objetivo: trabalhar a comparação de números negativos.
Desenvolvimento: coloca-se as peças no tabuleiro viradas para
baixo e dispostas como no jogo de damas. Na sua vez de jogar, o
jogador anda para frente com uma de suas peças em diagonal
(uma casa por vez). Quando na sua vez de jogar encontrar uma
peça do adversário na sua frente, sobe nela. Aí vira- se as peças
e compara-se os números. O maior número fica na casa do
tabuleiro e o menor tira sua peça do jogo, se der empate quem
fez a jogada tira sua peça do jogo. O jogo prossegue jogando um
de cada vez. Quando o jogador conseguir atravessar o tabuleiro
com sua peça, ela vira uma dama e pode se mover por mais de
uma casa por vez. Ganha o jogo quem conseguir eliminar todas
as peças do adversário.

R. CORRIDA DE OBSTÁCULOS
Conteúdo: qualquer
Organização da classe:em grupos de dois ou três alunos.
Recursos necessários: tabuleiro, dado, cartões com perguntas e um
marcador para cada jogador.
Objetivo: memorização de conteúdos matemáticos.
Desenvolvimento: os marcadores devem estar no tabuleiro no lugar
de início do jogo, os cartões com perguntas difíceis devem estar
no quadro azul do centro do tabuleiro e as perguntas fáceis no
quadro rosa, todos virados para baixo. Na sua vez de jogar o
jogador deverá lançar o dado e andar quantas casas do tabuleiro
o dado indicar, se a casa onde parar for rosa, deverá pegar um
cartão rosa e responder a pergunta, se acertar continua onde
está, se errar volta onde estava. Se parar na casa azul, deverá
pegar um cartão azul e se a casa for amarela não precisará
responder a pergunta, podendo permanecer onde está. Ganha o
jogo quem chegar antes ao final da corrida.
S. BATALHA DA TABUADA
Conteúdo: tabuada
Organização da classe:em duplas
Recursos necessários: dois jogos de cartões contendo números de
um ao dez.
Objetivo: memorização da tabuada
Desenvolvimento: os cartões são embaralhados e distribuídos
igualmente entre os dois jogadores, sem que eles vejam quais
são. Os cartões de cada jogador são mantidos fechados num
monte em frente a cada um. Ao mesmo tempo cada jogador vira
a 1a carta de seu monte e quem anunciar primeiro o produto dos
dois números, pega as cartas. O vencedor é o jogador que ficar
com mais cartas.
T.JOGO MULTIPLICATIVO
Conteúdo: tabuada
grupos de quatro alunos ou a classe toda.
Organização da classe:
Recursos necessários: sete cartões que estejam marcados os
números de 2 à 9.
Objetivo: trabalhar a memorização da tabuada, a capacidade de
análise, a formulação de hipótese e a tomada de decisão na
resolução de problemas.
Desenvolvimento: Uma pessoa do grupo escolhe quatro cartas sem
que as demais vejam. A tarefa dos demais jogadores é tentar ser
o primeiro a adivinhar as quatro cartas. Na sua vez de jogar, ao
jogador é permitido fazer a seguinte pergunta: “você tem duas
cartas cujo produto é”...
O jogador que tem as cartas na mão responde somente sim ou
não. Os produtos são registrados em uma folha ou na lousa para
que todos possam visualizar as tentativas bem como as
respostas sim ou não. O vencedor é aquele que conseguir dizer,
em primeiro lugar, quais são todas as quatro cartas escolhidas (o
que poderá ser feito somente na sua vez de jogar). Se a resposta
for incorreta, o jogador perde a vez de jogar.
H.CARACOL NUMÉRICO.

O que é necessário para jogar?


- Podem participar vários jogadores.
- Pequenas pedras e giz ou um pau para "desenhar" se o chão
for de terra batida.
- Para jogar é necessário um terreno amplo e sem obstáculos,
para evitar acidentes.
Como jogar?
Usar o giz ou o pau para desenhar no chão uma grande espiral
(Caracol) com duas ou três voltas. As voltas devem ser largas, de
forma a que os jogadores se movimentem com relativa facilidade.
O primeiro jogador coloca-se no início do Caracol e atira a sua
pedrinha. O jogador deve empurrar a pedra com a ponta do pé
até chegar ao centro do Caracol.
A pedra não pode sair de dentro das linhas que definem o
Caracol e também não pode tocar essas mesmas linhas. Se isso
acontecer, o jogador perde a vez para o jogador seguinte e assim
sucessivamente.
Qual o objetivo do jogo?
• chegar ao centro do Caracol sem perder.
• ou ser o primeiro a chegar ao centro do Caracol.

I. AVANÇANDO COM O RESTO


Objetivo: Desenvolver o cálculo mental e a multiplicação.

São necessários um tabuleiro, um dado e duas


Desenvolvimento:
fichas de cores diferentes. Jogam duas equipes, com dois alunos
cada. O início é a casa 43. Jogando o dado, cada equipe faz a
conta de divisão em que o dividendo é o número da casa onde
está a ficha, e o divisor é o número que saiu no dado. O resto
será o número de casas a avançar Se a equipe errar o cálculo,
perde a vez As equipes devem chegar com suas fichas
exatamente à casa marcada com a palavra fim. Se o resto obtido
der um resultado que levada .a ficha a ultrapassar esse ponto, ela
deve continuar no mesmo lugar, pulando a jogada. Vence quem
chegar primeiro à casa “fim”.
J. PAR OU IMPAR
Objetivo: Dar entretenimento,
promovendo a interação entre os
alunos, Exercitar conhecimentos sobre números pares ou
ímpares.
Desenvolvimento:Entregar-se-á a cada participante 10 ou 15 grãos
de feijão, grão-de-bico ou lentilhas. Os participantes percorrerão
a sala, pegando numa das mãos certa quantidade de grãos.
Cada um deve perguntar aos demais se o número de grãos que
leva á par ou ímpar. Se o companheiro acertar a resposta, quem
fez a pergunta terá que entregar seus grãos a quem acertou. Em
caso contrário, quem errou entrega os seus grãos a quem fez a
pergunta. O vencedor será aquele que, ao término do tempo
estipulado, tiver acumulado a maior quantidade de grãos. O
tempo de duração da brincadeira poderá Ser fixado em etapas de
05 minutos, que serão repetidas enquanto houver interesse pela
brincadeira.
L. JOGO DO PRATINHO
Objetivo: Aprofundarconceitos que começam com contagem de
rotina e evoluem para as operações de soma e subtração.
Desenvolvimento: O material necessário para o trabalho de um
grupo de quatro alunos se resume a um dado, cinco pratinhos de
papelão um maior e quatro menores - e 20 a 30 tampinhas de
garrafa. Cada integrante do grupo fica com um pratinho vazio. No
centro é colocado o prato maior com as tampinhas.A criança
lança o dado. O número que sai corresponde à quantidade de
tampinhas que ela leva para seu prato, O jogo termina quando as
tampinhas do prato do centro terminam. Ganha aquele que tiver o
pratinho mais cheio. Todos os passos da partida podem ser
socializados com o grupo a cada rodada. Assim, eles vão
treinando o cálculo. Ao mesmo tempo outras questões são
lançadas. Qual a maior quantidade de pontos encontrado no
dado? E a menor? Se você jogou o dado e fez três pontos,
quantos pontos faltam para atingir a maior quantidade encontrada
no dado?
M. BOLICHE DE NÚMEROS
Objetivo: Desenvolver o cálculo de adição.
Desenvolvimento: Utilizar garrafas de plástico e colocar um pouco de
areia dentro da garrafa. Colar ou escrever com pincel atômico em
cada garrafa, números de 1 a 9. Bola de borracha . Discutir com
os colegas as regras. do jogo ou criar outras. Formar equipes de
4 colegas para jogar. A cada jogada a criança deve falar o
resultado da soma das garrafas que foram derrubadas Cada
equipe irá marcando no quadro ou papel os números obtidos.
Será vencedora a equipe que alcançar o maior número de
pontos.
H. HEX MULTIPLICATIVO
Conteúdo: multiplicação
em duas duplas
Organização da classe:
Recursos necessários: tabuleiro, marcadores (botões, grãos, etc.)
para cada dupla.
Objetivo: retomar o conceito de multiplicação e desenvolver
processos de estimativa e cálculo mental.
Desenvolvimento: os jogadores decidem quem começa. As duplas
jogam alternadamente. Em cada rodada, a dupla A escolhe dois
dos números em jogo (os que constam no alto da ficha) e
multiplica-os. Se o resultado obtido estiver numa casa do
tabuleiro que não esteja ocupada por um marcador, coloca um de
seus marcadores nessa casa. Se a casa já estiver ocupada, não
pode colocar nenhuma marca e perde a vez. Em cada casa só
pode ser colocado um marcador. Ganha a dupla que primeiro
conseguir ligar suas duas bordas do tabuleiro com seus
marcadores, sem nenhuma marca do oponente intercalada.

J. JOGO DA MEMÓRIA
Conteúdo: equações
grupos de 2 a 4 alunos.
Organização da classe:
Recursos necessários: cartas contendo equações (de uma cor) e
cartas contendo as respostas (outra cor).
Objetivo: estimular o aluno a resolver equações e treinar a
memorização. Desenvolvimento: espalhar sobre a carteira todas
as cartas do jogo viradas para baixo. Na sua vez, o jogador vira
duas cartas, uma de cada cor, confere para ver se a resposta
corresponde à equação. Se corresponde, o jogador retira as
cartas para si e joga novamente. Se não corresponde, desvira as
duas peças e passa a vez para o próximo jogador. Ganha o jogo
quem ficar com mais cartas.

Charadas matemáticas

01) Um trem leva 80 minutos para ir de uma cidade a outra, mas


para voltar leva uma hora e vinte minutos. Por quê?
02) Um senhor de 80 kg e suas duas filhas com 40 kg precisam
atravessar uma ilha com um barco. Só que há um problema, o
barco só suporta 80 Kg. Como farão para atravessar?

03) Na igreja haviam cinco velas. Um ladrão entrou e levou três.


Quantas ficaram?

04) Qual o dobro da metade de dois?


05) Qual é a metade de dois mais dois?
06) Suponhamos que haja um homem no fundo de um poço e ele
quer subir. Cada dia ele sobe 3 metros, mas quando chega a
noite, ele desce 2 metros. Sabendo que o poço mede 23metros,
quanto tempo levará o homem para sair?
07) Minha idade é a raiz quadrada da raiz quadrada de 14 + a
minha idade. Qual a minha idade?
08) Em uma ilha há cinco hortas, cada uma com três palmeiras,
em cada palmeira existem oito cocos. Quantos cocos existem na
ilha?
09) Um fazendeiro tinha dezessete vacas, todas, exceto nove,
morreram. Quantas vacas sobraram?

10) Quantas patas tem um pato fiel?


11) Dois pais e dois filhos saíram para caçar patos. Cada um
deles acertou um pato e nenhum atirou no mesmo. Entretanto,
somente três patos foram abatidos. Como foi isto?

12) Uma senhora vai ter um bebê. Se ele for menino, faltará mais
um para que o número de filhos homens seja igual ao de
mulheres. Entretanto, se for menina, o número de mulheres será
o dobro de homens. Quantos filhos ela tem e qual o sexo?

13) Que fração virada de cabeça para baixo terá o mesmo valor
anterior?

14) De que número você pode tirar a metade de seu valor e não
deixar nada?

15) Um homem foi à cidade com R$ 500 no bolso, mas retornou a


noite com R$15,00 tendo descontado um cheque no banco. Ele
comprou um chapéu e algumas bananas no mercado. Foi,
também ao oftalmologista. Sabendo que ele era pago por
cheques todas as quintas-feiras e que os bancos só abrem às
terças, quartas e sábados e que o oftalmologista fecha aos
sábados e o mercado está fechado nas quartas-feiras, qual o dia
em que ele foi a cidade?
16) Qual é o peso de um peixe, se ele pesa 10 quilos mais que a
metade do seu peso?

17) Aparecido e Joaquim levam seus filhos para pescar.


Aparecido e seu filho Nestor pegaram o mesmo número de
peixes cada um, mas Joaquim conseguiu pescar o triplo dos
peixes pelo seu filho. Na volta tomaram uma carona que só
transportava 3 pessoas por vez e que só podia fazer uma viagem,
mas, conseguiram chegar em casa com os 35 peixes que
pegaram. Como puderam fazer isso? Quantos peixes cada um
pescou?
18) Quanto tempo leva um trem de 1 km para atravessar um túnel
de 1 km de comprimento, se viaja à velocidade de 1 km por
minuto?
19) Num jarro estão sete amebas, elas se multiplicam tão
rapidamente que dobram o seu volume a cada minuto. Se para
encher o jarro, elas levam 40 minutos, quanto tempo levará para
encher metade do jarro?
RESPOSTAS:

01) Porque 80 minutos e uma hora e vinte minutos são


exatamente as mesmas coisas.

02) Ele deve mandar as duas filhas, depois uma filha deve voltar
com o barco; agora ele vai, manda a outra filha voltar também, e
por fim irão as duas filhas juntas.

03) Ficaram oito velas. “Ele levou, não roubou”.

04) Dois.
05) Três.
06) Somente 21 dias. Quando amanhecesse o 21° dia, ele subiria
os 3 metros restantes.

07) Dois anos. A raiz quadrada de (14) mais a minha idade (2) é
igual a 4 e a raiz quadrada de 4 é 2.
08) Palmeira não dá coco.
09) Nove.
10) Três.
11) Era o avô, o pai e o filho.
12) Três meninos e cinco meninas.

13) 6/9.
14) Do número 8. Tire a metade de cima e sobrará zero.

15) Ele foi à cidade na terça-feira, embora tenha descontado


neste dia o cheque da semana anterior.
16) 20 quilos.
17) O transporte foi fácil, pois na realidade eram 3 pessoas
(Aparecido é filho de Joaquim) a divisão dos peixes também,
Aparecido = 7, Nestor =7 e Joaquim 21.
18) Dois minutos. Após o primeiro minuto a cauda do trem está
entrando no túnel. Depois, leva 1 minuto mais, para sair do outro
lado.
19) 39 minutos.
CHARADAS MATEMÁTICAS - PARTE 2
1.Cinco marinheiros se colocam lado a lado para receber as
ordens do comandante do navio. Tente nomeá-los, da esquerda
para a direita, de acordo com as informações:
 Anderson está entre Jorge e Cláudio;
 Humberto está à esquerda de Cláudio;
 Jorge não está ao lado de Humberto;
 Humberto não está ao lado de Rafael.
Obs.: Atenção! A sua esquerda nãoé a esquerda dos marinheiros.
2. Na época em que os bichos falavam, numa floresta viviam
dona Onça e dona Hiena, comadres inseparáveis, com
características peculiares. Dona Hiena mente às segundas,
terças e quartas-feiras: dona Onça mente às quintas, sextas e
sábados. Nos dias que não mentem, elas dizem a verdade. Certa
vez, num encontro, dona Hiena e dona Onça conversaram: - Olá,
dona Onça ! Ontem eu menti - disse a dona Hiena. - Olá, dona
Hiena ! Eu também menti ontem - retrucou dona Onça. Em que
dia aconteceu esse encontro ?

3 .Tenho o quádruplo da idade que você tem. Daqui a 4 anos


terei o triplo da sua idade. Quais são as nossas idades ?
4 . Num quintal havia meninos e cachorros brincando. Contando
as cabeças consegui 22, contando os pés encontrei 68. Quantos
meninos e quantos cachorros havia no quintal ?

5. A figura seguinte é composta por 17 fósforos que formam 6


quadrados congruentes entre si:
Retire apenas 3 fósforos de forma a obter apenas 4 quadrados
congruentes entre si.

6. A figura seguinte é composta por 12 fósforos:

Retire apenas 2 fósforos de forma a obter apenas 2 quadrados.

7. Quantos noves existem entre 0 e 100?


8. De três irmãos - José, Adriano e Caio -, sabe-se que ou José é
o mais velho ou Adriano é o mais moço. Sabe-se também, que ou
Adriano é o mais velho ou Caio é o mais velho. Então quem é o
mais velho e quem é o mais moço dos três irmãos?

9. Dois pais e dois filhos foram pescar. Cada um pescou um


peixe, sendo que ao todo foram pescados 3 peixes. Como isso é
possível?
10. Em uma estante há 10 livros, cada um com 100 folhas. Uma
traça faminta come desde a primeira folha do primeiro livro até a
última folha do último livro. Quantas folhas a traça faminta
comeu?
RESPOSTAS

1. Da esquerda para a direita: Rafael, Jorge, Anderson, Cláudio e


Humberto.

2. O encontro aconteceu na quinta-feira. Já que era dia da dona


Onça mentir, ela estava mentindo que havia mentido no dia
anterior e dona Hiena falava a verdade.

3.Eu = 4x Você = x
Daqui a 4 anos: você = x + 4 e eu = 4x + 4
Equação: 4x + 4 = 3x + 12 ; x = 8
Resposta: Eu tenho 32 anos e você, 8 anos.
4. Meninos = x Cachorros = y
Resolver um sistema das equações: x + y = 22 e 2x + 4y = 68.
Será x = 10, ou seja, 10 meninos.
E y = 12, em que o número de cachorros será 12.
7. Existem 20 noves entre 0 e 100. Um em cada algarismo das
unidades (9,19,29,39,...99), e mais os dez noves da dezena 9
(90, 91,92...99). No total 10+10 = 20 noves.

8. A segunda afirmação determina que José não é o mais velho,


portanto a partir da primeira afirmação concluímos que Adriano é
o mais moço. Se Adriano é o mais moço, Caio é o mais velho.
9. Três pessoas estavam pescando: filho, pai e avô. O pai é filho
e pai ao mesmo tempo. Há dois filhos (filho e pai) e dois pais (pai
e avô).
10. A resposta é 802 folhas! Note que sempre que um livro é
colocado em uma prateleira, a primeira folha fica do lado direito e
a última do lado esquerdo. Logo, a traça comeu os 8 livros
intermediários (800 folhas) e mais a primeira folha do primeiro
livro e a última folha do último livro: 800+2 = 802
Jogos e brincadeiras antigas
QUEIMADA

Duas equipes de crianças. Uma de cada lado. Observa-se a


mesma distância no meio do campo, traça-se uma linha,
chamada fronteira. A equipe fica distante da fronteira por alguns
metros. Atrás do grupo, uma segunda linha é traçada, onde fica o
cemitério local, onde vão todos que forem queimados da equipe
adversária. Cada equipe possui seu cemitério. Os componentes
da primeira equipe chegam a fronteira e atiram a bola na segundo
equipe. Se a bola acertar alguma criança da segunda equipe,
esta irá para o cemitério da primeira equipe. Se a criança
consegue agarrar a bola, ela passa tentando queimar ou para o
outro da mesma equipe que se encontra no cemitério. No final,
vence a equipe que conseguir queimar todos os adversários ou a
equipe tiver menor número de crianças no cemitério. A bola é
atirada com a mão.

BENTE ALTAS
Com uma bola, o jogador tenta derrubar a casinha (um tripé feito
de taquara ou galhos de árvore) do outro. Este, com um taco de
madeira, tenta bater na bola e atirá-la para longe. Ganha ponto
quem atingir o objeto, derrubando-o ou defendendo a casinha.

Outra variação é tentar chutar a bola com o pé sem tirar o pé de


uma base (pedaço de papelão no chão). Se a bola é atirada para
longe, seja com o bastão ou com o chute, o adversário tem que
tentar buscá-la. Até que este volte, o jogador corre até sua
casinha e pisa em sua base marcando um ponto. Volta na sua
base e pisa, retorna. Cada vez que pisar na base do adversário e
voltar a sua, marca um ponto. Se o adversário voltar com a bola,
tem direito a tentar derrubar a casinha jogando a bola com as
mãos se ele não estiver em sua base para protegê-la. Conta-se
tantos pontos quanto as derrubadas de casinhas ou derrubadas
de casinhas e toques com os pés nas bases.

CAVALO DE GUERRA
A brincadeira é feita em duplas. Consiste em montar um sobre os
ombros do outro, colocando os pés para as costas do mesmo por
sob os braços dele, de maneira a ficar bem firme sobre a sua
montaria. A outra dupla faz o mesmo e depois de montados
pegam-se pela mão direita e puxam-se mutuamente, até derrubar
os cavaleiros. Quem conseguir ficar sem cair das costas do
parceiro é o vencedor.
Essa brincadeira é mais segura quando feita na piscina.

GUERRA

Com giz ou cal, traça-se retângulos ou quadrados nos quatro


cantos do salão ou quadra. Um deles ficará vago e constituirá a
"prisão". Em cada um dos outros estará um capitão com seus
adeptos. As 3 equipes já organizadas virão para o centro, ao sinal
dado pelo professor. Cada jogador procurará sempre empurrar os
adversários para a "prisão". Basta colocar um dos pés no interior
dela para ser considerado "detido". Será vencedor a equipe que,
esgotado o prazo, tiver conseguido maior número de jogadores
no centro do campo.

BARREIRA

Formam-se duas fileiras que se defrontam, os elementos de cada


fileira permanecem lado a lado. Uma das fileiras será a "barreira",
os jogadores passam os braços no ombro do companheiro do
lado e ficam com as pernas um pouco afastadas, encostando pé
com pé no do colega ao lado. A outra fileira será de
"empurradores ", sendo que os jogadores ficam de mãos dadas.
Dado o sinal de início, os "empurradores" tentam quebrar ou
passar através da "barreira", sem largar as mãos. Os elementos
da "barreira" tentam impedir a passagem. Depois do tempo
determinado, trocam-se os lados.

PEGADOR SÔ LOBO.
Uma criança é escolhida para ser o lobo e se esconde. As
demais dão as mãos e caminham em sua direção, enquanto
cantam: Vamos passear na avenida, enquanto o sô lobo está aí?
Chegando perto da suposta casa, a criança que está fazendo o
papel do sô lobo responde que ele está ocupado, tomando
banho, enxugando-se, vestindo-se, com quiser inventar. As
crianças se distanciam e depois voltam fazendo a mesma
pergunta e recebendo respostas semelhantes. A brincadeira se
repete até que, numa dada vez, sô lobo, já pronto, sem responder
nada, sai correndo atrás das outras crianças. A que for pega,
passa a ser o sô lobo na próxima vez.
BARRA MANTEIGA
São traçadas no chão, duas linhas paralelas, distantes entre si
aproximadamente 15 metros, podem ser as margens de uma
quadra, por exemplo. Atrás das linhas, duas equipes de crianças
ficam em fileiras, uma de frente para a outra.

Em seguida, é decidido o grupo que dará início ao jogo. Este


grupo, por sua vez, escolhe um dos seus componentes, o qual
deve deixar a sua fileira adversária, cujos integrantes devem
estar com uma das mãos estendidas (palmas para cima) e com
os pés preparados para uma possível corrida rápida. Ao chegar,
a criança bate com uma das mãos levemente nas palmas de
seus adversários, dizendo: _barra manteiga (batendo na mão de
cada um). De repente, bate fortemente na mão de um deles e
corre em direção á sua fileira, tentando fugir do adversário
desafiado que procura alcançá-lo.

Cruzando sua própria linha sem ser tocado, o desafiante está a


salvo. Se alcançado, ele deve passar para o outro grupo da
criança que o alcançou. Agora, o desafiado anteriormente, é o
desafiante diante do grupo contrário. Vencerá o jogo, o grupo que
em determinado tempo limitado pelos participantes, obtiver o
maior número de prisioneiros.

OBS.: Em algumas regiões, o desafiante, enquanto passa as


mãos nas palmas dos demais, declama: "Barra manteiga, na fuça
da nega" (repete quantas vezes quiser) e de repente diz: "Minha
mãe mandou bater nessa DA-QUI:" Nesse momento é que sairá
correndo.

TÚNEL AQUÁTICO
Dividem-se as crianças em duas equipes, distantes, uma da
outra, como que três metros dentro da piscina. Os jogadores
ficarão separados entre si, pelo espaço de um braço estendido à
altura do ombro e com as pernas afastadas lateralmente
representando um túnel. Evolução: Dado o sinal de início, os
primeiro jogadores , fazendo meia volta, mergulham afim de
atravessar o túnel. Terminada a travessia, voltam aos seus
lugares, nadando ou esforçando-se para nadar. Aqui chegando,
batem na mão estendida do companheiro seguinte, retomando
em seguida a posição primitiva. Os segundos jogadores, ao
receberem a batida, vão à frente da coluna nadando ou
esforçando-se para nadar, mergulham e repetem a ação dos
primeiros. E assim sucessivamente. Final: Será considerado
vencedor o partido cujo último jogador, depois de ter feito a
travessia, levantar em primeiro lugar, a mão direita do
companheiro inicial.

CARNIÇA

Consiste num alinhamento de crianças, em rápido deslocamento,


uma-a-uma, pulando sobre as costas dos companheiros parados,
curvados, apoiando as mãos nas coxas. Pulada a última carniça,
o jogador corre e pára adiante, esperando que os demais saltem
sobre ele. É sempre revezado.
REINO DOS SACIS
Num canto do terreno, marca-se o "palácio", onde fica um
jogador, o "saci-rei". Os demais "sacis" dispersam-se à vontade
pelo campo.

Ao sinal de início, os sacis dirigem-se, pulando num pé só, ao


palácio real, para provocar o rei. De repente, este anuncia: "_O
rei está zangado!", saindo a persegui-los, também aos pulos. Ele
mesmo conduz ao palácio o primeiro que pega e o nomeia seu
"ajudante". A brincadeira recomeça, tal como antes, saindo agora
os dois, após novo aviso, em perseguição aos demais e assim
por diante. O último apanhado será o novo rei, na repetição do
jogo. Ninguém pode apoiar os dois pés no chão, sob pena de ser
aprisionado, exceto nos seguintes casos: a) quando o jogador
estiver dentro do palácio; b) quando o jogador estiver cansado,
devendo, porém, ficar parado num mesmo lugar, ocasião em que
poderá ser apanhado. O jogador aprisionado ficará dentro do
palácio, até outro ser preso, só então podendo voltar ao lugar
onde estava antes.

SOBE - ESCADA
Os participantes do jogo agrupando-se no início de uma escada
de um prédio residencial ou escolar. A disputa começa com um
jogo de seleção chamado ‘já-quem-pô" ou "tesoura corta papel".
Quem vencer cada rodada do já-quem-pô, salta para o degrau de
cima. Vencerá o jogo quem primeiro alcançar um número
determinado de degraus, ou subir e descer os degraus
determinados.
Observação: "já-quem-pô" é uma forma de escolha ou seleção
como o par ou ímpar, "cara ou coroa", etc. Na sua realização,
esconde-se uma das mãos atrás do corpo, e num ritmo
compassado pronuncia-se; JÁ-QUEM-PÔ: A expressão "Pô"
coincide com a apresentação da mão à frente dos competidores,
indicando um dos seguintes sinais: (a) tesoura - punho semi -
cerrado, dedos indicador e médio formando uma tesoura; (b)
pedra - punho completamente cerrado: e (c) papel - mão
completamente aberta. O jogo indica o vencedor seguindo a
regra: a pedra quebra a tesoura, a tesoura corta o papel e o papel
embrulha a pedra. Se mais de um jogador vencer a rodada,
decidem entre si numa jogada especial.

TRAVESSIA DA FLORESTA
Traçar no chão um retângulo bem grande (sendo a floresta).
Dentro ficam três participantes que são os pegadores, fora ficam
os demais, à vontade. Dado o sinal de início, os jogadores que
estão fora tentam cruzar o retângulo, isto é, a "floresta", sem
serem pegos. Os três jogadores de dentro tentam pegar os outros
"forasteiros" que cruzam a floresta de um lado para o outro.
Quem for preso, passa a ajudar os pegadores.

PALHA OU CHUMBO
Dividem-se dois grupos de crianças. Um deles é sorteado para
ficar junto a um poste, de cócoras, abraçando o poste e os
demais segurando sua cintura e mantendo uma mesma altura.
O primeiro componente do outro grupo, toma distância de cerca
de dois metros e sobe nas costas de quem está na coluna junto
ao poste. Em seguida sobe outro componente, até que todo o
segundo grupo esteja sobre o primeiro. Nesse momento, o grupo
de baixo começa a balançar gritando: - PALHA OU CHUMBO?
O jogo terminará quando todos de cima forem derrubados.
Invertem-se as posições: quem subiu agora ficará em baixo.
DE RENDER (PIQUE)
As crianças dividem-se em duas turmas. Sorteiam a turma que
vai se esconder. Uma turma procura a outra.
CABEÇA PEGA O RABO
Formar colunas de mais ou menos oito elementos, cada um
segurando na cintura do companheiro da frente.
O primeiro jogador tenta pegar o último da coluna, que procura se
desviar para não ser pego. Se conseguir, o primeiro jogador da
coluna troca de lugar com o último.

DANÇA DA COBRA
Formam-se duas equipes iguais, cada qual com quinze crianças
pelo menos. Os dois grupos dispõem-se em colunas paralelas,
atrás de uma linha de saída, riscada no chão. Os componentes
de cada equipe conservam entre si a distância de 1,50m.

Ao sinal de início, o capitão de cada equipe corre atrás,


ziguezagueando entre os seus companheiros, tendo o cuidado de
passar à frente de cada um. Isto feito, coloca-se atrás da coluna,
a 1,50 m do último companheiro. Só então, grita: "_Já!", devendo
o segundo grupo fazer o mesmo percurso, que depois há de ser
sucessivamente imitado pelo terceiro, quarto etc., até o fim. Se
algum jogador deixa de passar entre quaisquer companheiros, a
equipe perde um ponto. É desclassificada a equipe que perde
três pontos.

A vitória é da equipe que primeiro completar duas vezes seguidas


o percurso total, isto é, o capitão volta, pela segunda vez, no
início da coluna. Quando a equipe termina o primeiro percurso, o
capitão, ao ver-se de novo à frente, grita: "_Outra vez!", cabendo
ao último recomeçar a dança da cobra, no sentido oposto, isto é,
ziguezagueando para a frente.

Erros comuns: deve-se ter autodomínio (para conservar a


formação, durante um jogo tão movimentado). Dentre os erros
mais frequentes, convém assinalar, ainda, o do jogador que
acaba de correr não se colocando distante do último,
transformando a coluna, em pouco tempo, num mero
ajuntamento de crianças.

FINCA

Jogo de 2 participantes - Atira-se um estilete (feito de pedaço de


madeira e ferro afiado na ponta, ou qualquer coisa pontiagudo
como uma chave-de-fenda), no chão em um ponto determinado.
O jogo se inicia fazendo-se dois triângulos um de cada lado em
barro firme ou areia da praia (de preferência após chuva).
Objetivo do jogo é jogar fincando no chão, alternando vezes,
tentando dar a volta no triângulo do adversário e voltar ao seu
triângulo. Ao fincar no chão, o jogador faz um risco de finco a
finco ligando pontos, direcionando as linhas quebradas até que
um consiga fechar, ou melhor ligar o seu lance ao ponto de
partida.
Observação: não pode fincar em cima da linha do outro ou passar
por cima dela.

BANDEIRINHA

As crianças são divididas em dois grupos de igual número. Em


cada campo, dividido também em dois, são colocadas duas
bandeiras (de cada lado), no fundo dos campos. Cada grupo
deve tentar roubar a bandeira do lado oposto, sem ser tocado por
qualquer jogador daquele lado. Se for tocado fica preso e como
uma estátua, colado no lugar. Os adversários podem salvá-lo,
bastando ir até o campo e tocar o companheiro. O lado que tiver,
mais meninos presos perde e o outro partido consegue
finalmente roubar a bandeira. Vence quem pegar a bandeira
primeiro independente se tiver conseguido colar os adversários.
AMARELINHA

Brincam quantas crianças quiserem e cada uma tem sua pedra.


Quando não disputam na fórmula de escolha gritam: - Primeira!
(será a primeira a começar) - Segunda! Quem falar em segundo
lugar será a segunda, assim sucessivamente.
Desenham-se no chão as quadras da amarelinha, começando
com o céu, 123456789 e 10 e inferno.
1) joga se a pedra na 1ª quadra, não podendo pular nela. Vai com
um pé só nas casas de uma quadra e com os dois pés no chão,
na quarta e quinta casa, sétima e oitava, no céu e inferno. 2)
Segunda etapa: Chutinho. Vai se chutando a pedra que foi jogada
perto, antes da amarelinha, com um pé só - deve começar tudo
desde a quadra 1. A pedra não pode bater na risca, se errar
passa para outra criança até chegar sua vez novamente. 3) Na
terceira etapa, joga-se sem pedra. Com os olhos vendados diz -
queimou? As outras respondem: - Não. Assim casa por casa até
sua vez. Também na terceira casa é com um pé só. E os dois pés
na 4ª e 5ª casas. 4) Quarta etapa: tirar casa - de costas joga-se a
pedra para traz, onde cair, essa Casa será excluída. Risca-se
com giz a mesma, podendo pisar nela com os dois pés.

LÁ VEM O RATO
As crianças ficam em círculo e uma outra permanece no centro,
segurando uma corda (cordel) em cuja extremidade prende-se
um peso que será o "rato". Ao início do jogo, a criança do centro
deve girar a corda junto aos pés dos participantes que devem
pular não deixando que o rato os toque.
A criança deve deixar o rato pegá-la, é afastada do jogo. O jogo
terminará quando só restar uma criança no círculo, a que será a
vencedora.

CHICOTINHO QUEIMADO
Uma criança esconde o chicotinho queimado, geralmente uma
correia velha ou qualquer objeto escolhido, enquanto as demais
tapam os olhos. Quando a criança que esconde acabar diz: _ "
chicotinho queimado cavalinho dourado ! " Depois, todas vão
procurar o chicotinho. Se uma criança estiver mais distante, a que
escondeu o chicotinho dirá que ela está fria. Se mais perto, dirá
que está quente. Dirá também que está esquentando ou
esfriando conforme a que estiver mais próxima se distancia ou se
aproxima do chicotinho queimado. " Estar pelando" é estar muito
perto do chicotinho. A criança que achar o chicotinho queimado
sairá correndo batendo com ele nas demais (no caso da correia
velha). E é ela que irá escondê-lo da próxima vez.

Variação: O chicotinho queimado pode ser feito com massinha.


Muito legal ! Todos fecham os olhos e o que vai ficar responsável
para esconder, ao invés de esconder vai pegar a massinha e
escolher um molde na sala ou qualquer coisa que possa tocar a
massinha em cima e ficar com o desenho gravado. Ela diz: _
chicotinho queimado, cavalinho dourado ! E todos vão tentar
saber onde é que ela moldou o desenho, ou seja, de onde ela
tirou. Quem vencer vai ser o responsável da próxima vez.

CABRA-CEGA DE RODA
- Cabra cega?! - Senhor. - De onde vieste? - De traz da serra. -
Que trouxeste? - Um saquinho de farinha. - Dá-me um
bocadinho/ - Não chega pra mim mais minha velha. As crianças
todas tentam beliscar o saquinho de farinha que a cabra-cega, de
olhos vendados, no meio da roda, tem em uma das mãos; e ela
tenta agarrar as que lhe aproximam. A que se deixa prender, ou
tocar, passa a ser cabra-cega e o brinquedo ( a brincadeira)
recomeça.
CABRA-CEGA DE RODA
Os olhos de uma criança é vedado. A brincadeira se dá em um
quarto pequeno ou lugar com poucos móveis para que as
crianças não se machuquem.

A cabra-cega é girada pelas crianças e é dado o sinal para que


ela comece a procurar. Quem ela tocar ou agarrar (deve ser
combinado) é a próxima cabra-cega.

CABO DE GUERRA
(Puxar a corda)
Os partidos alinham-se, com os jogadores uns atrás dos outros,
cada grupo segurando uma metade de uma corda dividida
igualmente entre ambos. A um dado sinal, começam a puxar a
corda. Ganha a equipe que houver conseguido puxar maior parte
para seu lado (deve ser colocado um lenço no meio da corda e
marcar o centro no chão) ou a maior parte da corda ao cabo de
um período de um ou dois minutos.

(Cadeia)

As equipes alinham-se atrás dos seus respectivos chefes, e cada


jogador segura pela cintura o que lhe fica em frente. Os dois
chefes, que se defrontam, seguram uma vara em posição
horizontal, perpendicularmente a uma linha traçada no solo. A um
sinal os partidos puxam para traz, tratando cada um de fazer
todos os jogadores do lado oposto atravessarem a linha.
Para tornar o jogo mais fácil, pode-se marcar uma segunda linha
a 1,50 m (ou menos) de cada lado da linha central, ganhando o
grupo que obrigar os outros a passarem essa marca.

(Em fileira)
Este interessante jogo de tração pode dispensar a corda. Na sua
mais simples forma, as equipes formam fileiras de cada lado de
uma linha traçada no chão. Consiste o jogo em puxar os
membros da equipe oposta, fazendo-os atravessar a linha. O
jogador que for assim arrastado passará para a equipe dos seus
capturadores.

Usando-se uma corda como linha de divisão entre as equipes, os


jogadores colocam-se nos seus respectivos lados, com as mãos
na corda, puxando os outros por meio dela.

Uma outra variante estipula o uso de varas para cada par de


jogadores contrários.

(Guloseima)

Ata-se, no meio de um longo barbante, uma bala, uma ameixa ou


qualquer outra guloseima. Cada um dos dois competidores
recebe uma extremidade do barbante, que deverá fazer
desaparecer rapidamente na boca, no esforço de chegar primeiro
à ela. O vencedor poderá comê-la.

ATA E DESATA (estafeta)


Uma cadeira (ou estaca) e uma fita colorida para cada equipe.
Como para o "Revezamento simples em coluna". Sobre a linha
de retorno e bem em frente a cada partido, coloca-se uma
cadeira, à qual se amarra, com um lado frouxo, uma fita.
Semelhante ao do revezamento acima, devendo cada jogador ir
até à cadeira, desatar o laço (ou atá-lo, conforme o caso),
deixando a fita sobra o assento, antes de voltar para bater na
mão do seguinte. A fita é hora atada ou desatada pelos
componentes de cada equipe.

Constituem faltas, que acarretam a partida, perda de um ponto,


além das indicadas pelo revezamento simples: deixar de atar (ou
desatar) a fita; dar um laço que não se mantenha firme, até o
jogador seguinte chegar à cadeira.
Variantes:

* A fita, depois de desamarrada, não é deixada na cadeira, mas


trazida na mão e entregue ao jogador seguinte.
* Atrás de cada partido e a 3 m do último jogador, fica outra
cadeira. Cada criança corre para o lugar onde a fita está
amarrada, desata-a e leva-a para o lado oposto, deixando-a
presa em outra cadeira.
* Em variante encontrada no Coréia, cada criança tem uma flor
de papel, com barbantes dos lados. Ao chegar a sua vez, amarra
a flor numa estaca, a qual, findo o jogo, está coberta de flores.
QUEBRAR PANELA
Quebrar uma panela de barro, cheia de bombons, "chicletes" e
pendurada num cordão grosso. Com os olhos tapados e um pau
na mão, a criança se movimenta, vagarosamente, para dar
pancada na panela de barro até quebrá-la. A criança para
quebrar o vaso deve ficar de olhos vendados, tendo o orientado o
cuidado de não deixar que ela fique debaixo da panela. Para isso
usar um bastão grande.

CADÊ O TOUCINHO QUE ESTAVA AQUI?


Toca-se em cada dedo da criança, dizendo o nome popular de
cada um: Mindinho, seu vizinho, pai - de - todos, fura-bolos e
mata - piolho. Ou: "Este diz que quer pão, Este diz que não há,
Este diz que furtará, Este diz "alto lá", Este diz que Deus dará.
Em seguida, pega-se a mão da criança e, com a ponta do
indicador pinicando-lhe a palma, pergunta-lhe: - "Cadê o toucinho
que estava aqui?" Resposta: - Gato comeu. E o diálogo
prossegue: -cadê o gato? -foi pro mato. -cadê o mato? - Fogo
queimou. - Cadê o fogo? - Água apagou. - cadê a água? - Boi
bebeu. - cadê o boi? - Foi carrear trigo. - Cadê o trigo? - Galinha
espalhou - cadê a galinha? - foi botar ovo. - cadê o ovo? - Frade
bebeu. - cadê o Frade/ - Foi rezar uma missa - Cadê a missa?
Nesse instante, a pessoa, usando os dedos médio e indicador,
fará os dois supostos pezinhos que subiram pelo braço, até
provocar cócegas debaixo do braço da criança: - "foi por aqui,
aqui, aqui...ACHOU!"

VARIAÇÃO: Pega-se a mão da criança e fala: "Nessa mãozinha


havia cinco pintinhos. Pega-se o dedo e diz: - Um saiu por aqui"
outro dedo: - "Outro por aqui". E assim por diante. Depois chega
galinha, que são os dedos da pessoa ciscando a palma da
criança: "- cadê os meus pintinhos, cló, cló, cló? A pessoa vai
procurando pelo braço acima, até fazer o resto.
PANELINHA
Esta brincadeira, é uma espécie de concurso de "sisudez". As
crianças se espalham à vontade, e uma, que é o "mestre",
cantarola:

Fon-fin, fon-fá, Panelinha, panela! Quem ri e falar, Come tudo


quanto há... Fechou a rosca.

Com isso ficam todas em silêncio, e procurando fazer as caras


mais sérias do mundo, até que uma das crianças, não se
aguentando mais, fala ou cai na risada. O "mestre" aponta-lhe um
dedo acusador e grita: - Comeu!
A criança apontada retira-se do brinquedo, que se repete desde o
início, e assim sucessivamente. A última a se retirar, portanto a
que mais tempo se mantém silenciosa, é aclamada vencedora, e
será o "mestre", no caso da repetição.

CONTRÁRIO

Uma criança é escolhida no grupo por fórmula de escolha. Ela


ordena para as demais: "- Andem para a frente" E elas deverão
andar para traz, executando as ordens sempre ao contrário. As
crianças que forem errando irão sendo excluídas. A última que
ficar será a que irá dar as próximas ordens para que a brincadeira
prossiga.

ONDE ESTÁ O CHOCALHO?


Material: Um chocalho, uma venda de pano e lenços de papel
Preparação: As crianças formam uma roda, sendo uma
destacada para ir ao centro e ter os olhos vendados.
Para iniciar o jogo, a professora entrega o chocalho, sem fazer
ruído, a uma das crianças da roda. esta passa a agitá-lo,
enquanto a do centro, guiada apenas por tal som, deve descobrir
a colega que tem o chocalho. Se acerta recebe palmas e escolhe
um companheiro para substituí-la na repetição do jogo. ( No caso
de demonstrar dificuldade, a professora, habilmente, procurará
ajudá-la, com pistas).

PAR OU ÍMPAR
Regra do jogo: A preliminar par muitos jogos infantis, é tirar o par
ou ímpar. Os dois jogadores ou os dois diretores do jogo, ficam à
frente, um diz: -Par! , o outro diz:- Ímpar! Ou vice-versa,
mantendo a mão direita fechada atrás. Trazem as mãos para a
frente com a palma para baixo, simultaneamente, apresentando
um, dois, três, quatro ou cinco dedos, ou nenhum. Somam-se os
números. Se a soma é um número par, ganhou o que disse : -
"par!". Tem direito a começar o brinquedo ou escolher o primeiro
comparsa.

PALITINHOS

A brincadeira consiste em acertar-se o número de pontos que


está na mão do adversário, ou dos adversários, somando aos
seus. Para isso, cada jogador utiliza-se de 3 palitos, no máximo,
podendo em cada partida colocar na mão todos os 3. Caso
contrário, jogará com 2, com apenas 1, e ainda poderá sair
jogando com a mão vazia, ou seja, zero ponto (sair de lona),
deixando os palitos escondidos na outra mão. O jogo começa
quando os participantes expõem uma das mãos fechadas, com
os palitos, para que cada um dando um palpite adivinhe a
quantidade de palitos contidos nas mãos dos adversários
juntadas aos da sua. Depois de todos dizerem um número (que
equivalerá a soma de todos), pela ordem, abrem a mão, para a
soma dos pontos.

MALMEQUER

Quando alguém não tem certeza de que seu amor é


correspondido, usa o jogo do Malmequer (Calêndula Arvensis),
cujas pétalas brancas e amarelas, são tiradas uma a uma
enquanto a pessoa vai dizendo: "mal-me-quer", "bem-me-
quer","mal-me-quer", "bem-me-quer", alternadamente até
acabarem-se. A última pétala dirá se seu amado a quer bem ou
mal .
Como essa flor é mais comum nos campos, nas cidades é
substituída pelas margaridas.

BOCA-DE-FORNO

Escolhem-se uma criança para iniciar a brincadeira, sendo o


Mestre e coloca-a ao centro da roda. Ela começa o jogo dizendo
os seguinte diálogo:
- Boca de forno? Todos respondem: - Forno!
- Tira bolo? Todos respondem:- Bolo!
- Farão tudo que seu mestre mandar? Todos repetem:- Faremos
todos !
- E se não fizer ? Respondem: - Ganharemos bolo !
- Vai ali, vai ali e faz...
A frase era completada com a ordem de executar uma ação
qualquer a certa distância, como: beijar um poste, dar "boa noite"
a alguém que estivesse à janela, trazer um objeto.

Os meninos partem em direção ao alvo, cumprem a tarefa


proposta pelo Mestre e voltam em disparada, pois o último que
chegar leva bolos e fica na espera. Antes de aplicar o bolo o
Mestre pergunta: - que tipo de bolo vou dar nesse aqui? E
quantos ? E todos dão palpites. Mas o mestre diz a palavra final.

Bolos: Os bolos são tapas executados na mão direita do último a


chegar com a tarefa. São classificados em:
Anjo: Toca-se levemente
Padre: Bate-se levemente e diz: não cometa mais isto !
Tia: finge que vai bater com força e bate leve.
Mãe: Bate severament
Pai: bate forte
Capeta: O mais forte !
FOTOGRAFIAS EM COLHER
Nenhum livro de jogos seria completo sem este brinquedo, pois é
muito divertido.

Um dos dois jogadores que estão de combinação, sai da sala e, o


que fica, tira a fotografia de qualquer pessoa, pondo-lhe uma
colher em frente do rosto e conservando-a assim, durante um ou
dois segundos. O que está de fora é chamado. Entra na sala,
pega a colher, examina-a e diz o nome da pessoa cuja fotografia
foi tirada. Os que ignoram o truque ficam admirados, porém o
método é simples.
O companheiro que permanece na sala e tira a fotografia, toma a
mesma posição e atitude de que se acha a pessoa fotografada.
Se esta estiver com as pernas cruzadas ou estiver fumando, o
companheiro toma a mesma atitude. Portanto, é preciso
comparar a posição do companheiro com a dos que estão
brincando, para se saber de quem é a fotografia.

JOGO DA VELHA
Jogo de dois participantes, que se desenvolve sobre um traçado
básico, formado por dois pares de linhas verticais cortados por
duas horizontais. Os adversários, que alternam nas jogadas,
tentam ocupar três casas seguidas em qualquer um dos sentidos.
Ganha aquele que primeiro atingir o objetivo.
Diz-se que deu velha quando há empate. As casa são
assinaladas com 0 ou X ou então marca-as com pedrinhas,
caroços de milho e feijão.

MAMÃE, POSSO IR?


Uma criança é escolhida para ser a mãe e as outras serão filhas.
De uma distância é estabelecido o seguinte diálogo: - Mamãe,
posso ir? - Pode. - Quantos passos? - Três de elefante. Dá três
grandes passos em direção à mãe. Outra criança repete. -
Mamãe, posso ir? - Pode. Quantos passos? Dois de cabrito. Dá
dois passos médios em direção à mãe. - Mamãe, posso ir? -
Pode. Quantos passos? Quatro de formiga. Quatro passos
diminuídos à frente. A primeira das filhas que atingir a mãe
assume o posto.

SERRA, SERRA, SERRADOR


Duas crianças se põem de frente e dão as mãos. Depois, ficam
balançando os braços, indo e vindo, enquanto falam: - Serra,
serra, serrador! Serra o papo do vovô! Quantas tábuas já serrou?
Uma delas diz um número e as duas, sem soltarem as mãos, dão
um giro completo com os braços, num movimento gracioso.
Repetem os giros até completar o número dito por uma das
crianças.
Variação: Feita com criança de colo. Coloca-se a criança no colo
com as pernas voltadas para as costas de quem está sentado.
Segura-se nas mãos da criança e a leva com a cabeça até seus
joelhos e retorna-a ao peito, puxando-a dizendo: - serra, serra
serrador... quantas tábuas já serrou... é uma, é duas , é três é
quatro... e cada vez que diz o número leva a criança até os
joelhos. O jogo acaba quando a criança começar a sorrir. Tendo
o cuidado para não deixá-la tonta.
QUANTOS DEDOS?
Este jogo começa do mesmo modo que a pedra, papel, tesoura,
com a diferença de que, quando se conta "três" os jogadores
avaliam o número de dedos abertos. Mostram as mãos, com
alguns dedos fechados e outros esticados. O jogador que acerta
o número dos dedos esticados ou o que mais se aproxima, ganha
um ponto. Cinco pontos decidem o jogo.
Variação: quando se diz: -já ! Todos colocam os dedos e conta-se
dizendo os dedos de acordo com a ordem das letras. a,b,c, d.....z
- para escolher a letra de algum brinquedo ou nome de quem vai
começar.
PASSAR ANEL
Os participantes ficam com as mãos juntas e um deles com um
anel escondido. A pessoa que está com o anel vai passando suas
mãos dentro das mãos dos outros participantes até escolher um
deles e deixar o anel cair em suas mãos, sem que os outros
percebam. Depois escolhe uma pessoa e pergunta-se “fulano,
com quem está o anel?” e a pessoa escolhida deve acertar.
PULAR CORDA
Duas pessoas batem a corda e outra pula. Durante a execução
da brincadeira os batedores vão cantando “um dia um homem
bateu na minha porta e disse assim: senhora, senhora põe a mão
no chão; senhora, senhora pule de um pé só; senhora, senhora
dê uma rodadinha e vá pro meio da rua”. Ao final, o pulador deve
sair da corda sem errar.

BATATA QUENTE.
Os participantes sentam-se em círculo e uma pessoa fica de fora.
Vão passando uma bola, bem rápido, de mão em mão e o que
está de fora, de costas para o grupo, grita “batata quente, quente,
quente, ..., queimou!”. Quem estiver com a bola quando o colega
disser ‘queimou’, é eliminado da brincadeira. O vencedor será
aquele que não for eliminado.
Quadrado mágico

1. Ordene os números de 1 a 9 dentro das células do quadrado,


de modo que qualquer direção ( horizontal,vertical e diagonal)
que se some, seja obtido sempre o mesmo valor.

2. Distribua os números 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 de modo a obter


um quadrado mágico 3 x 3. Neste caso, o valor da constante
mágica é a terça parte da soma dos números dados e os
números que ficam nos cantos dos quadrados são os números
ímpares.

3. Este é um quadrado mágico e curioso. A soma dos números


em todas as linhas ou colunas é a mesma. Se virar a página de
ponta-cabeça o quadrado continuará sendo mágico.

RESPOSTAS.
01.

02.
OU

Importância dos Jogos no Ensino da Matemática

As dificuldades encontradas por alunos e professores no


processo ensino-aprendizagem da matemática são muitas e
conhecidas. Por um lado, o aluno não consegue entender a
matemática que a escola lhe ensina, muitas vezes é reprovado
nesta disciplina, ou então, mesmo que aprovado, sente
dificuldades em utilizar o conhecimento "adquirido", não
consegue efetivamente ter acesso a esse saber de fundamental
importância.
Ao aluno deve ser dado o direito de aprender. Não um “aprender”
mecânico, repetitivo, de fazer sem saber o que faz e por que faz.
Muito menos um “aprender” que se esvazia em brincadeiras. Mas
um aprender significativo do qual o aluno participe raciocinando,
compreendendo, reelaborando o saber historicamente produzido
e superando, assim, sua visão ingênua, fragmentada e parcial da
realidade.
Dentre os muitos objetivos do ensino de Matemática, encontra-se
o de ensinar a resolver problemas, e as situações de jogos
representam uma boa situação-problema, na medida em que o
professor sabe propor boas questões aos alunos, potencializando
suas capacidades para compreender e explicar os fatos e
conceitos da Matemática.
O uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática
desenvolvem nas crianças o gosto e a compreensão de aprender
essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o
interesse do aluno envolvido. A aprendizagem através de jogos,
como dominó, palavras cruzadas, memória e outros permite que
o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e até
divertido. Para isso, eles devem ser utilizados ocasionalmente
para sanar as lacunas que se produzem na atividade escolar
diária. Neste sentido verificamos que há três aspectos que por si
só justificam a incorporação do jogo nas aulas. São estes: o
caráter lúdico, o desenvolvimento de técnicas intelectuais e a
formação de relações sociais.
Jogar é uma das atividades em que a criança pode agir e produzir seus próprios
conhecimentos. (...)a ideia será sempre considerá-los (os jogos) como uma
possibilidade de exercitar ou estimular a construção de conceitos e noções também
exigidos para a realização de tarefas escolares.Neste sentido, o jogo serve para
trabalhar conceitos que, quando excluídos de seu contexto, são muito abstratos, muito
complicados para as crianças entenderem.” (Petty,1995:p.11)
A relação entre o jogo e a Matemática possui atenção de vários
autores e constitui-se numa abordagem significativa, as crianças
devem encontrar o espaço para explorar e descobrir elementos
da realidade que as cerca. A criança deve ter oportunidade de
vivenciar situações ricas e desafiadoras, as quais são
proporcionadas pela utilização dos jogos como recurso
pedagógico.
Através dos jogos podemos desenvolver o raciocínio lógico,
estimular o pensamento independente, a criatividade e a
capacidade de resolver problemas com nossos alunos.
Procurando alternativas para aumentar a motivação para a
aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização,
concentração, atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso
cooperativo, desenvolvendo a socialização e aumentando as
interações do indivíduo com outras pessoas.
Este curso teve como objetivo mostrar as contribuições do lúdico
na construção do conhecimento matemático, sendo sugerida
atividades com jogos e brincadeiras para crianças de educação
infantil e ensino fundamental.
O curso possibilitou uma reflexão sobre a necessidade de uma
metodologia mais dinâmica e interativa, com a finalidade de
minimizar os problemas de aprendizagem no ensino da
matemática, propiciando uma aprendizagem como atividade
contínua.
Partindo de uma revisão nas formas de aprender, fica claro que
todos de uma maneira ou de outra, buscam a construção do
conhecimento de um jeito agradável, interessante e
principalmente significativa.
Não se gosta daquilo que não se conhece, daquilo que não tem
significado, só se aprende aquilo que tem significado. O aluno
deve encontrar sentido e utilidade naquilo que aprende, daí
decorre o desafio do professor, dar sentido aos conteúdos para
que seus alunos tenham prazer em aprender.
Ficou também evidente, que as dificuldades e ou problemas de
aprendizagem, estão diretamente relacionadas a situações
difíceis enfrentadas pelas crianças. Logo, para desmistificar o
ensino da Matemática, é necessário que o aluno se aproprie
desta aprendizagem significativa, é necessário que tenha uma
aprendizagem que atenda a suas reais necessidades e também
que busque respostas para os problemas da realidade mais
ampla. Aprender matemática que incorpore essa realidade
oferecendo oportunidades e condições concretas para a
formação de um aluno criativo, competente e solidário.

A aprendizagem acontece no aluno e não para o aluno, quando


ele interage, ele participa trazendo consigo tudo que ele vê, vive,
ouve, sofre e sonha. Assim, a construção de conhecimento é um
processo de elaboração e reelaboração de suas vivências e do
seu saber. E o professor, é o grande responsável, por mediar
essa construção de conhecimento. O professor é convidado a
participar deste processo transformando as aulas em atividades
prazerosas, trabalhando a auto-estima do aluno e criando
condições para que ele possa modificar e desenvolver idéias,
habilidades, atitudes e comportamentos.

Neste contexto, a matemática deve auxiliar no processo de


construção do conhecimento e, consequentemente, na
aprendizagem, o que a torna imprescindível para o aluno, sua
dinâmica relacionada com o dia a dia faz com que haja uma
exploração maior na construção de conceitos que aperfeiçoam o
desenvolvimento cognitivo do aluno. Para os alunos que
apresentam maiores dificuldades em abstrair as situações
problemas que a disciplina exige, recomenda-se uma
metodologia diferenciada, onde, o professor, sempre possível irá
determinar um atendimento individualizado na própria sala, sem
colocar o aluno em situação constrangedora.
Trabalhar com atividades lúdicas o aluno passa de um
espectador a um ator ativo em seu processo de aprendizagem,
pois desta forma ele tem a oportunidade de vivenciar a
construção de seu saber.
Assim, durante um jogo, o aluno se torna mais seguro, alerta e
crítico, expressa seu pensamento e suas emoções, troca ideias
com os outros e tira conclusões sem a interferência direta do
professor.
A competição deve ser saudável, levar a cooperação, valorizando
as relações e desenvolvendo a função social. O papel do
professor, então, é o de propor situações que levem o aluno à
novas descobertas, novos conhecimentos favorecendo um
ambiente em que ele tenha liberdade para falar, sem medo de
errar, trocar experiências, discutir questões em grupo, ouvir
histórias, sentir-se desafiado e principalmente encorajado a
vencer desafios.
No entanto, é importante que o trabalho com jogos nas aulas de
matemática tenha objetivos claros e definidos. Não transformar
tudo em jogo, pois o que se quer não é ensinar os alunos a jogar,
mas sim levar o aluno a construir seu conhecimento através do
pensamento lógico-matemático.

Bibliografia/Links Recomendados

REFERÊNCIAS
ARANÃO. Ivana Valéria Denófrio, A Matemática através de Brincadeiras e
a
Jogos. Editora Papirus. 3 Edição, Campinas, São Paulo; 2000.
BEAL, Ana Rosa; THIESSEN, Maria Lúcia. Uni-duni_te: Desafios na
Pré-, Escola. São Paulo: Ática, 1996.
BICUDO, Maria Aparecida Viggiani. Pesquisa em Educação
Matemática: Concepções e Perspectivas. São Paulo: Editora UNESP,
1999.
BROUGÈRE, Gilles. Jogo e Educação. Porto Alegre: Artes Médicas,
1998.
CARVALHO, Dione Lucckesi de. Metodologia no Ensino da Matemática –
a
Coleção Magistério 2o grau.Série Formação do Professor. 2 edição (revisada)
São Paulo, Editora Cortez, 1994.
CARVALHO, Maria de Lourdes. Construtivismo: Fundamentos e Prática.
São Paulo: Lisa, 1993.
CORDEIRO, Paulo Luís. Jogos e Brincadeiras no Ensino da Matemática.
Guarapuava, PR: UNICENTRO, 1999.
FERREIRA, Idalina Ladeira; CALDAS, Sarah P. Souza. Atividades
na Pré-Escola. São Paulo: Saraiva, 1991.
GONÇALVES, Maria Cristina; PINTO, Roberto C. Alves;
TEUBER, Silvia Pessoa. Aprendendo a Educação Física: Da Educação Infantil
e 1º a 8º Séries do Ensino Fundamental: da Técnica Aplicada ao Movimento Livre ,
Vol. 02. Curitiba: Bolsa Nacional do Livro, 2002.
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