Você está na página 1de 2

Atualmente, percebe-se que, no país e no exterior, diversas instituições de

ensino, por meio de pesquisas, procuram elaborar metodologias de ensino de


Matemática diversificadas e que procurem levar o sujeito a pensar, questionar e se
arriscar a propor soluções para problemas da vida.
No Brasil, os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (PCN´s,
1998), do Ministério de Educação e Cultura (MEC), em relação à inserção de jogos
no ensino de Matemática, pontuam que estes constituem uma forma interessante de
propor problemas, pois permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e
favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução de problemas e
busca de soluções. Propiciam a simulação de situações-problema que exigem
soluções vivas e imediatas, o que estimula o planejamento das ações.
Enquanto criança estudiosa da matemática sempre tive problemas com a
mesma. Naquela época o ensino da matemática não era algo prazeroso, muito pelo
contrário, a disciplina era considerada um bicho de sete cabeças, onde a maioria
das crianças muitas vezes ficavam em recuperação ou não passavam de ano.
Com o tempo este estigma foi ficando para trás, novas possibilidades foram
tomando forma, paradigmas foram quebrados. Um deles foi incentivando o uso do
jogo na matemática, o qual torna a disciplina mais prazerosa e de fácil
entendimento.
Os jogos têm suas vantagens no ensino da Matemática desde que o
professor tenha objetivos claros do que pretende atingir com a atividade proposta.
Não concordamos com o fato de que o jogo, propiciando simulação de problemas,
exija soluções imediatas, como defendem os PCN´s. Entendemos que as situações
vivenciadas durante a partida levam o jogador a planejar as próximas jogadas para
que tenha um melhor aproveitamento. Ressaltamos que isso só ocorrerá se houver
intervenções pedagógicas por parte do professor.
Uma boa forma de estudar a Matemática, por muitos considerada uma
disciplina sisuda e abstrata, fato que se dá pelo modo como foi apresentada ao
longo dos séculos, é por meio da exploração de conceitos de maneira lúdica, de
forma que o prazer, a criatividade e a satisfação pessoal estejam presentes no
processo de resolução de problema.
Pode-se garantir esta satisfação mediante a utilização de jogos no ensino de
Matemática, não no sentido do prazer do novo, de consumir jogos, mas pelo prazer
de ser ativo, pensante, questionador e reflexivo no processo de aprender.
A matemática deve ser usada como processo construtor, onde a criança deve
construir. Por exemplo, no que diz respeito à noção de numerosidade. É preciso que
a criança alcance a noção de numerosidade através da necessidade de construir. A
criança deve em primeiro lugar aprender a contar, desta forma compreenderá o
conceito de quantidade.
Para tanto, é preciso que a criança faça uma associação dos nomes dos
números de acordo com sua ordem, identificando objetos em conjuntos e fazendo
contagem única dos objetos.
A criança deverá perceber a correspondência dos objetos que pertencem ao
conjunto. Dos dois aos seis anos de idade a criança desenvolve o processo de
contagem, só depois adquire as habilidades, as quais se desenvolvem
progressivamente. Só depois de dominar os números é que será mostrado o
princípio da cardinalidade, o que ajudará a criança na tarefa de resolução de
problemas matemáticos.
E por aí vai... uma construção lenta, que se dá no decorrer das séries que se
sucedem, onde educador e educando vivenciam diariamente oportunidades de
construção do conhecimento. A matemática deve ser trabalhada de forma
prazerosa, onde o aluno entenda o que está sendo expressado.
Hoje em dia considero a matemática uma disciplina de bom entendimento,
onde colocamos a realidade vivenciada por cada um dos alunos em prática no
ensino aprendizagem da matemática. Desta forma, ele aprende a contar, dar troco,
resolver probleminhas e mais tarde equações.

Você também pode gostar