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Disciplina de Brincadeira
e jogos
Matemática na matemáticos na
Educação Infantil Educação Infantil
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1. Apresentação da Unidade
de Aprendizagem
2. Objetivos
3. Conteúdos
4. Aplicação Prática
5. Interação
6. Capítulo Norteador
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Rota de Aprendizagem 3 Brincadeiras e Jogos Matemáticos
Disciplina de Matemática na Educação Infantil
Rota 3 - Brincadeiras e Jogos Matemáticos
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estruturação da ação pedagógica que respeite e propicie o desenvolvimento integral
das crianças. (MUNDIM; OLIVEIRA, 2013).
O ensino da matemática na Educação Infantil pode ser trabalhado de várias
formas, sendo importante trazer atividades diferentes para que as crianças possam
associá-las mais facilmente e a ludicidade é um caminho pertinente nesse ensino,
trazendo para as crianças desafios, soluções, formação de atitudes, intuição e estraté-
gias a partir de jogos, brincadeiras e construção de materiais para esse fim.
Segundo Piaget (1993) “o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brin-
cadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo,
afetivo e moral”.
Portanto, o uso de jogos no ensino da matemática tem o objetivo de fazer
com que as crianças se interessem pelos conteúdos, aguçando a sua curiosidade,
mudando a rotina da sala de aula e despertando a sua criatividade. O aprendizado,
a partir de jogos possibilita à criança um ensino interessante, divertido e prazeroso,
associando às suas experiências.
Com isso, o processo de aprendizagem da matemática, a partir do lúdico visa
o jogo livre, o jogo planejado, o jogo comparativo, o jogo envolvendo memória e
raciocínio lógico, os jogos demonstrativos, e até mesmo, a estimulação para que as
crianças construam seus próprios jogos através dos que já brincaram. (MUNDIM; OLI-
VEIRA, 2013). Fazer com que a criança conviva em um ambiente cheio de materiais
e situações diferentes fazem com que ela construa e elabore seus próprios conheci-
mentos, sendo aprimorados com o tempo e na medida em que o professor for traba-
lhando os conteúdos.
A educação por meio do lúdico é uma ação intrínseca da criança e aparece
sempre como forma de relação em direção a algum conhecimento, que se redefine
na elaboração constante do pensamento individual e em trocas com o pensamento
coletivo. Educar ludicamente tem um significado relevante e está presente em todas
as situações do dia a dia. Assim, conduzir a criança na busca, no domínio de conhe-
cimentos mais abstrato combinando com habilidades, esforços e juntamente com a
brincadeira pode-se transformar o aprendizado, num jogo bem-
-sucedido, momento este em que a criança pode mergulhar inteiramente nas brinca-
deiras e ter um aprendizado significativo. (MUNDIM; OLIVEIRA, 2013).
Para Antunes (2012, p. 36),
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O jogo ajuda o educando a construir suas descobertas, desenvolve
e enriquece sua personalidade e simboliza um instrumento peda-
gógico que leva ao professor a condição de condutor, estimulador e
avaliador da aprendizagem.
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vimento e conhecimento da matemática, sendo que o manuseio e a contagem dos
materiais já vão contribuindo para a sua aprendizagem. (MUNDIM; OLIVEIRA, 2013).
Esse processo de uso de materiais concretos auxilia a criança a desenvolver noções
significativas, em que o professor irá auxiliar para não perder as oportunidades que
se apresentam no dia a dia desafiando as crianças a buscarem novas informações ou
mesmo utilizarem em situações novas, os conhecimentos obtidos anteriormente.
As contribuições são muitas, principalmente quando os alunos produzem
seus jogos em sala de aula e quando a professora se envolve nas atividades.
De acordo com Antunes,
A criança não é atraída por algum jogo por forças externas inerentes
ao jogo e sim por uma força interna, pela chama acesa de sua evo-
lução. É por esta chama que busca no meio exterior os jogos que lhe
permitem satisfazer a necessidade imperiosa posta pelo seu cresci-
mento. (2000, p.37).
Para Kamii (2008), os jogos em grupo são situações ideais para a troca de opi-
niões entre as crianças. Elas são motivadas a controlar a contagem e a adição dos
outros, para serem capazes de confrontar com aqueles que trapaceiam ou erram.
Nesses jogos, as crianças estão mentalmente muito mais ativas, críticas e aprendem
a depender delas mesmas para saber se o seu raciocínio está correto ou não.
Borin (1998) diz, para que se possa construir um ambiente onde haja refle-
xão a partir da observação e da análise cuidadosa, é essencial a troca de opiniões
e a oportunidade de argumentar com o outro, de modo organizado. Isto denota a
importância fundamental do pré-requisito de tal metodologia de trabalho: para se
alcançar um bom resultado com jogos é necessário que os alunos saibam trabalhar
em grupo.
A autora Kischimoto (2002), diz que uma característica marcante na infância
é a grande intensidade da atividade motora e da fantasia que acontece nesta etapa,
permitindo à criança reconhecer e controlar progressivamente o próprio corpo, am-
pliando suas possibilidades de interação com o meio que a cerca.
Neste sentido, para a autora, o brincar pode ser considerado a maior espe-
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cialidade da criança, constituindo um vasto mundo de cultura infantil repleto de
imaginação, jogos e consequentemente, movimentos, que precisam ser valorizados
pelas instituições de ensino. Quanto menor a criança, maior a responsabilidade do
educador em organizar atividades que favoreçam a construção da sua corporeidade,
respeitando as peculiaridades do seu período de vida. (MUNDIM; OLIVEIRA, 2013).
Segundo Wajskop (1995), quando a criança brinca, sempre apresenta um
comportamento além do habitual, do diário, assim ela se sente maior do que real-
mente é também mais importante perante outras crianças, quando ela brinca com
mais crianças desenvolve a socialização, companheirismo e até o respeito. Pelo brin-
car diz Vygotsky (1998), a criança equilibra as tensões provenientes de seu mundo
cultural, construindo sua individualidade, sua marca pessoal, sua personalidade.
Vygotsky (1998), destaca também o papel ao ato de brincar na constituição
do pensamento infantil, pois é brincando, jogando, que a criança revela seu estado
cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma re-
lação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. Deixar com
que a criança brinque nunca será perda de tempo porque quando ela está brincando
desenvolve também os aspectos emocional, social, cognitivo e motores, em que a
criança mostrará sua criatividade e imaginação. Assim, vai melhorando cada dia mais
sua autoestima.
Nicolau (2003), em seus estudos, afirma que quando a criança está brincan-
do ou jogando libera e canaliza suas energias, podendo transformar, portanto, uma
realidade difícil em algo mais leve, dando abertura à fantasia, enfrentando os desa-
fios, imitando e representando as interações presentes na sociedade no qual se vive,
atribuindo aos objetos significados diferente, definindo e respeitando as regras, que
são estipuladas pelo contexto social. A criança decide desta forma, sobre o que, com
quem, onde, com o que, como brincar e o tempo em que brinca, constrói a brincadei-
ra no momento de brincar, brinca sem finalidades ou objetivos explícitos aprendem
a lidar com suas angustias, criando e deixando fluir sua capacidade e liberdade da
criação.
Winnicott (apud MUNDIM; OLIVEIRA, 2013), revela que é no brincar que o indi-
víduo criança ou adulto pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral, ou seja,
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qualquer que seja a atividade lúdica conduz ao encontro com criatividade.
O professor, ao preparar suas aulas com a utilização de jogos deve escolher técnicas
para uma exploração de todo o potencial do jogo; também deve analisar as metodo-
logias adequadas ao tipo de trabalho que pretende, tais como: a melhor maneira de
organizar os grupos e a seleção de jogos que sejam adequados ao conteúdo que se
pretende trabalhar. O trabalho com jogos requer do professor certas atitudes que o
levem a considerar como uma atividade a ser realizada durante todo o ano letivo, e
não de modo esporádico, relacionando o jogo como uma estratégia aliada à constru-
ção do conhecimento, devendo planejar cuidadosamente sua execução. (STAREPRA-
VO, 1999).
Smole, Diniz e Milani (2007) ainda sugerem formas de utilização dos jogos:
• Realizar o mesmo jogo várias vezes, para que o aluno tenha tempo de aprender
as regras e obter conhecimentos matemáticos com esse jogo;
• Incentivar os alunos na leitura, interpretação e discussão das regras do jogo;
• Propor o registro das jogadas ou estratégias utilizadas no jogo;
• Propor que os alunos criem novos jogos, utilizando os conteúdos estudados nos
jogos que ele participou.
• Ao se propor os jogos matemáticos como instrumentos para se chegar à reso-
lução de problemas, destaca-se o uso e as aplicações das técnicas matemáticas
adquiridas pelos alunos, na busca de desenvolver e aprimorar as habilidades que
compõem o seu raciocínio lógico.
Além disto, o professor tem a oportunidade de criar um ambiente na sala de
aula em que os recursos da comunicação estejam presentes, propiciando momentos
como: apresentações, trocas de experiências, discussões, interações entre alunos e
professor, com vistas a tornar as aulas mais interessantes e desafiadoras.
É indispensável que o professor pondere se o trabalho desenvolvido está atin-
gindo os objetivos preestabelecidos, para assim poder direcionar e/ou redirecionar a
sua prática pedagógica, com o intuito de promover a aprendizagem matemática.
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2 Objetivos
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4 Aplicação Prática
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5 Interação
6 Capítulo Norteador
http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7155-2-3-brinquedos-brinca-
deiras-tizuko-morchida/file
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c) Sugiro a leitura do texto:
O ensino da matemática através do lúdico na educação infantil, no site Brasil
Escola.
b) Assista ao vídeo:
Numerais de 0 a 9 - jogo feito com tubo de papel higiênico
7 Organize-se
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Referências
KISHIMOTO, Tizuca Morchida. O Jogo e a Educação infantil. São Paulo: Thompson Pio-
neira, 2002.
MUNDIM, Joice Silva Marques; OLIVEIRA, Guilherme Saramago de. O trabalho com a
matemática na educação infantil. Revista Encontro de Pesquisa em Educação, Ubera-
ba/MG, v. 1, n.1, 2013, p. 202-213.
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NICOLAU, Marieta Lúcia. Educação Pré Escolar: Fundamentos e Didática. São Paulo:
Ática, 2003.
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