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ISSN 2358-0070
RESUMO
1
Artigo apresentado como fragmento do Trabalho de Conclusão de Curso
2
Graduanda do Curso se Pedagogia da Faculdade Amadeus. Email: tascynhadventista@hotmail.com
3
Professora Doutora e Mestre em Educação. Docente Titular do Curso de Pedagogia da Faculdade
Amadeus. Email: jusilveira.aju@gmail.com
FAMA – Faculdade Amadeus
II Encontro Científico Multidisciplinar – Aracaju/SE – 17 e 18 de maio 2016
ABSTRACT
Reference for Early Childhood Education V.III (1998); The Law of Education Guidelines
and Base 9.394 of December 20, 1996, among others. It's the first years of age the child,
use your imagination, freedom and expression, thus beginning the process of scribbling,
soon the designs, as representation of the images that surround it. For the scholar Victor
Lowenfeld (1970) dIt is unquestionable the importance that the design has to build the
thought of a child. Through drawing the child understands the world around them, and is
sometimes understood by adults from the many meanings of representations by various
drawing shapes. With imagination the child has established fast connections with all that is
around you, which makes it possible to imagine ways that lead to scratches which soon
originate drawings. The research work presented here aims to understand the importance
of drawing in the child's thinking process of signification. The chosen methodology was a
case study through observation and activities three years of early childhood education. To
further this work, we used theoretimplemented with students from Happy Future
Educational Center, with children ical as Ferraz and Fusari (1999); Lima (2001); Lowenfeld
(1970); Piaget (1978); in addition to the National Curriculum rawing is a form of language,
representation, besides being a pleasurable act. Every child needs this form of language,
when it is not used even verbal language. Because it is a liberating and creative action the
child needs freedom of expression without interference from an adult, pointing out the
mistakes or successes. He attempted to also consider this study as children grow
cognitively to draw what goes through your imagination, to draw lines, scribbles and do
rabiscões. So the work presented here aims to emphasize the importance of drawing or
graphics, as well as understand that this is a form of child's own language.
1 APRESENTAÇÃO
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fazê-lo sem intervenção do adulto, explorando-se de vários materiais, como lápis preto, de
cor, de cera, canetas, carvão, giz, penas, gravetos etc., e utilizando-se de diferentes
suportes, com o papel, cartolina, lixas, chão, areia, terra, etc. É por meio do desenho que
a criança constrói caminhos que a possibilita originar as primeiras representações
gráficas.
Para Seber :
Quando a intenção é desenhar, as crianças constroem figuras; se a intenção é
escrever, elas fazem traços contínuos, esses traços se apresentam como linhas
onduladas, serrilhadas ou ainda, uma combinação das duas possibilidades. .Além
de representar nomes, as marcas gráficas ainda servem para representar
histórias. (1997, p.19)
Percebe-se que, o desenho, não é somente um conjunto de rabiscos toscos ou
desprovidos de significado, e sim, uma representação simbólica na vida da criança,
resultando-lhe uma visão de mundo. Dentro dessa perspectiva, o artigo científico que se
apresenta justifica-se a partir da observação da importância e um olhar cuidadoso do
professor com o desenho infantil, pois se percebeu que o desenho é um instrumento no
desenvolvimento cognitivo da aprendizagem na criança, ajudando-a contextualizar o
mundo e facilitando-a no processo da escrita.
Pais, professores e aqueles que estão próximos a criança precisam saber quais as
causas que a levam a desenhar imagens tristes, desenhos que transmitem solidão,
desespero, entre outros. Como sendo uma expressão da linguagem infantil, o desenho
sem dúvidas faz da criança, mais criança, traz sentido à vida, a faz viver.
A metodologia escolhida foi um estudo de caso realizado através da observação e
atividades aplicadas com alunos do Centro Educacional Futuro Feliz, com crianças de três
anos da Educação Infantil.
Segundo GIL (2008), o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e
exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e
detalhado.
Já para YIN (2005, p. 32) “o estudo de caso é um estudo empírico que investiga um
fenômeno atual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o
fenômeno e o contexto não são claramente definidas e no qual são utilizadas várias
fontes de evidência”.
O Estudo de Caso é um dos tipos de pesquisa qualitativa que vem conquistando
crescente aceitação na área da educação. Evidencia-se como um tipo de pesquisa que
tem sempre um forte cunho descritivo. O pesquisador não pretende intervir sobre a
situação, mas dá-la a conhecer tal como ela lhe surge. Pode utilizar vários instrumentos e
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estratégias. Entretanto, um estudo de caso não precisa ser meramente descritivo. Pode
ter um profundo alcance analítico, pode interrogar a situação. Pode confrontar a situação
com outras já conhecidas e com as teorias existentes
Devido a algumas inquietações existentes, tais como: O que é o desenho infantil?
Como é construído? Qual seu papel na construção do pensamento cognitivo da criança?
Para tanto, procurou-se realizar essas pesquisas através de autores que se debruçaram
sobre o tema, e destaco: Ferraz e Fusari (1999); Lima (2001); Lowenfeld (1970); Piaget
(1978); Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil V.III (1998); Seber
(1997); Vygotsky (1998), Freire (1997), entre outros, com objetivo de da sustentação
teórica e responder além das inquietações que são norteadoras nesse artigo. Como
também ao objetivo proposto no projeto de pesquisa.
Entende-se que ao mesmo tempo em que se está rabiscando, a criança também
expressa o que há de melhor dentro de si. Para os autores Ferraz e Fusari (1999), nesse
momento acontece uma mobilização de manifestações exteriores para ás interiores.
Ainda segundo esses autores, quando rabiscando e posteriormente desenhando, a
criança desenvolve percepção cognitiva, aprenderão a perceber as cores, formas,
tamanhos, linhas. Claro que ela não vai analisar e aprender tudo sozinha, mais é de suma
importância que os pais e professores colaborem para e com esse aprendizado. À medida
que a criança vai rabiscando ela tem o domínio dos gestos, ou seja, das representações
gráficas surge os gestos.
O desenho como “uma atividade absorvente que conjuga, numa nova forma, o
pensamento, o sentimento e a percepção” (LOWENFELD, 1977, p.14), é também um fator
social, onde a criança interaja com outras; por esse motivo pode ocorrer entre si
satisfações e insatisfações com o que foi desenhado; cabe então uma boa intervenção
adulta, para saber o que o levou a tal sentimento, ocorrendo satisfação, a criança
começará a dar nomes à seus rabiscos.
Quando se fala em arte, pensamos logo em desenho junto com a imaginação, pintura,
criatividade, espontaneidade, ludicidade e acima de tudo o modo de expressão. A criança
comunica-se com o mundo através do desenho. Essa necessidade de interagir com o
meio, vem de muito antes; o homem pré-histórico percebeu que deveria existir uma
maneira de comunicar-se como forma de facilitar o trabalho entre si; sua comunicação se
deu através de pinturas rupestres.4
Segundo Cagliari (2007) esse aparecimento de pinturas caracterizou-se em três
momentos: a escrita pictográfica, a ideográfica e a alfabética. A da escrita pictográfica
constituía-se pelos desenhos nas paredes das cavernas, onde eram pintados de maneiras
a associar imagem ao que queriam representar, nesse sentido, sem nenhum interesse em
ser uma comunicação verbal.
Antes de chegar propriamente ao desenho, a criança passa pela construção das
garatujas; Lowenfeld (1970) classifica essa faixa de dois a quatro anos de vida da criança.
É nessa fase também que a criança começa a estabelecer relações de aprendizagem,
sendo refletidas pelo resto da sua vida. A arte de uma criança se inicia pelo contato com o
ambiente- as experiências sensoriais.
De acordo com Lowenfeld
Tocar, cheirar, ver, manipular, saborear, escutar, enfim, qualquer método de
perceber o meio e reagir contra ele é, de fato, a base essencial para a produção
de formas artísticas, quer se trate de nível infantil ou de artista profissional. (1970,
p. 115)
Como dito, as primeiras representações infantis, são as garatujas que é “o início da
expressão que a conduzirá não só ao desenho e à pintura, mas também a primeira
escrita” (LOWENFELD, 1970, p.117). São esses pequenos rabiscos iniciais que servirão
como fase para o seu desenvolvimento cognitivo. Nessa fase a utilização de um simples
lápis, já é o suficiente para a criança, pois essa tem o ato de rabiscar como um momento
de prazer não tendo intenção alguma, de construção.
Existe um fato muito importante, quando se trata dos rabiscos e garatujas; como
não há intenção só prazer na prática, a criança em relação á sua arte, não pode ser
comparada a nenhuma outra com idade mais avançada que ela, não haverá necessidade
de competição, pois a criança nessa fase não tem maturidade suficiente para uma arte de
maior prestígio.
O Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil ressalta que:
4
A arte rupestre é compreendida como o amplo conjunto de desenhos, pinturas e inscrições realizadas pelo
homem pré-histórico. Informações obtidas no site disponível em: <http://www.brasilescola.com/historiag/a-
arte-rupestre.htm>. Acesso em: 02 set. 2015.
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Na garatuja, a criança tem com hipótese que o desenho é simplesmente uma ação
sobre uma superfície, e ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que essa
ação produziu. A percepção de que os gestos, gradativamente, produzem marcas
e representações mais organizadas permite à criança o reconhecimento dos seus
5
registros. (RCNEI, V.III, p. 92 )
Já o pesquisador Victor Lowenfeld (1970), classifica as garatujas em três
categorias: A primeira é a garatuja desordenada; a segunda, garatuja controlada e a
terceira, garatuja com atribuição de nomes. As garatujas desordenadas são quando a
criança começa a rabiscar a folha e não prestando atenção em linhas ou até direções,
rabisca desordenamento, seus traços variam de direção; nesse processo ela não tem
muita firmeza nos dedinhos, por isso torna-se movimentos aleatórios, quando em contato
ao lápis.
Nas controladas, a criança agora consegue obviamente, ter um certo controle, em
movimentar o lápis ao papel, seus traços são então observados se fora ou dentro da
folha; ainda que essa percepção de traços não seja grande, houve na criança um grande
e importante avanço, quando essa agora passa a notar noção de fora e dentro do espaço
que lhe foi proposto; em relação aos traços, agora esses são feitos no horizontal, vertical,
e até mesmo em círculos.
A garatuja da criança, até então começa a ter significado, é mais elaborada, dando
assim oportunidade para que possa receber nomes, é onde entra a terceira categoria das
garatujas: atribuição de nomes; a criança começa a colocar nomes aos seus desenhos,
mesmo sem nem saber as formas e linhas que a levaram a fazê-lo.
O procedimento de dar nomes foi condicionado à criança pela percepção visual e
também pela imaginação. Lima (2001, p. 22) diz que: “A imaginação depende do meio em
que a criança se encontra e das possibilidades para experimentar, conhecer e explorar os
elementos do meio”.
Para tanto, é importante oferecer à criança ferramentas necessárias e estimulantes
pra o processo criativo acontecer de forma mais prazerosa. Lowenfeld, (1970, p. 137)
corrobora dizendo que: “Qualquer material usado pelas crianças deve ajustar-se ás suas
necessidades”.
E quando atribuído nomes às garatujas e rabisco, a criança começa então a
comunicar-se com o meio em que está, pois agora ela já sabe o que foi feito na folha; por
fim, encontra-se então no papel o desenho propriamente feito e entendido. É por volta de
5
Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009, Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil. Disponível em: <www.mec.com.br>. Acesso em: 03 set.2015.
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quatro anos de idade, que a criança sai propriamente do processo das garatujas,
passando então a fazer agora desenhos reconhecíveis.
Lowenfeld (1970), também faz uma classificação dos desenhos: fase pré-
esquemática, fase esquemática e fase do realismo. Na fase Pré-esquemática, a criança
tem entre quatro e sete anos, as representações são feitas, em movimentos circulares e
longitudinais.
Continuando o pensamento de Lowenfeld que diz:
De qualquer modo, as primeiras experiências representativas, de um homem, não
devem ser consideradas uma representação imatura, pois na realidade, um
desenho é principalmente, uma abstração ou um esquema de uma vasta gama de
estímulos complexos e o início de um processo mental ordenado. (1970, p. 151)
Nessa fase a criança está descobrindo-se como um ser egocêntrico no mundo, o
que a leva desenhar constantemente, desenhos de figuras humanas, que ela a reconhece
como ela própria. Nesses desenhos são feitos apenas um círculo mais ou menos
nebuloso, como se fosse a cabeça, e depois sendo ligada a pernas e braços, é o que se
chama de esquema corporal.
Para Freire
Para o ser humano, não basta fazer, é preciso compreender (fazer em
pensamento). [...] No brinquedo simbólico, na sua construção imaginada e
corporificada, a criança vive e representa um sem-número de relações. Saltar um
rio largo, atravessar uma ponte estreita, repartir a comida feita, são atividades que
materializam, na prática, a fantasia imaginada, e que retornarão depois da prática
em forma de ação interiorizada, produzindo e modificando conceitos,
incorporando-se às estruturas de pensamento. (1997, p. 45)
A fase esquemática, dos 07 aos 09 anos, é quando a criança sabe e consegue
desenhar outras formas de esquemas, casa, árvores, pessoas. Agora não somente faz
figuras humanas, mais também objetos que a rodeiam; também faz desenhos e
colocando, cabeça, corpo, perna e braço, tudo em seu devido lugar.
Para Lowenfeld (1970, p.183) “esquema de um objeto é o conceito a que a criança
finalmente chegou, e representa seu conhecimento ativo do objeto. O esquema também
pode referir-se ao espaço e às figuras, assim como se refere aos objetos”.
Sobre o realismo, entre 09 aos 12 anos, como o próprio nome diz, é a fase da
descoberta, do real. O interesse da criança é tão notável, que essa vai à busca do novo,
tendo capacidade de realizar atividades artísticas em grupo.
Ainda citando Lowenfeld
Um jovem nessa idade começa a captar, cada vez mais, a consciência de seu
mundo real, um mundo repleto de emoções, mas emoções que estão ocultas dos
adultos; um mundo real com os amigos, planos e recordações; um mundo que só
a ele pertence. (1970, p. 231)
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Rabiscar num simples papel, para um adulto, não é lá essas coisas, é apenas um
momento em que está fazendo algumas anotações para não esquecer no seu cotidiano
corriqueiro; mas para uma criança pequena, rabiscar significa muita coisa. Daiane Leão
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Simas (2001, p. 33), enfatiza em sua monografia ao citar Edith Derdyk (1993, p. 10) que:
O prazer de rabiscar, faz a criança “[...] num piscar de olhos descobre uma “gente”, uma
“semente”.
A autora aponta que o rabisco, é apenas uma ponte onde se inicia toda uma
preparação a infinitas coisas, traços, riscos, borrões, que formam pessoas, objetos e
nomes. Interessante que quanto menor for a criança, menor também será sua expressão
de desabafo, através do rabisco. A criança se entrega tanto ao rabisco na fase inicial que
“não tem tempo sequer para olhar à sua volta ou suspender seus movimentos”.
(LOWENFELD,1977, p.95).
No processo de rabiscagem, a criança também começa a desenvolver algumas
habilidades, como o senso de organização, exemplo é quando lhe é apresentado um
papel e lápis, então a criança começa a rabiscar, para, e percebe que seu desenho esta
voltado somente para um lado da folha, sendo que a outra metade ficou em branco,
inconscientemente, ela se organiza ampliando algumas mudanças para que seu desenho
tome por completo o papel.
É de grande importância para a criança determinar o resto do espaço na folha,
mais para isso Lowenfeld (1970), enfatiza que a uma necessidade da criança fazer
contraste das cores, ou seja, o lápis preto sempre será sobre o papel branco, ou o giz
branco no quadro-negro. Estas cores são estabelecidas, até a criança entrar na fase de
atribuir nomes, onde poderá escolher outras cores, como assim desejar.
Como sendo também um ato de expressão jamais se deve corrigir a arte feita pela
criança, a sempre um sentido e razão que a levou a desempenha-la. “Enquanto a criança
estiver satisfeita com sua própria expressão, não deveríamos interferir em seu trabalho,
pois isto só servira para torná-la inibida.” (LOWENFELD, 1977, p.31). A intenção da
criança, em suas primeiras expressões, não é o belo, a estética, e sim, a importância do
ato de que sua marca fique registrada.
Os rabiscos, denominado garatujas, teve sentido ampliado desde a década de
1970, através da pesquisadora Rhoda Kellogg, quando foi percebida certa regularidade
nas produções, criadas por crianças de 3anos. Segundo a pesquisadora, a produção das
garatujas, promove na criança uma importante exploração de experiências iniciais, pois as
garatujas são os primeiros passos ao mundo artístico infantil.
Kellog mapeou 20 tipos de rabiscos de crianças, onde foi percebido que as
combinações dos rabiscos, são convergidos seis diagramas básicos: círculo ou oval,
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sendo esta, feita do seu próprio jeito. Para Oliveira (1994, p.46): “Experiência gráfica é
uma manifestação da totalidade cognitiva e afetiva, quanto mais à criança confia em si,
mais ela se arrisca a criar e a se envolver no que faz”.
O desenho deve ser visto como um processo mediador á uma aprendizagem
significativa, por isso deve ser visto pelo adulto que acompanha a criança, como um
instrumento preparatório, exercitando o desenvolvimento imaginário e propondo
posteriormente a linguagem e escrita.
Em seus estudos Vygotsky (1998, p. 29), enfatiza que “a criança, à medida que se
torna mais experiente adquire um número cada vez maior de modelos que ela
compreende.” Quando mais propicia oportunidades para a criança expressar seus
sentimentos, muito mais ela estará apta a responder cognitivamente ao mundo ao redor.
Já Piaget (1978), dá dois sentidos para o que chamamos de representação: um ele
chamou de representação conceitual- inteligência no sistema de conceitos; e a
representação simbólica – imagens mentais, lembrança das realidades. O símbolo é a
primeira maneira de a criança representar; os símbolos ele são construídos, na medida
em que a criança sabe ter relação com o objeto a ser representado. O autor enfatiza que
os desenhos estão bem mais próximos de serem símbolos. Já os signos são feitos, mais
sem nenhuma relação com o objeto que o representa, exemplos, números, letras.
Em suas considerações Piaget (1978) diz que a criança desenha mais o que sabe
do que realmente consegue ver. Ao desenhar ela elabora conceitualmente objetos e
eventos. Daí a importância de se estudar o processo de construção do desenho junto ao
enunciado verbal que nos é dado pelo indivíduo.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o estudo apresentado conclui-se que não importa o lugar, a criança sempre
terá motivos pra desenhar, até porque sua imaginação é infinita, seu contexto social
sempre apresentam novidades, boas ou mais, tristes ou alegres, as quais servirão de
inspiração para suas expressões.
Não são apenas traços, linhas, formas ou até mesmo simples passatempo; cada
desenho possui uma realidade a ser dito, um grito a ser ouvido. É desenhando que a
criança faz um encontro consigo mesmo, obtendo conhecimento do mundo ao seu redor.
Portanto percebe-se que os desenhos não são traços isolados, revela o
conhecimento, que a própria criança, tem de si mesma e do mundo, sendo adquirido
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socialmente, vemos, por exemplo, que muitas crianças, desenham o pai, mãe, irmãos, a
família, bonecos, flores, carrinhos, casas. Seu raciocínio, habilidade de pensar evolui a
cada momento, seja na cada cor á ser pintada, detalhes feitos, traços formados e nomes
que são dados.
Por algumas vezes, se percebeu no estudo de caso que tinham crianças que não
queria aprender o conteúdo passado, como por exemplo: a letrinha A; mas com a
criatividade, em propor que se aprendesse desenhando a letrinha; as crianças se
animaram em querer estudar. Importa-se entender que cada criança é diferente e que
necessita de estímulos para o ensino aprendizagem.
A peça central é sempre a criança, a continuação do processo da expressão
depende do ambiente, professor ou do adulto que acompanha. O professor tem um papel
fundamental, em proporcionar, um momento, um ambiente agradável, para que a criança
explore de sua imaginação.
O desenho não pode ser usado como uma maneira de tapar o buraco da aula, tipo:
o professor não tem nada pra fazer, e pensa em dar papel e lápis às crianças, para que
elas se entretenham e a aula passe rapidamente. O momento artístico da criança com
seu desenho deve ser usado como intermediador das aulas deve haver uma significação,
seja desenhar o pai ou a mãe (homenageando-os), ou um desenho livre, mas que no final
o professor, pergunte a essa criança o que foi feito, e que anote ao lado do desenho.
A representação do que a criança conhece é fantástica, no decorrer de cada idade,
percebe-se que as “perfeições”, vão se formando, os detalhes vão sendo feitos, e dos
rabiscos se têm grandes e formosos desenhos. Para tanto é necessário que ao se tratar
de desenho, sempre deve ser oferecidos, ferramentas variáveis a serem utilizadas.
O desenho não está condicionado ao que a criança é ou deixa de ser; é um
procedimento que acontece naturalmente, com estímulos da imaginação. Os desenhos
são considerados resultado da compreensão que a criança tem com o mundo, estímulos
ao seu desenvolvimento intelectual. Os desenhos não acontecem por acaso.
A espontaneidade é da criança, ela desenha o que lhe interessa o que mais lhe
chama atenção, portanto, não é conveniente dá-se palpites ao desenho feito pela criança,
apenas ela conhece e sabe o motivo de tê-lo feito no modo como fez. Precisamos estar
cientes de que, para a criança, não importa o tamanho, se é grande, pequeno, alto, baixo,
bonito ou feio, seu desenho, foi naquele momento, sua maior expressão das informações
que venho do meio em que essa estava. A criança faz a arte, por sua própria
espontaneidade, ou seja é próprio da criança desenhar.
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Há necessidade de falar para os pais, que propiciem momentos para seus filhos,
envolverem-se no mundo do desenho, da fantasia, da imaginação; além disso, estarem
sempre prestando atenção ao que desenham, pois esse desenho pode transmitir algo a
ser dito que a criança não conseguiu falar verbalmente.
Diante dos estudos bibliográficos feitos para realização desse artigo, foi possível,
perceber que o desenho é o primeiro passo para a linguagem escrita da criança; pois se
ela tem, quando ainda pequena, a capacidade de expressão, mais adiante estará
apropriada para o sistema de escrita; sendo esta também uma forma de expressão. Os
símbolos são as primeiras formas que a criança conhece, pois através da representação
simbólica, a criança conheceu o mundo, e consegui orienta-se também.
O desenho transforma a tristeza em alegria, ao desenhar, é como sair do mundo
real, e dele transportar ao mundo fantástico. A imaginação é fantástica, de um único
pontinho ou traçado, a criança faz várias coisas; não importa se for, no papel, no chão, na
parede, janela do carro, no barro, na areia; com lápis preto, sem lápis preto, com o dedo,
com lápis de cor, interessa pra criança, expressar seus sentimentos, a partir do momento
em que esta tem necessidade e vontade.
REFERÊNCIAS
CAVA, Laura Célia Sant´Ana Cabral. Ensino de Arte e Música. Londrina: UNOPAR,
2014.
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VIGOTSKI, Lev Semenovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,
6º Ed. 1998
YIN, Robert k. Case Study Research: design and methods. 2005.Traduzido por: Ricardo
L. Pinto. Adaptado por: Gilberto de A. Martins. Disponível em:
<http://www.eac.fea.usp.br/metodologia/estudo_caso.asp>. Acesso em: 29 jul. 2015
SITES CONSULTADOS
Publicado em NOVA ESCOLA Edição 228, Dezembro 2009. Título original: Rabiscos e
ideias. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/rabiscos-ideias-desenho-
infantil-garatujas-evolucao-cognicao-expressao-realidade-518754.shtml Acesso em: 29
set. 2015.
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http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/eventos/article/viewFile/395/236. Acesso
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http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141569542010000200003 .
Acesso em: 01 out. 2015.
http://www.uneb.br/salvador/dedc/files/2011/05/Monografia-Daiana-Leao-Simas.pdf -
Acesso em: 01out. 2015.
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