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CURSO DE

TÉCNICO DE APOIO À VÍTIMA


Módulo: Poder, Género e Violência

Formadora: Ana Soares de Almeida

1
Poder, Género e Violência
12 Horas
Vamos… • RECONHECERAS CONEXÕES ENTRE AS RELAÇÕES DE
PODER, GÉNERO EVIOLÊNCIA;

• RECONHECERO PAPEL D AS CONSTRUÇÕES SOCIAIS DE


GÉNERO NA EMERGÊNCIA E MANUTENÇÃO DAVIOLÊNCIA
CONTRAAS MULHERES, INCLUINDO AVIOLÊNCIA
DOMÉSTICA;

• POSSUIRUM QUADRO HISTÓRICO, CONCEPTUAL ETEÓRICO


SOBREVIOLÊNCIA CONTRAAS MULHERES, INCLUINDO A
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. 2
Quem é quem?

Percurso profissional

Conhecimento sobre o tema

O que pretendo do curso que hoje se inicia


Áreas científicas de interesse
Multiplicidade de discursos…

• Sociologia • Comunicação social / Media


• Política Pública • Criminologia
• Antropologia • Direito

• História
• Economia

• Psicologia
• Educação
• …
• Medicina
• Enfermagem
• Serviço social 4
Questões Prévias

1. Que representação tenho acerca do que é a


violência doméstica?
2. O que penso acerca das causas e da
manutenção deste fenómeno?
3. Este é ou não é um assunto que me diz
respeito?
4. Na minha prática profissional de que forma
o problema se coloca? Como intervenho?
5. Que dificuldades sinto ao lidar com esta
problemática?
Homem Mulher?

Animal racional do sexo masculino Animal racional do sexo feminino


Ser humano Capacidade de gerar filhos/as
Testosterona que influencia Associada às tarefas domésticas
comportamento Cuidadora e reparadora
Distingue-se dos outros mamíferos Multitasking
através do discurso verbal e capacidade Bela
intelectual Inteligente
Fisicamente mais forte Influenciadora
Maior massa muscular Manipuladora
Força Conseguem tudo o que qiuerem
Inteligente Capacidade de adaptação – resiliência
Racional Maior tolerância à dor /adversidade
Falta de tolerância à dor
O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS
Oquedizemosdicionários
Homem Mulher
Substantivo feminino
Substantivo masculino

1. Mamífero primata, bípede, sociável, que se distingue de todos


1. Pessoa adulta do sexo feminino; pessoa do sexo
os outros animais pelo dom da palavra e desenvolvimento feminino depois da puberdade;
intelectual;
2. Popular esposa; companheira; amante;
2. Ser humano; ser vivo composto de matéria e espírito;

3. Conjunto das pessoas do sexo feminino;


3. Pessoa adulta do sexo masculino; sujeito; indivíduo;

4. Popular marido; companheiro; amante; homem de bem homem


4. Espécie de jogo popular; mulher de má vida prostituta;
honesto; homem de Deus bom homem; homem de palavra
mulher de virtude bruxa; feiticeira
homem que cumpre o que promete; homem feito homem adulto
Copyright 2003-2006, Porto Editora.

Copyright 2003-2006, Porto Editora.


Oquedizemosdicionários
Homem Mulher
Nome masculino Nome feminino

1. Mamífero primata, macho, bípede, sociável 1.Mamífero primata, fêmea, bípede, sociável,
que, tal como a mulher, se distingue de todos os que, tal como o homem, se distingue de todos os
outros animais pela faculdade da linguagem outros animais pela faculdade da linguagem
verbal e pelo superior desenvolvimento verbal e pelo superior desenvolvimento intelectual
intelectual; e se distingue do homem pela capacidade de
engravidar;
2. Pessoa adulta do sexo masculino;
2. Pessoa adulta do sexo feminino;
3. Sujeito; indivíduo
3. Mulher em relação à pessoa com quem está
4. [com maiúscula] a espécie humana; casada; cônjuge do sexo feminino; esposa
humanidade
4. Conjunto das pessoas do sexo feminino

Grande Dicionário da Língua Portuguesa - Porto Editora


- 2016
Oquedizemosdicionários

Definição de família Definição de marido

• Conjunto dos famuli, ou seja, dos • Do Latim maritus


bens móveis e imóveis incluindo os
servos
• Mari = mulher

• O elemento aglutinador não era o


parentesco • Tus = possuidor
Oquedizemosdicionários

Feminismo
fe·mi·nis·mo
(francês féminisme)
nome masculino

Movimento ideológico que preconiza a ampliação legal dos


direitos civis e políticos da mulher ou a igualdade dos direitos
dela aos do homem.

"feminismo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/feminismo [consultado em
11-11-2020].
Qual o papel da mulher?
A HISTÓRIA…

Papel da Mulher
Casamento, família
e maternidade

Prostituição
Religião: a
mulher
dedicada a
Deus Esfera da
enquanto Esfera da
Desviância e do
freira Virtude
Pecado
• Mesmo estando presente em quase todas
as etapas da história, somente no século XX
a violência – doméstica, contra as
Da invisibilidade mulheres, de género… - passou a ser
ao compreendida como um problema central,
reconhecimento abordado e analisado por diversas áreas do
social, político e saber: sociologia, psicologia, direito, saúde,
científico política pública, etc.
• Vista até então como “natural” nas
relações familiares devido ao poder que o
homem possuía sobre sua esposa por via
do casamento.
15
A HISTÓRIA E O SÉC.XX…
• Ganharam expressão os movimentos pela
emancipação das mulheres nos planos da
igualdade de direitos e de oportunidades.

• Desenvolvem-se os conceitos de Género


e de Igualdade de Género.

• Reconhecimento da importância da
paridade na construção de uma real
cidadania e de uma democracia
sustentável.
E em Portugal,
quando se
começou a votar?
Carolina Beatriz Ângelo
(Guarda, 16 de Abril de 1878 — Lisboa,
3 de outubro de 1911)

Médica e feminista
portuguesa.

Foi a primeira mulher a votar


no país, por ocasião das
eleições da Assembleia
Constituinte, em 1911.

.
Lei nº 3 de 3 de Julho, do
ano de 1913
Decreto 19 694, de 05 de Maio de 1931
Artigo 1.º São eleitores do Presidente da República e da Assembleia Nacional:
1.º Os cidadãos portugueses do sexo masculino, maiores ou emancipados, que saibam ler e escrever
português;
2.º Os cidadãos portugueses do sexo masculino, maiores ou emancipados, que, embora não saibam ler
e escrever, paguem ao Estado e corpos administrativos quantia não inferior a 100$, por algum ou
alguns dos seguintes impostos: contribuição predial, contribuição industrial, imposto profissional e
imposto sobre aplicação de capitais;
3. º Os cidadãos portugueses do sexo feminino, maiores ou emancipados, com as seguintes habilitações
mínimas:
a) Curso geral dos liceus;
b) Curso do magistério primário;
c) Curso das escolas de belas-artes;
d) Cursos do Conservatório Nacional ou do Conservatório de Música do Porto;
e) Cursos dos institutos industriais e comerciais
4.º Os cidadãos portugueses do sexo feminino, maiores ou emancipados, que, sendo chefes de família,
estejam nas demais condições fixadas nos n.ºs 1.º ou 2.º;
5.º Os cidadãos portugueses do sexo feminino que, sendo casados, saibam ler e escrever português e
paguem de contribuição predial, por bens próprios ou comuns, quantia não inferior a 200$.

Lei nº 2015 de 28 de Maio de 1946


1968
Todas as pessoas menos
quem não saiba ler e escrever
1976
nova Constituição da República
Portuguesa
SUFRÁGIO UNIVERSAL
Constituição da República Portuguesa 1976

Art.º 13
Princípio da igualdade

• Todas os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a


lei.
• Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de
qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência,
sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou
ideológicas, instrução, situação económica ou condição social.
• As mulheres não tinham acesso às seguintes
carreiras: magistratura, militar, diplomática e
polícia.
• O Código Penal permitia ao marido matar a mulher
em flagrante adultério sofrendo apenas um
desterro de seis meses.
• Apenas 19% das mulheres trabalhavam fora de
casa.
Sabia que até • A mulher, face ao Código Civil, podia ser repudiada
1974, em pelo marido no caso de não ser virgem na altura do
casamento.
Portugal… • O casamento católico era indissolúvel (os casais
não podiam divorciar-se).
• Se a mulher tomasse contracetivos contra a
vontade do marido, este podia invocar o facto para
fundamentar um pedido de divórcio ou separação
judicial.
• A mulher não podia viajar para o estrangeiro sem
autorização do marido.
Mulheres na publicidade

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Homens e Mulheres representam, respetivamente, cerca de metade
da população mundial.

Porém, têm sido reservados a ambos papéis bem desiguais na


sociedade, dando origem a grandes assimetrias quanto a
oportunidades, direitos e deveres.
VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA
E
DE GÉNERO
• Violência doméstica
• Violência familiar
• Maus tratos
• Violência sobre as crianças
• Violência sobre idosos/as
Estaremos a • Violência filio-parental
falar do • Violência conjugal/ marital/ inter-parental
• Violência no casal
mesmo? • Stalking
• Violência nas relações de intimidade
• Violência nas relações de namoro
• Violência de Género

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Da importância dos conceitos…

O conceito de VIOLÊNCIA refere-se ao conjunto de comportamentos


abusivos que visam infligir dano (não só físico) a outra pessoa. Pode
assumir várias formas: física, emocional/psicológica, sexual, económica,
simbólica, etc.

Ou seja, o conceito de violência refere-se à dimensão comportamental


29
Estaremos a falar do mesmo?

Violência de Violência Violência contra


género doméstica as mulheres
conceito – jurídico ou
qualquer tipo de agressão física, dimensão da violência de género (a mais
psicológica, sexual ou simbólica contra sociológico – remete para os representativa, mas não exclusiva)
alguém devido à representação de género comportamentos abusivos que
(inclui identidade de género e/ou ocorrem na esfera da família e
orientação sexual)
nas relações de intimidade
Desigualdade estrutural

dimensão motivacional
dimensão explicativa, que baseia o uso da
dimensão espacial e relacional violência de um grupo social sobre outro,
“Legitimação” assente em com base na representação/construção
construções sociais/culturais social que as sociedades fazem sobre o
feminino e o masculino

30
Estaremos a falar do mesmo?

Violência de
género

Violência
Violência
contra as
doméstica
mulheres

31
O papel das Políticas
Públicas

33
O papel da sociedade civil – movimentos feministas
(Battered Women) – anos 60 e 70

✓Identificação da violência como um problema societal


da esfera pública
✓Alteração de um discurso institucional culpabilizador
das mulheres
✓“Dar voz” às mulheres e validar as suas experiências
✓Criação de respostas específicas
A violência doméstica
visibilidade e colocação do problema na agenda política
Papel das instâncias políticas internacionais

Organização das Nações Unidas, Conselho da Europa, Comissão Europeia, CPLP

Definição da violência contra as mulheres como violação dos direitos humanos

https://www.cig.gov.pt/portal-violencia-domestica/
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As datas marcantes

Declaração sobra a
Eliminação da Convenção de
Carta das
Discriminação Istambul
Nações Unidas
contra as Mulheres

Convenção
Internacional
CEDAW
sobre os Direitos
Políticos da Mulher
• Portugal é Estado Parte nos principais instrumentos
internacionais vinculativos em matéria de eliminação da
discriminação contra as mulheres e de defesa e
promoção dos seus direitos humanos, designadamente:
1) Convenção das Nações Unidas sobre a Eliminação de
Estratégias Todas as Formas de DiscriminaçãoContra as
Mulheres (CEDAW);
Nacionais de 2) Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção
prevenção à e o Combate àViolência contra as Mulheres e à
Violência doméstica (Convenção de Istambul);
Violência 3) Declaração e Plataforma deAção de Pequim e as 12
áreas críticas e documentos de compromisso
Doméstica decorrentes das suas revisões;
4) Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e
os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

37
• Os instrumentos internacionais têm dado
especial atenção à violência doméstica
praticada contra mulheres, o que é explicado
pela esmagadora preponderância da vitimação
Estratégias das mulheres.
Nacionais de • A violência doméstica contra as mulheres é um
prevenção à problema antigo profundamente enraizado na
Violência maioria das sociedades e tem uma raiz
Doméstica estrutural.
• Quando as autoras feministas começaram a
escrever sobre a violência contra as mulheres, já
várias reflexões tinham sido feitas sobre o
fenómeno, sobretudo por autores e autoras da
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área da saúde mental.
À semelhança do que ocorreu nas
instituições internacionais, os primeiros
Estratégias passos na criação de um sistema de
Nacionais de prevenção, repressão e punição de atos
prevenção à que configuram violência doméstica, bem
Violência como de mecanismos de proteção das
Doméstica suas vítimas, surgem em Portugal,
essencialmente, na década de 1990 (após
a reforma penal de 1982)

39
Convenção de Istambul

Convenção sobre a Prevenção e o


Combate àViolência contra as
Mulheres e aViolência Doméstica
Adoptada em Abril de 2011
Convenção de Istambul

Portugal foi o
primeiro estado da
Cria um quadro
União Europeia a A convenção entra
jurídico pan-
ratificar esta em vigor em 2014
europeu
Convenção, em
2013
Estratégias Nacionais de prevenção à Violência
Doméstica

I Plano Nacional contra a II Plano Nacional contra a III Plano Nacional contra aViolência
Violência Doméstica Violência Doméstica (2003-2006) Doméstica (2007-2010)
(1999-2002)

43
Estratégias Nacionais de prevenção à Violência
Doméstica

IV Plano Nacional V Plano Nacional Plano nacional de ação Plano nacional de ação
contra a Violência de prevenção e para a prevenção e o para a prevenção e o
Doméstica (2011- combate à combate à violência de combate à violência de
2013) Violência género contra as mulheres género contra as
Doméstica e de e à violência doméstica mulheres e à violência
género (2014- (2018/2021) doméstica (2023/2026)
2017)

44
• 1999 - por altura do 50.º aniversário da
Declaração Universal dos Direitos
Humanos - I Plano Nacional contra a
Estratégias Violência Doméstica (1999-2002), que
define um conjunto de medidas a
Nacionais de
implementar em torno de três objetivos: 1)
prevenção à sensibilizar e prevenir; 2) intervir para
Violência proteger a vítima de violência doméstica;
Doméstica 3) investigar/estudar.
• Na sua sequência, é aprovada a Lei n.º
107/99, de 3 de agosto, que cria a rede
pública de casas de apoio a mulheres
vítimas de violência. 45
• Atualmente está em implementação o Plano
nacional de ação para a prevenção e o
combate à violência de género contra
as mulheres e à violência doméstica
Estratégias (2023/2026), integrado na Estratégia
Nacionais de Nacional para a Igualdade e Não
prevenção à Discriminação (2018/2030)
Violência • A coordenação desta Estratégia e dos vários
Doméstica Planos que a integram está a cargo da
Comissão para a Cidadania e a
Igualdade de Género
• Conjunto de medidas organizadas em torno
de 6 Objetivos Estratégicos: 46
Prevenir - Reduzir a tolerância
social às várias manifestações
Intervir junto das pessoas
da VGVD, conscientizar sobre Apoiar/proteger- ampliar e
agressoras, promovendo uma
os seus impactos e promover consolidar a intervenção
cultura de responsabilização
uma cultura de igualdade e
não discriminação

Prevenir e combater as
práticas tradicionais nefastas,
Qualificar profissionais e Investigar, monitorizar e
nomeadamente MGF e
serviços para a intervenção avaliar as políticas públicas
casamentos infantis, precoces
e forçados 47
Intersecio
nalidade

Plano nacional de ação


Territori
para a prevenção e o alização
combate à violência de
género contra as mulheres Promoção de
e à violência doméstica parcerias
(2023/2026) – Linhas
transversais execução

48
O papel das Organizações Não
Governamentais e da sociedade civil
49
O papel das Organizações Não Governamentais e da sociedade
civil

50
O papel das Organizações Não Governamentais e da sociedade
civil
Conselho Consultivo da Processos avaliativos
entidade coordenadora (shadow reports,
das políticas públicas avaliações externas dos
em matéria de sucessivos planos
VD/VM/VG nacionais, …)

Parceiras e/ou
promotoras de Gestoras da respostas
campanhas de da Rede Nacional de LOBBY
sensibilização Apoio aVítimas
(regionais e nacionais)

Promotoras de projetos
locais, regionais e
nacionais
51
O papel das Organizações Não Governamentais e da sociedade
civil - financiamento
Jogos Sociais (verba
Orçamento de Estado:
alocada e gerida pela
protocolos de
tutela da
colaboração com
Igualdade/Presidência do
Ministérios
Conselho de Ministros)

Municípios/Governos
Fundos Europeus Regionais

Fundos EEA Grants:


Iceland, Liechtenstein e
Norway
52
A Rede Nacional de Apoio às Vítimas de VD - RNAVVD

https://www.youtube.com/watch?v=8HBORu_6NUU

53
A Rede Nacional de Apoio àsVítimas deVD - RNAVVD

• 200 Estruturas de Atendimento: incluindo 3 estruturas para vítimas de violência sexual, 3


54

estruturas para vítimas LGBTI, 3 para migrantes

• 36 Casas de Abrigo: incluindo 1 para homens, 1 para mulheres com deficiência, 1 para
mulheres com doença mental – 631 vagas

• 20 Respostas de acolhimento de emergência: incluindo 1 para vítimas LGBTI – 266 vagas


Dossiê nº 3/2020-AC

56
Mais informação!
https://www.cig.gov.pt/area-portal-da-
violencia/enquadramento/

57
Tópicos para aprofundar nas 8 Horas não presenciais

• A Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não-Discriminação – Portugal + Igual


• A Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate àViolência
contra as Mulheres e aViolência Doméstica
• As recomendações do GREVIO – Group of Experts on Action against Violence against
Women and DomesticViolence - a Portugal, em janeiro de 2019 em junho de 2022
• PortalVD - https://www.cig.gov.pt/area-portal-da-violencia/portal-violencia-
domestica/
• Lei nº 112/2009, de 16 de setembro
• Decreto Regulamentar nº 2/2018, de 24 de janeiro

59
Tópicos para aprofundar nas 8 Horas não presenciais

60
Muito obrigada

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