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OBSERVATÓRI@ DOS DIREITOS

dezembro de 2105 E CIDADANIA DA MULHER

Conceito Gênero e Lei

No primeiro mês de Observatóri@ A Lei Nome Social ou Lei da Identidade de


Vamos conhecer melhor o conceito de Gênero já é uma realidade em alguns
SORORIDADE. Quais as opiniões e as Estados e vários municípios, como por
diversas utilizações dessa idéia? exemplo São Paulo.
Veja no mapa!

Internacional
A Universidade do Chile realizou em agosto o Seminário de
Lançamento do Documento “Resposta Institucional ao
Abuso Sexual nas Universidades”.
Clique na capa para acessar o documento

Personagem porque conhecer Amelinha Teles?


Gênero e Lei
NOME SOCIAL

O QUE É: O nome social se define como um nome civil que corresponda a identidade de
gênero de um indivídu@. É um prenome utilizado publicamente usado somente por
transexuais e travestis, já que para este grupo, o nome utilizado fora do nome de registros de
nascimento correspondem à sua identificação , seja feminina ou masculina, para o
reconhecimento de sua identidade de gênero em repartições publicas, hospitais, na vida
escolar etc.

É COMO UM APELIDO? NÃO. Vale destacar que o nome social não deve ser confundido
com o nome civil e muito menos com apelido de infância, que o intuito da presente propositura
é tão somente assegurar o uso do nome pelo qual, em seu meio social, o cidadão travesti ou
transexual se identifica e é identificado, ou seja, o nome social, sem interferir ou promover
qualquer alteração no registro civil.

A PESSOA É REGISTRADA NOVAMENTE? NÃO. Transexuais podem mover ação judicial


para mudar seu nome civil ou seu sexo. Este processo é longo e burocrático, fazendo com
que o nome social seja uma facilidade temporária, até mudar o nome civil. Por exemplo , o
SUS – Sistema Único de Saúde- permite que transexuais e travestis utilizem o nome social na
carteirinha, sendo que o nome do registro civíl consta abaixo do nome social.

Conheça Portarias Ministeriais , Pareceres e outras deliberações


sobre o tema na esfera federal
Supremo Tribunal Federal
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4275 - Nome Social Transexuais
Congresso Nacional
Projeto de Lei da Câmara nº 072/2007 (PL 6655/2006)
Projeto de Lei 2976 2008 - Nome Social Travestis

Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional - Portaria MPOG No. 233/2010

Sistema Único de Saúde


Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde / Portaria GM 1820/2009
Ministério da Educação
MEC/SECAD Parecer nº 141/2009
Indicação 6497/2010

Instituições Federais de Ensino


Instituto Federal de Santa Catarina - Deliberação CEPE/IFSC 006
Universidade Federal do Paraná – Processo Nº 23075.048870/2008-57 AGU/PGF – Procuradoria Federal na UFPR
Conselho Federal de Serviço Social

Mensagem do Presidente Lula e Parecer AGU - ADI 4275

“De acordo com a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, a medida põe fim ao
constrangimento de ter uma imagem feminina na chamada na escola, ser citado o nome de
homem. O que para Trans pode ser uma situação corriqueira, levando desconforto que a
travesti ou transexual abandona os estudos. Você se sente Maria, mas na hora do
atendimento no posto de saúde é chamado de João, o constrangimento é enorme por
parecer algo incomum.”
Leis, Decretos e Portarias que dispõe sobre o Nome
Social nos Estados e Municípios
Clique Para Conhecer Melhor cada um deles!

Esfera Estadual-Administração Pública Esfera Municipal – Administração Pública

Esfera Estadual- Assistência Social Esfera Municipal – Educação

Esfera Estadual- Secretaria de Educação Esfera Municipal – Serviços de Saúde

Esfera Estadual- Serviços de Saúde

D
F
Sororidad: hermandad y confianza entre mujeres
Guadalupe Cruz Jaimes 31/12/2007

“Para Marcela Lagarde, feminista e antropóloga mexicana,


a aliança entre mulheres é tão importante como a luta
contra outros fenômenos de opressão. Nesse contexto,
surge o conceito que se refere a uma nova experiência
Conceito prática intelectual e política entre as mulheres que se
materializa em ações específicas.
http://www.cimacnoticias.com.mx/node/50970
SORORIDADE
Substantivo:
1. Grupo de Irmãs; Transsexualidade , feminismo interseccional e
2. Irmandade entre sororidade
Mulheres Zaíra Pires 06/06/2013
3. Pacto entre as mulheres “Sororidade é entender que as engrenagens que me
que são reconhecidas oprimem são as mesmas que o fazem com muitas outras
irmãs, sendo uma pessoas e incluir mais vozes no meu grito, para que ele
dimensão ética, política e seja mais alto, mais efetivo, mais exigente, mais pungente,
prática do feminismo alcance mais ouvidos. É incluir. É dar voz. É respeitar.
contemporâneo. Rever privilégios”.
http://blogueirasnegras.org/2013/06/06/transexualidade-feminismo-interseccional-e-
Etimologia: sororidade/

Do latim medieval sororitas;


Frater = Irmão, Sor = Irmã; Mainstream Feminism Has Alienated a Lot Of
Os sufixos -ITY em Inglês e Women, and This Needs to Stop
-idade em Português Lauren Rankin, 8/5/2013
derivam do sufixo latino -
ITAS, formador de “What does it actually mean? What does it mean to belong
substantivos abstratos a to a feminist sisterhood? What is sisterhood? Sisterhood is
partir de adjetivos. solidarity, an active practice of engaging with and supporting
women from a non-competitive, encouraging stance. But
Em outras línguas: when “sisterhood” becomes a means to silence dissent, a
1.Inglês = Sisterhood; blanket term thrown back in the face of marginalized women
2.Espanhol = Sororidad in feminist spaces for their criticisms, it is not sisterhood at
3.Italiano =Sororitás work. It is oppression”
http://mic.com/articles/40385/mainstream-feminism-has-alienated-a-lot-of-women-and-
this-needs-to-stop

Onde está nossa sororidade?


Hailey 22/8/2013

“Sororidade para mim, assim como qualquer coisa que envolva a palavra “radical”, é um
termo que é extremamente trigger. Me faz automaticamente rejeitar qualquer pessoa que
defenda isso, porque para mim sororidade é sinônimo de violência, de silenciamento e de
irresponsabilidade.Querem ressignificar o termo e querem defender um conceito “bom”?
Acham que eu estou exagerando ou distorcendo? Então comecem a trabalhar em uma
sororidade que aceite críticas e que DE FATO inclua todxs. Caso contrário, meu feminismo
não tem espaço para tal violência.”
https://generoaderiva.wordpress.com/2013/08/22/onde-esta-nossa-sororidade/
Sororidade 101: sobre feministas brancas, cisgêneras e classe média
Luna, 11/8/2013

“(...) sororidade é o caralho.”


“Como podemos usar do discurso da sororidade quando as correntes tradicionais do feminismo
ignora questões de classe e cor, por exemplo? (...)As pessoas vivenciam opressões de modos
diferentes, e dizer que uma única questão se sobrepõe à todas as outras é ignorância.
“Criticar vocês abertamente é falta de sororidade?(...)Podemos compartilhar o fato de termos
uma vagina, o que nos confere a cisgeneridade e todos os privilégios decorrentes disso. (...)
Fingir que racismo, transfobia, capacitismo e todas essas coisas são irrelevantes. Ou, ao
menos, menos importante para a causa - porque o que importa é ser mulher, não é? O resto é
apêndice.Mas não é.Todas as minhas outras condições não são apêndices. (...)são
características minhas que se cruzam com eu ser mulher. Eu vivencio ser uma mulher muito
diferente de vocês. “
“Sororidade é um conceito lindíssimo.Atenham-se à ele.(...) Parem de fazer de conta que ser
mulher une a todas nós de forma igual e mágica, porque não une. Por favor, parem de ignorar
as muitíssimas opressões que todas nós vivemos e achar que elas são menos importantes do
que "ser mulher".(...) E prestem mais atenção nas suas próprias "irmãs" que estão sendo
agredidas pelo próprio feminismo (...) Porque essas mulheres estão sendo violentadas duas
vezes, uma pela sociedade patriarcal e outra pelo movimento que diz que representa-as.”
EDITADO
http://luna-is-the-queen.blogspot.com.br/2013/08/sororidade-101-sobre-feministas-brancas.html

Porque não transo sororidade - Bia Cardoso 16/08/2013

“De uns tempos para cá tem surgido no feminismo internético o conceito de sororidade.
(...) Tenho um certo incômodo com a origem da palavra ‘sororidade’. Porque ‘soror’ é o
tratamento dado a freiras. Não curto pensar numa irmandade feminina com mulheres
enclausuradas. A partir daí, começo a acreditar que o conceito é muito limitado e que
acaba fechando-se dentro de si mesmo. “
“Minha proposta é pensar como o conceito de sororidade pode estar pregando um
Feminismo em que mulheres andem de mãos dadas, sem questionar posições
individuais e criando uma idéia de movimento inclusivo e fofo que não traz propostas e
resultados concretos para TODAS as mulheres.”
“Hoje, abarcar a diversidade, reconhecer as diferenças, falsas simetrias e privilégios
existentes entre diferentes grupos de mulheres é fundamental para fazer o Feminismo
avançar. “A Mulher” pode ser oprimida ou opressora, tudo vai depender do contexto em
que está inserida, reconhecer isso significa sair de um amontoado de pequenas
questões pessoais para enxergar o quão complexo é o terrível patriarcado. Porém, vale
sempre lembrar, não é ele nosso único inimigo.”
“As vezes, não precisamos de novos conceitos para resgatar sentimentos necessários”
http://srtabia.com/2013/08/porque-nao-transo-sororidade/
AMELINHA TELES
A Trajetória
DITADURA MILITAR
Maria Amélia de Almeida Teles é uma militante política brasileira, membro
do PCdoB à época da guerrilha do Araguaia, durante o período da ditadura
militar. Foi presa política, junto com o marido César, com os filhos Janaína
e Edson, ambos pequenos, e a irmã Criméia grávida de 8 meses. Conheça
seus textos sobre esta época.

•1968 – Certeza: História E Flores :


http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/amelinha/feminismobrasil/1968.html
•Anistia: Um Sonho Vivido: http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/amelinha/amelinha1a.html
•Maria Amélia Teles : http://memoriasdaditadura.org.br/biografias-da-resistencia/maria-amelia-de-almeida-
teles/

PROCESSO CONTRA O GENERAL USTRA


Amelinha e sua filha Janaína ingressaram na justiça com uma ação declaratória contra
Carlos Alberto Brilhante Ustra, para que ele fosse reconhecido como torturador, já que a Lei
de Anistia no Brasil também contemplou os agentes de Estado. Saíram vitoriosas em 2008.

• Ustra e a Cadeira do Dragão: http://www.viomundo.com.br/denuncias/amelinha-teles-ustra-e-a-cadeira-do-dragao.html


•Amelinha teles, o povo tem que conhecer sua História: http://averdade.org.br/2012/10/amelinha-teles-o-povo-
do-brasil-precisa-conhecer-a-sua-historia/

FEMINISMO E PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA LUTA SOCIAL


Durante todos os anos que combateu a ditadura, “Em 1970 as mulheres
combateu também o machismo dentro e fora do
eram invisíveis na história,
movimento de resistência à Ditadura, destacando o
papel das mulheres nas guerrilha e nos movimento como se não tivessem
de resistência: participação […], o que
•O Papel das Mulheres Na Resistência: não é verdade. Todo
https://comitedaverdadeportoalegre.wordpress.com/2013/02/04/amelinha-teles-
o-papel-das-mulheres-na-resistencia/ movimento popular da
•A Luta armada : Um aprendizado para as mulheres: história que tenha sido de
http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/amelinha/feminismobrasil/luta.html]
fato popular teve
•Amelinha Teles e a incansável luta contra o
machismo: dos anos 1960 aos dias de hoje
participação de mulheres,
http://www.sul21.com.br/jornal/amelinha-teles-e-incansavel-luta-contra-o- inclusive liderando.”
machismo-dos-anos-1960-aos-dias-de-hoje/
Militância Pelos Direitos Humanos
COFUNDADORA DA UNIÃO DE MULHERES

Como surgiu o Projeto das Promotoras Legais?


“Em 1992, a União de Mulheres de São Paulo participou de um seminário
sobre os direitos da mulher promovido pelo CLADEM - Comitê Latino
Americano de Defesa dos Direitos da Mulher. Foi a Primeira vez que ouvimos
sobre falar dos cursos de "capacitação legal" das mulheres e gostamos da
proposta. Isto porque nós militantes do movimento de mulheres já tínhamos
participado das lutas por conquistas de leis, particularmente no processo
constituinte. Chegava, então, o momento de promover o conhecimento das
leis e dos mecanismos jurídicos possíveis de acessar e viabilizar. Ouvindo os
relatos de advogadas e ativistas que administravam estes cursos, vimos ser
possível capacitar as mulheres para a defesa dos seus direitos a partir do
seu cotidiano e da sua comunidade. Em 1995 , como apoio do Instituo
Brasileiro de Advocacia Pública que mobilizou o Movimento do Ministério
Público Democrático e a Associação dos Juízes Para a Democracia.”
http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/cartilha/plp.htm

Leia também escrito pela Amelinha:


Por que criar um Juizado Especial para Crimes de Violência de Gênero?
http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/amelinha/mulher_poder.html

INTEGRANTE DA COMISSÃO DE FAMILIARES DE MORTOS


E DESAPARECIDOS POLÍTICOS
Fundadora da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos
Políticos e integrante da Comissão Estadual da Verdade de SP, Amelinha
se dedica há mais de 30 anos à luta pela apuração das atrocidades da
ditadura e pela responsabilização dos agentes do Estado pelos crimes
cometidos
•Discurso de Amelinha na comissão: http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/amelinha/amelinha1.html
•“É preciso abrir os arquivos militares”: http://averdade.org.br/2014/03/e-preciso-abrir-os-arquivos-militares/

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