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COMUNICAÇÃO
SOCIAL
JUDICIÁRIO,
GÊNERO E DIVERSIDADE
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Presidente: Ministro José Antonio Dias Toffoli
Corregedor Nacional de Justiça: Ministro Humberto Eustáquio Soares Martins
Conselheiros: Aloysio Corrêa da Veiga
Maria Iracema Martins do Vale
Márcio Schiefler Fontes
Daldice Maria Santana de Almeida
Fernando César Baptista de Mattos
Valtércio Ronaldo de Oliveira
Francisco Luciano de Azevedo Frota
Maria Cristiana Simões Amorim Ziouva
Arnaldo Hossepian Salles Lima Junior
André Luis Guimarães Godinho
Valdetário Andrade Monteiro
Maria Tereza Uille Gomes
Henrique de Almeida Ávila
2019
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
SEPN Quadra 514 norte, lote 9, Bloco D, Brasília-DF
Endereço eletrônico: www.cnj.jus.br
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...........................................................................
UNIDADE I .................................................................................
UNIDADE II ................................................................................
6 Para uma leitura complementar acerca da abordagem feita nesta unidade, sugere-se o texto de: MARTINS, Lílian Aparecida Mudado Suassuna; BONIS
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SON, Gabriel Suassuna. A linguagem inclusiva e a diversidade de gênero. Disponível em: <
TRABALHO_EV053_MD1_SA8_ID1421_24052016230146.pdf>. Acesso em: 15 maio 2019.
LINGUAGEM E IDENTIDADE DE GÊNERO
A identidade de gênero é considerada como Contrariando essa diversidade, que tem
a percepção que uma pessoa tem de si, inde- proteção constitucional, é comum que se retra-
pendentemente do sexo biológico. Estereóti- tem os nascidos como homens como detento-
pos de gênero são aqueles que reproduzem na res necessariamente da identidade do gênero
comunicação, na linguagem, na cultura, na masculino e, ainda, com adjetivos como forte,
política, na educação, no direito e em diver- provedor, cuidador, seguro, líder, chefe, den-
sos âmbitos sociais, papéis ou funções que são tre outros.
atribuídos a determinado sexo biológico e que, Os presentes, os alunos, os participantes, os
comumente, se pretende impor para que seja cidadãos, todos referidos no masculino, desig-
adotado de forma coincidente com a identi- nam o homem como o universal, que engloba e
dade de gênero. sintetiza todas as diversas identidades humanas.
O pressuposto importante é que existe Ocorre que não se trata de mera simplificação
variedade bastante significativa de seres que da linguagem, mas de representação de uma
não podem (ou não querem) enquadrar-se nas estrutura de poder que endereça determinados
duas categorias de gênero ou na fórmula binária atributos ao gênero masculino, os quais natura-
masculino/feminino e muito menos apenas no lizam a ocupação, por eles, dos espaços públicos
masculino. de maior visibilidade.
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