O documento discute a diversidade cultural no Brasil, incluindo gênero, etnia e desigualdade social. Apresenta definições de diversidade cultural e reconhece a invisibilidade de alguns grupos sociais nos livros didáticos e currículos escolares. Argumenta que o reconhecimento da diferença é necessário para combater estereótipos e que a educação deve capacitar os estudantes a questionar conceitos que excluem outros grupos.
O documento discute a diversidade cultural no Brasil, incluindo gênero, etnia e desigualdade social. Apresenta definições de diversidade cultural e reconhece a invisibilidade de alguns grupos sociais nos livros didáticos e currículos escolares. Argumenta que o reconhecimento da diferença é necessário para combater estereótipos e que a educação deve capacitar os estudantes a questionar conceitos que excluem outros grupos.
O documento discute a diversidade cultural no Brasil, incluindo gênero, etnia e desigualdade social. Apresenta definições de diversidade cultural e reconhece a invisibilidade de alguns grupos sociais nos livros didáticos e currículos escolares. Argumenta que o reconhecimento da diferença é necessário para combater estereótipos e que a educação deve capacitar os estudantes a questionar conceitos que excluem outros grupos.
Diversidade: cultura, gênero, etnia, raça e desigualdade social
Pedreiras – Maranhão 2022 1 - Introdução
Ao tratar a questão da diversidade cultural como um todo, Anete
Abramowicz (2006) diz que todo brasileiro vive uma situação inusitada, no mínimo. Para ela existem dois lados, o lado que somos um povo único, sem diferenças, o povo na mesma igualdade como um todo, do outro lado, o lado da desigualdade, da discriminação, das diferenças, dos ‘patrões’, onde tudo é desigual. Na atualidade mesmo com vários padrões de comportamento, características e beleza criado no âmbito social, os documentos relacionados à educação brasileira outorgam que somos um país construído tendo por base a diversidade cultural. Mas o que significa diversidade cultural em país onde os diversos grupos sociais são marginalizados em suas representações? Ana Célia da Silva (2005) relata que apesar da diversidade cultural, os bancos escolares, de faculdade, são frequentados por diferentes origens étnico-raciais e gênero, o padrão pesquisado e concluído foi de homem, branco e heterossexual. Há também a importância de termos a consciência da diversidade em todo o local, para ser mais preciso, Ana Celia da Silva (2005) fala e afirma que nos livros didáticos, nos currículos escolares e nas falas dos professores, ainda há uma invisibilidade ou a visibilidade subalterna de diversos grupos sociais, como os diferentes grupos sociais, tais como; negros, indígenas e mulheres. O preconceito em si, está nas falas, nas ações e isso leva a auto rejeição de determinas classes sociais, historicamente menos favoráveis. 2 - Desenvolvimento
Vamos saber o que é a diversidade cultural?
Para Anete Abramowicz (2006, p12) a ‘’diversidade cultural’’ pode
se considerar variedade, diferenças, gêneros, sexualidade, opção partidária, gostos, tudo isso está englobado na diversidade como um todo. Marisa Vorraber Costa (2008) fala e afirma que a diferença não é uma marca de determinado sujeito ou grupo, mas sim uma marca que constituem ele socialmente, e isso faz que se englobem em classes social, mas ao se englobar nessas classes social, há também a exclusão social daquele grupo ou sujeito. É importante reconhecer a que somos diferentes para assim estabelecer a existência da diversidade no âmbito brasileiro não é suficiente para combater os estereótipos e os estigmas que ainda marginalizam milhares de crianças em nossas escolas e milhares de adultos em nossa sociedade. De acordo com Ana Celia da Silva reconhecer a diferença é questionar os conceitos homogêneos, estáveis e permanentes que excluem o ou a diferente. Falar sobre diversidade é tolerar, respeitar, admitir as diferenças já existente na sociedade, nas escolas ou mesmo nas cadeiras de faculdade. Uma ação como um todo da sociedade sobre a diversidade cultural, pode mudar formas de pensar de determinados grupos de como se deve agir a sobre esse tema, tendo assim o objetivo principal que é todas as classes no âmbito social de forma igualitária, sem preconceito ou discriminação. Mas também não só reconhecer e celebrar a diferença, mas também questioná-la, a fim de perceber como ela discursivamente está constituída. Como alerta-nos Marisa Vorraber Costa (2008), identidade e diferença são inseparáveis, dependendo uma da outra. Elas são produzidas na trama da linguagem, a identidade e a diferença são construídas dentro de um discurso, por isso precisamos compreendê-las como são produzidas em locais históricos e institucionais por meio de discursos. Os estudos sobre gênero, etnia e grupo social
Historicamente, as diferentes sociedades realizaram uma política de
separar e isolar as minorias. Essa questão traz à tona a necessidade de se compreender os processos de mudanças e conquistas que vêm sendo construídos ao longo da história. Nesse sentido, entendemos que as desigualdades se apresentam como estratégias de distinção, tal qual apontada por Bourdieu (1998). Assim, cabe refletir sobre como a desigualdade de gênero, etnia e grupo social se constitui no processo de socialização entre os pares. A questão de gênero começa a ser discutida no Brasil a partir da década de 1960 quando o movimento feminista passa a infl uenciar o papel da mulher na sociedade. Dessa forma, o conceito de gênero segundo Traverso-Yerpez e Pinheiro (2005), transcende a questão da anatomia sexual, pois envolve diversas dimensões da vida das pessoas, acarretando a interdependência entre o biológico e o psicossocial em cada cultura específica, ou seja, os gêneros incorporam normas No entanto, não podemos desconsiderar que a sociedade atribui papéis específicos cos para homens e para mulheres, que vão sendo modificados, pois as necessidades vão fazendo com que as pessoas reflitam e comecem a buscar novas maneiras e alternativas de mudanças. Toda mudança requer tempo, pois altera conceitos pré-estabelecidos e pré-determinados, num processo de lutas, perdas e conquistas. Dessa maneira, as categorias de gênero são reconstruídas pelas pessoas em suas relações, atribuições e normas de interação entre os sexos através do tempo (Traverso- Yerpez & Pinheiro, 2005:149). Nesse contexto, a perspectiva de gênero precisa, portanto, ser encarada como um dos eixos que constituem as relações sociais como um todo, pois permite pensar nas diferenças sem transformá-las em desigualdades, ou seja, sem que as diferenças sejam ponto de partida para a discriminação (Sayão & Bock, 2002). Outra questão que acaba por ser confundida e omite embates e conquistas é o uso frequente da etnia como sinônimo de raça
A etnia, no sentido mais amplo, é uma comunidade humana defi
nida por afinidades linguísticas e culturais, assim como são consideradas as semelhanças genéticas. É, comumente falando, um grupo de pessoas que têm em comum algumas características socioculturais e biológicas. Dessa forma, devido às pressões sociais, o entendimento da diversidade como construção social constituinte dos processos históricos, culturais, políticos, econômicos e educacionais e não mais vista como um "problema" começa a ter mais espaço na sociedade, nos fóruns políticos, nas teorias sociais e educacionais. Mesmo assim, é possível afirmar que, nos últimos anos, no Brasil e na América Latina, com avanços e limites, algumas dimensões da diversidade pleiteadas historicamente pelos movimentos sociais e demais setores organizados da sociedade começam a fazer parte da pauta da agenda das políticas públicas. Transformam-se em temas de debate e de disputa na arena política e na própria produção intelectual. É nesse contexto que a discussão sobre a justiça social passa a ocupar mais espaço na produção teórica, na análise e na implementação das políticas públicas, entre elas, as educacionais. Vera Maria Ferrão Candau, no seu artigo Direito à educação, diversidade e educação em direitos humanos, discute que os direitos humanos estão no centro da problemática das sociedades contemporâneas. Tendo por referência a tensão entre igualdade e diferença na concepção e prática dos direitos humanos, a autora analisa as especificidades, articulações e entrelaçamentos entre o direito à educação e a educação em direitos humanos, sendo esta última considerada atualmente como um componente fundamental do direito à educação. Esse contexto traz desafios aos processos educativos e à formação de sujeitos de direitos que considere suas especificidades e, ao mesmo tempo, fortaleça os processos democráticos, em que redistribuição e reconhecimento se articulem. 3- CONCLUSÃO
Por fim, entendendo que a diversidade cultural é um instrumento
instituindo para compreender as ações de distinção entre as várias culturas que existem no mundo, e sobretudo, um item que promove a construção do respeito à diferença, ela passa a ter como foco unir as diferenças culturais, utilizando por exemplo a linguagem, a dança, as tradições, etc., portanto, a diversidade numa região de fronteira está preconizada aos conceitos de pluralidade, que por sua vez, é um caminho que precisa ser percorrido por boa parte das pessoas proporcionando o direito de livre arbítrio para se expressar através de sua cultura
Deste modo, a educação é o principal instrumento capaz de fazer o
indivíduo interagir com seu contexto, não apenas no aspecto intelectual, mas sobretudo, 9 capacitando-o para que este possa ver a sociedade na qual ele próprio está inserido transformando assim seu contexto social
Diante disso, cabe mencionar que as escolas e as universidades
não devem se deter em apenas reproduzir um currículo pronto sem ao menos colocar questões relacionadas com a diversidade da comunidade local no currículo escolar, ainda mais sendo uma escola diversificada formada por diferentes culturas. Portanto, uma 4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SILVA, Ana Célia da. Desconstruindo a Discriminação do Negro no Livro Didático – Salvador, BA, EDUFBA, 2005
ABRAMOWICZ, A.; RODRIGUES, T.C.; CRUZ, A.C.J. A diferença e a
diversidade na educação. Contemporânea, São Carlos, n. 2, p. 85-97, ago.-dez. 2011.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de