Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Docente:
Discente:
2
Pedagogo e pós graduando em Currículo em Educação Básica pela Universidade Federal do Pará –
UFPA/ Campus Guamá.
etnocêntrica como a autora classifica. Ela também propõe repensarmos enquanto
educadores e educadoras como compreendemos o conceito de diversidade, bem como
os currículos apresentam este tema.
Para uma análise mais profunda a autora subdivide este capítulo em tópicos,
intitulados: Algumas considerações sobre a diversidade biológica ou biodiversidade; A
diversidade cultural: algumas reflexões; A luta política pelo direito à diversidade; Que
indagações a diversidade traz aos currículos?; Alguns aspectos específicos do currículo
indagados pela diversidade; Concluindo.
Ela também assinala que os problemas ambientais não são fatores externo, mas
internos que afetam a todos nós, nos instigando a pensarmos sobre a visão de avanço
social e tecnológico atualmente, que vai em sentido oposto a preservação, que os povos
tradicionais, indígenas, quilombolas e camponeses praticam, e com seus conhecimentos
tradicionais, não reconhecidos por vezes no currículo, trazem um modo de conviver
com a natureza de forma mais respeitosa.
Ela também dialoga no sentido de que o currículo não está simplesmente para
transmissão de conteúdo, mas para discutir as relações sociais, políticas e histórica em
que os sujeitos estão inseridos. Neste sentido, a autora reforçar que enquanto educadores
é importante nos questionarmos quais conhecimentos estão sendo priorizados na escola
e que história o currículo tem nos contado, nos propondo práticas pedagógicas que
evidencie a diversidade cultural.
No tópico “A luta política pelo direito à diversidade”, a autora destaca que em
uma sociedade em que possui forte influência da colonização, falar sobre diversidade é
estar em oposto a este sistema. É entender a importância da inserção da diversidade nos
currículos, planos de aula e etc. para superar a visão romântica de diversidade que se
tem.
Ela também destaca a luta dos movimentos sociais pela diversidade no currículo
que galgam cada vez mais espaço e voz e que o coletivo de profissionais da educação
que erguem em prol dessa luta, são pessoas que vieram desses movimentos e trazem
consigo a marcas da identidade e diferenças.
No tópico “Que indagações a diversidade traz aos currículos?” a autora nos situa
em que posição se encontra a diversidade dentro de um currículo, cuja diversidade
cultural não deve ser vista com um tema transversal ou em uma disciplina, mas como
um eixo integrador no currículo.
Ela ainda retoma a visão fixa posta da Lei 5692/71 da educação voltada para o
mercado de trabalho em que a “parte diversificada” como ela ressalta, não encontra-se
como integrante do eixo central. E ainda acrescenta que a diversidade no currículo não
deve ser vista como modismo, mas como um direito a todos e não somente aqueles
considerados diferentes.
Por conseguinte, ela discuti a inserção das pessoas com deficiência como estes
sujeitos de direitos, além de uma reeducação no olhar, em que não basta apenas incluir
este público, é necessário uma mudança nesse acolhimento para que a educação
inclusiva seja efetivada. Também neste bojo, encontrasse a educação dos negros que
permeia a todos nós brasileiros pela sua construção histórica, social e política, em que o
movimento negro vem reivindicando e construindo conhecimentos para serem
introduzidos nos currículos e muitos avanços são encontrados como a lei 10.639/03
assim como os Movimentos do Campo que vem aos poucos se reafirmando na luta da
educação e dessa inserção no currículo com avanços, como a Resolução CNE/CEB
n.01, de 03 de abril de 2002.
Por fim, a autora conclui no final de seu texto que a diversidade é um campo que
vai de encontro a construção social, cultural e política dominadoras que vem se
perpetuando há décadas. Nele a construção de identidades, igualdades e lutas sociais se
fazem presentes que vem a questionar esta construção de currículo estática por muito
tempo e que a luta pelo direito a educação e da diferença existe e continua se
fortalecendo.