Saudações Iniciais: Exma. Sr. Prefeita Constitucional de Munícipio de Itapororoca Bela. Profa. Elissandra Maria da Conceição de Brito.
Exmo. Sr. Vice- Prefeito Batista Torres
Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Vereadores CASA DE
RÚBIO MAIA COUTINHO Dr. Rodrigo Santos de Carvalho
Meus amados esposo Gilson, filhos Felipe e Tiago, minhas Noras
Talyta e Isabela.
Escolher uma mulher no meio dos presentes e em nome dela saudar
todos os demais cidadãos presentes
O momento que vivemos hoje e aqui, reveste-se da maior
importância para o futuro do Município de Itapororoca e dos seus Cidadãos, presentes das várias formas possíveis nesta Sessão Solene de Tomada de Posse. O compromisso que assumimos neste ato de Tomada de Posse é feito em nome desse futuro e da Nossa Gente. Especialmente em tempos de intolerância e misoginia devemos recordar o papel assumido por cada mulher que em suas experiências pessoais tem ajudado a renovar a força das mulheres para continuar lutando por seus direitos e espaço em nossa sociedade. Se nos antigos tempos da Monarquia e nos primeiros tempos dos regimes democráticos as mulheres ficaram fora dos círculos políticos, hoje 2
em dia o seu papel nesse contexto é cada vez mais significativo e
importante. O primeiro passo foi o reconhecimento do direito ao voto, e a partir daí tornou-se possível o exercício de cargos públicos elegíveis e não elegíveis. Lembramos da luta das sufragistas, o voto feminino no Brasil que passou a ser permitido oficialmente a partir do Código Eleitoral de 1932, decretado durante o governo de Getúlio Vargas. A luta por esse direito remonta ao século XIX e está diretamente ligada ao esforço feminista pela equiparação de direitos entre homens e mulheres. Surgindo assim a Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher (LEIM). Dois anos depois, essa associação teve seu nome modificado para Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. Essa associação era liderada pela feminista Bertha Lutz. Outra conquista nos veio a partir de 1977, depois de muita comoção social e discussões com a sociedade civil, o divórcio passou a ser parte do sistema jurídico como uma forma de extinção do vínculo conjugal. A ideologia da superioridade do gênero oposto tem sido combatida nos últimos tempos e, hoje em dia, é possível observar um movimento em sentido contrário, o movimento do protagonismo feminino. Quando comecei na política pensei em como me inserir em um mundo predominantemente masculino, mas o caminho já havia sido aberto por mulheres protagonistas em nosso município: Dídima Lopes (a primeira Vereadora), Josilda, Riseuda, Josélia Azevedo, Luciana Madruga e a nossa querida Elissandra. Lembro aqui do protagonismo inspirador de Luíza Erundina(Prefeita da maior metrópole da América Latina, deputada várias vezes), da Vereadora Mariele Franco, da sindicalista Margarida Maria Alves, da Dra. Zilda Arns(Pastoral da Criança), aqui em Itapororoca, a Venerável Ir. Noemi Cavagna. A nível internacional se sobressaem as dez mais poderosas do mundo Angela Merkel(Premier Alemã), Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA, Dilma Rousseff, presidente do Brasil, Sonia Gandhi, presidente do Congresso da Índia, Michelle Obama, primeira-dama dos EUA, Christine Lagarde, diretora do FMI, Kathleen Sebelius, secretária de Saúde dos EUA, Janet Napolitano, secretária de Segurança Interna dos EUA, Cristina Kirchner, presidente da Argentina, Margaret Hamburg, chefe do FDA, nos EUA. 3
Algumas conquistas podemos celebrar em nossa sociedade como a
Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, a Lei nº 11.340, que objetiva proteger a mulher da violência doméstica e familiar. A Lei ampara todas as pessoas que se identifiquem com o sexo feminino, sendo heterossexuais, homossexuais e mulheres transexuais. Por ser uma lei focada no combate à violência doméstica, também ampara homens que sofram algum tipo de violência por parte da cônjuge ou do cônjuge, ainda que as denúncias nesses casos sejam a minoria. A vítima precisa estar em situação de vulnerabilidade em relação ao agressor. Este não precisa ser necessariamente o companheiro. Se uma pessoa ou parente do convívio da vítima for o agressor, a Lei Maria da Penha também ampara esse cenário. Já está mais do que comprovado pela neurociência de que nós as mulheres podemos desempenhar qualquer atividade, papel e missão que nos for proposta. A política é o meio que todos possuem para adquirir e lutar por seus direitos e, também por melhorias ao próximo. É na política que a amizade e amor social se desenvolvem, pois é a partir dela que os direitos e deveres dos cidadãos são garantidos e assegurados pelo Estado. A presença da mulher no ambiente político é um caminho de ajuda à sociedade. Num ambiente de presenças masculinas e femininas, o debate se torna mais favorável a todos os cidadãos e não apenas para uma única classe social. A mulher, em si, possui uma percepção do ser humano mais aguçada que a percepção do homem para questões que envolvam o bem- estar do indivíduo. Ao mesmo tempo em que a mulher possui um papel fundamental no meio político, é também o papel mais desafiador. Um ambiente misógino, onde a figura feminina não possui espaço, é um ambiente em declínio moral e ético, pois a inclusão não só favorece, como também ajuda no trabalho para com a sociedade. Mas, é perceptível que ainda hoje existem resistências em relação à mulher em áreas da política. Estimadas Senhoras e Caros Senhores, A luta pelos direitos da mulher e por espaços dentro da sociedade vem ganhando forças em todo o mundo. Portanto, torna-se necessária a 4
abertura desses espaços para a mulher, não só em âmbitos político-
partidários, mas também em todos os espaços da sociedade. A mulher não é diferente do homem; possui o mesmo código genético, a mesma estrutura óssea... Os mesmos estudos que são oferecidos aos homens, também são oferecidos às mulheres, e é visível a capacidade que as mulheres possuem em diversas áreas, sendo melhores que os homens. Logo, mesmo que com diversos desafios surgentes, as mulheres devem continuar lutando por espaço, mesmo que isso seja uma luta diária dentro da política. AQUI em Itapororoca temos uma prefeita que não mede esforços no empoderamento feminino com aplicação de políticas públicas para a promoção da mulher em todas as dimensões da sociedade, isso pode ser observado na acolhida das mulheres nos órgãos públicos, nas campanhas anuais de promoção e valorização da saúde da mulher(o Outubro Rosa), a dança da Zumba -ACNCP Mulheres Transformadas Para Transformar". Em nosso mandato de Vereadora temos desempenhado um papel significativo em defesa dos direitos das mulheres em nosso município. Aqui na Câmara Municipal de Vereadores não mediremos esforços para implantar, promover e estruturar as políticas públicas para as nossas mulheres itapororoquenses: COMBATER TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA A MULHER
AFIRMAR AS DIFERENÇAS PARA PROMOVER A
IGUALDADE
O MAIOR ACESSO E A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES
NOS ESPAÇOS DE PODER SÃO INSTRUMENTOS ESSENCIAIS PARA DEMOCRATIZAR O ESTADO E A SOCIEDADE
Votando em mulheres, praticando a sororidade, esse sentimento que
todas nós somos irmãs(Não estou sozinha conto com o apoio de nossas amigas Elissandra, Cleonice, Riseuda, Socorro da Corrente, Skallety e de todas as mulheres de Itapororoca), recomendando as outras mulheres no 5
mercado de trabalho, lutando contra esse machismo estrutural e essa
manutenção do poder só nas mãos dos homens. Para isso, é importante a valorização da democracia e a nossa atuação forte. Bons sinais a vista no governo federal que ora se inaugura 6 mulheres escolhidas por Lula para comandar ministérios. Prefeita, precisamos acabar em nossa sociedade com a competição entre as mulheres e entender a importância de termos mulheres nos representando em cargos de poder. Nós temos que entender isso, porque quando uma brilha, todas brilham. A gente está aqui lutando por todas. Quanto mais mulheres colocarem seu nome à disposição, maior a chance desse vácuo histórico do poder ser alterado. Minha palavra é também de gratidão à nossa exemplar prefeita por tudo que ela tem realizado para o bem de nosso município, ao nosso colega vereador Dr. Rodrigo Carvalho, que exerceu nesse biênio a presidência dessa Casa de Leis com maestria, dedicação, responsabilidade, eficiência e honradez. Honrou com a palavra e finalizou o capitulo da reeleição nessa Casa, demonstrando mais uma vez seu tino administrativo e ético. Ao longo de minha vida pública nos diversos cargos que desempenhei nesse município: funcionária da prefeitura, servidora no Banorte, Pedagoga, Tesoureira, Vereadora por quatro mandatos, estando no quinto mandato sempre pautei minhas ações nas palavras do Cristo que colocam o exercício do poder, seja ele qual for, como sinônimo de serviço, sobretudo de serviço aos mais humildes e necessitados. Com certeza não nos faltam desafios na Educação, Saúde, Infra- estrutura, no abastecimento de água, mas juntos venceremos todos eles, porque embora independentes os dois poderes hoje aqui presentes e representados, executivo e legislativos continuarão em clima de colaboração e parceria constantes pelo bem do povo de Itapororoca. Conto com minha fé em DEUS, com o apoio da minha família, dos meus amigos e correligionários e dos meus pares para exercer com dignidade o cargo que ora assumo. Deixo duas frases para a nossa reflexão: “Não há pilar de estabilidade melhor do que uma mulher forte, livre e educada.” – Angelina Jolie “Um homem faz o que pode. Uma mulher faz o que ele não pode.” – Isabel Allende 6