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ESCOLA: COLÉGIO TIRADENTES DA POLÍCIA MILITAR VI

ADRIANO CÉSAR GRAEBIN SOARES

TRABALHO DE SOCIOLOGIA VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

JI-PARANÁ, RO
2023
ADRIANO CÉSAR GRAEBIN SOARES

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TRABALHO DE SOCIOLOGIA VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

Trabalho apresentado na disciplina de sociologia

Professora: Djania

JI-PARANÁ, RO

2023

INTRODUÇÃO

A violência contra mulheres constitui-se em uma das principais formas de


violação dos seus direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e
à integridade física. Ela é estruturante da desigualdade de gênero. A violência contra
as mulheres se manifesta de diversas formas.

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SUMÁRIO

1-CAPA

2-CONTRA-CAPA

3-INTRODUÇÃO

4-SUMÁRIO

5-DESENVOLVIMENTO

15- CONCLUSÃO

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PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE

Apesar da herança histórica do sistema social patriarcalista, a mulher tem-se


inserido cada vez mais como protagonista na sociedade atual, assumindo novos
papéis, para além de dona de casa, mãe e esposa, ocupando postos no mercado de
trabalho e cargos de liderança em escolas, universidades, empresas, cidades e,
inclusive, países. No entanto, avanços à parte, é preciso discutir sobre as questões
de gênero, considerando a importância da defesa dos direitos e da igualdade entre
os indivíduos para a construção de uma sociedade mais justa.
A vida social pressupõe expectativas de comportamento entre os indivíduos e dos
indivíduos consigo mesmos. Essas funções e esses padrões de comportamento
variam de acordo com diversos fatores, como classe social, posição na divisão
social do trabalho, nível de escolaridade, credo religioso e, principalmente, de
acordo com o gênero. Mulheres e homens durante a maior parte da história da
humanidade desempenharam papéis sociais muito diferentes.

As questões de gênero dizem respeito às relações sociais e aos papéis sociais


desempenhados de acordo com o sexo do indivíduo. O papel da mulher é o mais
estudado e discutido dentro desta temática, dada a desigualdade sexual existente
com prejuízo da figura feminina. Enquanto o sexo de uma pessoa está ligado ao
aspecto biológico, o gênero é uma construção cultural, fruto da vida em sociedade.

Com o surgimento da sociedade industrial, as mulheres assumem uma posição de


trabalhadoras nas fábricas e indústrias, deixando o espaço doméstico como único
locus de seu trabalho cotidiano. O casamento como ritual marcaria o surgimento de
uma nova família na qual a mulher assumia o papel de mãe, como pode ser
percebido no ato da cerimônia
Foi somente em 1932 que as brasileiras puderam efetivamente votar. Essa restrição
ao voto e à participação feminina no Brasil seria consequência de uma organização
social patriarcal. Seria apenas ao longo das décadas de 50, 60 e 70 que o mundo
assistiria a mudanças fundamentais no papel social da mulher.
O movimento contracultural liderado por jovens (como o movimento Hippie),
defendia uma revolução e libertação sexual, quebrando tabus para o sexo feminino.
Como se sabe, o desenvolvimento de novas tecnologias de produção exige cada
vez menos trabalho manual

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CONQUISTAS DAS MULHERES NA SOCIEDADE
1. Lançamento da Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã (1791)
2. Conquista do voto feminino no Brasil (1932)
3. Criação da pílula anticoncepcional (1961)
4. Sancionado o Estatuto da Mulher Casada (1962)
5. Primeira mulher presidente do mundo (1974)
6. Sancionada a Lei do Divórcio (1977)
7. Criação do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (1987)
8. Criação da Rede Afro: Rede de Mulheres Afro-latino-americanas, Afro-
caribenhas e da Diáspora
9. Criada a Lei Maria da Penha (2006)
10. Aprovada a Lei do Feminicídio (2015)
As conquistas das mulheres até os dias de hoje são resultadas de muitas lutas e,
infelizmente, ainda não conseguimos alcançar uma sociedade igualitária. Por isso,
temos muitos direitos a serem conquistados.
Nesse sentido, desde o ano de 1908, a data de 8 de março é “comemorada” por
muitas pessoas como o Dia Internacional da Mulher. Contudo, ao contrário do que
boa parte da população pensa, não é uma data comemorativa, e sim um marco
histórico que representa a Luta Internacional das Mulheres em busca de direitos
iguais.

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MULHERES PROTAGONISTAS NA HISTÓRIA
"É inegável que na História sempre houve grandes mulheres que desempenharam
papéis preponderantes em muitos momentos e isso possuiu um significado forte,
sobretudo quando esse papel foi realizado em âmbitos como a gestão de um império
ou um comando militar, haja vista que, em muitas civilizações, a mulher foi encarada
como um ser com limitações sociais e sem virtudes políticas. Muitas grandes
mulheres têm mostrado que as suas habilidades e capacidades não podem jamais
ser subestimadas.
Obviamente que a lista de mulheres notáveis da História e seus feitos é muito
extensa e cada dia que passa ela aumenta. Porém algumas dessas importantes
figuras fazem parte do imaginário de grande parte da humanidade e ilustram muito
bem a Idade Antiga, a Idade Média, a Idade Moderna e a Idade Contemporânea.

Desde as mais remotas civilizações, a figura da mulher é encarada com fascínio e


medo, como é o caso de personagens alegóricas, como Helena de Troia, cuja
beleza provocou uma guerra. Mas, ao mesmo tempo, há figuras femininas decisivas,
como, entre os gregos, Diotima de Mantineia, filósofa e sacerdotisa, e Safo de
Mitilene, poetisa.
No Oriente Médio, temos o exemplo da Rainha de Sabá, uma das mais poderosas
da Arábia; o de Maria Madalena, prostituta que teve papel de destaque entre os
seguidores de Jesus Cristo; e Maria, mãe de Jesus, que, a despeito da veracidade
de sua concepção virginal e de sua santidade, exerceu e ainda exerce uma
influência enorme sobre milhões de pessoas.
No Egito Antigo, tivemos mulheres como Hatshepsut, esposa de Tutmés II, que
também foi faraó do Egito; Nefertiti, esposa de Aquenatón; e a mais famosa de
todas, Cleópatra, cujos ardis, nos tempos do domínio romano sobre o Egito, fizeram
dois generais de Roma, Júlio César e Marco Antônio, atrelarem-se a ela amorosa e
politicamente. Entre as muitas figuras femininas de destaque na Idade Antiga, há
ainda Roxane, a princesa persa que se tornou cônjuge de Alexandre Magno, da
Macedônia."

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PAPEL DAS MULHERES NA POLITICA

om o objetivo de criar estratégias para incentivar a participação da mulher no cenário


político eleitoral, qualificando mulheres para a liderança e aquisição de habilidades
para atuação nos espaços públicos, a Subsecretaria de Políticas Públicas para
Mulheres iniciou, em 2016, uma série de palestras, oficinas e rodas de conversa
discutindo a participação da mulher na política partidária.
As mulheres encontram grandes dificuldades em ocupar espaços de poder, serem
eleitas ou ter voz ativa nas tomadas de decisões políticas. A não ocupação desses
espaços deixa as mulheres à margem dos processos de elaboração das políticas
públicas, além de enfraquecer a democracia.
Em 2020, por ocasião da pandemia, foram realizados eventos virtuais/workshops
com o intuito de subsidiar pré-candidatas de informações que as auxiliassem na
corrida eleitoral.
Em 2021 , as ações deixam de ser pontuais somente nos anos eleitorais, para se
tornarem uma meta estratégica da SPPM, por meio de discussões permanentes e
continuadas sobre a necessária participação das mulheres nos espaços de poder e
decisão político. O curso de iniciação à formação política para mulheres "Mais
Mulheres na Política" acontecerá nos meses de julho e setembro.
O fortalecimento e a participação das mulheres nos espaços de poder e decisão é
um dos eixos prioritários de atuação das políticas para mulheres e a sub-
representação política das mulheres é um dos fatores que impede a equidade de
gênero. Assim, promover a formação política e incentivar a participação das
mulheres para que ocupem cargos de liderança política, possibilita uma democracia
mais sólida e representativa.

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O QUE É VIOLÊNCIA CONTRA MULHER
De acordo com a Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para
Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994)
violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que
cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no
âmbito público como no privado.
Violência física (visual): É aquela entendida como qualquer conduta que ofenda
integridade ou saúde corporal da mulher. É praticada com uso de força física do
agressor, que machuca a vítima de várias maneiras ou ainda com o uso de armas,
exemplos: Bater, chutar, queimar. cortar e mutilar.
Violência psicológica (não-visual, mas muito extensa): Qualquer conduta que cause
dano emocional e diminuição da autoestima da mulher, nesse tipo de violência é
muito comum a mulher ser proibida de trabalhar, estudar, sair de casa, ou viajar,
falar com amigos ou parentes.
Violência sexual (visual): A violência sexual está baseada fundamentalmente na
desigualdade entre homens e mulheres. Logo, é caracterizada como qualquer
conduta que constranja a mulher a presenciar, a manter ou a participar de relação
sexual não desejada; quando a mulher é obrigada a se prostituir, a fazer aborto, a
usar anticoncepcionais contra a sua vontade ou quando a mesma sofre assédio
sexual, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a
comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade.
Violência patrimonial (visual-material): importa em qualquer conduta que configure
retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos pertencentes à mulher,
instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.
Violência moral (não-visual): Entende-se por violência moral qualquer conduta que
importe em calúnia, quando o agressor ou agressora afirma falsamente que aquela
praticou crime que ela não cometeu; difamação; quando o agressor atribui à mulher
fatos que maculem a sua reputação, ou injúria, ofende a dignidade da mulher.
QUAIS SÃO OS TIPOS DE VIOLÊNCIA QUE A MULHER SOFRE
Violência contra a mulher – é qualquer conduta – ação ou omissão – de
discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser
mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico,

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sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa
violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.
Violência de gênero – violência sofrida pelo fato de se ser mulher, sem distinção de
raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um
sistema social que subordina o sexo feminino.
Violência doméstica – quando ocorre em casa, no ambiente doméstico, ou em uma
relação de familiaridade, afetividade ou coabitação.
Violência familiar – violência que acontece dentro da família, ou seja, nas relações
entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco
natural (pai, mãe, filha etc.) ou civil (marido, sogra, padrasto ou outros), por afinidade
(por exemplo, o primo ou tio do marido) ou afetividade (amigo ou amiga que more na
mesma casa).
Violência física – ação ou omissão que coloque em risco ou cause dano à
integridade física de uma pessoa.
Violência institucional – tipo de violência motivada por desigualdades (de gênero,
étnico-raciais, econômicas etc.) predominantes em diferentes sociedades. Essas
desigualdades se formalizam e institucionalizam nas diferentes organizações
privadas e aparelhos estatais, como também nos diferentes grupos que constituem
essas sociedades.
Violência intrafamiliar / violência doméstica – acontece dentro de casa ou unidade
doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a
vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a
negligência e o abandono
Entre outros...
O QUE É LEI MARIA DA PENHA
Lei Maria da Penha é o nome dado a uma legislação brasileira que garante a
proteção das mulheres contra qualquer tipo de violência doméstica, seja física,
psicológica, patrimonial ou moral.
A lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, popularmente conhecida como Lei Maria
da Penha, alterou o Código Penal brasileiro, fazendo com que os agressores sejam
presos em flagrante ou que tenham a prisão preventiva decretada, caso cometam
qualquer ato de violência doméstica pré-estabelecido pela lei.

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Outra grande alteração que a lei Maria da Penha trouxe foi a eliminação das penas
alternativas para os agressores, que antes eram punidos com pagamento de cesta
básica ou pequenas multas.
O agressor também pode ser condenado a três anos de reclusão, sendo que a
pena é aumentada em um terço caso o crime seja praticado contra uma pessoa
portadora de deficiência.
Todos os crimes que se enquadram na lei Maria da Penha deverão ser julgados
pelos Juízados Especializados de Violência Doméstica contra a Mulher, que
foram criados a partir desta legislação.
A lei Maria da Penha se aplica também para casais homoafetivos, formados por
duas mulheres ou transgêneros (que se identificam com o gênero feminino).
De acordo com dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea) em 2015, a lei Maria da Penha ajudou a diminuir cerca de 10% a taxa de
homicídios contra as mulheres em seus lares.
A lei Maria da Penha é a base para os compromissos adquiridos pelo Brasil em
resposta à Convenção para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher
(da Organização dos Estados Americanos – OEA) e à Convenção para Eliminação
de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (da Organização das Nações
Unidas – ONU).

QUAIS SÃO OS TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER DESCRITO NA LEI


MARIA DA PENHA
1. Humilhar, xingar e diminuir a autoestima
Condutas como humilhação, desvalorização moral ou deboche público em relação a
mulher constam como tipos de violência emocional.
2. Tirar a liberdade de crença
Um homem não pode restringir a ação, a decisão ou a crença de uma mulher. Isso
também é considerado como uma forma de violência psicológica.
3. Fazer a mulher achar que está ficando louca
Há inclusive um nome para isso: o gaslighting. Uma forma de abuso mental que
consiste em distorcer os fatos e omitir situações para deixar a vítima em dúvida
sobre a sua memória e sanidade.
4. Controlar e oprimir a mulher
Aqui o que conta é o comportamento obsessivo do homem sobre a mulher, como
querer controlar o que ela faz, controlar o que ela vestirá,
não a deixar sair, isolar sua família e amigos ou procurar mensagens no celular ou
e-mail. As condutas descritas podem caracterizar violência psicológica.

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5. Expor a vida íntima
Falar sobre a vida do casal para outros é considerado uma forma de violência moral,
como, por exemplo, vazar fotos íntimas nas redes sociais como forma de vingança.
6. Atirar objetos, sacudir e apertar os braços
Nem toda violência física é o espancamento. São considerados também como
abuso físico a tentativa de arremessar objetos com a intenção de
machucar, sacudir e segurar com força uma mulher.
7. Forçar atos sexuais desconfortáveis
Não é só forçar o sexo que consta como violência sexual. Obrigar a mulher a fazer
atos sexuais que causam desconforto ou repulsa, como a
realização de fetiches, também é violência.
8. Impedir a mulher de prevenir a gravidez ou obrigá-la a abortar
O ato de impedir uma mulher de usar métodos contraceptivos, como a pílula do dia
seguinte ou o anticoncepcional, é considerado uma prática
da violência sexual. Da mesma forma, obrigar uma mulher a abortar também é outra
forma de abuso.
9. Controlar o dinheiro ou reter documentos
Se o homem tenta controlar, guardar ou tirar o dinheiro de uma mulher contra a sua
vontade, assim como reter documentos pessoais da mulher,
isso é considerado uma forma de violência patrimonial.
10. Quebrar objetos da mulher
Outra forma de violência ao patrimônio da mulher é causar danos de propósito a
objetos dela, ou objetos que ela goste.

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O QUE PODE SER FEITO POR TODOS NÓS ALEM DAS LEIS PARA COMBATER
A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
Aprovar melhores leis. Criar leis e fazer cumprir leis existentes que protegem
as mulheres contra discriminação e violência, incluindo estupro,
espancamento, abuso verbal, mutilação, tortura, assassinatos de “honra” e
tráfico.
Educar as meninas. Ressaltar o valor da educação das meninas e da
contribuição das mulheres ao desenvolvimento econômico.
Solucionar conflitos de forma pacífica. Promover a resolução de conflitos
incluindo perspectivas de mulheres e meninas.
Capacitar mulheres. Fortalecer a capacidade da mulher de ganhar
dinheiro oferecendo treinamento de habilidades.
Acabar com o casamento infantil. Sensibilizar a população quanto à violação
de direitos humanos inerentes aos casamentos infantis.
Incentivar as mulheres a votar. Conversar sobre o valor do voto feminino
e incentivar as mulheres a se candidatar.
Conscientizar sobre a pobreza, especialmente sobre as condições ruins que as
mulheres enfrentam em algumas zonas rurais.
Explicar os direitos humanos. Falar às pessoas sobre suas
responsabilidades conforme as leis de direitos humanos nacionais e internacionais.

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CONCLUSÃO
Eu concluo que ainda existe violência contra mulher e que temos que acabar
com o machismo, também não praticar violência para um mundo melhor, com
paz, amor e várias outras coisas boas

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BIBLIOGRAFIA

https://www.naosecale.ms.gov.br/mulheres-na-politica
https://www.tjse.jus.br/portaldamulher
https://www.gov.br/mdh/pt-br/noticias-spm
https://www.significados.com.br/maria-da-penha/
https://share.america.gov/pt-br/oito-maneiras-de-acabar-com-a-violencia-contra-as-
mulheres/
https://www.tjrs.jus.br/novo/violencia-domestica

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