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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

EXTENSÃO DE MAPUTO
Licenciatura em Direito

Ailton Xavier Lucas

Cristiano Júnior Lino

Jorge Flora Mboene

Pedro Chivulele

Yúmina Ludmilla Madhangi

CRIMES CONTRA SEGURANÇA DO ESTADO

Maputo, 20 de Junho de 2022


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
EXTENSÃO DE MAPUTO
Licenciatura em Direito

Ailton Xavier Lucas

Cristiano Júnior Lino

Jorge Flora Mboene

Pedro Chivulele

Yúmina Ludmilla Madhangi

CRIMES CONTRA SEGURANÇA DO ESTADO

Trabalho de Direito Penal I, como requisito parcial


para obtenção da aprovação da disciplina,
leccionada pelo docente: Zélio Banze, Msc.

Docente: Zélio Banze

Maputo, 20 de Junho de 2022


Resumo
Crimes contra segurança do Estado é uma acção culposa que coloca em risco aquilo que
é a soberania do Estado, muita das vezes é cometido por agentes públicos que tem
acesso a informações extremamente confidencias que agindo de má fé para salvaguardar
interesses próprios acabam traindo sua própria nação. São vários os motivos que podem
levar um individuo a trair sua própria pátria, um deles é a ganância, pois quando o
individuo é quer ter tudo a qualquer custo ele acaba tomando decisões anti˗patrióticas
como se alistar nas forças armadas de um Estado estrangeiro para combater contra seu
próprio Estado, tornar˗se num espião, atentar contra a vida do seu chefe do Estado ou
outras entidades nacionais e estrangeiras. Então o Estado aplica duras penas a esses
comportamentos anti˗patrióticos, pela gravidade desse tipo legal de crime as suas
molduras penais máximas variam dos vinte a vinte quatro anos de prisão maior, e é
alguns casos menores a pena pode variar dos três meses a dois anos de prisão e multa
correspondente.

Palavras˗chave: Crimes contra a segurança do Estado, actos anti˗patrióticos


Introdução
Neste presente trabalho pretendemos abordar acerca dos crimes contra a segurança do
Estado, a luz da lei nº 19/91 de 15 de Agosto, onde vamos trazer alguns conceitos
relacionados ao tema, enumerar os vários tipos legais de crimes contra a segurança do
Estado e trazer as suas respectivas penas. A presente lei em analise estabelece que são
crimes contra a segurança do Estado, a alta traição, a espionagem, a pirataria, o
mercenarismo, o terrorismo, a sabotagem, o crime contra a organização do Estado, a
rebelião armada, o atentado contra a vida do Chefe do Estado, o atentado contra a vida
de certas entidades, o atentado contra Chefe de Estado ou outra entidade pública
estrangeira, a ofensa corporal ou atentado contra a liberdade de certas entidades, a
difamação, calunia e injuria contra o Presidente da República, Presidente da Assembleia
da República, membros do governo, membros do Tribunal, membros do conselho
constitucional, a divulgação de segredo do Estado, o rapto ou cárcere privado, a
ocupação ilegal. Durante o presente trabalho iremos fazer uma analise critica acerca de
cada tipo legal de crime.
Objetivos

Objetivo Geral
 Trazer noções básicas sobre os crimes contra a segurança do Estado.

Objetivo Específico
 Debruçar sobre o conceito de crimes contra a segurança do Estado;
 Analisar em torno da lei nº 19/91 de 15 de Agosto;
 Analisar as razões que levam os indivíduos a optarem por comportamentos
anti˗patrióticos;
 Debruçar sobre os tipos legais de crimes contra a segurança do Estado;
 Trazer as respectivas penas aplicadas a cada tipo legal de crime.

Hipóteses
H1- O que leva os indivíduos a cometerem crimes contra a segurança do seu próprio
Estado?

H2- Será que as penas que se aplicam aos traidores da pátria é realmente proporcional
ao crime?

Justificativa
O presente tema foi nos atribuído pelo magno docente, com principal objetivo de
analisarmos crimes contra a segurança do Estado, a luz da lei nº 19/91 de 15 de Agosto.

Metodologia
O trabalho foi elaborado por base na pesquisa bibliográfica e documental, bem como a
observação dos fenómenos decorrentes da sociedade Moçambicana e do mundo
CAPÍTULO I

1.1. Conceito
São todos actos que colocam em causa a independência, a segurança e a integridade
territorial do Estado. Como tal, incluem˗se nele a prática de actos como a alta traição, a
espionagem, o terrorismo, etc...

1.2. Lei nº 19/91 de 15 de Agosto


São considerados crimes contra a segurança do Estado, as que se encontram tipificadas
na lei acima citada. Os casos considerados omissos, ou seja, os não abrangidos pela lei
contra segurança do Estado, serão resolvidos com base na lei penal, ou seja, o Código
Penal.

A lei estabelece que as penas para os crimes contra a segurança do Estado são as
seguintes:

 20 á 24 anos de prisão maior


 16 á 20 anos de prisão maior
 12 á 16 anos de prisão maior
 8 á 12 anos de prisão maior
 2 á 8 anos de prisão maior e multa até 1 ano
 3 meses a 2 anos de prisão e multa correspondente

A lei estabelece que para as penas de prisão, deverão se acrescentar a pena de suspensão
dos direitos políticos, nos termos da lei penal. Caso o infrator seja um cidadão
estrangeiro, o mesmo poderá ser expulso temporariamente ou definitivamente de
Moçambique.

Todos os que instigarem ou provocarem a outros para o cometimento de crimes contra a


segurança do Estado, e que tenham como pena igual ou superior á 2 á 8 anos, serão
punidos com pena pelo crime se o mesmo se der após o cometimento do crime. Caso
não haja crime pela instigação, será punido com pena de 3 meses á 2 anos de prisão e
multa.
Serão punidos com apena de 2 á 8 anos de prisão maior e multa, aos que tenham
cometido actos preparatórios dos crime1 contra a segurança do Estado que tenham como
pena de prisão igual ou superior á de 8 a 12 anos de prisão maior.

A lei define conspiração como sendo a concertação entre dois ou mais indivíduos para a
prática de crime contra a segurança do Estado. A mesma deve ser punida com:

 Pena de 6 meses a 2 anos de prisão e multa correspondente, caso não haja acto
preparatório;
 Pena de 2 á 8 anos de prisão maior e multa até1 ano se tiver havido acto
preparatório, se houver associação ilícita ou organização secreta com o objectivo
de incitar ou executar qualquer crime previsto na lei.

1.2.1. Abandono de execução


Ocorre quando um dos envolvidos na preparação do crime contra a segurança do
Estado, desiste da prossecução do mesmo, e este por sua vez voluntariamente sem uso
da força revela as autoridades competentes, antes da realização ou a tempo de evitar as
consequências que deste podiam advir. Nestes casos em especifico o individuo é inseto
da pena. Esta é uma das formas de exclusão da ilicitude de crimes contra a segurança do
Estado.

CAPÍTULO II

1.2.1.1. Os Crimes em especial

1.3. Alta traição


Alta traição é a deslealdade criminosa contra o governo, como tentar criar divisionismos
no país, entregar a país estrangeiro toda ou qualquer parte do território nacional,
participar de uma guerra contra seu país nativo, tentar derrubar seu próprio governo,
espionar seus militares, seus diplomatas, tentar matar seu chefe de Estado, manter
contactos com serviços militares, paramilitares ou políticos estrangeiros ou seus
agentes, com o intuito de fazer declarar guerra ao Estado ou tentar induzir que isso seja
feito. A alta traição exige que o suposto traidor tenha obrigações de lealdade ao Estado

1
Os atos preparatórios são aqueles realizados em momento anterior ao da execução do delito. Trata-se
de uma fase entre a cogitação e a execução.
que ele ou ela traiu. Estes crimes de alta traição são punidos com pena de vinte a vinte
quatro anos de prisão maior. Pela gravidade deste crime, podemos notar que a moldura
penal é demasiado robusta, certamente porque um cidadão nacional que trai o seu
próprio Estado é capaz de qualquer coisa. Geralmente o crime de alta traição ocorre
quando o individuo deseja alcançar certos fins pessoais, como dizia o nosso saudoso
estadista v.ex. Samora Moises Machel "Um ambicioso é capaz de tudo, Vender a
pátria só por causa da sua ambição e dos seus interesses individuais, Não sei se um
ambicioso muda, A minha experiência prova que não, Muda de tática, mas não
elimina a sua ambição UM AMBICIOSO É CRIMINOSO AO MESMO TEMPO"2

1.3.1. Espionagem
É uma acção realizada por um agente que busca obter, de maneira clandestina, acesso a
informações sensíveis ou sigilosas do governo ou organizações, sem a autorização
desses, para obter certa vantagem  militar,  política,  econômica,  científica,  tecnológica
ou social. O espião é o agente empregado para obter tais segredos. A espionagem
consiste em destruir, falsificar, subtrair, entregar ou revelar a pessoa ou organização não
autorizadas, documentos, planos, escritos ou informações secretas que interessem à
segurança e defesa do Estado ou à condução da sua política internacional. Pela
gravidade deste tipo legal de crime a sua moldura penal varia dos dezasseis a vinte anos
de prisão maior ao autor do crime, já para aquele que acolher um espião, conhecendo-o
como tal, será punido com a pena de oito a doze anos de prisão maior, pois encobriu um
traidor da pátria, logo será considerado um cúmplice.

1.3.2. Pirataria
É um crime organizado, que é cometido no mar ou no ar contra um navio ou aeronave,
sua equipe ou sua carga. Consiste em tripular ou comandar por meios violentos, nave ou
aeronave, ou dela se apropriar com fraude ou violência, com o intuito de cometer
roubos, praticar violências contra a nave ou aeronave ou contra as pessoas ou bens a
bordo das mesmas, bem como para atentar contra a segurança do Estado ou de Estado
estrangeiro. Considera˗se ainda crime de pirataria quando o individuo apodera˗se
violentamente do comando de nave ou aeronave nacional ou fretada, navegando com
violação daquilo que são as normas de liberdade e de segurança de comércio ou que lese
os interesses nacionais, a alteração dos sinais terra, mar ou ar que constituam manobras
fraudulentas, com o objectivo de atentar contra estas ou contra as pessoas ou bens a
2
Frases de Samora Moises Machel
bordo também é considerado crime de pirataria. Pela gravidade do crime a sua moldura
penal varia dos dezasseis a vinte anos de prisão. À pena de crime de pirataria agrava˗se
sempre que ocorra com o crime de cárcere privado, o crime contra a honestidade,
homicídio ou, quando os autores do crime tenham abandonado pessoas e meios para se
salvar ou tenham causado a perda da nave ou tenham abandonado ao navegar.

1.4. Mercenarismo
É um tipo legal de crime que consiste no uso de violência armada para derrubar um
governo estrangeiro legitimamente constituído, criando para o efeito forças armadas
compotas no todo ou em parte por estrangeiros. Pela gravidade deste tipo legal de crime,
a sua moldura penal varia dos dezasseis a vinte anos de prisão maior. É punido ainda
com a pena correspondente ao crime de mercenarismo todo aquele que voluntariamente
recrutar, organizar, financiar, abastecer, equipar, treinar e transportar os indivíduos para
este acto macabro bem como aqueles que se alistarem nas forças para a execução deste
acto.

1.4.1. Terrorismo

É um tipo legal de crime que consiste em fazer o uso de violência, física ou


psicológica, por meio de ataques localizados a elementos ou instalações de
um governo ou da população governada, de modo a incutir medo, pânico e, assim, obter
efeitos psicológicos que ultrapassem largamente o círculo das vítimas, incluindo o
restante da população do território. Muita gente comete o erro de pensar que terrorismo
é só pegar em arma e matar inocentes, mais o termo terrorismo é mais extenso do que
imaginamos, pois provê da palavra terror que significa gerar pânico, criar medo, gerar
pânico de variadas formas. O terrorismo armado é só uma forma de
terrorismo. Segundo Walter Laqueur." Nenhuma definição pode abarcar todas as
variedades de terrorismo que existiram ao longo da história"3

Logo tudo aquilo que gera medo é uma forma de terrorismo como colocar um artefacto
ou engenho explosivo em nave ou aeronave, num local ou instalação pública ou
privada, bem como em qualquer equipamento público com o intuito de explodir ou

3
LAQUEUR, Walter (1997).  A History of Terrosrism. with a new introduction by the author (em inglês). Nova
Iorque: Little, Brown. p. 7. ISBN 0-7658-0799-8
danificar os mesmos, bem como Adulterar substâncias ou produtos alimentares ou
outros destinados ao consumo das populações, animais ou unidades sócio˗económicas
no intuito de provocar a morte ou graves perturbações à saúde ou à vida económica,
com o fim de criar insegurança social, terror ou pânico, pela gravidade deste tipo legal
de crime a sua moldura penal vária dos dezasseis aos vinte anos de prisão maior, de
frisar que a pena se agrava sempre que o acto resultar em vitimas mortais.

1.4.2. Sabotagem
Sabotagem é a destruição ou neutralização voluntária de dispositivos, equipamentos ou
instalações para prejudicar ou enfraquecer o Estado. São sabotadores aqueles que com
intenção de provocar insegurança social terror ou pânico da população ou de exercer
pressão sobre o Estado. No entanto, quem:

a) Destruir ou danificar meios de transporte, pontes, vias e meios de comunicação e


transporte de energia e água, portos, estaleiros, aeroportos, fábricas ou armazéns;

b) Faça sair ilegalmente do país meios de transporte ou bens de equipamento que, pela
sua qualidade e número constituam grave lesão da economia e desenvolvimento
nacionais será punível com a pena de dezasseis a vinte anos de prisão maior4:

1.4.3. Crime contra a organização do Estado


Todo aquele que tentar alterar a Constituição, destruir ou mudar a forma de governo por
meios não consentidos pela lei, ou tentar impedir o livre exercício das faculdades
constitucionais do Chefe do Estado, da Assembleia da República ou do Governo será
punido com a pena de doze a dezasseis anos de prisão maior 5. E se porventura isso for
feito por meio de uma rebelião armada, o agente será punido com pena de dezasseis a
vinte anos de prisão maior6.

Portanto quem mudar a ordem política nacional com ou sem ajuda ou subsídio de uma
organização estrangeira será punido nos termos da presente lei.

1.4.3.1. Atentado contra a vida do chefe do Estado


Chefe de estado é representante público mais elevado do pais, serve como um símbolo
da legitimidade e da força de um país, isto é, é o garante da constituição. Portanto7:

4
Cfr. Artigo 14 da Ler no 19/91.
5
Cfr. Artigo 15 da Lei no. 19/91
6
Cfr. Artigo 16 da Lei no. 19/91
7
Cfr. Artigo 17 da Lei no. 19/91
a) O atentado contra a vida do Chefe do Estado será punido com a pena de vinte a
vinte e quatro anos de prisão maior.
a) Os actos preparatórios do crime de atentado contra a vida do Chefe do Estado
serão punidos com a pena de doze a dezasseis anos de prisão maior, se pena
mais grave não couber.

1.4.3.2. Atentado contra a vida de certas entidades


Fora o chefe do Estado, existem outras entidades que garantem o funcionamento
nacional ou do país como:

 Presidente da Assembleia da República


 Deputados
 Membros do Governo
 Magistrados judiciais
 Membros do Conselho Constitucional e
 Magístrados do Ministério público.

O atentado contra a vida destes será punido com a pena de dezasseis a vinte anos de
prisão maior8. Será equiparado, para efeitos de punição, ao crime de atentado contra a
vida das autoridades públicas, o atentado contra a vida dos presidentes, secretários-
gerais ou equivalentes das organizações partidárias, sociais e profissionais9.

1.4.3.3. Atentado contra chefe do estado e outras entidades estrangeiras


A pena para o atentado contra um chefe do Estado estrangeiro é equiparado ao do chefe
do Estado nacional, no entanto a moldura penal varia dos vinte a vinte quatro anos de
prisão maior10, salvo quando praticado em território nacional.

Tratando-se de outra entidade pública estrangeira que se encontre em representação do


seu país no território Moçambicano, a pena será equiparada á entidades nacionais, que é
pena de dezasseis a vinte anos de prisão maior.11

8
Cfr. Artigo18 nr. 1 da Lei no. 19/91.
9
Cfr. Artigo18 nr. 2 da Lei no. 19/91.
10
Cfr. Artigo19 nr. 1 da Lei no. 19/91.
11
Cfr. Artigo19 nr. 2 da Lei no. 19/91.
1.4.4. Ofensa corporal ou atentado contra a liberdade de certas entidades
Toda a ofensa corporal ou atentado contra a liberdade das entidades a que referimo-nos
anteriormente será punido com a pena de dois a oito anos de prisão maior e multa até
um ano, se pena mais grave não couber12.

1.4.5. A difamação, calúnia e injuria


Sendo eles ao Presidente da republica, Presidente da Assembleia da Republica,
membros do governo, membros do Tribunal, membros do conselho constitucional são
punidos de um a dois anos de prisão e multa correspondente e quando cometidos a
deputados, magistrados, presidentes e secretários gerais dos partidos políticos, são
punidos de três meses a dois anos de prisão e multa correspondente.

2.1. Divulgação de segredos do Estado


A divulgação não autorizada a qualquer país ou entidade estrangeira de informação
confidencial, secreta e classificada são puníveis por penas de prisão de três meses a
dois anos no primeiro caso, de dois a oito anos no segundo e de oito a doze anos de
prisão maior no terceiro caso.

2.1.1. Raptos
Aos raptos ou cárcere privado, aquele que mantiver como refém, uma ou varias pessoas,
com intenção de obrigar o Estado a realizar qualquer ação ou omissão é punível a prisão
de dois a oito anos e multa até um ano.

2.1.2. Ocupação ilegal


Aquele que ocupar qualquer edifício, construção ou local, ilegalmente, com a intenção
de obrigar a qualquer ato contrario a lei, é punível de três meses a dois anos e multa
correspondente, se pena mais grave não couber.

2.1.3. Instrução
Tem competência à Policia de Investigação Criminal a introdução preparatória dos
crimes contra a segurança do Estado e ao Tribunal judicial julgar os crimes previstos e
puníveis nesta lei, seguindo as regras estabelecidas na lei processual penal.

12
Cfr. Artigo20 da Lei no. 19/91
Conclusão
No presente trabalho concluímos que os crimes contra a segurança do Estado são o
maior acto anti˗patriótico que um cidadão nacional de um determinado Estado pode
cometer, pois coloca em risco aquilo que é a soberania, a independência, a segurança, os
segredos e a integridade territorial do seu Estado. A alta traição esta directamente ligada
a ambição do individuo que acha que facilitando informações confidenciais do seu
Estado a entidades estrangeiras poderá obter certos benefícios. O Estado é muito severo
no que concerne a comportamentos anti˗patrióticos, razão pela qual aplica penas de até
vinte e quatro anos de prisão maior a todos aqueles que movidos pela sua ganância
decidam optar pela deslealdade ao seu próprio Estado. Concluímos ainda que a forma
do Estado evitar comportamentos anti˗patrióticos é passando valores morais aos seus
cidadãos, mostrando a eles a necessidade de preservarmos aquilo que é a segurança
interna do nosso país, pois basta um acto de deslealdade para colocar todo o
funcionamento do Estado em risco.
Referências bibliográficas
Lei nº 19/91 de 15 de Agosto

Lei n.º 35/2014 de 31 de Dezembro

BELEZA, Teresa, Direito Penal, Vol. I, Lisboa: AAFDL, 1985.

BELEZZA, Teresa, Direito Penal, 10 ed., Vol I, Lisboa: Almedina, 2007.

DIAS, Figueiredo, Direito Penal, Parte Geral – Tomo I, Coimbra: Coimbra Editora,
2004

MOÇAMBIQUE, Constituição da Republica de Moçambique 1990, in Boletim da


Republica de 1990;

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