Você está na página 1de 16

PODER LEGISLATIVO

SEÇÃO JUDICIARIA DA CIDADE 011 ROLEPLAY

CÓDIGO PENAL

Neste guia, haverá uma explicação de como cada crime


deve ser interpretado dentro do RP para ajudar todos aqueles que fazem uso
adequado da calculadora penal. Espero que gostem e que se divirtam em todo
esse processo; afinal, como diria Nicolau Maquiavel;

‘’ Há duas maneiras de combater: uma, segundo as leis; a outra,


pela força. A primeira forma é própria dos homens, a segunda,
dos animais. Mas, como a primeira frequentemente não basta, é
preciso recorrer à segunda. Não há lei nem Constituição que
possa pôr um freio à corrupção universal.’’

PRELIMINARMENTE
Lei de Miranda (Aviso de Miranda)

I. EXPLICAÇÃO GERAL: É uma advertência que deve ser dada a um imputado que se
encontra em custódia da polícia, e ela deve ser lida antes de fazerem perguntas relativas
à prática do ilícito. Ou seja, no momento em que o acusado será encaminhado para a
DP, justamente para que tenha tempo hábil de conhecer seus direitos e solicitar a
presença de um advogado.

II. COMO DEVE SER LIDA: ‘’ Você está sendo preso pelo Batalhão (nome do batalhão),
pelos crimes de (enumerar os crimes). Você tem o direito de ficar calado. Tudo o que
disser pode e será usado contra você no tribunal. Você tem direito a um advogado e a
uma ligação.’’

III. DOUTRINA HISTÓRICA EM RELAÇÃO A LEI DE MIRANDA:

‘’ Na década de 60, no caso Miranda versus Arizona, a Suprema Corte


Americana absolveu o acusado, que havia sido condenado com base
em confissão obtida sem que tivesse sido informado de seu direito a
ser assistido por um advogado e permanecer em silêncio.

A partir de então, consolidou-se o dever dos agentes policiais, no ato


da prisão, comunicar ao acusado sobre o seu direito de não responder
e de ser assistido por um defensor, bem como que tudo que disser
poderá ser usado contra si.
Assim, se a prova for obtida sem observância desse direito
fundamental, será considerada ilícita, devendo ser desentranhada dos
autos.’’

PARTE GERAL
TÍTULO I
OCORRÊNCIA DE CRIME (EXPLICAÇÃO GERAL)

Relação de causalidade

I. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem


lhe deu causa.

Crime consumado

II. Consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;

Exemplo: Um indivíduo, usando uma arma de fogo, entrar em um banco, ameaçar funcionários e
clientes, roubar dinheiro dos caixas e conseguir fugir do local com sucesso. Nesse caso, todas
as ações necessárias para configurar o roubo foram concluídas, tornando o crime consumado.

Tentativa

III. Tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias
à vontade do agente.

Exemplo: Um indivíduo que, ao tentar roubar um banco, inicia a execução ao entrar no


estabelecimento, ameaça os presentes, mas é detido pela segurança antes de conseguir levar a
ação adiante. Nesse caso, a tentativa ocorreu, pois o agente iniciou a execução do roubo, mas
circunstâncias alheias à sua vontade (a intervenção da segurança) impediram que o crime fosse
consumado.

Crime doloso

IV. Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;

Exemplo: Um indivíduo que, com a intenção de ferir outra pessoa, pega uma faca, aproxima-se
da vítima em um momento vulnerável e desfere um golpe, causando ferimentos graves. Nesse
caso, o agente quis deliberadamente causar o resultado danoso (ferir a vítima), demonstrando a
intenção deliberada de cometer o crime. Isso se configura como crime doloso, pois o agente tinha
a vontade consciente de produzir o resultado prejudicial.

Crime culposo

V. Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência


ou imperícia.

a. Imprudência:
A imprudência refere-se a agir sem a devida cautela ou prudência, ignorando os cuidados
necessários em determinada situação. É caracterizada pela falta de previsão dos possíveis
resultados adversos de uma ação.
Exemplo: Um motorista que dirige em alta velocidade em uma estrada chuvosa, ignorando as
condições adversas, está agindo com imprudência. A falta de consideração pelos riscos
potenciais pode resultar em acidentes de trânsito.

b. Negligência:

Negligência envolve a omissão de cuidados que uma pessoa razoável tomaria em determinada
circunstância. É a falta de atenção ou descuido com as responsabilidades, podendo resultar em
danos ou prejuízos para si mesmo ou para terceiros.

Exemplo: Um médico que deixa de seguir os protocolos adequados durante uma cirurgia, como
não esterilizar corretamente os instrumentos, está agindo com negligência. Isso pode levar a
complicações de saúde para o paciente devido à falta de cuidado necessário. c. Imperícia:

Imperícia refere-se à falta de habilidade técnica ou conhecimento adequado para realizar uma
atividade específica. Pode ocorrer quando alguém executa uma tarefa sem a competência
necessária, levando a consequências negativas devido à inexperiência ou falta de treinamento
adequado.

Exemplo: Um eletricista sem treinamento apropriado que tenta realizar reparos em um sistema
elétrico complexo está exibindo imperícia. A falta de conhecimento técnico pode resultar em
danos aos equipamentos ou até mesmo em riscos de incêndios devido à manipulação
inadequada.

TÍTULO II
DO CRIME NO RP
DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE E SEGURANÇA PÚBLICA (INAFIANÇÁVEIS)

Homicídio simples

Art. 1. Matar alguém:

Pena – 100 meses.

Multa: 100 mil.

Homicídio qualificado

Art. 2. Se o homicídio é cometido:

I - mediante paga ou promessa de recompensa;

II - por motivo fútil;

Exemplo: Dois indivíduos estão em um bar e começam a discutir por um motivo trivial, como uma
disputa sobre quem é o melhor time de futebol. A discussão esquenta, e um dos envolvidos,
movido por um impulso irracional e desproporcional, saca uma arma e atira no outro, causando
a sua morte. Nesse caso, o motivo para o homicídio (discussão sobre futebol) é considerado fútil,
pois não justifica a gravidade da reação do agressor, evidenciando a ausência de uma razão
significativa ou justificável para o ato.
III - com emprego de fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa
resultar perigo comum;
IV- à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne
impossível a defesa do ofendido;

V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:

Pena – 130 meses.

Multa: 550 mil.

Feminicídio

Art. 3 - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:

§ 1o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:

I - violência doméstica e familiar;

II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Pena – 110 meses.

Multa: 430 mil.

OBS: Não são acumulativos; não é para colocar homicídio doloso + feminicídio, apenas usar de
acordo com o fato do crime. Tentativa de homicídio.

Tentativa de homicídio

Art. 4 - crime grave que atenta contra a vida de outra pessoa, onde há a intenção de
matar.

Pena – 80 meses.

Multa: 300 mil.

Trafico de munições

Art. 5 - O tráfico de munições refere-se à atividade ilegal de comprar, vender, transportar ou


fornecer munições de forma clandestina e fora dos canais legais estabelecidos pelos governos.
(Acima de 100 munições)

Pena – 60 meses

Multa: 200 mil

Tráfico de armas
Art. 6 - O tráfico de armas refere-se à atividade ilícita de comprar, vender, transportar ou
fornecer armas de fogo, munições e acessórios relacionados fora dos canais legais estabelecidos
pelos governos. (Acima de 3 armas)

Pena – 65 meses.

Multa: 200 mil


Tráfico de drogas

Art. 7 - O tráfico de drogas é uma atividade ilícita que envolve a produção, distribuição,
venda e transporte de substâncias controladas, como narcóticos e psicotrópicos, fora dos canais
legais estabelecidos pelos governos. (Acima de 50 uni)

Pena – 50 meses, Multa:

150 mil.

TÍTULO lll
DAS LESÕES CORPORAIS

Lesão corporal

Art. 8. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

Pena – 40 meses.

Multa: 50 mil.

Fiança: 300 mil

TÍTULO IV
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

CAPÍTULO I
DO FURTO

Furto

Art. 9 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Pena – 20 meses

Multa: 50 mil

Fiança: 100 mil

Furto qualificado

Art. 10 – Furto Qualificado;

I. Com emprego de chave falsa; (LOCKPICK)


II. Mediante concurso de duas ou mais pessoas.

Pena – 30 meses

Multa: 100 mil

Fiança: 150 mil


OBS. A diferença entre roubo e furto é a seguinte: O roubo ocorre com ameaça e violência, por
exemplo, um assalto com arma. Já o crime de furto é descrito como subtração, ou seja, a
diminuição do patrimônio de outra pessoa, sem que haja violência. Por exemplo, furtando uma
caixinha e dando fuga (dentro do RP).

Invasão de propriedade

Art. 11 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade


expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:

Pena – 15 meses

Multa: 100 mil

Fiança: 300 mil

CAPÍTULO II
DO ROUBO E DA EXTORSÃO

Roubo

Art. 12 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:

Pena – 40 meses

Multa: 100 mil Fiança:

300 mil

Extorsão

Art. 13 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter
para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de
fazer alguma coisa: Pena – 45 meses

Multa: 110 mil

Fiança: 320 mil

Extorsão mediante sequestro

Art. 14 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem,
como condição ou preço do resgate:
Pena – 50 meses

Multa: 135 mil

Fiança: 380 mil

TÍTULO V
DO ESTELIONATO

Estelionato

Art. 15 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:

Pena – 35 meses

Multa: 110 mil

Fiança: 230 mil

Exemplo: Aplicar golpe do porte de armas.

TÍTULO VI
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Peculato

Art. 16 - crime contra a administração pública que envolve o desvio, a apropriação ou a


utilização indevida de recursos públicos por parte de um servidor público em benefício próprio ou
de terceiros.

Pena – 55 meses

Multa: 240 mil

Fiança: 550 mil

Exemplo: Um funcionário público desviando dinheiro destinado a uma investigação para sua
conta pessoal. Esse ato configura o crime de peculato, pois o servidor está utilizando recursos
públicos de maneira ilegítima em seu próprio proveito.

Prevaricação

Art. 17 - é o crime praticado por servidor público que, intencionalmente, deixa de cumprir
seus deveres funcionais

Pena – 60 meses
Multa: 250 mil

Fiança: 580 mil

Exemplo: Um policial que, ao presenciar um flagrante, se recusa a agir ou tomar as medidas


cabíveis, contrariando seu dever legal de atuar conforme suas atribuições para manter a ordem
e a segurança pública.

Corrupção passiva

Art. 18 - um agente público recebe ou aceita vantagens indevidas em troca do uso indevido
de suas atribuições.

Pena – 55 meses

Multa: 250 mil

Fiança: 550 mil

Exemplo: Um servidor público exigindo dinheiro de um empresário para agilizar a liberação de


licenças ou autorizações necessárias para o funcionamento regular de seu negócio. Nesse caso,
o agente público está se aproveitando de sua posição para obter benefícios ilícitos em troca do
exercício de suas atribuições oficiais.

Corrupção ativa

Art. 19 - Ocorre quando uma pessoa oferece, promete ou dá vantagens indevidas a um


agente público para que este pratique ou deixe de praticar algum ato de seu dever funcional.

Pena – 55 meses

Multa: 250 mil

Fiança: 550 mil

Exemplo: Um empresário oferecendo dinheiro a um funcionário público encarregado de


licitações, com a intenção de garantir que sua empresa seja favorecida no processo de
contratação pública. Nesse caso, a pessoa privada está buscando influenciar o agente público
para obter vantagens injustas no âmbito das suas responsabilidades oficiais. Desacato

Art. 20 - Desacatar funcionário público no exercício da função:

Pena – 30 meses

Multa: 100 mil

Fiança: 300 mil

Exemplo: Durante uma abordagem de trânsito, um motorista se recusa a seguir as instruções do


policial, começa a proferir xingamentos e ofensas pessoais, desrespeitando a autoridade do
policial no exercício de suas funções.
OBS: O desacato não ocorre devido à recusa em seguir as instruções, mas sim pelas ofensas
proferidas.

Desobediência

Art. 21 - Configura-se desobediência quando alguém descumpre uma ordem legal de


autoridade pública. Pena – 20 meses

Multa: 100 mil

Fiança: 300 mil

Exemplo: Ignorar uma ordem policial para parar o veículo durante uma blitz.

Resistência

Art. 22 - Caracteriza-se resistência quando alguém se opõe ativamente à atuação legal de


uma autoridade, utilizando força física ou ameaça.

Pena – 20 meses

Multa: 130 mil

Fiança: 300 mil

Abuso de autoridade

Art. 23 - Um policial utiliza seu poder de forma excessiva, causando danos desnecessários
durante uma prisão/abordagem.

Pena – 20 meses

Multa: 160 mil

Fiança: 330 mil

QRR ilegal

Art. 24 - Utilização indevida de equipamento de radiocomunicação sem autorização

Pena – 10 meses

Multa: 50 mil

Fiança: 110 mil


Falsa comunicação de crime

Art. 25 - Denunciar falsamente um crime para prejudicar alguém.

Exemplo: Configura-se quando alguém comunica às autoridades a ocorrência de um crime que


não aconteceu, com a intenção de causar danos ou criar um falso testemunho.

Pena – 18 meses
Multa: 115 mil

Fiança: 160 mil

Usurpar o exercício de função pública

Art. 26 - Alguém se passa por um funcionário público, realizando suas funções e exigindo
documentos.

Pena – 40 meses

Multa: 300 mil

Fiança: 480 mil

Ocultação de provas

Art. 27 - Consiste em esconder, destruir ou modificar elementos que possam servir como
prova em uma investigação criminal, dificultando a busca pela verdade.

Pena – 20 meses

Multa: 180 mil

Fiança: 110 mil

TÍTULO VII
DOS CRIMES SEXUAIS

Importunação sexual

Art. 28-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de
satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro:

Pena – 40 meses

Multa: 220 mil

Fiança: 400 mil

Assédio sexual
Art. 29-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao
exercício de emprego, cargo ou função.

Pena – 45 meses

Multa: 220 mil

Fiança: 400 mil


CAPÍTULO I
DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR

Ato obsceno

Art. 30 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público:

Pena – 20 meses

Multa: 210 mil

Fiança: 350 mil

TÍTULO VIII
DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA

Incitação ao crime

Art. 31 - Incitar, publicamente, a prática de crime:

Pena – 25 meses

Multa: 120 mil

Fiança: 200 mil

Apologia de crime ou criminoso

Art. 32 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:

Pena – 10 meses

Multa: 50 mil

Fiança: 100 mil


Associação Criminosa

Art. 33. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes

Pena – 80 meses

Multa: 360 mil

Fiança: 600 mil

Constituição de milícia privada

Art. 34-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia
particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste
Código:

Pena – 70 meses

Multa: 260 mil

Fiança: 500 mil

(ECA)
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

TÍTULO IX
Das Disposições Preliminares

Art. 35 - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público


assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Art. 36 - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,


discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. (Todos os crimes deste
código, se cometidos contra crianças, terão as penas aumentadas em 20 meses)

Art. 37- A criança e ao adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a
efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e
harmonioso, em condições dignas de existência.

§ 1 o É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades


sanitárias.

Art. 38 - Será permitida a operação "homem do saco" para apreender menores que
estiverem sem seus tutores pelas ruas da cidade.

a) Aqueles que não estiverem registrados serão encaminhados para o órgão


competente (Judiciário e creche) para que sejam devidamente adotados.

b) As crianças encontradas poderão ser devidamente revistadas por médicos, sendo


proibida a revista policial.
c) As crianças que forem registradas e estiverem sem seus responsáveis terão que
ser entregues aos pais, que terão que justificar sua ausência, sendo cabível a
imputação de abandono de incapaz.

d) Os pais que cometerem crimes com as crianças perderão a guarda delas e


responderão pelo crime cometido, com um aumento de pena de 10 meses

CAPÍTULO I
PARTE ESPECIAL

Abandono de incapaz

Art. 39. Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e,
por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:

Pena – 30 meses

Multa: 340 mil

Fiança: 800 mil

TÍTULO X
DAS ATENUANTES

Réu Primário.

A) Refere-se a alguém que está sendo julgado pela primeira vez, sem histórico criminal
anterior. Em muitos sistemas legais, ser réu primário pode resultar em uma redução da
pena.

Exemplo: João foi acusado de furto pela primeira vez em sua vida. Sua condição de réu primário
pode ser considerada como uma atenuante, resultando em uma possível redução de sua pena.
Réu Confesso

B) Quando o acusado admite a autoria do crime, isso pode ser considerado como uma
atenuante. A confissão pode demonstrar arrependimento e cooperação com a justiça.

Exemplo: Maria, ao ser interrogada, confessou ter cometido o delito de fraude. Sua confissão
pode ser considerada como uma atenuante no processo judicial.

Advogado Constituído

C) Refere-se à situação em que o réu conta com a representação de um advogado


constituído, ou seja, legalmente designado para defendê-lo.
TÍTULO XI
DOS AGRAVANTES

Reincidência

A) Agravante aplicada quando o réu já possui condenações anteriores.

Exemplo: Carlos, condenado por furto, tem histórico criminal e é pego novamente praticando o
MESMO DELITO.

Aumento – 5%

Crimes Contra Pessoas Vulneráveis

B) Agravante aplicada quando o crime é cometido contra crianças, idosos ou pessoas em


estado de fragilidade.

Exemplo: Marcela agride um idoso para roubar sua bolsa, agravando a pena devido à
vulnerabilidade da vítima.

Aumento – 10%

Ataque a Servidor Público em Exercício de Função

C) Aplicada quando o crime envolve o assassinato de um policial ou outro servidor público


no cumprimento de suas funções.

Aumento - 15%

Utilizar arma regularizada para cometer crimes

A) Indivíduo que for pego portando arma regularizada ao cometer crimes perderá o porte de
armas e terá um aumento de pena como agravante.

Aumento - 15%

TÍTULO XII
DO DINHEIRO SUJO

Posse de dinheiro sujo

Art. 40 – Possuir dinheiro sujo adquirido de maneira ilícita acima de R$ 10.000,00 (dez mil).

Pena – 30 meses

Multa: 100 mil

Fiança: 180 mil


Posse de dinheiro sujo com agravo

Art. 41 – Possuir dinheiro sujo adquirido de maneira ilícita acima de R$ 500.000,00


Quinhentos mil reais.

Pena – 55 meses

Multa: 280 mil

Fiança: 400 mil

TÍTULO XIII
DA POSSE DE ITENS ILEGAIS

Posse de drogas

Art. 42 - Possuir drogas de qualquer tipo em quantidade superior a 20 unidades configura


posse ilegal de drogas. Abaixo desse limite, será considerado uso recreativo.

Pena – 20 meses Multa:


100 mil

Fiança: 180 mil

Posse de itens ilegais

Art. 43 – Será considerado crime portar:

a) Algemas – mais de 3 unidades.

b) Capuz – mais de 2 unidades.

c) Lockpick – 1 unidade.

d) Colete – mais de 2 unidades.

e) Ticket de corrida ilegal – 1 item.

f) Corda – mais de 2 unidades.

Pena – 25 meses Multa:


80 mil

Fiança: 120 mil

Posse de munições
Art. 44 – Portar mais de 30 e menos de 100 munições configura posse de munições de
maneira ilegal.

Pena – 30 meses

Multa: 180 mil

Fiança: 200 mil

Posse de arma branca

Art. 45 – Portar arma branca em local público trata-se de conduta ilícita.

Pena – 10 meses Multa:


50 mil

Fiança: 80 mil

Este Código entrará em vigor no dia 6º de março de 2024.

Ricardo Belvedere
Desembargador

Felicity
Apoio

06.03.2024

Você também pode gostar