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São Paulo
2021
O TDAH – O Papel do Professor no Aprendizado
São Paulo
2021
Introdução
Outro fator a ser considerado é o prisma através do qual o professor olha para o aluno
que possui o transtorno, quais informações esse professor tem a respeito do transtorno, qual o
nível de entendimento sobre o transtorno para que possa proporcionar situações de
aprendizagem eficazes a este aluno. A importância do acreditar no potencial de cada um, e
que todos são diferentes, mas todos são capazes de aprender. Segundo o artigo do EDUCERE
(2013 p. 9), é neste âmbito que entra o papel do professor, saber mediar o aprendizado de
forma inclusiva e significativa.
As escolas inclusivas devem ter espaços onde todos os alunos possam construir os
conhecimentos que tenham significado contextual para o desenvolvimento e cidadania. Nessas
escolas os alunos são concebidos como: “únicos, singulares, mutantes, compreendendo-os
como pessoas que diferem uma das outras, que não conseguimos conter em conjuntos
definidos por um único atributo, o qual elegemos para diferenciá-las” (ROPOLI, 2010, p.9).
Crianças com TDAH possuem essa diferença apontada pela educação inclusiva
mesmo essa criança não fazendo parte do público-alvo atendido pela educação especial, na
maioria das vezes não se adaptam as expectativas da escola, demandam de mais atenção pelo
professor, o qual podem reagir de maneira negativa ao seu comportamento. (GOLDSTEIN;
GOLDSTEIN, 1994).
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Justificativa
Segundo o Jornal de Ituverava, ano 2019, no Brasil uma a cada 20 crianças têm
como causa de fracasso escolar a síndrome do TDAH, ou seja, um número relativamente
grande, daí a necessidade de o profissional da educação saber lidar com esse transtorno de
aprendizado.
Estudos feitos pela ABDA, mostram que pessoas com TDAH geralmente são muito
intuitivas e criativas para grandes projetos; em compensação, têm dificuldades de realizar
tarefas cotidianas. Costumam apresentar uma série de transtornos que afetam as áreas do
comportamento, do humor e da aprendizagem.
Em alunos com TDAH, deve ser trabalhada a inclusão escolar, exigindo do professor
dedicação, cuidado e estudo de caso. Diante disso, muitos professores não sabem o que fazer e
por onde começar.
Metodologia
Dentro deste cenário, o professor tem um grande desafio, que é proporcionar a todos
os alunos um aprendizado de forma inclusiva e criativa, para que assim se sintam motivados e
interessados em aprender e isto inclui os alunos com TDAH.
Nas pesquisas feitas pela ABDA, foram elencadas algumas dicas para que o aluno
com TDAH possa ter um desenvolvimento educacional satisfatório: o aluno deverá se sentar
sempre na fileira da frente, pois assim terá menos distratores. O professor durante as
explicações, deverá utilizar entonações diferentes de vozes para que assim possa chamar mais
a atenção e estimular a interação dos alunos. Fazer com que a criança com TDAH se sinta útil
em sala de aula é de suma importância. Pode-se tomar como exemplo: o professor poderá
escolhê-lo para ser o ajudante do dia, ou mesmo chamá-lo para apagar a lousa, o que importa
é mantê-lo conectado, envolvido com o conteúdo. O professor não deve tomar como
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referência outros alunos de forma a conduzir o ritmo da aula. Cada aluno tem o seu tempo de
aprendizado, isto é fato, e o aluno com TDAH tem também o seu tempo. Talvez ele precise de
um auxílio maior para desenvolver determinada tarefa, ou dividir uma tarefa grande em
pequenas partes para que assim não se sinta frustrado ou nervoso quando não conseguir
realizar determinada atividade. Esse aluno precisa aprender a acreditar em seu potencial, ser
incentivado e motivado. A valorização das tarefas realizadas é também muito importante para
o desenvolvimento da criança com TDAH. Não estamos aqui dizendo que somente este aluno
mereça ser incentivado e valorizado, mas sim todos os aprendizes. É uma linha muito tênue
em que o professor deverá estar preparado para percorrer onde todos devem ser tratados
igualmente, respeitando a velocidade e características de cada aluno individualmente, mas o
aluno com TDAH não deixa de ser uma criança mais sensível.
Não há comparações nem competições, o ambiente dentro da sala de aula deve ser de
equipe, de colaboração, interação e principalmente de acolhimento.
A metodologia utilizada em sala de aula pelo professor é uma das grandes discussões
acerca desse tema, onde é necessário prender a atenção do aluno com TDAH.
Para Rohde e Benczik (1999), alunos com TDAH têm dificuldades com organização
e por isso a sala precisa ser bem definida. Sendo esta não uma sala rigidamente tradicional
nem uma sala toda colorida, pois distrai ainda mais a atenção. Para criar um bom ambiente
para alunos com TDAH, é necessário criar o meio-termo.
Rohde e Benczik (1999, p. 86) citam: “Sempre que possível, transforme as tarefas em
jogos. A motivação para a aprendizagem certamente acontecerá”.
Com isso, a metodologia utilizada tem que ser flexível, adaptando-se às diferente
necessidades e realidades.
Permanecer na escola pode parecer fácil para algumas pessoas sem que nenhuma
diferença seja percebida. Para alunos com dificuldades de aprendizagem isso nem sempre
ocorre facilmente. O processo de escolarização está na dependência da compreensão dos
agentes educacionais da sua escola como um todo.
A família tem sua importância e papel, mas o professor pode contribuir também para
orientar a família, para que esse aluno possa permanecer e ser produtivo no ambiente escolar.
Pois um estudo apresentado por Barkley (2002) mostrou que pais de crianças com TDAH
sofrem maiores níveis de estresse, depressão e autopunição e resistem aos mesmos níveis de
estresse que pais de crianças com deficiências de desenvolvimento severo como deficiência
intelectual e autismo.
Pais e professores por serem as pessoas que mais convivem com as crianças têm a
responsabilidade no desenvolvimento global dessas pessoas. O conhecimento acerca da
etiologia do TDAH pode ajudar na compreensão das consequências sobre o comportamento, a
aprendizagem, as competências sociais, a autoestima, o funcionamento da criança e da
família, e ainda das consequências do tratamento psicofarmacológico e psicoterapêutico”
(BERTELLI; BIANCHI; CRUZ, 2010, p. 20).
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O que é TDAH?
Foi no ano de 1902, que George Still, apesentou uma descrição sobre os sintomas do
TDAH, apontando que as crianças com TDAH possuíam “déficits significativos no
autocontrole e poderiam ser normais ou mesmo brilhantes em termos de inteligência geral”.
Desde então, essa caracterização tem se mantido atualizada. (CRUZ; BERTELLI; BIANCHI,
2010 p. 12)
caracteriza pela dificuldade em escrever sem erros de ortografia, este é um sintoma também
encontrado com frequência em crianças com dislexia.
Como avaliar:
Fonte: https://tdah.org.br/diagnostico-criancas/
Publicado por ABDA | maio 10, 2017
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Esse projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora aguarda a aprovação
do Senado. Algumas das ações previstas por este projeto são: capacitação dos educadores,
desenvolvimento de material orientador quanto a utilização de recursos pedagógicos e
adaptações curriculares entre outras.
O Papel do Professor
É na escola que a criança tem o seu primeiro convívio social longe dos pais, onde se
dá o início da disciplina, aprendizado, o uso do intelecto e da cognição. É nesse espaço escolar
que as diferenças nesse sentido se tornam mais evidentes. Por esse motivo, geralmente é na
escola que é percebido as diferenças, e quando estas começam a se apresentar como entraves
de aprendizado, os pais devem ser imediatamente informados e alertados pela escola.
Como o tempo de foco do aluno com TDAH, ocorre em pequenos momentos, dividir
as tarefas e até recompensá-lo por uma tarefa finalizada é uma das formas de potencializar o
aprendizado.
O professor é muitas vezes a pessoal que fica mais tempo com a criança durante o
seu dia, por isso a necessidade deste profissional estar muito bem-informado a respeito do
transtorno e alinhado às necessidades da criança, para assim atuar com propriedade.
Um dos grandes entraves que o professor pode encontrar nesta jornada, é muitas
vezes o negacionismo pela família traduzido pela dificuldade em buscar ajuda profissional.
Neste caso a escola deverá atuar de forma muito cautelosa e principalmente acolhedora desta
família, para que assim possa orientar quanto ao restabelecimento da criança dentro da escola
e da sociedade como um todo.
Referências Bibliográficas:
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SOUZA, Isabella G.S.; PINHEIRO, Antonia Serra; FORTES, Didia; PINNA, Camilla.
Dificuldades no diagnóstico de TDAH em crianças. Jornal Brasileiro de Psiquiatria. J. bras.
psiquiatr. vol.56 suppl.1 Rio de Janeiro 2007. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852007000500004>. Acesso em: 08 Abr. 2021.
NAVAS, Ana Luiza. Quais as mudanças e direitos que o projeto de Lei 7.081 oferecerá
para as pessoas com TDAH e Dislexia no Brasil? Disponível em:
<https://tdah.org.br/legislacao/>. Acesso em: 08 Abr. 2021.
FARIAS, Fabíola da Costa Farias. Pode entrar a casa é sua! O acolhimento na educação
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<https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/20180_10104.pdf>. Acesso em: 15 Set. 2021.
LOPES, Maria da Luz Curado. Inclusão, ensino e aprendizagem do aluno com TDAH.
Disponível em:
<https://bdm.unb.br/bitstream/10483/2187/1/2011_MariadaLuzCuradoLopes.pdf>. Acesso
em: 15 Set. 2021.