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A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE PARA A APRENDIZAGEM DE

CRIANÇAS COM TDAH

Jéssica Suzanne Rodrigues Calandrini¹


Marcela Dantas do Nascimento²
Patrícia Xavier de Castro³
Orientadora: Profª Ma Giovana Cristina Pantoja de Souza4
Centro Universitário FIBRA
fibrapa@yahoo.com.br

RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma análise abordando a
importância da psicomotricidade para a aprendizagem de crianças com Transtorno de
Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), caracterizado por dificuldade de
concentração, hiperatividade e impulsividade, analisando de que forma a escola está
desenvolvendo estímulos para a psicomotricidade, tornando-se indispensável para o
desenvolvimento motor, as áreas afetivas e cognitivas. A metodologia para alcançar tal
objetivo foi a revisão bibliográfica, buscando em aportes teóricos subsídios para a
resolução de problemas, com vista a torná-los mais compreensíveis sobre a importância
da psicomotricidade como instrumento de aprendizagem. Todos os processos de
aprendizagem da criança são permeados por descobertas, e as crianças com TDAH
enfrentam alguns desafios em sua aprendizagem, especialmente no cenário educacional.
Neste sentido, é preciso que exista uma relação ativa entre a família e a escola,
buscando esclarecer o papel dos educadores, junto de sua prática pedagógica, assim
como levá-los a desenvolver a psicomotricidade de maneira efetiva, com uma educação
psicomotora de qualidade, sendo fundamental na contribuição para o desenvolvimento
intelectual de alunos com TDAH. Nos resultados destacamos a importância da
Psicomotricidade no desenvolvimento qualitativo da criança com TDAH e sua
contribuição para minimizar entraves no processo ensino/ aprendizagem, contando com
a intervenção de profissionais para a realização da devida avaliação técnica para a
compreensão e intervenção de acordo com a realidade trazida pela criança e sua família.
Neste sentido concluímos que as atividades psicomotoras são indispensáveis para o
desenvolvimento motor, psicoafetivo e cognitivos de alunos com TDAH, reforçando

¹Graduanda em Psicopedagogia Clínica e Institucional – FIBRA.


Email: jessica.calandrini@hotmail.com
²Graduanda em Psicopedagogia Clínica e Institucional – FIBRA.
Email: marceladantas_81@hotmail.com
³ Graduanda em Psicopedagogia Clínica e Institucional – FIBRA
Email: patyxave@hotmail.com
4
Professora orientadora – FIBRA -. Email: profgios3@gmail.com
que, neste processo, o professor é peça fundamental para facilitar o processo de
ensino/aprendizagem do referido grupo.
Palavras-Chaves: TDAH, Psicomotricidade, Desenvolvimento Motor,
Ensino/Aprendizagem.

ABSTRACT
The present work aims to present an analysis addressing the importance of
psychomotricity for the learning of children with Attention Deficit/Hyperactivity
Disorder (ADHD), characterized by difficulty concentrating, hyperactivity and
impulsivity, analyzing how the school is developing stimuli for psychomotricity,
making it indispensable for motor development, affective and cognitive areas. The
methodology to achieve this objective was the bibliographical review, seeking in
theoretical contributions subsidies for the resolution of problems, with a view to making
them more understandable about the importance of psychomotricity as a learning tool.
All of the child's learning processes are permeated by discoveries, and children with
ADHD face some challenges in their learning, especially in the educational setting. In
this sense, there must be an active relationship between the family and the school,
seeking to clarify the role of educators, along with their pedagogical practice, as well as
to lead them to develop psychomotricity effectively, with a quality psychomotor
education, being fundamental in contributing to the intellectual development of students
with ADHD. In the results, we highlight the importance of Psychomotricity in the
qualitative development of the child with ADHD and its contribution to minimize
obstacles in the teaching/learning process, with the intervention of professionals to carry
out the proper technical evaluation for the understanding and intervention according to
the reality brought by the child and his family. In this sense, we conclude that
psychomotor activities are indispensable for the motor, psycho-affective and cognitive
development of students with ADHD, reinforcing that, in this process, the teacher is a
fundamental part to facilitate the teaching/learning process of the referred group.

Keywords: Psychomotricity, ADHD, Learning, Development


1. INTRODUÇÃO

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos distúrbios


do neurodesenvolvimento caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e
impulsividade. O diagnóstico é fundamental e realizado clinicamente baseando-se nos
critérios descrito no DSM -V (MANUAL ESTATÍSTICO E DIAGNÓSTICO).
O referido transtorno é muito comum em crianças em idade escolar, geralmente
são agitadas bagunceiras, inquietas. Frente ás tarefas são descritas como desmotivadas,
que dificilmente terminam uma atividade.
A psicomotricidade é uma ciência que estuda o movimento e auxilia no
desenvolvimento das crianças através de suas experiências motoras, cognitivas e socio
afetivas.
O presente estudo, enquanto objetivo, apresenta uma análise sobre a importância
da psicomotricidade para a aprendizagem de crianças com TDAH, por meio de pesquisa
bibliográfica, a qual demonstra a compreensão de vários autores sobre a correlação
entre que o TDAH e a psicomotricidade.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade - TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é descrito como


um dos distúrbios do neurodesenvolvimento mais comum na infância e adolescência,
Benczik e Casella (2015). Sua etiologia é foco de muitas pesquisas, levando sempre em
consideração seus diversos aspectos, Barkley (2008). De acordo com Andrade e Silva
(2018) o transtorno perpassa por todo o ciclo desenvolvimental do sujeito, podendo
acarretar prejuízo de ordem acadêmica, social e profissional.
O TDAH pode ser descrito como um transtorno que apresenta um parâmetro
perseverante de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade, em uma
intensidade maior que o previsto para determinado nível de desenvolvimento do
indivíduo, DSM -V (APA, 2013), Miranda, Muszkat e Rizzutti, (2011 ). Atualmente,
tem sido muito comum pais ouvirem as queixas de professores com relação aos
comportamentos de seus filhos, os quais apresentam, na maioria dos casos, atrasos em
seu processo de aprendizagem quando comparados aos pares de sala de aula, sendo
estes os principais motivos de encaminhamento para avaliação com especialistas,
Barkley (2008), e dessa maneira, o TDAH tem se constituído como uma das principais
hipóteses de investigação em saúde mental infantil.
As crianças que apresentam quadro de TDAH são denominadas, muitas das
vezes, como mal-educadas, desinteressadas, com problemas familiares, ou até mesmo
com dificuldades de enxergar e ouvir, além disto, geralmente, podem apresentar
problemas de aprendizagem que dificultam seu desempenho acadêmico, e precisam ser
encaminhadas para profissionais da área de saúde com a finalidade de investigação das
causas de seus déficits. Sabe-se, no entanto, que não se pode afirmar que estas crianças
sejam incapazes de aprender, e que, em geral, têm níveis normais ou elevados de
inteligência Matos (2007).
Dessa forma, faz-se necessário o conhecimento acerca do transtorno,
principalmente, por profissionais da educação, uma vez que é, geralmente, na escola que
os sintomas são primeiramente evidenciados. Os professores percebem o quadro
sintomático e fazem o encaminhamento para um profissional especializado para a
investigação do transtorno. Assim, observa-se a necessidade da formação continuada
dos professores e toda a equipe técnica das escolas, para que possam suscitar hipóteses e
para participar de futuras intervenções pedagógicas com aqueles alunos que
necessitarem de um olhar diferenciado (MOURA, SILVA, SILVA, 2019).
As literaturas descrevem que o TDAH afeta tanto crianças quanto adultos, sendo
mais observado na infância. A estimativa desta patologia é de 3% a 5% em crianças no
início de sua vida escolar. As pesquisas apontam um consenso quanto a predominância
do transtorno no sexo masculino, Barkley (2008) e sua prevalência na primeira infância,
sendo percebido, em aproximadamente 75% dos casos, antes dos 5 anos, (Pastor &
Reuben, 2008; Rohde & Halpern, 2004). Variando a apresentação das características
dos sintomas em cada fase do desenvolvimento, por exemplo, em crianças menores de
sete anos, o aspecto hiperativo/impulsivo é mais evidente.
Devido as repercussões causadas na funcionalidade do indivíduo, o TDAH tem
despertado interesse de pesquisadores que procuram compreender melhor as nuances do
transtorno, suas peculiaridades e a maneira como se apresentam no cotidiano do sujeito
e nos ambientes aos quais ele faz parte.

2.1.1 DIAGNÓSTICO
A literatura descreve o TDAH como um transtorno com alto nível de prejuízos
de ordem multifatorial, percebendo-se nos indivíduos acometidos excessiva atividade
motora, somada à dificuldade de seguir comandos, podendo apresentar dificuldades
perceptivas, baixo desempenho atencional e de controle inibitório Barkley e Murphy
(2008).
O diagnóstico é realizado clinicamente, baseado em observações e estímulos
(Barkley e Murphy, 2008; Rohde e Halpern, 2004), não havendo nenhum exame de
imagem e/ou laboratorial que ateste tal patologia. A investigação clínica baseia-se nos
critérios do DSM V (2013) e a CID-10 (OMS, 1993), considerando a observação das
características comportamentais, da história pregressa do sujeito, verificando a
frequência, intensidade, a persistência dos sintomas (em diversos locais frequentado
pelo sujeito) e o tempo de duração no mínimo de seis meses Rohde e Halpern (2004) da
presença dos sintomas.
O DSM-V (APA, 2013) explica que a categorização do TDAH se faz a partir dos
prejuízos relacionados à sua tríade sintomática de desatenção, hiperatividade e
impulsividade, onde sua intensidade pode vir a comprometer aspectos da vida diária,
como também as relações interpessoais das pessoas com o transtorno (Bonadio, 2013;
Miranda, Muszkat & Rizzutti, 2011).
De acordo com Silva (2018) definir critérios para diagnosticar o TDAH em
indivíduos sempre foi de interesse da Psiquiatria e Psicologia. Um dos instrumentos de
fundamental importância para um diagnóstico de qualidade é a anamnese, a qual
geralmente, é realizada pelo profissional (médico, psicólogo) com crianças,
adolescentes e seus pais, buscando investigar, com detalhes, a história de vida do
paciente (família, saúde, alimentação, vida escolar, sono, dentre outros), contribuindo na
obtenção de informações que irão complementar o diagnóstico e contribuir para o
tratamento.
De acordo com pesquisas para a elaboração deste trabalho, observa-se um
caráter prejudicial do TDAH no rendimento escolar de crianças e adolescentes, por
conta de dificuldades apresentadas na aquisição de habilidades no campo da leitura,
escrita e matemática. Neste sentido recomenda-se que o diagnóstico seja realizado de
forma precoce afim de prevenir dificuldades no processo de aprendizagem do indivíduo.
O processo avaliativo não se restringe ao período da infância, podendo ser
realizado, também, na adolescência ou na idade adulta. No entanto, é no período dos
seis aos dozes anos que as características do transtorno passam a ser mais visíveis,
principalmente no ambiente escolar. Onde seus comportamentos destoam do de seus
pares, as dificuldades no seguimento de regras ficam bem evidentes, passando a ser
motivo de investigação (Tavernard, 2015).
O diagnóstico do TDAH é determinado mediante a análise dos critérios
estabelecidos pelo DSM-V, onde os sintomas são observados a partir da persistência de
sua manifestação e sua severidade em relação aos comportamentos tipicamente
observados em indivíduos de nível equivalente de desenvolvimento.

O subtipo predominantemente hiperativo-impulsivo (18% dos casos) ocorre


quando há seis ou mais sintomas de hiperatividade- -impulsividade, mas menos de seis
sintomas de desatenção. O subtipo predominantemente desatento (27% dos casos) é
diagnosticado quando há seis ou mais sintomas de desatenção, mas menos de seis
sintomas de hiperatividade-impulsividade. O subtipo combinado (55% dos casos) é
usado quando seis ou mais sintomas de desatenção e seis ou mais sintomas de
hiperatividade-impulsividade são apontados (Andrade & Scheuer, 2004; APA, 1994;
Ciasca, Capellini, Toledo, Simão, & Ferreira, 2007;). São mais frequentes as pesquisas
sobre os subtipos hiperativo-impulsivo e combinado.
Para se elaborar um diagnóstico correto dessa condição são necessárias várias
avaliações, muitas vezes com abordagem multidisciplinar. A avaliação clínica com
médico deve coletar informações não apenas da observação da criança durante a
consulta, mas também realizar entrevista com os pais e/ou cuidadores dessa criança,
solicitar informações da escola que acriança frequenta sobre seu comportamento,
sociabilidade e aprendizado, além da utilização de escalas de avaliação da presença e
gravidade dos sintomas.

2.1.2 DESATENÇÃO

As crianças com TDAH são facilmente reconhecidas em clínicas, com


características vista em escolas e em casa. Pois, a desatenção pode ser identificada pelos
seguintes sintomas: Dificuldade de prestar atenção a detalhes ou errar por descuido em
atividades escolares de trabalho; dificuldade para manter a atenção em tarefas ou
atividades lúdicas; parecer não escutar quando dirigem as palavras; não seguir
instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou deveres profissionais;
dificuldade em organizar tarefas e atividades; evitar, ou relutar, em envolver-se em
tarefas que exijam esforço mental constante; perder coisas necessárias para tarefas ou
atividades e ser facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa e apresentar
esquecimentos em atividades diárias.
A desatenção e seus diversificados sintomas trazem implicações à rotina da
criança e da família, consequências ao sistema educacional e maior incidência de
condutas de risco na adolescência (Hernandez, 2007). Frequentemente relaciona-se ao
insucesso educacional, baixa performance profissional, perda na renda familiar, impacto
econômico e social (Biedermam,2006; Rohde & Halpern, 2004).
Um bom desempenho escolar, segundo Benczik (2002), depende, cada vez mais
da criança permanecer sentada e quieta, de longos períodos de concentração e de fazer
lições escolares. Para atender às exigências desse ambiente a criança necessita ter
controle e ajustar seu comportamento para responder satisfatoriamente a essas
demandas (Ciasca, 2003). Crianças com TDAH apresentam esse ajuste prejudicado pela
falta de controle da atenção e impulsividade e frequentemente apresentam em seu
histórico escolar registros de suspensão, de expulsão e de reprovação
Os comportamentos inadequados em relação à inquietude e/ou desatenção das
crianças são frequentemente as principais queixas dos professores. Esses
comportamentos resultam em dificuldades na aquisição de hábitos, obediência, são
crianças que vivem se machucando, agem de forma imatura nas brincadeiras de regras,
não contribuem quando o trabalho é em grupo e não prestam atenção nas explicações.
Desse modo, o desempenho escolar e a vida social dessa criança tornam-se limitados, o
que contribui para o fracasso escolar e interação social pobre e agressiva. Tais
comportamentos são relacionados, muitas vezes, com o Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade (TDAH), o qual é discutido por diversas áreas da saúde e
educação.
A desatenção pode decorrer de causa neurobiológica, ocasionando o
denominado transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ou por causa
externa. De acordo com Muskat, Miranda, Rizzutti (2012), somente em torno de 3% a
6% das pessoas apresentam desatenção em decorrência de fator neurobiológico, por
conseguinte, a desatenção às aulas que a maioria dos estudantes apresentam era de
origem externa.
Com base no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM –
V), para a criança ser classificada como TDAH, esta deve apresentar padrão persistente
de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade, em grau maior que aquele observado
em outras pessoas com a mesma faixa etária e de desenvolvimento. Os sintomas devem
estar presentes antes dos sete anos de idade, em pelo menos dois contextos diferentes,
sendo a manifestação comportamental com nível de interferência significativa no
funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.
A desatenção, segundo o DSM-V (APA, 2013) está presente no TDAH pela
incapacidade de manter-se em uma tarefa, desistir com facilidade das atividades,
dificuldade em focar a atenção quando lhe e solicitado, além da perda de diferentes
materiais em níveis inconsistentes com a idade ou nível de desenvolvimento.
Segundo Cavalcante (2007) a desatenção é caracterizada pela dificuldade que a
criança apresenta em manter a atenção a pequenos detalhes, assim como jogos e
brincadeiras. Além da distração em atividades na sala de aula, não terminam as tarefas
que lhe são dadas, não seguem instruções, demonstram dificuldades em organiza-se e
tendem a se esquivar de atividades e necessitam de uma concentração maior, tem
facilidades em distrairse com estímulos alheios.
Segundo o DSM V (APA, 2013) o aspecto desatento é conferido mediante a
presença de seis (ou mais) sintomas:
a. Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros por
descuido em tarefas escolares, no trabalho ou durante outras atividades (p. ex.,
negligencia ou deixa passar detalhes, o trabalho é impreciso).
b. Frequentemente tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou
atividades lúdicas (p. ex., dificuldade de manter o foco durante aulas, conversas ou
leituras prolongadas).
c. Frequentemente parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra
diretamente (p.ex., parece estar com a cabeça longe, mesmo na ausência de qualquer
distração óbvia).
d. Frequentemente não segue instruções até o fim e não consegue
terminar trabalhos escolares, tarefas ou deveres no local de trabalho (p. ex., começa as
tarefas, mas rapidamente perde o foco e facilmente perde o rumo).
e. Frequentemente tem dificuldade para organizar tarefas e atividades (p.
ex., dificuldade em gerenciar tarefas sequenciais; dificuldade em manter materiais e
objetos pessoais em ordem; trabalho desorganizado e desleixado; mau gerenciamento do
tempo; dificuldade em cumprir prazos).
f. Frequentemente evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas
que exijam esforço mental prolongado (p. ex., trabalhos escolares ou lições de casa;
para adolescentes mais velhos e adultos, preparo de relatórios, preenchimento de
formulários, revisão de trabalhos longos).
g. Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (p.
ex., materiais escolares, lápis, livros, instrumentos, carteiras, chaves, documentos,
óculos, celular).
h. Com frequência é facilmente distraído por estímulos externos (para
adolescentes mais velhos e adultos, pode incluir pensamentos não relacionados).
i. Com frequência é esquecido em relação a atividades cotidianas (p. ex.,
realizar tarefas, obrigações; para adolescentes mais velhos e adultos, retornar ligações,
pagar contas, manter horários agendados.
O subtipo de desatenção é considerado o mais comum em meninas (até 57,9%),
e um número maior de meninos é diagnosticado com os subtipos desatento (28,6%) ou
combinado (30,6%). (Rhode e Halpern, 2004; Cardoso, Sabbag, e Beltrame, 2007;
Couto e cols., 2010).

2.1.3 AS IMPLICAÇÕES NO AMBIENTE ESCOLAR

Os sintomas de TDAH são possivelmente observados em situações em que a


criança está em sua própria casa, na escola ou em ambientes comuns a ela. Porém, o
distúrbio só é reconhecido quando a criança ingressa na escola, pois é o período no qual
as dificuldades de atenção e inquietude são percebidas com maior frequência se
comparadas às crianças da mesma idade e ambiente.

As dificuldades na atenção e nos processos cognitivos responsáveis por


receberem e processarem as informações dos mais variados estímulos e fontes não
compreendem de forma clara os sinais para o bom desenvolvimento das interações
sociais e o conhecimento das normas reguladoras dessas informações. Questões estas
visíveis quando a criança apresenta dificuldade de controlar impulsos e seguir normas,
dificuldade na resolução de problemas, movem-se em excesso, dão respostas
inadequadas, não controlam suas emoções e têm dificuldade de relacionamento com os
outros.

Segundo Nardin e Sordi (2009), a “atenção focalizada é uma condição


fundamental para a aprendizagem: quanto maior o poder de manter o foco em
determinado objeto, maiores as chances de sucesso infantil” As autoras ainda discorrem
sobre um termo chamado “atenção inventiva”, que trata da invenção de modos para
prender a atenção dos alunos, sabendo que a atenção é necessária para o reconhecimento
da informação. Com isso, a atenção não é apenas uma condição para a aprendizagem,
mas também, um efeito desta.

Para Vigotski (2004), a distração é uma atenção fraca ou a incapacidade de


concentração em algo. Para ele, essa distração é saudável quando o estudante se detém
para prestar atenção ao que está sendo dito pelo professor e se distrai das outras coisas.
Faz-se necessário educar tanto a distração quanto a atenção, pelo fato de a distração
consistir em manter o foco da atenção em outra coisa. Kastrup (2004) diz que a
distração é o momento em que a atenção vagueia, fugindo do foco para o qual é
solicitado a prestar atenção. Para ela, o distraído é alguém extremamente concentrado,
mas cujo foco da atenção está em outro lugar.

Muitos sintomas do TDAH são observáveis desde muito cedo na infância;


entretanto, eles são mais percebidos no início da escola. As dificuldades de atenção e de
hiperatividade dessas crianças são reconhecidas pelos professores quando comparadas
com as outras crianças da mesma idade. É no contexto escolar que a inquietude e a
impulsividade são interpretadas como falta de disciplina e a desatenção como
negligencia, apesar de tais comportamentos serem mais relacionados a uma disfunção
no desenvolvimento neurológico.

2.1.4 HIPERATIVIDADE/IMPULSIVIDADE

Considerando os aspectos referentes a hiperatividade/impulsividade estes


implicam em atividade excessiva, inquietação, incapacidade da criança de permanecer
sentada, interferência em atividades de outras pessoas e incapacidade de aguardar, estes
sintomas que podem ser tão excessivos para a idade ou o nível de desenvolvimento.
(Carla Parducci Borim, Cátia Muniz Cordeiro, Gabriela Cristina Barboza, Mariângela
Baptista).
A impulsividade refere-se à ações precipitadas que ocorrem no momento sem
premeditação e com elevado potencial para dano à pessoa (p. ex., atravessar uma rua
sem olhar). A impulsividade pode ser reflexo de um desejo de recompensas imediatas
ou de incapacidade de postergar a gratificação. Comportamentos impulsivos podem se
manifestar como intromissão social (p. ex., interromper os outros em excesso) e/ou
tomada de decisões importantes sem considerações acerca das consequências a longo
prazo (p. ex., assumir um emprego sem informações adequadas).
O indivíduo que apresenta o comportamento impulsivo frequentemente age antes
de pensar, muda excessivamente de atividade, geralmente precisa da supervisão de um
adulto, possui dificuldade em organizar o trabalho, geralmente grita, apresentando
dificuldade em esperar a sua vez nas situações que implicam no relacionamento grupal,
assim como também no momento de brincadeiras que estão voltadas para o jogo.
No que diz respeito a hiperatividade, geralmente, o indivíduo apresenta
comportamentos que estão relacionados à sua dificuldade de homeostase emocional
como: balançar pés e mãos ininterruptamente, mexe-se na cadeira o tempo todo, muitas
das vezes a abandona, quando se espera que permanecesse sentado, sono agitado, fala
ansiosamente, dificuldade em envolver-se silenciosamente em situações ou brincadeiras,
assim como permanecer em brincadeiras, muitas das vezes escolhidas por ele
(MENDES, 2021).
Observando os critérios propostos pelo DSM -V (APA, 2013), a identificação da
hiperatividade/impulsividade é conferida a partir da avaliação dos seguintes itens:
a. Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na
cadeira.
b. Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que
permaneça sentado (p. ex., sai do seu lugar em sala de aula, no escritório ou em outro
local de trabalho ou em outras situações que exijam que se permaneça em um mesmo
lugar).
c. Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é
inapropriado. (Nota: Em adolescentes ou adultos, pode se limitar a sensações de
inquietude.)
d. Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de
lazer calmamente
e. Com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o motor
ligado” (p. ex., não consegue ou se sente desconfortável em ficar parado por muito
tempo, como em restaurantes, reuniões; outros podem ver o indivíduo como inquieto ou
difícil de acompanhar).
f. Frequentemente fala demais.
g. Frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha
sido concluída (p. ex., termina frases dos outros, não consegue aguardar a vez de falar).
h. Frequentemente tem dificuldade para esperar a sua vez (p. ex.,
aguardar em uma fila).
i. Frequentemente interrompe ou se intromete (p. ex., mete-se nas
conversas, jogos ou atividades; pode começar a usar as coisas de outras pessoas sem
pedir ou receber permissão; para adolescentes e adultos, pode intrometer-se em ou
assumir o controle sobre o que outros estão fazendo).
Levando em consideração o tripé de sintomas e as características do
comportamento dos sujeitos, o DSM V classifica o TDAH em:
a) PREDOMINANTEMENTE DESATENTO – com a presença de seis (ou
mais) sintomas de desatenção e com menos de seis sintomas de
hiperatividade/impulsividade;
b) PREDOMINANTEMENTE HIPERATIVO-IMPULSIVO – com a presença
de seis ou mais sintomas de hiperatividade/impulsividade, e menos de seis sintomas de
desatenção.
c) TIPO COMBINADO – Quando os dois sintomas tanto o de desatenção
quanto a hiperatividade/impulsividade são preenchidos nos últimos 6 meses.

2.1.5 TRATAMENTO

O TDAH é classificado como um transtorno crônico (não tem cura) e seu


tratamento deve ter um caráter multidisciplinar, que possa garantir a compreensão de
seu amplo aspecto e de maneira mais precoce possível, para que os sujeitos não
acumulem sentimentos negativos. Neste sentido, as intervenções devem buscar a
melhoria das relações interpessoais do indivíduo, no que concerne os aspectos social,
emocional e educacional Cavalcante (2017).
Com o uso de medicação os sintomas da criança com TDAH podem vim a ter
uma melhora, porém estes medicamentos só os médicos podem receitar. Segundo a
cartilha elaborada pela ABDA (Associação Brasileira de Déficit de Atenção, 2017) os
medicamentos que os médicos mais utilizam e recomendam é o e a lisdexanfetamina.
Tavernard (2015) ressalta que a metilfenidato e uma substancia farmacológica
psicoestimulantes, sua ação foi comprovada por estudos em que verificou uma melhora
no desempenho de crianças com TDAH. Estes medicamentos geralmente são ingeridos
trinta minutos antes de sair para a escola ou ao trabalho, dependendo da dosagem
receitada pelo médico sua durabilidade pode ser de 8 a 12 horas (QUIMAS,2012, p17)
É de fundamental importância que os pais e a corpo docente estejam sempre
informados, atualizados e com as recomendações repassadas pelos profissionais que
fazem acompanhamento com a criança. A diferença de eficácia no tratamento com uso
de metilfenidato entre os outros subtipos reforça a necessidade de aperfeiçoar os
procedimentos diagnósticos. Carmo Filho revela que, enquanto pacientes hiperativos
obtêm índices de sucesso acentuados (81,08%) com uso de metilfenidato, o índice para
os desatentos foi de 64,86%, resultado idêntico ao encontrado por Denney e Rapport
(ambos citados por Andrade & Scheuer, 2004). É necessário investigar se a diferença se
deve à eficácia do metilfenidato ou a um diagnóstico equivocado.
É importante salientar que a desatenção, a hiperatividade ou a impulsividade
como sintomas isolados podem resultar de muitos problemas na vida de relação das
crianças (com os pais e/ou colegas e amigos), de sistemas educacionais inadequados, ou
podem estar associados a outros transtornos comumente encontrados na infância e
adolescência. Portanto, para o diagnóstico do TDAH, é sempre necessário
contextualizar os sintomas apresentados na história de vida da criança. (ABDA, 2009)
As questões relacionadas ao tratamento vão considerar o perfil para que seja
certo ao tipo de tratamento indicado (medicamentoso, psicoterapia, apoio pedagógico),
tempo de uso da medicação e idade ideal para início da medicação, como é sugerido o
acompanhamento das crianças nas escolas e junto a seus pais, ao retorno dos pacientes,
e diferenças nos tratamentos empregados.
O papel de todos os profissionais se faz muito importante, pois são profissionais
habilitados para o manejo de instrumentos clínicos que avaliam o funcionamento de
diversas funções cognitivas, tornando possível o auxílio no diagnóstico diferencial dos
transtornos neuropsiquiátricos (a exemplo do TDAH), investigar a natureza e a
severidade das alterações cognitivas ou do comportamento, reavaliar a evolução dos
quadros e ainda planejar uma reabilitação voltada para as alterações
cognitivas/dificuldade de cada paciente.
Hoje em dia há possibilidades de usar medicamentos que ajudem a reduzir os
sintomas do TDAH, há necessidade de intervenções coerente com diagnóstico
minucioso que envolva questões associadas, disfunções familiares, dificuldades
escolares, baixa autoestima e outras comorbidades, para não entrar na era do modismo e
fazer de todos os problemas vire um transtorno de TDAH. São necessários intervenções
de diversos tipos e intensidades, e quais técnicas aplicar de acordo com cada paciente.

2.2 O QUE É PSICOMOTRICIDADE

Historicamente o termo psicomotricidade apareceu a partir de um discurso


médico, mas especificamente no campo da neurologia, onde houve uma preocupação
em nomear no início século XIX áreas específicas do córtex cerebral segundo as
funções desempenham por cada uma delas. A psicomotricidade tem como
especificidade situar-se na compreensão da gênese do psiquismo e dos elementos
fundadores da construção da imagem e da representação de si. (SBP,2003).
Com a disseminação da psicomotricidade devido a vários encontros e congressos
relacionados ao termo, ela passou a ser definida como uma educação indispensável a
todas as crianças, pois se notou que o movimento é um suporte que ajuda a criança a
adquirir conhecimento de mundo que a rodeia através de seu corpo. De suas percepções
e sensações. (Oliveira, 2002)
A psicomotricidade passa a ser uma ciência, que estuda o homem através de seu
corpo em movimento relacionando-se ao mundo, tanto pelo interno quanto pelo externo
(MELLO, 1989). Está relacionada ao processo de maturação onde o corpo é a origem
das aquisições cognitivas, afetivas e motoras.
É uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das
experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua
linguagem e sua socialização (Almeida, 2010). Segundo Alves (2012), a
psicomotricidade tem como principal propósito melhorar ou normalizar o
comportamento geral do indivíduo, promovendo um trabalho constante sobre as
condutas motoras, através das quais o indivíduo toma consciência do seu corpo,
desenvolvendo o equilíbrio, controlando a coordenação global e fina e a respiração bem
como a organização das noções espaciais e temporais.
Segundo Bueno (1998) a Psicomotricidade no Brasil tem seus primeiros
registros e documentos em meados de 1950, neste período começava-se a reconhecer a
ligação existente entre corpo e movimento, mas ainda não se visava o termo
“psicomotricidade”. O autor salienta ainda que no fim de 1950, já evidenciava a
possibilidade de tratamento de distúrbios de aprendizagem utilizando-se de atividades
psicomotoras. A Sociedade Brasileira de Psicomotricidade foi fundada em 1980, com o
objetivo de auxiliar os profissionais que trabalhavam e buscavam formação nesta área.
O progresso psicomotor se sustenta focalizando no corpo em conexão com o
meio, ou seja, a criança só irá progredir desde que ela tenha um novo sentido em seu
corpo, na qual é chamado de diálogo tônico. Que é determinado através de uma
constância entre duas ações, transformação das obrigações do indivíduo e a tensão do
universo a fora, do qual precisa de seu bem-estar ou insatisfação.
Encontram-se várias definições que a psicomotricidade herdou perante todo o
decorrer da história, Fonseca (2008, p.29) afirma que:
Na década de 70 muitos autores definiram a psicomotricidade, como a
motricidade de relação, durante a mesma época profissional estrangeira eram
convidados ao Brasil para a formação de profissionais brasileiros.
As pesquisas que dão um ponto de partida para o meio psicomotor dão ênfase ao
desenvolvimento profundamente neurológico.
A somática psicomotricidade da essência a psicomotricidade, pois se desenvolve
a área psicomotora dialogada por diversos estudiosos: saber fazer, querer fazer e poder
fazer, visam a aprendizagem e adaptação abrangente do ser humano, que tem como
finalidade a associação do pensamento, ato e o gesto. Entendendo assim o
desenvolvimento cognitivo, afetivo, e motor do indivíduo.
A Sociedade Brasileira de Psicomotricidade (2010) define Psicomotricidade
como:

Uma ciência que estuda o homem através do seu movimento nas diversas
relações, tendo como objeto de estudo o corpo e a sua expressão dinâmica.
Ela se dá a partir da articulação movimento/corpo/relação. Diante do
somatório de forças que atuam no corpo - choros, medos, alegrias, tristezas...
- a criança estrutura suas marcas, buscando qualificar seus afetos e elaborar
as suas ideias. Vai se constituindo como pessoa. (KAMILA, MACIEL,
MELLO, ALVES-SOUZA, 2010, p.03).
Em 1925, Henri Wallon, por meio de sua análise sobre os estágios e os
transtornos do desenvolvimento mental e motor da criança, trouxe suas contribuições
para a psicomotricidade. Seu estudo foi baseado no desenvolvimento neurológico do
recém-nascido e na evolução psicomotora da criança. Para Wallon, há uma relação entre
motricidade e caráter, onde o movimento está relacionado ao afeto, a emoção, ao meio
ambiente e aos hábitos da criança (OLIVEIRA, 2009). De acordo com Fonseca (1995),
Wallon foi o principal responsável pelo nascimento da reeducação psicomotora.
Para Rochael (2009), a estrutura da Educação Psicomotora é a base
fundamental para o processo de aprendizagem da criança. O desenvolvimento evolui do
geral para o específico; logo quando uma criança apresenta dificuldades de
aprendizagem, a origem do problema, em grande parte, está no nível das bases do
desenvolvimento psicomotor.
A literatura destaca que os três primeiros anos de vida têm significativa
importância no processo de desenvolvimento sensorial, motor, cognitivo, lingüístico,
afetivo e social (Aufauvre, 1987). Crianças que apresentam desenvolvimento motor
normal, aos três anos já possuem todas as coordenações neuromotoras essenciais, tais
como: andar, correr, pular, aprender a falar, se expressar, se utilizando de jogos e
brincadeiras. Estas aquisições são o resultado de uma maturação orgânica progressiva e
fruto da experiência pessoal (Rochael, 2009).
Segundo Juliane Caron (2010) a psicomotricidade tem como objetivo trabalhar o
indivíduo em sua totalidade, a partir de aspectos emocionais, pensamento, gestos,
energia, dentre outros, abrangendo algumas áreas do conhecimento, em função de ter o
homem enquanto objeto de estudo (Vayer, 1982). Neste sentido podemos afirmar que a
educação está calcada em um tripé fundamental para o amadurecimento na vida adulta,
sendo a parte cognitiva, psicomotora e afetiva, onde a função psicomotora torna-se mais
relevante para o desenvolvimento de uma educação formal de qualidade. Na percepção
da referida autora a psicomotricidade tem como objetivo precípuo, estudar de forma
completa a íntima relação entre pensamento, emoção e ação.

2.3 DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR.


O desenvolvimento motor começa a ser desenvolvido a partir dos primeiros anos
de vida da criança. De acordo com Filho (2010) a motricidade é concebida na relação
recíproca entre as heranças biológicas e sócio histórica. Ressaltando a relevância da
interação entre o genoma, as condições e características ambientais e o processo sociais
da historicidade.
Para Moraes; Maluf (2015)

Inicialmente, o bebê desenvolve ações reflexas, que se


organizam conforme orientação céfalocaudal (de cima para
baixo) e próximo-distal (do centro para os extremos). Nos
quatro primeiros meses de vida, ele aprende a controlar os
músculos oculomotores. Entre o terceiro e quinto mês, controla
músculos que lhe permitem equilibrar a cabeça e, a partir dos
cinco até dez meses, o bebê terá maior controle dos músculos
do tronco, o que permitirá enfrentar o desafio de se por em pé e
caminhar. Aos poucos, se desenvolvem: força, destreza e
autonomia nos movimentos.

O desenvolvimento infantil é uma das fases mais importantes da vida do ser


humano é a base fundamental para o processo de aprendizagem. Borges e Rubio (2013)
destacam que a psicomotricidade está presente nos menores gestos e em todas as
atividades que visa desenvolver a motricidade da criança, ao conhecimento e ao
domínio do seu corpo. Segundo Dos Santos e Costa (2015) “a criança se desenvolve
desde os primeiros dias de vida. Por isso, a vida emotiva e a vida motora não são
isoladas, elas se completam orientadas pelos elementos psicomotores”.

O desenvolvimento motor é muito importante para o avanço de cada criança,


pois o sistema nervoso auxilia o pensamento a interagir e liberar os movimentos
efetuados pelos músculos. Sendo assim, as crianças devem estar em completa interação
com os sujeitos que a cercam e com o mundo.
Para os autores Gallahue e Ozmun (2005) o desenvolvimento motor está
associado às áreas cognitiva e afetiva do comportamento humano sendo influenciado
por muitos fatores. Dentre eles destacam os aspectos ambientais, biológicos, familiar,
entre outros. Esse desenvolvimento é a contínua alteração da motricidade, ao longo do
ciclo da vida, proporcionada pela interação entre as necessidades da tarefa, a biologia do
indivíduo e as condições do ambiente.
A partir de estudos de alguns profissionais da área de educação física, por volta
do século XX, permitiu-se compreender que os sujeitos possuem estágios de
desenvolvimento em suas funções motoras, as quais estão relacionadas às suas faixas
etárias, ou seja, quando somos bebê desenvolvemos um tipo de movimento, quando
criança, outro, e assim sucessivamente.
No desenvolvimento motor podem-se observar diferenças de desenvolvimento
no comportamento motor provocadas por fatores próprios do sujeito (biologia), do
ambiente (experiência), e da tarefa em si (físico/ mecânicos). (Gallahue e Ozmun, 2005,
p. 54)
Cada pessoa desenvolve habilidades diferentes, muitas vezes dependendo de
suas necessidades, porém há crianças com desenvolvimentos motores atípicos, atrasadas
para o desenvolvimento real de suas idades, que merecem atenções específicas de
profissionais que auxiliem ou avancem o desenvolvimento motor delas, já que esses
problemas podem se prolongar até a vida adulta. Esses prejuízos tem a possibilidade de
serem de ordem psicológica ou social como: isolamento, baixa autoestima,
hiperatividade, entre outros, que dificultam a socialização das crianças e o seu
desempenho escolar.

2.4 CONTRIBUIÇÕES DA PSICOMOTRICIDADE PARA APRENDIZAGEM


DE CRIANÇAS COM TDAH.

Considera-se que a psicomotricidade é uma prática pedagógica, que tem por


finalidade auxiliar no desenvolvimento integral da criança e no seu processo de
aprendizagem, favorecendo também seus aspectos físicos, mental e socioafetivo. Assim,
a psicomotricidade é o estudo do homem em movimento, com seu mundo interno e
externo.

Como se pode notar, a Psicomotricidade tem o objetivo de enxergar o ser


humano em sua totalidade, nunca separando o corpo (sinestésico), o sujeito
(relacional( e a afetividade; sendo assim, ela busca, por meio da ação motora,
estabelecer o equilíbrio desse ser, dando-lhe possibilidades de encontrar seu
espaço e de se identificar com o meio do qual faz parte. (GONÇALVES, 201,
p. 21).

A base fundamental para o processo de aprendizagem das crianças é a


psicomotricidade, pois ela está presente na vida de qualquer indivíduo em qualquer
etapa, desde o conhecimento e o domínio do próprio corpo, compreensão de
movimento, força, noções de espaço e tempo, até seu completo crescimento. É também
a base de auxílio para as crianças, que por algum motivo, não se desenvolvem
adequadamente às suas idades, motivos que causarão vários obstáculos durante o
processo de alfabetização, então a psicomotricidade surge como mecanismo para
garantir ou melhorar essa superação.
É preciso incluir a criança com TDAH no processo coletivo de aprendizagem, e
dentro de uma perspectiva visual, pautar estratégia para o enfrentamento da “exclusão”
de crianças que sinalizem quaisquer sintomas do TDAH. O professor precisa
compreender as limitações de cada criança, pois a contribuição da psicomotricidade se
dá a este processo compreensível usando sua didática e metodologia para que tenha
sempre em vista sua ação pedagógica e psicopedagógica dentro do cenário educacional.
Durante o processo de aprendizagem, que deve ocorrer tanto dentro da sala de
aula como fora da escola, o professor que é mediador desta intervenção deve ficar
atento às realidades que habitam o entorno dos alunos. Os professores devem ter
consciência de que uma boa prática em sala de aula irá fazer diferença para as crianças
com TDAH. O indivíduo ao entrar na escola pode ter tido experiências pautadas em
várias situações e irá reagir a esse novo ambiente de acordo com condicionamentos
anteriores, deste modo, é comum achar crianças que não conseguem adaptar-se, não vão
ter um rendimento satisfatório nos estudos, por estarem afetadas pela ansiedade e/ou
tensões psíquicas.
Intervenções comportamentais são eficazes para o trabalho com crianças com
TDAH, pois elas costumam agir de forma imatura tendo dificuldade em aprender a
controlar a sua impulsividade e hiperatividade. As intervenções não são punições, e sim
formas de interações entre professor e aluno, um modelo de ensino eficaz e eficiente
onde a sala passa a ser gerenciada, sendo assim evita-se problemas de disciplina,
tornando-se um ambiente agradável e favorável para a aprendizagem
Portanto, o professor deve buscar inserir aluno com esse transtorno no ambiente
escolar de uma forma que ele perceba que tem o mesmo tratamento dado as outras
crianças, mas com necessidade de uma ajuda especial, sem nenhuma diferenciação, e
sim com ajuda de ferramentas que possam auxiliá-los nessa longa jornada.

3. METODOLOGIA
A presente pesquisa é um estudo bibliográfico acerca da importância da
psicomotricidade para a aprendizagem de crianças com TDAH. Definida a partir de
estratégias de buscas, análise crítica e síntese da literatura de forma integrada. O
presente estudo buscou identificar, selecionar, analisar e sintetizar as evidências
relevantes disponíveis na literatura.
A etapa inicial da pesquisa se deu coma a localização e seleção dos estudos, que
definem de alguns termos de busca relacionados à temática. Assim, se fez necessário
utilizar uma estratégia de busca a ser submetida às bases de dados. Para este estudo
foram selecionados dois termos (descritores), a saber: 1) Psicomotricidade e TDAH, 2)
Psicomotricidade e Aprendizagem.
Os estudos selecionados, no primeiro momento, complementaram a exigência
dos termos psicomotricidade e TDAH, e/ou psicomotricidade e aprendizagem estivesse
no título (etapa 2).
Em seguida (terceira etapa), como critério de inclusão no estudo e com objetivo
de refinar as buscas dos artigos, foram considerados somente aqueles que atendessem
aos seguintes critérios: a) estudos em português; b) apresentar o termo psicomotricidade
no título; c) estudos estarem totalmente disponíveis on-line. As buscas foram realizadas
no Portal Google Acadêmico.
Após a análise dos textos, realizou-se o processo de interpretação das
informações e, posterior discussão dos aspectos mais relevantes, sobre a temática,
encontrados na literatura.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos foram analisados com base na fundamentação teórica


apresentada anteriormente e com o intuito de compreender a importância da
psicomotricidade para a aprendizagem de crianças com TDAH. A partir das pesquisas
realizadas pode-se compreender que o TDAH é um transtorno do
neurodesenvolvimento, muito comum no período da infância e adolescência (Benczik &
Casella, 2015), tendo enquanto características sintomas como: desatenção,
hiperatividade e impulsividade, com diagnóstico realizado a nível clínico, com critérios
descritos no DSM V (MANUAL ESTATÍSTICO E DIGNÓSTICO).
Conforme destacado anteriormente há o consenso que tal transtorno é
comumente apresentado no início da vida escolar (3% a 5%), em crianças do sexo
masculino (Barkley, 2008), com prevalência na primeira infância, antes dos 5 anos
(75% dos casos), Pastor & Reuben, 2008; Rohde & Halpern, 2004, relatam que:
havendo a variação de características conforme a faixa etária, como por exemplo em
crianças menores de 7 anos há a prevalência dos aspectos hiperativo/ impulsivo.
Tais crianças, muitas vezes, são denominadas como desinteressadas,
desafiadoras em relação aos comandos de seus professores, assim como de seus pais,
apresentando, em função disso e de outros aspectos dificuldades no processo de
aprendizagem, sendo encaminhadas para avaliação técnica de profissionais que irão
trabalhar no diagnóstico da demanda apresentada pela escola, e pelos genitores da
criança.
É de fundamental importância que as pessoas com TDAH estejam motivados,
assim como sejam incentivados para o ato de aprender, pois, em alguns casos, seu
desvio de atenção prejudica a aprendizagem e, consequentemente a vida social, a
autoestima, as relações familiares, gerando, assim, no indivíduo um sentimento de
isolamento social. Tal sentimento pode acarretar vários problemas de saúde e piorar as
comorbidades (ansiedade, dislexia, discalculia, etc.), que podem acompanhar o
indivíduo que desenvolveu o TDAH (MENDES apud FONSECA, 2021, p.9).
Neste sentido observou-se, através da literatura relacionada neste documento,
que a Psicomotricidade está intimamente relacionada ao universo do TDAH, uma vez
que dá um importante suporte no que diz respeito à aquisição da aprendizagem pelas
características como o corpo da criança responde aos estímulos tanto do mundo interno
como externo em função das experiências vivenciadas pelo indivíduo de modo
particular através de aquisições cognitivas, socioafetivas e motoras, melhorando
aspectos fundamentais para o desenvolvimento global do indivíduo como o equilíbrio,
consciência corporal, coordenação global e fina, respiração.
A criança, que possui baixo desenvolvimento psicomotor, poderá apresentar
problemas na escrita, na leitura, na direção gráfica, na distinção das letras, nas
ordenações das silabas, na abstração matemática, entre outras. Com o estimulo
psicomotor adequado iniciado precocemente, ajuda a criança na intervenção do seu
desenvolvimento. É por isso que a prática do trabalho psicomotor no ambiente escolar
se tornou tão importante, pois isso oferece oportunidades para as crianças
experimentarem seu próprio corpo para desenvolver a autoconfiança, o
autoconhecimento de seus limites e potencialidades. (MENDES, 2021).
A proposta desta seção é mostrar, com base nos autores, algumas intervenções
de atividades psicomotoras que auxiliam as crianças com TDAH.
Primeiro, a relação entre eles precisa ser estabelecida. O TDAH prejudica o
desempenho psicomotor da criança, concentrando-se nas seguintes áreas: equilíbrio,
percepção de espaço e tempo e estrutura corporal. Portanto, os profissionais que atuam
diretamente na terapia utilizam métodos que visam reduzir os déficits apresentados
pelas crianças. Com isso, a atuação desses especialistas contribui para o
desenvolvimento de competências além de fornecer meios para auxiliar os alunos no
processo de ensino. A estimulação fornecida por meio de atividades psicomotoras
garante a evolução necessária do progresso psicomotor e cognitivo do pequeno. Assim,
alguns dos benefícios alcançados podem ser destacados. Segundo Burgo, (2021) a
forma como o desenvolvimento psicomotor funciona é para facilitar o desenvolvimento
e a estruturação do plano corporal. Nesse sentido, o objetivo é estimular a prática
motora em todas as fases da vivência da criança. Para a autora, as tarefas fornecem um
ambiente propício para os alunos se relacionarem com seu ambiente. Isso significa que
eles podem jogar, interpretar, criar e descobrir.

Atividades de psicomotricidade que podem auxiliar:


 Empilhar copos: além de ajudar na consciência corporal, essa conhecida
atividade clássica tem um poder incrível de promover a coordenação motora fina
e grossa.
 Circuito Serpente: A finalidade é facilitar a expansão do equilíbrio. A tarefa é
projetada para incentivar as crianças a se concentrarem nas cordas ou trilhos
disponíveis no chão. Com isso, as crianças precisam de equilíbrio para concluir a
jornada.
 Balance Board: Novamente, os alunos devem demonstrar estabilidade física
durante a execução desta atividade. Assim, quando uma criança consegue se
manter firme por alguns segundos sem tocar o chão, ela começa a melhorar seu
equilíbrio.
 Futebol de pano: essa tarefa é bem interessante e ajuda na coordenação motora.
Consiste em um jogo cooperativo onde o objetivo é marcar um gol caso a bola
entre no buraco. Para torná-lo mais interessante, a classe pode ser dividida em
pequenos grupos. A cada rodada, duas equipes se desafiam.
A participação das crianças nos jogos é uma ferramenta que auxilia e estimula os
movimentos da motricidade global fina e corporal, dentre outras capacidades, fazendo
com que esta aprenda a se comportar de forma diferenciada diante dos estímulos,
conforme as regras e as circunstâncias envolvidas. Os jogos são um recurso que os
profissionais podem utilizar como componente extracurricular para auxiliar na
aprendizagem e concentração das crianças, tal escolha é feita de acordo com a
necessidade de cada criança. Para Wallon (1971), por trás da descarga de impulso está a
expressão das queixas, as múltiplas necessidades de uma criança que necessita de afeto,
auxílio e compreensão.
O referido Psicólogo destaca ainda que o simples ato de se envolver nos
movimentos dos outros, brincando espontaneamente ou com orientação, ajudará a
criança a conhecer a si mesmo, suas habilidades, limitações e desenvolver atitudes de
emoção e compreensão.
De acordo com Batista, Drielly Adream; Lepre, Rita Melissa; Costa, Rodrigo
César; Kadooka, Aline os jogos, as brincadeiras, a psicomotricidade e a oficina
pedagógica são elementos fundamentais para serem trabalhados com crianças
hiperativas, sendo estas prejudicadas em seu comportamento e no seu cognitivo,
portanto a psicomotricidade trabalha mais a parte da coordenação como um todo, ou
seja, o comportamento. Já a oficina criativa enfoca mais o aspecto intelectual e criativo
da criança, para que ela se estabeleça uma meta em sua vida escolar. Neste sentido é
imperativo que o profissional de Psicomotricidade realize atividades que estejam de
acordo com a realidade e necessidade do estudante, beneficiando o sucesso no
desenvolvimento das atividades.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto neste artigo, ficou evidente a importância da psicomotricidade


para o processo de ensino/aprendizagem de crianças com TDAH. O trabalho com a
psicomotricidade compreende-se como ferramenta eficaz no tratamento do TDAH.
A psicomotricidade é a base fundamental para o suporte de uma aprendizagem
regada de estímulos, possibilitando os aspectos básicos e de suma importância para uma
educação de qualidade e ativa na prática pedagógica dos educadores. Neste trabalho,
podemos observar que a psicomotricidade vem para auxiliar no desenvolvimento motor
e intelectual do aluno, onde corpo e mente são elementos integrados da sua formação.
O corpo e o movimento constituem uma relação de ação, onde a
psicomotricidade se dá de forma natural. Ela auxilia e capacita melhor o aluno para uma
melhor assimilação da aprendizagem escolar. As intervenções motoras em uma criança
com sintomas de TDAH quando colocadas em prática pedagógica diárias, podem
influenciar positivamente na motricidade fina, no equilíbrio, no esquema corporal e na
organização temporal da criança.
O professor tem o papel fundamental como facilitador de ensino/aprendizagem
quando em sua prática pedagógica exerce a prática da psicomotricidade. Além disso,
estimular a criação de habilidades motoras e perceptuais precisa ser trabalhado de forma
atualizada e dinâmica. E assim, os estímulos dos aspectos motores, afetivos e cognitivos
tem suma importância quando vinculados ao contexto interno do aluno e da comunidade
no qual a cerca.
A psicomotricidade relacionada com a educação dos movimentos influencia a
maturação do sistema nervoso, o qual influencia na sua formação individual e entre a
ação e representação que a criança possui no meio onde convive. Outra variante diz
respeito à educação psicomotora como estimulação da motricidade global, fina e
corporal, dentre outras capacidades, o que é determinante é que os profissionais
envolvidos para tratar as crianças que possuem o TDAH, precisam estar em constante
processo de trabalho coletivo, pois a criança necessita de acompanhamento. Sendo
assim, é na escola onde se terá as observações quanto ao desenvolvimento motor e
cognitivo das crianças, cabendo assim intensificar as atividades relacionadas à
psicomotricidade com o objetivo de desenvolver as habilidades essenciais no processo
de aprendizagem.
Portanto, concluímos que a educação psicomotora é importante e relevante para
a aprendizagem de alunos com TDAH, ainda há em muitas escolas casos e descasos,
com situações comuns onde isto não é visto como parte fundamental da aprendizagem.
É preciso uma formação continuada para o professor, visto que o cenário educacional
precisa se atentar para novas reformulações na área educacional, atualizando-se de
profissionais que sejam competentes ao trabalho com crianças com TDAH.
A escola precisa está aberta para o diálogo e auxílio dos pais e responsáveis para
esse tratamento, compartilhando de reuniões, palestras e atendimentos individuais para
o enfrentamento de um aprendizado negativo e o não desenvolvimento de crianças com
TDAH. Ela precisa trabalhar com especial atenção para o desenvolvimento psicomotor
da criança, contribuindo com o aprendizado e soluções de possíveis problemas no
processo educacional. Pois é preciso articular estratégias e práticas que tenham uma
aprendizagem mais significativa tanto educacional como social.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FIBRA

COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL

JÉSSICA SUZANNE RODRIGUES CALANDRINI

MARCELA DANTAS DO NASCIMENTO

PATRÍCIA XAVIER DE CASTRO


A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE PARA A APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM TDAH.

BELÉM – PARÁ

FEV/2023

CENTRO UNIVERSITÁRIO FIBRA

COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL

JÉSSICA SUZANNE RODRIGUES CALANDRINI

MARCELA DANTAS DO NASCIMENTO

PATRÍCIA XAVIER DE CASTRO


A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE PARA A APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM TDAH.

Trabalho de conclusão de curso apresentado à


FIBRA como requisito parcial para conclusão do
curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia
Clínica e Institucional, orientado pela Prof.ª Ma.
Giovana Cristina Pantoja de Souza

BELÉM – PARÁ

FEV/2023

CENTRO UNIVERSITÁRIO FIBRA

COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL

JÉSSICA SUZANNE RODRIGUES CALANDRINI

MARCELA DANTAS DO NASCIMENTO

PATRÍCIA XAVIER DE CASTRO


A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE PARA A APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM TDAH

Autorização de depósito
Autorização Assinatura do (a) professor (a) Data
Autorizo
Não-Autorizo

Depósito
Assinatura da secretaria Assinatura do aluno Data

Avaliação do trabalho

Nota Final Assinatura do (a) professor (a) Data

BELÉM – PARÁ

FEV/2023

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