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Anderson Barbosa Santos

Jucelia Silva dos Santos

Maria Clara Viana Freitas Bispo

Maria Vitória Santos de Queiroz

Pâmela Pereira Gusmão

Paula Tainan Lopes dos Santos

Verônica Matos Pereira dos Santos

TRANSTORNO DA APRENDIZAGEM

Feira de Santana - BA

2023
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Anderson Barbosa Santos

Jucelia Silva dos Santos

Maria Clara Viana Freitas Bispo

Maria Vitória Santos de Queiroz

Pâmela Pereira Gusmão

Paula Tainan Lopes dos Santos

Verônica Matos Pereira dos Santos

TRANSTORNO DA APRENDIZAGEM

Pesquisa bibliográfica solicitada pela


orientadora Jade Isis de Souza
Nunes, na disciplina PPB II, do curso
de Graduação em Psicologia turma
01 – noturno, como avaliação parcial
da II unidade.

Feira de Santana - BA

2023
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1. Definições DSM e CID

Os transtornos de aprendizagem estão classificados no DSM-5 entre outros


transtornos do neurodesenvolvimento, que recebem, no CID 11, o nome de
transtorno do desenvolvimento intelectual, sendo mais comum o termo
deficiência intelectual, mas os transtornos de aprendizagem diferem das
dificuldades gerais de aprendizagem, porque ocorrem em níveis normais de
funcionamento intelectual, ou seja, para diagnosticar o transtorno específico de
aprendizagem é necessário observar se não há problemas neurológicos ou
sensoriais.

Transtornos da aprendizagem podem ser causados por problemas pré-natais


como fatores genéticos ou influências ambientais como prematuridade, baixo
peso ao nascer, mães que fazem uso de nicotina, entre outras drogas, ou
problemas pós-natais que ocasionem lesões cerebrais como traumas e
intoxicações. Em algumas famílias, os transtornos de aprendizagem aparecem
mais, especialmente relacionado com a leitura, a matemática e a ortografia,
sendo o risco maior em parentes de primeiro grau. O histórico familiar de
dificuldades com a alfabetização e leitura indica uma combinação de fatores
genéticos e ambientais, com alta herdabilidade, sendo mais comumente
manifestado nos indivíduos do sexo masculino.

Os transtornos específicos da aprendizagem podem estar relacionada com a


evasão escolar, além de evidenciar também percentuais menores de educação
superior e elevados índices de sofrimento psicológico, o que acarreta em renda
menor, desemprego ou subemprego. Indivíduos que recebem maior apoio
social e/ou emocional apresentam resultados melhores, inclusive afastando-se
dos sintomas depressivos comórbidos.

2. Dislexia 315.00 (F81.0)

Dificuldade de aprendizagem caracterizado reconhecimento impreciso das


palavras, com prejuízo na compreensão da leitura.
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3. Disortografia 315.2 (F81.81)

Dificuldade na expressão escrita com ortografia, gramática e pontuação

4. Discalculia 315.1 (F81.2)

Dificuldades no raciocínio matemático para entender informações numéricas,


fatos aritméticos e realização de cálculos

5. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) 314.01


(F90.8)

Pacientes podem ser diagnosticados com TDAH e transtorno específico de


aprendizagem se os critérios para ambos forem preenchidos.

O Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um transtorno


neurobiológico caracterizado por sintomas de inquietude, desatenção e
impulsividade. Por conta de uma baixa concentração de dopamina e
noradrenalina em regiões sinápticas do lobo frontal.
O portador de TDAH sofrem com hipermobilidade, não conseguindo manter por
um longo período sua atenção voltada ao mesmo objeto, um mesmo foco. Tem
dificuldade em completar atividades, compreender instruções, se distraem com
qualquer barulho e esquecem com frequência compromissos ou atividades de
rotina. Ocasionando em dificuldades extensas para o processo de
aprendizagem.
Devido à características do transtorno, um ambiente escolar despreparado ou
desinformado do diagnóstico, fará a leitura da criança ou adolescente como
rebelde e desinteressado, criando ainda mais obstáculos para a linha de
aprendizagem do indivíduo. Trazendo a importância da conscientização diante
de transtornos de aprendizagem, não só para às instituições de ensino, mas
também para pais, que se recusam a aceitar até mesmo a possibilidade de
existência de qualquer transtorno que possam estar presentes em seus filhos.
Essa negação leva a ausência de um acompanhamento interdisciplinar
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necessário para melhor desenvolvimento do indivíduo portador, na


aprendizagem e relações sociais.
A criança com TDAH deve ter um aprendizado focado em eficácia, não em
eficiência. A maioria das pessoas que portam esse transtorno têm dificuldades
em funcionamento cognitivo e testes de desempenho, gerando notas mais
baixas. Entretanto, não possuem intelectual inferior. Suas dificuldades não
estão atreladas à falta de capacidade, mas a um déficit de desempenho. Com o
foco voltando à eficácia, os resultados serão mais produtivos e haverá um
processo menos desgastante para todos os envolvidos.
O diagnóstico precisa seguir alguns padrões para que não sejam efetuados
erroneamente. Avaliar a frequência dos sintomas, duração, interferência
causada, prejuízo no funcionamento, período onde os sintomas se
manifestaram e se não há outra causalidade. Por ter sido atrelado a rebeldia e
desinteresse pelo senso comum, esse transtorno vem se popularizando, fazendo
com que sejam feitos autodiagnósticos sem nenhuma análise profissional. Esse
comportamento traz um apagamento e banalização, gerando maiores
dificuldades no auxílio de quem realmente tem que lidar com o transtorno.
O tratamento do TDAH é feito de forma multidisciplinar por psicopedagogos,
nutricionistas e neuropsicólogos. A prescrição de medicamentos psicotrópicos é
um tratamento comum. Com eles, há uma melhora no funcionamento
acadêmico, comportamental e social. Aumentam a excitação no sistema
nervoso central. Assim, o indivíduo consegue se concentrar melhor e com mais
atenção. Além, de não provocarem vício. As psicoterapias também têm efeitos
eficazes no tratamento desse transtorno, especialmente em crianças. Terapias
familiares e conscientização da rede de apoio também ajudam a contornar as
adversidades e conflitos.

6. O papel do educador

É de extrema importância que os professores tenho acesso a cursos de


capacitação, e assim estejam preparados para reconhecer as crianças que
apresentam dislexia, especialmente os professores das séries iniciais, porque o
encaminhamento dos alunos com suspeita de dislexia, logo no início da
alfabetização, ajudará a superar a dificuldade do aprendizado.

A parceria com a família para encaminhar essas crianças para uma equipe
multidisciplinar é o que pode garantir bons resultados, visto que esses alunos
precisam de um cuidado diferenciado.
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7. O papel do psicólogo

O trabalho do psicólogo escolar junto com a equipe interdisciplinar é de


suma importância, porque é o profissional que está ciente dos diversos fatores
que interferem no desenvolvimento da criança, e também preparado para
auxiliar no desenvolvimento de estratégias que possibilitem a união da equipe
multidisciplinar para estimular o desenvolvimento dos alunos que possuem
dificuldades de aprendizagem. Além de que esse profissional está inserido em
uma esfera que tende a ser complexa, onde os pais nem sempre possuem
repertório para identificar que pode haver algo afetando a forma de
aprendizagem do seu filho, ou em alguns casos percebem, mas não atribuem a
possibilidade de existir um transtorno de aprendizagem. Por outro lado, temos
os professores, a quem fica muitas vezes a missão de notar aquele aluno, mas
em uma sala de aula lotada, não é uma tarefa fácil.

Diante do cenário citado, torna-se claro o motivo da grande necessidade


de psicólogos escolares estarem de fato inseridos dentro das escolas para
acolher. Valendo a ressalva que neste ambiente, muito se difere do
atendimento em clínica, o contato entre psicólogo educacional e o estudante é
sobre orientar e direcionar para um ambiente onde o possível discente possa
ser ouvido, analisado e compreender se de fato trata se de um transtorno ou
não, o que em via de regra acaba passando por mais de um profissional
fazendo-se necessário, exames fisiológicos e de imagem do cérebro, bem
como psicotestes portanto não é rápido o processo entre o levantamento de
uma hipótese de diagnóstico até a conclusão do mesmo. Devemos ser fracos
em perceber que a sociedade tem a tendência de querer uma normalidade
inalcançável dos adolescentes, ou de qualquer outra pessoa, analisando
apenas um aspecto isolado, sem considerar o todo, e descaracterizando que a
adolescência é uma fase de ruptura, lutos e perdas relacionadas às mudanças
do próprio corpo, ao desenvolvimento e maturação cerebral, e as pressões do
meio externo que tendem a fazer cobranças exacerbadas, o que causa grande
confusão e sofrimento muitas vezes.

Ao psicólogo fica o dever de considerar as diferentes causas, fazendo


uma análise entre influências da cultura, sem deixar de lado os aspectos
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filogenéticos e ainda os ontogenéticos e assim, auxiliar na fomentação do


tratamento, entendendo a origem, visando amenizar as consequências
negativas e auxiliar no desenvolvimento mais autêntico possível da
aprendizagem do individuo.

8.

REFERÊNCIA

LIRA, N. R. de F.; et all. Dislexia: a importância do diagnóstico para uma


intervenção precisa. Research, Society and Development, v. 9, n.12,
e48491211627, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI:
ttp://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i12.11627. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/11627/10474 . Acesso em: 12
de Maio de 2023.

Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM – 5. 5ª


edição. Editora Artmed. Porto Alegre, 2014.

SANTOS, M. de F.; et all. As Dificuldades de Aprendizagem e o Papel do


Psicólogo Escolar na Escola. Disponível em:
chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.inesul.edu.b
r/revista/arquivos/arq-idvol_24_1364871202.pdf Acesso em: 12 de Maio de
2023.

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