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Distúrbios do Desenvolvimento e

Dificuldades Escolares

GRUPO 6

PROJETO INTEGRADOR VIII


Integrantes
Andressa Bocchi 1118100055
Armando Amadeu 1118100139
Erica Miranda 1118100013
Giovanna Schemberk 1118100147
Lara Nagalli 1118100107
Natalya Martins 1118100140
SUMÁRIO
01 02
INTRODUÇÃO TDAH

03 04
DISLEXIA TEA
01

Introdução
“Estar pronto
para a escola”
● Entrada precoce das crianças no ambiente escolar
pode significar em melhores resultados

● Durante o período escolar (6-11 anos de idade) a


criança passa a considerar sua própria avaliação e
dos outros que a veem

● Na 3ª série, espera-se que as crianças consigam fixar


a atenção por 45 minutos
A percepção dos distúrbios pela ótica
do indivíduo e de seu responsável

● Uma criança que adoece tem uma crença de que só está nessa
condição devido a uma punição

● Os pais geralmente sentem-se ansiosos ou culpados, pois


acreditam que os problemas com o filho mostram que as
habilidades como pais são inadequadas.
PROBLEMAS PSICOSSOCIAIS NAS
CRIANÇAS

Deve fazer uma breve triagem dos


problemas em todas as principais
categorias de desenvolvimento como:
● Cognitivo
● Emocional
● Comportamental
● Distúrbios sociais
○ Problemas com humor
○ Ansiedade
○ Atenção
○ Comportamento
○ Relação social
○ Desenvolvimento
○ Linguagem
○ Aprendizagem
02
Transtorno de déficit
de atenção e
hiperatividade
(TDAH)
● É o transtorno neurocomportamental mais comum da infância

● Inicia-se na infância e frequentemente persiste na adolescência e vida


adulta

● Caracterizado por:
○ Desatenção
○ Aumento da distraibilidade
○ Superatividade motora
○ Inquietação motora

● As crianças afetadas comumente experienciam insucesso escolar,


problemas com relacionamentos interpessoais com familiares e
colegas, e baixa autoestima

● Pode ocorrer com outros transtornos como emocionais, de


linguagem, de comportamento e de aprendizagem
Alterações nos marcos do desenvolvimento

Crianças com TDAH apresentam atrasos no início da


linguagem falada e menor nível de contração
muscular
EPIDEMIOLOGIA

5-10%
Das crianças em idade escolar são
afetadas pela TDAH
Nelson Tratado de PediatriaRobert M. Kliegman, MD, Bonita F. Stanton, MD,
Nina F. Schor, MD, PhD, Joseph W. St. Geme III, MD and Richard E. Behrman,
MD,https://evolution.com.br/epubreader/9788535275889
DIAGNÓSTICO
● Anamnese completa para incluir ou identificar outras causas
ou fatores contribuidores
● Exame físico
● Exames complementares se necessários
● Escalas de avaliação de comportamento

● É importante reunir e avaliar sistematicamente informações


de uma variedade de fontes, incluindo a criança, pais,
professores, médicos e, quando apropriado, outros
cuidadores.
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

Fatores psicosociais

Diagnósticos associados a comportamentos de


TDAH

Condições médicas e neurológicas


FATORES PSICOSSOCIAIS
Resposta a abuso físico ou sexual
Resposta a práticas parentais inadequadas
Resposta à psicopatologia parental
Resposta à aculturação

DIAGNÓSTICOS ASSOCIADOS A COMPORTAMENTOS DE TDAH


Síndrome do X frágil
Síndrome alcoólica fetal
Transtornos globais do desenvolvimento
Transtorno obsessivo-compulsivo
Síndrome de Tourette

CONDIÇÕES MÉDICAS E NEUROLÓGICAS


Distúrbios da tireoide
Envenenamento por metais pesados
Efeitos adversos dos medicamentos
Efeitos de abuso de substâncias
Déficits sensoriais (audição e visão)
Transtornos de processamento visual e auditivo
Transtorno neurodegenerativo
Traumatismo craniano pós-traumático
Transtornos pós-encefálicos
TRATAMENTO
● Tratamento indicado é com uma equipe multidisciplinar

● Terapia comportamental

● Medicamentos psicoestimulantes

○ Metilfenidato

○ Lisdexanfetamina
03
DISLEXIA
● Dislexia é um transtorno
específico de aprendizagem
que acomete em torno de 3-5%
dos escolares.
● Dificuldade na aquisição e
fluência da leitura e escrita,
déficit no processo fonológico e
baixo desempenho em algumas
atividades cognitivas
● Diagnóstico precoce é essencial
para esse distúrbio, para
minimizar os efeitos negativos
da dislexia
● Estudos com neuroimagem mostram que há diferenças
no desenvolvimento e funcionamento cerebral

● Forte indicativo de componente genético: mais de 50%


das crianças com dislexia têm pais e irmãos com o
mesmo transtorno

● A presença de pai ou irmão com dislexia aumenta a


probabilidade de ocorrência do transtorno
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico requer identificação de pelo menos um dos sintomas:

1. Leitura de palavras é feita de forma imprecisa ou lenta, demandando muito


esforço. A criança pode, por exemplo, ler palavras isoladas em voz alta, de forma
incorreta; frequentemente, tenta adivinhar as palavras e tem dificuldade para
soletrá-las;

2. Dificuldade para compreender o sentido do que é lido. Pode realizar leitura


com precisão, porém não compreende a sequência, as relações, as inferências ou
os sentidos mais profundos do que é lido;

3. Dificuldade na ortografia, sendo identificado, por exemplo, adição, omissão ou


substituição de vogais e/ou consoantes;

4. Dificuldade com a expressão escrita, podendo ser identificados múltiplos erros


de gramática ou pontuação nas frases; emprego ou organização inadequada de
parágrafos; expressão escrita das ideias sem clareza.
DIAGNÓSTICO
● A simples presença de um ou mais sintomas não
significa que a criança tenha dislexia
● Estes podem ser decorrentes de fatores variados, o
que inclui:
○ Deficiência (intelectual e sensorial)
○ Síndromes neurológicas diversas
○ Transtornos psiquiátricos
○ Problemas emocionais
○ Fatores de ordem socioambiental
(pedagógico,por exemplo).
DIAGNÓSTICO
CONSIDERAR OS SEGUINTES CRITÉRIOS:

• Persistência da dificuldade por pelo menos 6 meses (apesar de intervenção dirigida);

• Habilidades acadêmicas substancial e qualitativamente abaixo do esperado para a


idade cronológica (confirmado por testes individuais e avaliação clínica abrangente);

• As dificuldades iniciam-se durante os anos escolares, mas podem não se manifestar


completamente até que as exigências acadêmicas excedam a capacidade limitada do
indivíduo, como, por exemplo: baixo desempenho em testes cronometrados; leitura ou
escrita de textos complexos ou mais longos e com prazo curto; alta sobrecarga de
exigências acadêmicas;

• As dificuldades não são explicadas por deficiências, transtornos neurológicos,


adversidade psicossocial, instrução acadêmica inadequada ou falta de proficiência na
língua de instrução acadêmica.
ESTIMULAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
FONOLÓGICA
Déficit no processamento fonológico é a principal causa da Dislexia

● Estimular a habilidade das crianças prestarem atenção aos sons de forma


seletiva
● Usar rimas para introduzir os sons das palavras
● Desenvolver a consciência de que a fala é constituída por sequência de
palavras
● Desenvolver a capacidade de analisar as palavras em sílabas, separando-as e
sintetizando-as.
● Desenvolver a consciência de que as palavras contém fonemas. Explicação
verbal, espelhos, observação dos colegas ao falar, cartões com figuras
● Introduzir a relação entre grafema/fonema, utilizando-se de explicação verbal,
espelhos, observação dos colegas ao falar, cartões com figuras, dentre outros
● Introdução gradativa das letras e da escrita.
RESPOSTA À INTERVENÇÃO (RTI):

RTI é um programa instrucional, multinível, voltado para prevenção,


identificação e intervenção das dificuldades de aprendizagem. Por meio do
mesmo se pode identificar crianças com fatores de risco para transtornos de
aprendizagem, como é o caso da dislexia.

Consiste nas seguintes etapas:

- Nível 1 (Núcleo de instrução)

- Nível 2 (intervenção suplementar)

- Nível 3 (Intervenção intensiva)


ADAPTAÇÕES EM SALA DE AULA
A Associação Internacional de Dislexia listou recomendações para as
instituições de ensino, para haver evolução no processo acadêmico:

Dar tempo extra para Oferecer ajuda ao aluno


completar a tarefa para fazer anotações

Simplificar instruções escritas,


Modificar trabalhos e sublinhando ou destacando
partes importantes
pesquisas, segundo a
necessidade do aluno

Reduzir a quantidade Destacar informações


de texto essenciais em textos/livros
ESCOLA X DIAGNÓSTICO
● É comum o adolescente chegar ao final do
ensino fundamental com diversas
hipóteses diagnósticas:
○ TDAH
○ Problemas emocionais/ familiares
○ Falta de empenho

● Fundamental o papel do professor/ escola


na prevenção do diagnóstico tardio e da
condução adequada do processo ensino-
aprendizagem
Transtorno do
4 Espectro
Autista
CARACTERÍSTICAS GERAIS
● O Transtorno do espectro austista (TEA) é um
distúrbio genético do desenvolvimento cerebral;

● Caracterizado por deficiências persistentes em


comunicação social e padrões restritos, repetitivos
e estereotipados de comportamentos, interesses
ou atividades;

● Pode se manifestar durante a primeira infância ou


somente mais tarde;*

● Aproximadamente 20% a 30% das crianças


desenvolvem epilepsia, e cerca de 30% apresentam
deficiência intelectual, outras apresentam um
desenvolvimento na média ou acima da média;**

● É comum observar um perfil cognitivo irregular em


pacientes com TEA, também podem existir outras
afecções coexistentes associadas ao transtorno.***
SINAIS DE ALERTA
6 MESES
Não tem sorriso
18 MESES
Não fala palavras que não
9 MESES sejam mama, papa 36 MESES
Não busca interação Não busca ou evita
emitindo sons, careta ou interação com outras
sorrisos crianças
24 MESES
Não fala frases com 2
12 MESES palavras que não seja
Não balbucia, não repetição
responde ao nome, não
aponta
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

ATRASO GLOBAL DO SÍNDROME SÍNDROME


DESENVOLVIMENTO DE RETT DE LANDAU

DÉFICIT DISTÚRBIO DO
DESENVOLVIMENTO
AUDITIVO DA LINGUAGEM
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
● Não há cura, o tratamento visa
uma melhor qualidade de vida

● Para o tratamento necessário uma


equipe multidisciplinar com:
pediatria, neurologia, psiquiatria,
pedagogia, fonoaudiologia, terapia
ocupacional e fisioterapia

● Desenvolver habilidades sociais

● Melhorar a qualidade do padrão de


comunicação verbal e não verbal
com a utilização do PECS (figuras)

● Musicoterapia
AUTISMO X ESCOLA
● As especificidades da síndrome podem interferir no
aprendizado e na inclusão social desses indivíduos em
ambientes educacionais
○ A proximidade física com os colegas
○ Dificuldade em aprender regras sociais
○ Falta de compreensão de instruções verbais
○ Incapacidade em utilizar a linguagem falada

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da


Educação Inclusiva
Tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação
Mapa Mental
Referências
Bibliográficas
Nelson Tratado de Pediatria, Capítulo 11: A Criança em Idade Escolar| Robert M. Kliegman, MD,
Bonita F. Stanton, MD, Nina F. Schor, MD, PhD, Joseph W. St. Geme III, MD and Richard E.
Behrman, MD,https://evolution.com.br/epubreader/9788535275889

RODRIGUES, Sônia. Dislexia na escola: identificação e possibilidades de intervenção. Revista


Psicopedagogia, São Paulo, v. 33, n. 100, p. 1-7, 12 abr. 2016. DOI Pepsic. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0103-84862016000100010&script=sci_abstract&tlng=pt
Acesso em: 25 ago. 2021.

GADIA, Carlos; TUCHMAN, Roberto; ROTTA, Newra. Autismo e doenças invasivas de


desenvolvimento. Jornal de Pediatria, [s. l.], 2004. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/jped/a/mzVV9hvRwDfDM7qVZVJ6ZDD/?lang=pt. Acesso em: 25 ago. 2021.

GOMES, Rosana; NUNES, Débora. Interações comunicativas entre uma professora e um aluno
com autismo na escola comum: uma proposta de intervenção. Scielo, [s. l.], 2014. DOI
https://doi.org/10.1590/S1517-97022014000100010. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ep/a/6JWFNKsfBYDLGxxfjhD3JjP/?lang=pt. Acesso em: 26 ago. 2021.
PEREIRA, Heloisa S.; ARAðJO, Alexandra P. Q. C.; MATTOS, Paulo. Transtorno do déficit de atenção
e hiperatividade (TDAH): aspectos relacionados à comorbidade com distúrbios da atividade m
otora. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, [S.L.], v. 5, n. 4, p. 391-402, dez. 2005.
FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1519-38292005000400002.

SANTOS, Regina; VIEIRA, Antônia. Transtorno do Espectro do Autismo (TEA): do reconhecimento à


inclusão no âmbito educacional. Universidade em Movimento: Educação, Diversidade e Práticas
Inclusivas, [s. l.], v. 3, ed. 1, 2017. Disponível em:
https://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/includere/article/view/7413. Acesso em: 26 ago. 2021.
O lar é nosso ponto de partida.
À medida que crescemos
O mundo se torna mais estranho, mais complexos os
padrões
De morrer e viver.
Não o momento intenso
Isolado, sem antes nem depois.
Mas uma vida ardendo em cada momento.

T.S. Eliot, “East Coker”, Four quartets.


Obrigada

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