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ACADEMIA MILITAR SAMORA MACHEL

TRABALHO FINAL

1. Prevalência das dificuldades, problemas e os transtornos de aprendizagem


no contesto moçambicano

Introducao

A educação Mocambicano tem passado por vários desafios, merecendo destaque as


dificuldades de aprendizagem que vêm cada vez mais sendo apresentadas e
diagnosticadas entre alunos nas escolas, foi percebido a carência dos professores sobre a
percepção dos mesmos terem conhecimentos e estratégias pedagógicas distintas que
promova inclusão e bem estar dos alunos frente a cada tipo de dificuldade apresentada.

Em Mocambique, atualmente, presenciamos muitos problemas na educação pública e


privada, como o abandono escolar e a falta de motivação de muitos alunos que passam
pela escola sem mesmo conseguirem se alfabetizar. Muitas são as queixas e angústias
dos professores em relação à falta de concentração e motivação dos alunos, além da
violência e indisciplina que cresce juntamente com os problemas de aprendizagem.

As dificuldades precisam ser compreendidas, possibilitando buscar as intervenções


necessárias, trabalhar as lacunas existentes e assim permitir que todos consigam
aprender efetivamente, pois, apesar de cada indivíduo ter a sua maneira particular de
adquirir conhecimento, alguns parâmetros, dentre eles a idade cronológica, precisam ser
seguidos dentro do contexto educacional, propiciando o reconhecimento do atraso
escolar e quais as suas principais causas.

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O presente trabalho apresenta os seguintes objetivos: identificar as dificuldades,
problemas e os transtornos de aprendizagem como componente da realidade no contesto
escolar.

1.1. Dificuldades de aprendizagem no contexto escolar

A aprendizagem é o resultado de uma organização dos esquemas mentais desenvolvidos


em diferentes estágios com influência do ambiente, assimilação dos valores culturais e
demais aspectos funcionais, conceituada como a capacidade de compreender, conhecer
e observar as informações obtidas.

Dificuldade de aprendizagem é um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de


transtornos manifestados por dificuldades significativas na aquisição e uso da escuta,
fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Estes transtornos são
intrínsecos ao indivíduo, supondo-se que são devido à disfunção do sistema nervoso
central, e podem ocorrer ao longo do ciclo vital. (SMITH, 2012).

As dificuldades de aprendizagem podem surgir na vida do aluno de várias maneiras,


como: o baixo desempenho escolar, dificuldades na leitura, matemática, inabilidade
social, intelectuais e motoras, sendo todas diagnosticadas. O diagnostico é uma
iniciativa essencial para evitar possíveis complicações e comprometimento do
problema, para assim, da inicio ao tratamento do problema.

Assim sendo, atualmente cada vez mais crianças no contexto escolar vem apresentando
dificuldades de aprendizagem e sendo diagnosticadas, destacando-se assim, as mais
comuns entre aquelas apresentadas nas escolas, tais como: Dislexia, Discalculia,
Disortográfia, Disgrafia, Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH).

1.1.1. Factores associados

Actualmente, acredita-se na origem dos Transtornos de Aprendizagem a partir de


distúrbios na interligação de informações em várias regiões do cérebro, os quais podem
ter surgido durante o período de gestação

Existem factores sociais que também são determinantes na manutenção dos problemas
de aprendizagem, e entre eles o ambiente escolar e contexto familiar.

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1.1.2. Problemas de aprendizagem
Os transtornos neurobiológicos, ocorrem fundamentalmente por desvio nessa estrutura.
Quando a estrutura neurobiológica é afectada, a criança ou adulto, pode apresentar
problemas cognitivos, que afectam a atenção, impulsividade, problemas na fala e
motores, entres outros.

Considerar esses transtornos de aquisição um problema estritamente dos adultos,


ignorar lhos se reflextem nas dificuldades de ensino. Na fase escolar pode-se apresentar
certas dificuldades em realizar uma tarefa, que podem surgir por diversos motivos, que
tambem se incluim: problemas na proposta pedagógica, preparação do professor,
problemas familiares ou défices cognitivos, entre outros.

Com frequência escuta-se conversas entre professores apresentando reclamações de


alunos que não prestam atenção nas aulas, que não param quietos e que atrapalham os
colegas, para entendermos o que são transtornos de aprendizagem, é preciso ter muito
bem esclarecida a definição da neurobiológica.

Todavia, (Leite, 2012) diz que o processo de ensino-aprendizagem em sala de aula fazse
necessário na interação entre professor-aluno em uma relação que venha a promover
afetividades de ambos. Por meio da relação afetiva entre professor-aluno o mesmo
sentirá e perceberá o desconforto do aluno ao aprender e ver que algo não o deixa bem.

E ao se falar nos momentos ou encontro pedagógicos, o mediador ao optar ou escolher


determinadas atividades ou estratégias para serem trabalhadas em sala de aulas com
alunos comdificuldades de aprendizagem devem ser assertivo na hora de manejar e
transmitir conhecimentos.

De acordo com (Trevisol & Souza, 2015), sendo o professor que ira promover
aprendizagem e o intermediário ao repassar práticas e conteúdo com o intuito em
objetivar aprendizagem o mesmo deve ter a consciência de sempre buscar se atualizar e
se aperfeiçoar para assim manejar na sala de aula ou trabalhar com dificuldades e
desafios que são constantes na educação Mocambicana.

Ainda de acordo com (Costa, 2012), merece salientar a função e o papel que a família
exerce na vida das crianças, a mesma estando presente desde os primeiros anos de vida
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atuando como intermediaria na hora de influenciar, tornando-se assim, uma das
responsáveis por seu desenvolvimento escolar. Assim, a família precisaria repensar
comportamentos e influências que assume sobre as crianças com dificuldades de
aprendizagem, facilitando assim, o processo a parti de mudanças que possam pensar em
contribuições positivas, evitando mais dificuldades e complicações no âmbito escolar,
podendo assim, ajudar a criança dando-lhe apoio necessário para superar dificuldades
existentes, estabelecendo um contato ativo com a escola para que ambos promovam
uma relação de benefícios e comunicações sobre o problema.

1.2. Transtornos de aprendizagem no contexto escolar

Os transtornos são inerentes ao ser afetado que recebe a informação adequadamente,


porém há uma falha na integração, processamento e armazenamento, resultando em uma
saída de informações com problemas.
Ao tratar dos transtornos de aprendizagem, nota-se que eles podem estar ligados a
deficiências orgânicas, resultado de alterações anatômicas funcionais do cérebro,
desenvolvendo cinco de dislexia, disgrafia, discalculia, disortografia e o TDAH
(Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperactividade). Estes transtornos encontram-
se entre os mais recorrentes na escola e assumem a nomenclatura de transtornos
específicos da aprendizagem.
1.2.1. Classificação dos transtornos de aprendizagem
 Dislexia
A Dislexia é defina como o síndrome que afecta a identificação e memorização de
letras, grupos de letras, altera a ordem e o ritmo na colocação e ma estruturação das
frases, afectando a leitura e a escrita. Este transtorno da leitura é diferente a ser lento na
aprendizagem.

A Dislexia é um distúrbio da leitura, no qual a criança fica impossibilitada de ler


fluentemente. Ocorre a inversão e omissão de sílabas deixando qualquer tipo de texto
com a interpretação comprometida, como consequência a habilidade de leitura esperada
é afetada, infelizmente, a identificação somente acontece depois da alfabetização.

Dessa forma, pode-se afirmar que se trata de um transtorno específico das habilidades
de leitura, que sob nenhuma hipótese está relacionado à idade mental, problemas de
acuidade visual ou baixo nível de escolaridade.

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Funções neurológicas que intervém na adquisição e desenvolvimento da leitura:

 Controlo ocular: (capacidade para deslizar a vista sobre as letras).


 Orientação espacial: (captar as letras e palavras desde a esquerda).
 Retenção da informação: (traço da formas das letras, características
diferenciais, etc.).
 Sequencia verbal: (é a compreensão do sentido estrutural da frase).
 Abstracção e categorização. (processos básicos utilizado no processamento da
informação, é fazer a equivalia as coisas que se percebem como diferentes,
agrupar objectos, acontecimentos, pessoas em classes. Em efeito, classificamos
ou categorizamos objectos, acontecimentos, acções, percepções, emoções,
entidades realizando categorizações sociais.

Causas determinante-dislexia

Já se tem noção das origens das dificuldades de aprendizagem. Para o caso da


DISLEXIA, existem factores hereditários que predispõem o aparecimento da mesma,
mais também pode ter origem: causas genéticas, dificuldades na gravidez ou no parto,
lesões cerebrais, problemas emocionais, deficit espácio-temporais, dificuldades de
adaptação a escola.

De acordo com Ferreira (2015, p.12) “pessoas com dislexia têm dificuldade em entender
a relação entre as letras e os sons. Costumam confundir sons como d/f, p/b, f/v, o que
provoca incapacidade na pronuncia”.

Assim a compreensão fica em grande parte prejudicada, as capacidades fonêmicas são


menores, por isso, os recursos cognitivos ficam restritos e a leitura então se trona física
e psicologicamente muito difícil.

 Disgrafia

É a dificuldades da aprendizagem que apresenta complicações de coordenação dos


músculos da mão e braços impedindo o domínio e direcção do instrumento da escrita
(lápis, caneta, etc) de forma adequada para escrever de forma legível e ordenada.

Na disgrafia, uma perturbação viso motora, faz com que a qualidade da escrita seja
desorganizada, na forma das letras e palavras, com deformidades nos traços pouco
precisos e a criança não é capaz de idealizar uma recepção condizente no papel ou outra

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superfície, espaços em branco, tem lentidão e macro grafia ilegível. Considera-se que a
disgrafia é uma dificuldade relacionada à execução do grafismo, existindo a falta de
regularidade e mau controle na escrita.

 Tipos de disgrafia

Existem dois (2) tipos de disgrafia: A Disgrafia Adquirida consequência de uma lesão
cerebral devido a um acidente ou doença e a disgrafia evolutiva, a qual vai aparecendo
durante a aprendizagem da escrita.

Dentro da disgrafia evolutiva, aparecem a disgrafia disléxica, em que não há capacidade


de fazer relações entre os sistemas, símbolos e grafias representadas pelos sons e a
caligráfica, com o aspecto das letras desproporcionais, pouca ou muita pressão no lápis.

Causas determinante- disgrafia

 Tipo Maturativo: (deve-se a transtornos ou deficit no desenvolvimento da


lateralização).
 Tipo Caracterial: (deve-se a factores da personalidade, afectivos).
 Tipo Pedagógicas: (deve-se as deficiências no processo de ensino, orientação
inadequada: iniciar com letra script e logo mudar para cursiva,…….).
 Tipo óptico-espaciais: (problemas para processar o que se vê).
 Tipo dificuldade para processar a linguagem: (problemas para processar e dar
sentido a aquelo que escuta).

Tratamento determinante- disgrafia

O tratamento baseia – se em técnicas aplicadas a escrita conjugando dois metodologias:


analítica- sintética e a estimulação linguística global.

Técnicas não gráficas: Actividades Psicomotrizes

• Coordenação dinâmica geral e manual.


• Esquema corporal.
• Controlo da postura e o equilíbrio.

Disortografia transtorno da expressão escrita

É a dificuldade específica das formas ortográficas, afecta as palavras no seu traço. Se


manifesta pelo desconhecimento ou negligencia das regras gramaticais, esquecimento,

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confusão nos artigos e pequenas palavras correntes. O individuo ao escrever, apresenta
alterações que afectam a correspondência entre o som e o signo escrito (omissões,
adições, substituições, deslizamentos das sílabas, letras).

Suas principais características são: troca de grafemas, desmotivação para escrever,


aglutinação ou separação indevida das palavras, falta de percepção e compreensão dos
sinais de pontuação e acentuação.

A disortografia é a escrita incorreta, com erros e substituições dos grafemas, uma


alteração atribuída às dificuldades nos mecanismos de conversão das letras e dos sons
que interfere nas funções auditivas superiores e nas habilidades linguísticas e
perceptivas. (FERNÁNDEZ, 2012).

As composições dos textos escritos demonstram desorganização na elaboração dos


parágrafos, a pontuação das frases mal elaboradas impede o entendimento da
mensagem. Frequentemente não é identificada no meio pedagógico, chega a ser
associada à ideia de que a criança tem preguiça de escrever corretamente, fator
agravante do diagnóstico.

Um transtorno apenas de ortografia ou caligrafia, na ausência de outras dificuldades da


expressão escrita, em geral, na apresentação de um diagnóstico de Transtorno da
Expressão Escrita se faz muito diferente para cada individuo.

Neste transtorno geralmente existe uma combinação de dificuldades na capacidade de


compor textos escritos, evidenciada por erros de gramática e pontuação dentro das
frases, má organização dos parágrafos, múltiplos erros ortográficos e fraca caligrafia, na
ausência de outros prejuízos na expressão escrita.

Sinais mais frequente-disortografia

Erros de carácter Linguístico-Perceptivo:

• Substituição de fonemas vocálicos ou consonânticos igual com ponto e modo


de articulação: Coração – curação, Pato – patu, discriminação = (separa
algo= cor)-descriminação= (tirar a pessoa do crime).
• Omissões e adições, inversões e rotações, uniões e separações: adição de ”h“
substituição de “r” por “rr”.

Errores de carácter viso auditivo

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• Dificuldades para realizar sínteses e associações entre fonema e grafema, mudar
uma letra por outra sim sentido (b-p)

Erros com relação ao conteúdo

• Uniões de palavras.
• Separações de sílabas que compõem uma palavra.
• União de sílabas.

Erros referidos as normas ortográficas

• Não por “m” antes da “p” e “b”.


• Não cumprir com as regras de pontuação.
• Não respeitar a regra do uso das maiúsculas.

Tratamento da disortografia
Se devem evitar os ditados, copias, listas de palavras, criar um ambientes letrados, (o
que se escreve na sala de aula seja como modelo para que serva como apoio para a
memorização, uso de modelos em objectos diversos com similares características
(cartazes com letras de cores=por em vermelho a letra da dificuldade), intervenção
específica sobre a ortografia (exercícios para: substituição de fonema por outro,
substituição de letras iguais, omissões e adições, inversões e rotações, uniões e
separações.

Intervenção em factores associados:

Exercícios de percepção, discriminação, memoria visual, auditiva, organização e


estruturação espacial, vocabulário.

• Discalculia

É a dificuldade para cálculos e números, de modo geral os portadores não identificam os


sinais das quatro operações básicas (+, -, x, ÷) e não sabem usá-los, não entendem
enunciados de problemas, não conseguem quantificar ou fazer comparações, não
entendem sequências lógicas.

Esse problema é um dos mais sérios, porém ainda pouco conhecido.

A discalculia trata-se de uma dificuldade diretamente relacionada à matemática, a qual


é responsável por provocar o baixo desempenho em atividades de cálculo aritmético.

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Pode manifestar-se pura, atingindo cerca de 1% dos portadores ou vir associada a outras
dificuldades como a dislexia transtornos como o TDAH e a dislexia.

Segundo (Pinheiro e Vitalle, 2012) explicam as principais características encontradas


em alunos que desenvolvem o problema. Dentre elas, estão dificuldades em identificar
números, a troca de algarismos, por exemplo, dizer 04(quatro) ao invés de 06 (seis),
decodificar; contar e nomear a sequência correta de numerais, confusão na direção ou
apresentação das operações, medidas de comprimento, quantidade, valores em moedas,
símbolos de adição, subtração, multiplicação e divisão.

O Transtorno da Matemática, conhecido como discalculia, não é só relacionado à


ausência de habilidades básicas da matemáticas, como contagem,…., também, na forma
como o individuo associa essas habilidades com o mundo que o rodeia.

Frequentemente se relaciona, este fenómeno, com a dislexia, disgrafia, transtornos de


atenção, problemas perceptivos. Se fala de discalculia, quando o rendimento académico
do individuo sobre operações de cálculo matemático esta significativamente a baixo da
media ou esperado, tendo em vista a sua idade, nível escolar.

Sinais mais frequente-Discalculia

Alteração da leitura e escrita de números, da capacidade de dispor números numa


adequada ordem espacial, confusão de lugar das cifras numéricas, dificuldades para
ordenar correctamente, dificuldades nas séries numéricas.

• Causas Discalculia
Falhas no pensamento operatório, na estruturação espacial, erros linguísticos.
Tratamento da discalculia
Trabalhar com o vocabulário numérico ou quântico: (refere-se as expressões que
indicam noções de quantidades: acrescentar, tirar, repetir varias vezes, distribuir, muito,
pouco, nada, alguns, etc), estruturação e organização do espaço temporal, orientação
espacial, noções de matemáticas básicas, classificação, seriação, actividade de contar,
reforço de operações básicas primeiro a nível concreto e logo passar a representações
gráficas.

• Dislalia

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Dislalia é a dificuldade na emissão da fala, apresenta pronúncia inadequada das
palavras, com trocas de fonemas e sons errados, tornando-as confusas. Manifesta-se
mais em pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou lábio leporino. Não
sole ser crónico.

Transtorno de déficit de atenção e hiperactividade

O Transtorno de Déficit de atenção e hiperactividade (TDAH) é um dos transtornos


neuropsiquiátricos mais conhecidos na infância que ocasiona sérias dificuldades para o
processo de aprendizagem.

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperactividade é um problema de ordem


neurológica, que traz consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta de
concentração e impulsividade.

Hoje em dia é muito comum vermos crianças e adolescentes sendo rotulados como
DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque apresentam alguma agitação,
nervosismo e inquietação, factores que podem advir de causas emocionais.

De origem neurodesenvolvimental, o TDAH com base neurobiológica, atinge de modo


direto o comportamento e o desenvolvimento do autocontrole humano. Os portadores
deste transtorno se distraem com facilidade pelos estímulos internos (lembranças e
pensamentos) e externos (elementos visuais e sons). San Goldstein (2006 apud.
Machado; Cezar, 2016 p. 04) afirma que O TDAH surge na primeira infância, atinge de
3% a 5% da população durante a vida, não importa quais as condições de inteligência,
nível de instrução, classe econômica ou etnia.

O transtorno é percebido com frequência em meninos, apresentando como sintomas


impulsividade e hiperatividade, já as meninas, estão mais vulneráveis a desencadear
casos de desatenção.

A maioria das crianças necessita de intervenção psicopedagógica e/ou fonoaudiológica


(ciência que abrange o ramo da comunicação oral, escrita e auditiva.) e continua
participando das aulas convencionais oferecidas pela escola.

(Machado e Cezar, 2016, p.04) conceituam e caracterizam o TDAH em quatro (04)


formatos:

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Forma hiperativo-impulsiva: Inquietação, fala excessiva, a criança não consegue fazer
atividades em silêncio.

Forma desatenta: Distração, esquecimento rápido do que aprende, não consegue seguir
instruções, não gosta de atividades que exigem esforço mental e comete erros por falta
de atenção.

Forma Combinada ou mista: A criança tende a apresentar dois conjuntos, forma


hiperativa/ impulsiva e desatenta, combinando os sintomas com frequência e maiores
gravidades.

Tipo não específico: O número de sintomas é insuficiente para se chegar a um


diagnóstico preciso, mas acabam provocando alterações no dia a dia da pessoa, dando a
impressão de que algo está errado.

O diagnóstico para cada caso exige uma ampla avaliação e acompanhamento do


histórico clínico e desenvolvimento mental para recolher e incluir dados dos adultos que
convivem com a criança avaliada. Quanto mais cedo forem diagnosticados os casos,
menores as chances do transtorno se estender para a vida adulta.

O papel da escola na educação de alunos com dificuldades e transtornos de


aprendizagem
O ingresso na vida escolar traz consigo um rol de experiências, e é neste meio que o
aluno independentemente da idade, apresentará sucesso ou dificuldades em seu
aprendizado. As dificuldades vão de áreas específicas a outras mais globais,
representando na maioria das vezes problemas em todas as atividades.

Nepomuceno e Bridi (2010 p.03) acreditam, “se a dificuldade fosse apenas originada de
danos biológicos, orgânicos ou, somente, da inteligência, para solucioná-los não
precisaria entender a complexa rede social do aluno e nem pensar nos aspectos ligados a
escola e a relação professor/aluno.

Estudos evidenciam que cabe a escola, evitar a mera recepção de conteúdos,


proporcionarem ao aluno o desenvolvimento educacional e a formação cultural básica
para viver em sociedade.

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As dificuldades de aprendizagem precisam ser consideradas não como fracassos, mas
sim, como desafios a serem superados, dando oportunidade ao aluno de se constituir ser
humano em sua totalidade.

Muitas dificuldades de aprendizagem são decorrentes da metodologia inadequada,


professores desmotivados e incompreensivos, brigas e discussões entre colegas. A
escola deve ser a segunda casa do indivíduo, um lugar onde ele possa se sentir bem e
entre amigos, contar com a professora sempre que precisar ou sempre que tiver um
problema familiar (outra causa de dificuldades de aprendizagem) e manter contato com
os outros membros da equipe escolar assim como a coordenação pedagógica. Se o aluno
sente-se à vontade para conversar com a professora. (NEPOMUCENO e BRIDI 2010,
p.07).

Escola ainda tem o dever de realizar reuniões para elaborar e apresentar soluções
voltadas aos alunos com transtornos, onde se reconheça a importância da tecnologia
assistiva de baixo custo e sejam determinadas ações a serem desenvolvidas juntamente
com os pais e toda a comunidade escolar, discutindo a adaptação do currículo e de uma
proposta pedagógica que realmente contemple a todos. As ações primordiais podem ser
desempenhadas a cada trimestre, com análise dos resultados alcançados e projetos
posteriores.

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Luís.

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