Ansiedade

Infanto-Juvenil
Ansiedade
Infanto-Juvenil
FRANCILENE TORRACA

Todos os direitos reservados. 2023

 Sobre a autora
Francilene Torraca é psicóloga clínica e psicopedagogia e
atende crianças, adolescentes e adultos em consultório
particular há 21 anos. Especialista em avaliação e tratamento
dos Transtornos de aprendizagem e em avaliação
neuropsicológica.

Coautora no livro “Mapeamento comportamental 2”, autora do

livro " A menina que não falava", e do “Manual sobre o Mutismo
seletivo”. Foi presidente da ABRAMUTE - Associação Brasileira
de Mutismo Seletivo e Ansiedade Infantil.

Atua com psicoeducação com os Pais de filhos mutistas e de

supervisão clinica de profissionais. Em 2018, realizou o maior
sonho de sua vida: é mãe da Anna Clara.

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 Ansiedade Normal x
Ansiedade Patológica

O Brasil é o país que lidera o

ranking de ansiedade no mundo

A ansiedade faz parte da vida de todas as pessoas

e é a reação emocional esperada em diversas
situações. É um termo usado para descrever um
sentimento de extrema preocupação ou
desconforto. Sentir-se ansioso é natural depois que
algo perturbador acontece, é o alerta que nos faz
agir diante do perigo, sendo importante para nossa
sobrevivência.

A ansiedade é patológica quando ela é

desproporcional à situação vivida e causa impacto
funcional no dia a dia. É a ansiedade excessiva,
persistente e causa sofrimento.

23%
população, que sofre com a ansiedade

Organização Mundial da Saúde

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 A Ansiedade Infantil

É comum as crianças ficaram ansiosas em festas de

aniversário, expectativas de passeios, apresentações
na escola, chegada de alguém querido e até antes de
uma viagem...

Mas quando uma criança sente uma ansiedade que

dura muito tempo e a impede de fazer coisas como
ir à escola ou ver os amigos, então isso se torna um
transtorno de ansiedade.

8 milhões
número estimado de crianças e adolescentes que sofrem com distúrbios de
ansiedade, equivalente a 1 % a 3% da população entre 0 e 17 anos.
Organização Mundial da Saúde

8%
das crianças em idade escolar
apresenta sintomas relevantes ou
sofre de algum Transtorno de
Ansiedade.
Fernandes, Carvalho, Izbicki e Melo

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 Sintomas da Ansiedade
Infantil
A ansiedade tem muitos sintomas e pode ser
diferente de criança para criança. Alguns sinais
comuns de que uma criança pode ter um transtorno
de ansiedade:

Problemas para dormir

Queixas de dores de estômago ou outros problemas físicos

Evitação de certas situações

Ser muito agarrado com os pais ou cuidadores

Problemas para se concentrar nas aulas ou ficar muito inquieto

Acessos de raiva

Ser muito autoconsciente

Perfeccionismo

Não falar em ambientes variados

Dificuldades para interagir socialmente

Preocupações excessivas não condizentes com sua faixa etária

Medo de uma ou mais coisas específicas

As crianças podem ser

diagnosticadas com diferentes tipos
de ansiedade, dependendo do que as
preocupa mais.

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 Causas dos Transtornos de
Ansiedade Infantil
Podem estar relacionadas a uma interação
complexa de influências, que podem ser:

influências biológicas

cognitivas

comportamentais

sociais

O peso desses fatores causais

pode variar entre as crianças

Desse modo, tornam-se fatores de risco:

o temperamento vulnerável da criança

o comportamento dos pais (fatores de

personalidade e estresse)

fatores ambientais, como baixo nível

socioeconômico, abuso infantil, criminalidade,
uso de álcool e drogas pelos familiares, entre
outros.

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 A Ansiedade na Adolescência
A adolescência é uma etapa do desenvolvimento
humano assinalada por várias modificações. Do
ponto de vista da saúde mental, representa um
momento em que podem se manifestar diversos
transtornos.

A adolescência é um período crucial para o

desenvolvimento de hábitos sociais e emocionais
importantes para o bem-estar mental.

Em adolescentes a ansiedade também é uma questão

importante de prejuízo à saúde mental.

jovens de 10 a 14 anos 3,6% estimativa de jovens

brasileiros que sofrem
de ansiedade.
jovens de 15 a 19 anos 4,6%
0%
1%
2%
3%
4%
5%

36%
dos jovens brasileiros
desenvolveram quadros de
ansiedade e depressão durante a
fase mais aguda da pandemia da
Covid-19.
Instituto de Psiquiatria da
Universidade de São Paulo (USP)

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 Sintomas da Ansiedade na
Adolescência
É comum ouvirmos relatos de adolescentes que, devido a
ansiedade exacerbada experimentada na infância,
constatam que a ansiedade piorou.

Por outro lado, pode acontecer de adolescentes que não

estavam ansiosos anteriormente, de repente começarem a
ficar ansiosos na adolescência.

Comportamentos que podem ser um sinal de ansiedade do

adolescente:
Medos e preocupações recorrentes sobre partes rotineiras da vida cotidiana

Irritabilidade

Problemas de concentração

Extrema autoconsciência ou sensibilidade às críticas

Retirada da atividade social

Evitar situações difíceis ou novas

Queixas crônicas sobre dores de estômago ou de cabeça

Queda de notas ou recusa escolar

Busca de recompensa imediata

Problemas de sono

Uso de substâncias

A ansiedade muitas vezes leva à depressão. À medida que

adolescentes ansiosos começam a fazer cada vez menos, a depressão
aumenta.

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 Causas dos Transtornos de
Ansiedade na Adolescência

A questão das mudanças hormonais, por si só seria o

suficiente para conturbação corporal e psicológica nos
adolescentes.

A família parece ser o principal indutor de estresse para a

manifestação da ansiedade.

Sentimentos de medo, depressão, negativismo

insegurança e incapacidade de estabelecer relações
afetivas dos adolescentes coincidem com o grande
número de famílias desunidas e desintegradas, de pais
ausentes, imaturos, incompreensivos, dominadores,
desajustados, que não podiam dar apoio a eles.

O uso das redes sociais é um fator que tem sido

relacionado ao agravamento dos sintomas de
ansiedade em adolescentes.

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 Como os pais podem
identificar a presença de um
Transtorno de Ansiedade nos
filhos?
Para reconhecer a presença de um transtorno de
ansiedade, os pais devem responder a algumas
perguntas, como:

De que forma a ansiedade perturba o comportamento do filho?

De que forma a ansiedade afeta a qualidade de vida do filho?

De que forma a ansiedade impactou o desenvolvimento do filho?

De que forma a ansiedade do filho altera/afeta/impacta a

convivência em família?

O objetivo destas perguntas é estabelecer uma

distinção entre a ansiedade normal e a patológica.

Embora a medicação possa ajudar crianças e

adolescentes ansiosas, a indicação de primeira escolha
é o tratamento psicoterápico na abordagem terapia
chamada terapia cognitivo-comportamental (TCC),
devido as evidências científicas de melhor prognóstico.
Para crianças e adolescentes com ansiedade intensa, a
recomendação é a TCC combinada com medicamentos.

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 Tipos de Transtornos de
Ansiedade Infantojuvenil

O DSM-5 -TR descreve alguns transtornos de

ansiedade que podem acometer crianças e
adolescentes, dentre eles:

TRANSTORNO DE MUTISMO SELETIVO

ANSIEDADE DE
SEPARAÇÃO
Caracterizado pelo medo
excessivo e anormal que a
criança sente em separar-se de
suas figuras de apego ou de sua
casa, de modo que isso
prejudique seu desenvolvimento.
ANSIEDADE SOCIAL
Se trata do medo excessivo
diante de estranhos ou situações
de contato social com muitas
pessoas em que existe a
possibilidade de sentir-se
avaliado,
Caracteriza por uma
incapacidade persistente de
falar em situações específicas,
nomeadamente sociais, nas
quais existe a expectativa da
fala.
PÂNICO
Caracterizado por ataques
repentinos de medo ou
desconforto intenso em que há
presença de ansiedade muito
forte e medo de morrer, sendo
constante o medo de que novos
episódios possam ocorrer.

AGORAFOBIA
Caracterizada pelo medo ou
evitamento de situações e
ambientes muito pequenos, com
muitas pessoas ou sem saídas
próximas, em que o sujeito possa
sentir-se humilhado ou passar
vergonha; o medo e a ansiedade
geralmente são
desproporcionais ao perigo
apresentado.
TRANSTORNO DE
ANSIEDADE
GENERALIZADA
Se manifesta por meio do
sentimento de insegurança,
ansiedade e preocupação
persistente que a criança
apresenta diariamente.

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Material Desenvolvido por Francilene Torraca

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