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ISBN 978-65-00-34721-0
CDD 371.914
SUMÁRIO
Apresentação........................................................................04
Introdução.............................................................................06
O que é Mutismo Seletivo...................................................10
Principais características.....................................................12
Diferença entre mutismo e timidez...................................13
Como os pais podem ajudar...............................................14
Como os professores podem ajudar.................................17
Vamos quebrar o silêncio....................................................21
Referências............................................................................23
Perguntas...............................................................................24
Esta cartilha nasceu a partir dos estudos sobre Mutismo Seletivo empreendidos de 2019 a 2021 por Adriana
Vidotti Lopez Lucas, no Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Saúde da Universidade
Anhanguera de São Paulo, com orientação do Prof. Ivair Donizete Gonçalves (in Memoriam), complementada
por Nielce Meneguelo Lobo da Costa.
O Mutismo Seletivo (MS) é um transtorno de ansiedade infantil complexo caracterizado pela dificuldade do
indivíduo em se comunicar verbalmente em situações sociais particulares. Ele atinge sobretudo crianças a
partir de cinco anos, o que por consequência faz com que a escola seja um importante cenário para a
superação da ansiedade e de obstáculos diversos para o desenvolvimento integral do indivíduo. Os sintomas e
as condições podem variar de um indivíduo para outro, mas tendem a gerar sofrimento a cada um deles a
aqueles à sua volta. O MS pode se estender pela adolescência e pela vida adulta sem ser de fato diagnosticado
(RIBEIRO, 2013).
A discussão do tema Mutismo Seletivo entre os educadores e a comunidade escolar ainda é pouco frequente,
embora esse transtorno de ansiedade atinja um número expressivo de escolares, o que evidencia a pertinência
dessa cartilha como forma de disseminação de informações sobre a temática e estímulo à promoção de
reflexões entre os envolvidos na lida com a criança em idade escolar.
O objetivo com essa cartilha é o de alcançar pais, responsáveis, professores, cuidadores de crianças e
público interessado, sobretudo na comunidade escolar.
Entendemos que informações corretas, acessíveis e práticas podem auxiliar a superar dificuldades e
contribuir para o bem-estar geral.
É com satisfação que apresentamos essa cartilha e agradecemos a todos os que, ao longo do
mestrado em Ensino de Ciências e Saúde, colaboraram com e para o desenvolvimento da pesquisa,
da qual a cartilha se deriva.
Desejamos que a leitura seja útil a todos, sejam eles pais, professores e membros da comunidade
escolar!
Esta psicopatologia pode ocorrer associada a outros problemas, segundo preconiza Ford et al. (1998
apud Figueiras, 2017, p. 06), como "a enurese, défices de atenção, hiperatividade, comportamento
desafiante/oposicional, problemas de humor, fobia social, ataques de pânico, comportamentos
obsessivo-compulsivos, reações de stress pós-traumático e dificuldades de ajustamento". A
preocupação com o Mutismo Seletivo está na limitação do desenvolvimento e a forma como essa
perturbação condiciona a qualidade de vida da criança, nomeadamente no que concerne ao
rendimento escolar, que, em situações futuras, poderá levar a dificuldades no desempenho laboral, ou
ainda na capacidade de comunicação social (APA, 2014).
O Mutismo seletivo começa a ser percebido, em geral quando a criança inicia a vida escolar
e a interação social em um ambiente diferente do da família. O transtorno pode se agravar
pela dificuldade de enfrentar o desafio de interagir podendo se recusar a ir à escola,
manifestando aversão a deixar os pais e ficar autonomamente nos locais sociais, relatando
dores de cabeça ou barriga, apresentando perturbações de sono e irritabilidade. Conforme
Ribeiro (2013) e Mello (2017), é importante o aconchego da família, a paciência e o trabalho
em parceria com professores e pais.
Fonte: criancasespeciais.com.br/o-que-e-mutismo-seletivo.
VOCÊ CONHECE OU CONVIVE COM CRIANÇAs
QUE APRESENTEM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:
É comum que crianças tímidas fiquem mais caladas em ambientes nos quais se
sentem inseguras e isso por si só não é nenhum problema.
O mutismo seletivo vai além, a criança não consegue se comunicar mesmo após
o período de adaptação no ambiente novo e isso causa um sofrimento enorme
não só na criança mas em toda a família. Em casos extremos a criança só
consegue falar com os pais, ficando muda até mesmo na presença de outros
membros da família.
COMO POSSO AJUDAR MEU
FILHO COM MUTISMO SELETIVO?
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COMO POSSO AJUDAR MEU ALUNO
COM MUTISMO SELETIVO?
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VAMOS QUEBRAR O SILÊNCIO
BARTHOLOMEU, D. et al. Traços de personalidade, ansiedade e depressão em jogadores de futebol. Rev. Bras. Psicol.
Esporte, v.3, n.1, 2018.
FIGUEIRAS, A. Fatores de eficácia na intervenção clínica no mutismo seletivo: estudo de caso. Tese (Doutorado em
Psicologia) - Universidade do Minho Escola de Psicologia, Lisboa. Portugal, 2017.
LIMA, C. et.al. Bases fisiológicas e medicamentosas do transtorno da ansiedade. Res. Soc. Develop., v.9, n.10, p.8-10,
2020.
Graduada em Enfermagem pela Universidade Bandeirante de São Paulo (UNIBAN), pós-graduada em Auditoria e Pesquisa em Saúde pela
Universidade Anhanguera de São Paulo (UNIAN) e em Urgência e Emergência pela faculdade FAPSS (Faculdade São Caetano do Sul);
Mestre em Ensino de Ciências da Saúde pela Universidade Anhanguera de São Paulo (UNIAN). É docente no curso de graduação de
Enfermagem da Universidade Anhanguera de São Paulo. Temas de pesquisa: Educação e Ciências da Saúde.
Graduada em Matemática pelo Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME – USP) e em Pedagogia pela
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de São Bernardo do Campo (FFCLSBC). Mestre em Ensino da Matemática e Doutora em
Educação: Currículo ambos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP). Tem Pós-doutorado em Ciências da Educação,
especialidade de Tecnologia Educativa pelo Instituto de Educação da Universidade do Minho, (UMINHO), Portugal. É docente e
Coordenadora do Programa de Mestrado Acadêmico em Ensino de Ciências e Saúde e docente permanente do Programa de Mestrado
Acadêmico e de Doutorado em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São Paulo. Temas de pesquisa: Formação de
professores e Educação Tecnológica.