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O AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

EUGENIA GUEDES REIS, Tathiana Mara Faculdade de Educação Paulistana – FAEP – São Paulo -SP - 2022
Eixo: Educação Inclusiva.

RESUMO
O autismo e demais transtornos do desenvolvimento estão sendo cada vez mais discutidos na área da Educação. Seja
pela questão da inclusão ou pela preocupação com a formação profissional, a Educação Infantil se torna a primeira
etapa a ser enfrentada pela criança com o diagnóstico comprovado de tais transtornos. Sendo assim, o objetivo deste
artigo é discutir com base na literatura existente o que pode ser oferecido por escolas de Educação Infantil para
receber e atender esses alunos. A pesquisa apresenta diversos autores que contextualizam os transtornos e discutem
sobre as necessidades em cada caso, concluindo a importância de discutir e contribuir para que a criança seja vista
além de sua necessidade.
Palavras-chave: Autismo. Educação Infantil. Transtornos Globais do Desenvolvimento. Aprendizado. Família e
Escola.

ABSTRACT
This paper deals with autism in an educational perspective addressing the challenges of the syndrome in the teaching-
learning process. The refections generated in this research resulted from the analysis of bibliographic writings and
references on the topic. The main objective of this study was to investigate educational aspects involving children
with autism , and to outline the role of the educator facing the situation of an autistic student in the classroom,
considered as a transforming agent , also highlighting the importance of family for learning related to intelligence and
afectivity.
Keywords: Autism. Learning. School.

INTRODUÇÃO
A história da humanidade foi construída sob teorias e práticas sociais excludentes, que afetaram a educação de forma
direta. As pessoas com necessidades especiais por exemplo, foram mantidas longe das escolas e por muitos anos,
sofreram e sofrem ainda, por não serem incluídas onde nunca deveriam ter sido excluídas. Por muito tempo foram
vistos sob aspectos clínicos, alvos de caridade ou assistencialismo e não como sujeitos sociais inclusive com direito à
educação (MAZZOTTA, 1996).
Entre movimentos de integração (o aluno precisa se adaptar às exigências da escola) e de inclusão (a escola é que
precisa estar preparada para receber todos os alunos) a história da pessoa com deficiência se escreve entre tropeços,
acertos e muita luta, seja dele mesmo, de sua família, de pesquisadores ou organizações que abracem a causa.
O fato é que o movimento mundial da educação inclusiva para todos proporcionou a abertura para alunos com
diagnóstico de autismo ou demais transtornos serem vistos e discutidos dentro do sistema de ensino também. Mesmo
apresentando dificuldades no desenvolvimento (comunicação, comportamental, motor...) o aluno deve ser atendido e
recebido pelas escolas, que precisam oferecer a ele condições de desenvolvimento e permanência. A Educação
Infantil, como primeira etapa escolar da criança, precisa estar preparada para alunos independentemente de sua
diferença, pois o processo de inclusão escolar (ou exclusão) começa ali. Mas, como a escola pode se organizar para
receber esse aluno? E o professor, o que pode e deve fazer?
Qual o papel dos pais nesse momento? Buscando atender a tais questionamentos o trabalho a seguir apresenta um
breve histórico contextualizando o autismo e demais transtornos do desenvolvimento seguidos da abordagem da
Educação Infantil no processo de inclusão desses alunos.
Almeja-se que o material apresentado sirva como subsídio para pesquisas futuras do gênero e que de alguma forma
contribua para professores da Educação Infantil diante de tal contexto.
A palavra autismo foi utilizada por Eugene Bleuler, em 1911 faz referência a um sintoma da esquizofrenia, um dos
traços da psicose.
Segundo Rodrigues e Spencer (2010, p. 19): “Bleuler propõe uma “ausência da realidade”, com o mundo exterior, e,
consequentemente, impedimento ou impossibilidade de comunicar-se com o mundo externo, demonstrando atos de
um proceder muito reservado”.
Por volta de 1980 que o autismo foi reconhecido pela primeira vez e inserido em uma nova classe de transtornos, os
transtornos invasivos do desenvolvimento (KLIN, 2006). Ainda não se sabe o que causa o Autismo, porém estudos
demonstram ser parte de um componente genético, o que se sabe atualmente sobre o autismo é que até o momento
apresenta apenas tratamento.
Contudo, há um consenso unânime no mundo de que quanto antes for diagnosticada e tratada, melhores são as
possibilidades da pessoa com síndrome ter uma maior qualidade de vida (VARELLA, 2013) Entretanto este trabalho
parte do seguinte questionamento: “como as escolas de educação infantil vem fazendo para que as interações
inclusivas aconteçam de forma significativa dentro de seus espaços? Neste sentido este artigo permitirá uma
compreensão de como ocorrem as relações sociais, didáticas e metodológicas que auxiliam na inclusão da criança
autista a partir da educação infantil.
O autismo caracteriza-se por uma tríade de anomalias comportamentais: limitação ou ausência de comunicação verbal,
falta de interação social e padrões de comportamento restritos, estereotipados e ritualizados. A manifestação dos
sintomas ocorre antes dos três anos de idade e persiste durante a vida adulta. A incidência do autismo é de cinco a
cada 1.000 crianças, sendo mais comum no sexo masculino, na razão de quatro homens para cada mulher afetada. Os
sintomas e o grau de comprometimento variam amplamente, por isso é comum referir-se ao autismo como um
espectro de transtornos, denominados genericamente de transtornos invasivos do desenvolvimento.
Foram estabelecidos critérios de classificação dos transtornos invasivos do desenvolvimento que estão formalizados
no Manual de Diagnóstico e Estatístico (DSM-IV) da Associação Americana de Psiquiatria e na Classificação
Internacional de Doenças (CID-10) publicada pela Organização Mundial de Saúde. A origem do autismo ainda é
desconhecida, embora os estudos realizados apontem para um forte componente genético. Não há um padrão de
herança característico, o que sugere que o autismo seja condicionado por um mecanismo multifatorial, no qual
diferentes combinações de alterações genéticas associadas à presença de fatores ambientais predisponentes podem
desencadear o aparecimento do distúrbio. Indivíduos autistas apresentam comprometimento na interação social, que
se manifesta pela inabilidade no uso de comportamentos não-verbais tais como o contato visual, a expressão facial, a
disposição corporal e os gestos.
Esse comprometimento na interação social manifesta-se ainda na incapacidade do autista de desenvolver
relacionamentos com seus pares e na sua falta de interesse, participação e reciprocidade social. Há comprometimento
na comunicação, que se caracteriza pelo atraso ou ausência total de desenvolvimento da fala. Em pacientes que
desenvolvem uma fala adequada, permanece uma inabilidade marcante de iniciar ou manter uma conversa.
O indivíduo costuma repetir palavras ou frases (ecolalia), cometer erros de reversão pronominal (troca do “você” pelo
“eu”) e usar as palavras de maneira própria (idiossincrática). Com relação às suas atividades e interesses, os autistas
são resistentes às mudanças e costumam manter rotinas e rituais. É comum insistirem em determinados movimentos,
como abanar as mãos e rodopiar. Freqüentemente preocupam-se excessivamente com determinados assuntos, tais
como horários de determinadas atividades ou compromissos. Alguns autistas (cerca de 20%) apresentam um
desenvolvimento relativamente normal durante os primeiros 12 a 24 meses de vida, depois entram em um período de
regressão, caracterizado pela perda significativa de habilidades na linguagem.
O retardo mental está presente em cerca de 75% dos autistas. Esses autistas com retardo mental são propensos a se
automutilar, batendo com a cabeça ou mordendo as mãos, por exemplo. As convulsões aparecem em 15 a 30% dos
casos, 20 a 50% apresentam alterações no eletroencefalograma. Além disso, em 15 a 37% dos casos de autismo ocorre
associação com outras manifestações clínicas, incluindo os 5 a 14% que apresentam alterações cromossômicas ou
alguma doença genética conhecida. As doenças genéticas mais comumente associadas ao autismo são a síndrome do
cromossomo X-frágil, a esclerose tuberosa, as duplicações parciais do cromossomo 15 e a fenilcetonúria não tratada.
Outras associações freqüentes incluem a síndrome de Down, a síndrome de Rett, a síndrome de Smith-Magenis, a
deleção de 22q13 e a neurofibromatose.
A síndrome do autismo pode ser encontrada em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e
social. Não se conseguiu até agora provar nenhuma causa psicológica, ou no meio ambiente destas pessoas que possa
causar o transtorno. Os sintomas, causados por disfunções físicas do cérebro, podem ser verificados pela anamnese ou
presentes no exame ou entrevista com o indivíduo, estas características são: Distúrbios no ritmo de aparecimento de
habilidades físicas, sociais e lingüísticas; Reações anormais às sensações, ainda são observadas alterações na visão,
audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo; fala ou linguagem ausentes ou atrasados.
Para um diagnóstico clínico preciso do Transtorno Autista, a criança deve ser bem examinada, tanto fisicamente
quanto psico-neurologicamente.
A avaliação deve incluir entrevistas com os pais e outros parentes interessados, observação e exame psico-mental e,
algumas vezes, de exames complementares para doenças genéticas e ou hereditárias. No início do século XX, a
questão educacional passou a ser abordada, porém, ainda é muito contaminada pelo estigma do julgamento social.

Nos dias de hoje, entre todas as situações da vida de uma pessoa com necessidades especiais, uma das mais críticas é a
sua entrada e permanência na escola.
Ainda hoje, embora mais sutil, pratica-se a “eliminação” de crianças deficientes do ambiente escolar. Por tudo isso os
professores agora estão sendo preparados para adaptar a criança com necessidades especiais para prolongar a sua
permanência na escola dita normal. Hoje, não se pensa mais no autismo como algo incurável e já é impossível se falar
de atendimento à criança especial sem considerar o ponto de vista pedagógico. Essas crianças necessitam de
instruções claras, precisas e o programa devem ser essencialmente funcionais, quer dizer, ligado diretamente ao
portador da síndrome.
Abordar este tema é de fundamental importância e o maior desempenho depende da motivação em mostrar que essas
crianças podem se relacionar com a sociedade. Do autismo em escolas normais e não a sua segregação ou isolamento
em escolas especializadas. Este trabalho tem como objetivo mostrar a importância do pedagogo na Educação da
criança autista.
O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA ( TEA)
O autismo caracteriza-se por uma tríade de anomalias comportamentais: limitação ou ausência de comunicação verbal,
falta de interação social e padrões de comportamento restritos, estereotipados e ritualizados. A manifestação dos
sintomas ocorre antes dos três anos de idade e persiste durante a vida adulta. A incidência do autismo é de cinco a
cada 1.000 crianças, sendo mais comum no sexo masculino, na razão de quatro homens para cada mulher afetada. Os
sintomas e o grau de comprometimento variam amplamente, por isso é comum referir-se ao autismo como um
espectro de transtornos, denominados genericamente de transtornos invasivos do desenvolvimento. Foram
estabelecidos critérios de classificação dos transtornos invasivos do desenvolvimento que estão formalizados no
Manual de Diagnóstico e Estatístico (DSM-IV) da Associação Americana de Psiquiatria e na Classificação
Internacional de Doenças (CID-10) publicada pela Organização Mundial de Saúde.
A origem do autismo ainda é desconhecida, embora os estudos realizados apontem para um forte componente
genético. Não há um padrão de herança característico, o que sugere que o autismo seja condicionado por um
mecanismo multifatorial, no qual diferentes combinações de alterações genéticas associadas à presença de fatores
ambientais predisponentes podem desencadear o aparecimento do distúrbio. Indivíduos autistas apresentam
comprometimento na interação social, que se manifesta pela inabilidade no uso de comportamentos não-verbais tais
como o contato visual, a expressão facial, a disposição corporal e os gestos.
Esse comprometimento na interação social manifesta-se ainda na incapacidade do autista de desenvolver
relacionamentos com seus pares e na sua falta de interesse, participação e reciprocidade social.
Há comprometimento na comunicação, que se caracteriza pelo atraso ou ausência total de desenvolvimento da fala.
Em pacientes que desenvolvem uma fala adequada, permanece uma inabilidade marcante de iniciar ou manter uma
conversa. O indivíduo costuma repetir palavras ou frases (ecolalia), cometer erros de reversão pronominal (troca do
“você” pelo “eu”) e usar as palavras de maneira própria (idiossincrática). Com relação às suas atividades e interesses,
os autistas são resistentes às mudanças e costumam manter rotinas e rituais. É comum insistirem em determinados
movimentos, como abanar as mãos e rodopiar. Freqüentemente preocupam-se excessivamente com determinados
assuntos, tais como horários de determinadas atividades ou compromissos.
Alguns autistas (cerca de 20%) apresentam um desenvolvimento relativamente normal durante os primeiros 12 a 24
meses de vida, depois entram em um período de regressão, caracterizado pela perda significativa de habilidades na
linguagem. O retardo mental está presente em cerca de 75% dos autistas. Esses autistas com retardo mental são
propensos a se automutilar, batendo com a cabeça ou mordendo as mãos, por exemplo. As convulsões aparecem em
15 a 30% dos casos, 20 a 50% apresentam alterações no eletroencefalograma. Além disso, em 15 a 37% dos casos de
autismo ocorre associação com outras manifestações clínicas, incluindo os 5 a 14% que apresentam alterações
cromossômicas ou alguma doença genética conhecida. As doenças genéticas mais comumente associadas ao autismo
são a síndrome do cromossomo X-frágil, a esclerose tuberosa, as duplicações parciais do cromossomo 15 e a
fenilcetonúria não tratada. Outras associações freqüentes incluem a síndrome de Down, a síndrome de Rett, a
síndrome de Smith-Magenis, a deleção de 22q13 e a neurofibromatose. A síndrome do autismo pode ser encontrada
em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora provar
nenhuma causa psicológica, ou no meio ambiente destas pessoas que possa causar o transtorno.
Os sintomas, causados por disfunções físicas do cérebro, podem ser verificados pela anamnese ou presentes no exame
ou entrevista com o indivíduo, estas características são: Distúrbios no ritmo de aparecimento de habilidades físicas,
sociais e lingüísticas; Reações anormais às sensações, ainda são observadas alterações na visão, audição, tato, dor,
equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo; fala ou linguagem ausentes ou atrasados. Certas áreas
específicas do pensar, presentes ou não.

Ritmo imaturo da fala, restrita de compreensão/ comportamental” que afeta a capacidade da pessoa comunicar, de
estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente que a rodeia o autismo está presente em
algumas crianças que, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, algumas apresentam também retardo
mental, mutismo ou importantes atrasos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes e
outros parecem presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento.
O autismo é mais conhecido como um problema que se manifesta por um alheamento da criança ou adulto acerca de
seu mundo exterior, encontrando-se centrado em si mesmo, ou seja, existem perturbações das relações afetivas com o
meio. A maioria das crianças não fala e, quando falam, é comum a ecolalia (repetição de sons ou palavras), inversão
pronominal etc. O comportamento delas é constituído por atos repetitivos e estereotipado, não suportam mudanças de
ambiente e preferem um contexto inanimado. O termo autista se refere às características de isolamento e
autoconcentração das crianças. O autista possui uma incapacidade inata para estabelecer relações afetivas, bem como
para responder aos estímulos do meio. É universalmente conhecida a grande dificuldade que os autistas têm em
relação à expressão das emoções.
Muitas descrições e revisões científicas foram realizadas a respeito dos conceitos de Autismo. Em 1943, o psiquiatra
Leo Kanner observou e descreveu 11 crianças que apresentavam um quadro clínico peculiar: o principal sintoma era
uma incapacidade para se relacionar com outras pessoas e situações. Entre as características observadas, destacavam-
se a ausência de movimento antecipatório, a falta de aconchego ao colo e alterações na linguagem, como a ecolalia, a
descontextualização do uso das palavras. Apesar disso, esse grupo ainda mostrava indícios de bom potencial
intelectual e os pais das mesmas foram descritos como extremamente intelectualizados e pouco afetuosos. O Autismo
descrito por Kanner (1943), que o nomeou inicialmente como “distúrbio autístico do contato afetivo”, foi concebido
como um distúrbio primário semelhante ao descrito para a Esquizofrenia. A diferença estava no fato de a criança com
Autismo não realizar um fechamento sobre si mesma, mas buscar estabelecer uma espécie de contato bastante
particular e específico com o mundo.
A Esquizofrenia Infantil estaria relacionada a casos cujo quadro clínico se configuraria mais tarde, pois se trata de
uma desestruturação da personalidade subseqüente a uma fase de desenvolvimento aparentemente estável. Mahler
(1972) definiu o Autismo como psicose simbiótica, atribuindo a causa da doença ao mau relacionamento entre mãe e
filho. Os organicistas se baseiam na hipótese levantada por Kanner de que crianças que apresentam o quadro autista
na verdade tem uma incapacidade inata para desenvolver o contato afetivo.
Este caráter inato poderia estar relacionado a déficits em diferentes níveis comportamentais, afetivos e de linguagem,
os quais estariam relacionados a alguma disfunção de natureza bioquímica, genética ou neuropsicológica. Dentre os
autores desta vertente, chamada de psicodinamicista, destacam-se Melanie Klein (1955), Margareth Mahler (1989) e
Francês Tustin (1990), que tomam a psicanálise como eixo central. A psicanálise tem como fundamento o
determinismo psíquico, que atribui as causas do comportamento anormal à esfera psíquica e tem como objeto de
estudo as representações mentais.
Para estas autoras, apesar de enfatizarem diferenças quanto às suas postulações teóricas acerca deste transtorno, o
Autismo seria um quadro clínico que se constituiria como expressão de um quadro de psicose. Esta diferenciação
entre organicistas e psicodinamicistas contribuiu para que as formas de tratamento também fossem distintas: para os
primeiros, o tratamento deveria ser de origem mecadimentosa e comportamental, enquanto para os segundos o ideal
seria indicações de de psicoterapias para os pais. Para Gauderer (1977), esta é uma desordem comportamental e
emocional, devido a algum tipo de comprometimento orgânico cerebral, e não de origem psicogênica. Ele define,
entre suas características, uma diminuição do ritmo do desenvolvimento psiconeurológico, social e lingüístico, bem
como ouvir, ver, tocar, sentir, equilibrar e degustar.
A relação com pessoas, objetos ou eventos é realizada de uma maneira não usual, levando a crer que haja um
comprometimento orgânico do sistema nervoso central. O Transtorno Autista se apresenta como uma desordem no
desenvolvimento que se manifesta desde o nascimento, de maneira grave, por toda a vida. Ele acomete cerca de 20
entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum entre meninos do que entre meninas. Quando a menina é
acometida, normalmente os sintomas são mais graves. Ele é encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer
configuração racial, étnica ou social. Mas o que é realmente Autismo? Esta pergunta não é tão fácil de responder, pois
não se conseguiu, até hoje, uma definição e uma delimitação consensual das terminologias sobre ele. Portanto o
Autismo é uma síndrome, portanto um conjunto de sintomas, presente desde o nascimento e que se manifesta
invariavelmente antes dos 3 anos de idade.
Ele é caracterizado por respostas anormais a estímulos auditivos e/ou visuais e por problemas graves na compreensão
da linguagem oral. A fala custa a aparecer e, quando isto acontece, podemos observar uma ecolalia (repetição das
palavras), o uso inadequado de pronomes, uma estrutura gramatical imatura e uma grande inabilidade de usar termos
abstratos. Observa-se também uma grande dificuldade de desenvolver relacionamentos interpessoais, pois os autistas
não se interessam pelas outras pessoas, dispensam o contato humano e apresentam também dificuldades no
desenvolvimento de outras habilidades sociais, principalmente na linguagem verbal e na corpórea (gestos, mímicas
etc).
Estes problemas de relacionamento social aparecem antes dos 5 anos de idade, caracterizando-se, por exemplo, por
uma incapacidade de desenvolver o contato olho a olho, jogos em grupos, contatos físicos etc. A pessoa com Autismo
poderá às vezes aparecer com um choro sem controle ou pode dar gargalhadas, sorrisos, aparentemente sem causa. É
comum não apresentar medo do perigo, como altura ou automóveis se locomovendo, podendo ocorrer movimentos
corporais como o “balançar”.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é classificado em três graus: autismo leve, moderado e severo.
Etimologicamente falando, autismo vem da palavra de origem grega "autos" cujo significado é "próprio ou de si
mesmo", sendo caracterizado como um distúrbio neurológico que surge ainda na infância causando atrasos no
desenvolvimento (na aprendizagem e na interação social) da criança. Os primeiros registros datam 1911, feitos pelo
pesquisador Eugen Bleuler, referindo-se a indivíduos com perda de contato com a realidade. Mas, foi em 1940 que o
psiquiatra austríaco, Léo Kanner, definiu o termo autismo, quando identificou comportamentos e distinções diferentes
em algumas crianças como dificuldades em estabelecer relações comunicativas com outras, além de resistência a
mudanças e isolamento (CRUZ, 2014).
Um ano após Kanner, outro austríaco Hans Asperger, descreveu semelhanças em crianças descritas por seu colega, no
entanto, com aparentemente mais inteligência e sem o atraso no desenvolvimento da linguagem, o que acabou sendo
classificado mais tarde como Síndrome de Asperger. Com o avanço nos estudos na área, surgiu a denominação de
Transtornos Globais ou Invasivos do Desenvolvimento (TGD), que inclui além do Autismo e da Síndrome de
Asperger, a Síndrome de Rett e o Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação (TGDSOE).
Tais transtornos são classificados de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-
V), que considera o autismo como um espectro ao invés de um grupo de doenças distintas, o que outras edições do
manual colocavam.
Segundo Cruz (2014) os primeiros sinais tornam-se perceptíveis antes dos três anos de idade, mas em alguns casos, já
pode ser detectado logo nos primeiros meses de vida, por isso torna-se de extrema importância a observação do
comportamento e desenvolvimento da criança, seja por familiares ou profissionais envolvidos com ela (cuidadores,
professores...)
Dificuldades na comunicação social, comportamentos repetitivos e restritos, recusa para realizar atividades,
dificuldades para olhar em um ponto indicado, além da falta de resposta a estímulos, são sinais principais observados
em crianças com o transtorno, além da capacidade de memorização considerada excelente e da repetição de palavras.
A causa do autismo ainda é desconhecida, é provável que seja uma combinação de fatores, mas esse desconhecimento
contribui para polêmicas como em 1950-1960 quando o psicólogo Bruno Bettelheim dizia que a causa do autismo
seria a indiferença da mãe, denominada "mãe-geladeira". Mas, os estudos da época mostraram que não havia relação
entre laços afetivos entre pais de crianças com autismo ou sem, evidenciando a presença de distúrbios neurobiológicos
(BELISARIO JUNIOR, 2010).
A teoria do pai da Biologia Molecular James Watson (publicada pela Folha em 2009) mencionou em um congresso,
que os genes que dariam habilidades intelectuais elevadas são os mesmos que facilitariam o aparecimento do autismo
e da esquizofrenia, o que não há comprovações, mas também é hipótese de um grupo de pesquisa da Universidade do
Colorado no mesmo período citado. Especulações sobre vacinas também surgiram, mas foram descartadas ao longo
dos anos.
Recentemente, o uso do ácido fólico (vitamina que pode diminuir até 75% o risco de má formação no tubo neural do
feto, prevenindo problemas neurológicos, como anencefalia, paralisia de membros inferiores, incontinência urinária e
intestinal, retardo mental e dificuldades de aprendizagem) durante a gravidez também foi relacionado ao transtorno
por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, durante um congresso ocorrido em Baltimore
em 2016, mas nada foi comprovado até o momento.
Segundo dados da ONU, 1% da população mundial (um em cada 68 indivíduos) apresenta algum transtorno do
espectro do autismo, sendo mais comum em meninos do que em meninas (no caso da Síndrome de Asperger,
especialmente) e ocorrem independente de questões de etnia, localização geográfica ou condições econômicas.
Devido ao desconhecimento de suas causas, tratamentos preventivos ainda não são oferecidos, mas há um consenso
em afirmar que precisa ser detectado e tratado o quanto antes com rotinas e terapias específicas para cada criança e
grau de comprometimento.
Além dos profissionais da saúde envolvidos (pediatras, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais) os
profissionais da educação também fazem parte desse processo, uma vez que o atendimento especializado precisa
existir para que crianças cujo diagnóstico esteja comprovado sejam atendidas e tenham seu direito à educação
garantido.
SINTOMAS E CARACTERÍSTICAS COMUNS DO TRANSTORNO AUTISTA
Segundo a ASA – AUTISM SOCIETY OF AMERICA, “Indivíduos com Autismo usualmente exibem pelo menos
metade das características abaixo listadas. Estes sintomas têm âmbito do brando ao severo em intensidade de sintoma.
Além disso, o comportamento habitualmente ocorre através de muito diferentes situações e é consistentemente
inapropriado para sua idade”.
1.Dificuldade de relacionamento com outras crianças;
2.Riso inapropriado;
3.Pouco ou nenhum contato visual;
4.Aparente insensibilidade à dor;
5.Preferência pela solidão; modos arredios;
6.Rotação de objetos;
7.Inapropriada fixação em objetos (apalpá-los insistentemente, mordê-los);
8.Perceptível iteratividade ou extrema inatividade;
9.Ausência de resposta aos métodos normais de ensino;
10.Insistência em repetição, resistência em mudança de rotina;
11.Não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam perigo);
12.Procedimento com poses bizarras (fixar objetos ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a
passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determinada maneira os alisares…);
13.Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal);
14.Recusa colo ou afagos;
15.Age como se estivesse surdo;
16.Dificuldade em expressar necessidades (usa gesticular e apontar no lugar de palavras);
17. Acesso de raiva (demonstra extrema aflição sem razão aparente);
18.Irregular habilidade motora (pode não querer chutar uma bola mas pode arrumar blocos).
Ainda que o transtorno Autista possa vir associado a diversos problemas neurológicos e/ou neuroquímicos, não existe
ainda nenhum exame específico que possa detectar a sua origem.
Os diagnósticos são formulados sempre a partir da observação de um conjunto de sintomas apresentados pela pessoa,
os sintomas devem incluir:
a)Anormalidades no ritmo do desenvolvimento e na aquisição de habilidades físicas, sociais e de linguagem;
b)Respostas anormais aos sentidos: o autista pode ter uma combinação qualquer dos sentidos (visão, audição, olfato,
equilíbrio, dor e paladar); a maneira como a criança equilibra o seu corpo pode ser também inusitada;

c)Ausência ou atraso de fala ou de linguagem, embora possam se apresentar algumas capacidades específicas de
pensamento;
d)Modo anormal de relacionamento com pessoas, objetos, lugares ou fatos.
Veja abaixo os 14 sintomas cardeais para o reconhecimento do Transtorno Autista. Se uma pessoa apresentar pelo
menos 5 destes sintomas de forma persistente e em idade inadequada, pode-se aventar a hipótese de Autismo e a
família deve ser orientada a buscar um tratamento médico especializado.

O ALUNO COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL


O autismo e seus transtornos, são vistos como deficiências e representam uma disfunção global do desenvolvimento,
de acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). Se não há cura
descoberta, há uma melhora significativa no tratamento e a educação pode ser o mais efetivo deles. Foi após a
Constituição de 1988 que a educação passou a ser considerada um direito para todos e na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação - LDB por meio dos artigos 29 e 30 a Educação Infantil (primeira etapa da educação básica) é oferecida em
creches e em pré-escolas para alunos com diagnósticos de autismo ou demais transtornos.
De acordo com a Lei 12.764 de 27 de dezembro de 2012 (inciso IV do art.2º) para casos de diagnóstico comprovado,
o aluno terá direito a acompanhante especializado, não sendo submetido a tratamentos considerados desumanos ou
degradantes e não estando privado nem de sua liberdade e nem do convívio familiar (Art.4º).
Nas escolas, o gestor ou autoridade que se recusar a oficializar a matrícula de um aluno com transtorno ou qualquer
outro tipo de deficiência será punido com multa de três a vinte salários mínimos (Art. 4º). Para a criança com
diagnóstico comprovado de autismo ou outros transtornos do desenvolvimento já mencionados anteriormente neste
trabalho, ingressar na escola tradicional não é tarefa fácil, devido as especificidades que apresenta (dificuldades na
comunicação, na interação social e problemas no desenvolvimento de forma geral).
Para a escola também não é, além de buscar as regularizações necessárias ao cumprimento do direito da criança
diante das necessidades jurídicas e das necessidades em termos de formação profissional, há a questão da convivência
com os colegas que precisa ser trabalhada de forma esclarecedora, para que episódios de exclusão possam ser
evitados.

Para que a escola possa ser considerada inclusiva de fato, é preciso que receba e acolha os alunos independente de
suas condições de qualquer ordem que sejam, tendo como objetivo básico desenvolver uma pedagogia que seja capaz
de educar e incluir todos aqueles que apresentem dificuldades, sejam elas educacionais, temporárias ou permanentes,
conforme afirma Mantoan (2008).
Os professores das escolas que recebem alunos com tais dificuldades precisam ter suas práticas profissionais
adequadas e preparadas para atuar de forma significativa, algumas escolas até preferem professores que já tenham
experiência no assunto.
A atualização e as competências profissionais são fatores de muita importância nesse contexto, além das competências
sócio-afetivas-psicológicas, afinal nas palavras de Mantoan "Na inclusão, não é a criança que se adapta à escola, mas a
escola que para recebê-la deve se transformar" (BASILIO; MOREIRA, 2014).
Dentre os métodos ou programas educacionais mais utilizados para atender crianças com autismo, estão o Programa
TEACCH (Treatmentand Education of Autistic and Related Communication Handicapped , baseado em habilidades e
interesses, avaliação contínua, compreensão dos significados, colaboração dos pais, além do ensino das relações de
causa e efeito, comunicação e independência, trabalhados por meio de informações visuais, rotinas e previsibilidade
em ambientes naturais e com diversidade de materiais e o Currículo Funcional Natural, que visa desenvolver
habilidades para essas crianças atuarem da melhor forma possível, tornando-os independentes e criativos, além de
serem vistos como pessoas comuns e todos a sua volta devem agir com naturalidade, enfatizando mais as habilidades
do que as fraquezas, as ordens devem ser claras, sem repetição e com tempo suficiente para a resposta do aluno,
sempre com muita calma e estimulando a interagirem como amigo.
Os elogios devem ser descritivos, as ajudas físicas evitadas de forma a oportunizar as tentativas e esforços do aluno e
todo interesse deve ser visto como uma oportunidade para o ensino de novas habilidades. Nesse contexto todo, é
importante a participação dos pais, auxiliando e reafirmando o trabalho desenvolvido na escola (BOETTGER;
LOURENÇO; CAPELLINI, 2013).
A comunicação visual se torna fundamental para alunos com autismo, uma vez que contribui para o ambiente estar
estruturado de forma que ele compreenda e se sinta acolhido. Para isso, recursos (cartazes ou fichas comunicativas,
por exemplo) que ilustrem a rotina, o uso de determinados lugares (como usar o banheiro, lavar as mãos da forma
correta, guardar ou onde estão determinados brinquedos...). Materiais desse tipo estão disponíveis em diversos blogs
especializados ou nos próprios sites de ONGs ou grupos do tipo.
Devido as dificuldades enfrentadas, é comum também encontrar páginas na internet ou em redes sociais de mães de
crianças com autismo, com dicas, sugestões de atividades ou de organização de ambientes que podem ser adaptadas
para escolas e servem como fonte de ideias e uso para profissionais.
Na Educação Infantil, o autismo exige do profissional uma atuação baseada na compreensão do que precisa e pode ser
trabalhado em sala, a observação do comportamento (tanto da criança com autismo, quanto das outras crianças ao se
relacionarem com ele) e a criatividade para propor atividades que integrem as crianças, reforce atitudes positivas e
possibilitem o desenvolvimento.
Por meio do incentivo ao brincar em suas variadas formas, a Educação Infantil possibilita não só o desenvolvimento
social, como também o físico, motor e o cognitivo de maneira global, ou seja, cria condições mesmo sem ter (ou ser) o
objetivo, para que as crianças alcancem com maiores habilidades o que for estabelecido no trabalho, auxiliando no
processo de escolarização dela.
Os pais e os professores possuem papel fundamental no desenvolvimento de uma criança com autismo. Considerá-la
com criança que está em processo de descoberta, entender que suas percepções podem parecer desorganizadas, além
de sua audição que pode ser hipersensível e seu olfato aguçado, é preciso também entender e distinguir o "não quero"
de "não consigo".
É importante também lembrar que a criança com tal diagnóstico pensa "concretamente", interpretando literalmente o
que for dito e por isso, é necessário evitar trocadilhos, gírias, palavras ou expressões de duplo sentido, metáforas,
alusões ou sarcasmo.
A linguagem corporal da criança também pode ser uma fonte de informação, uma vez que seu vocabulário pode
parecer limitado e por isso sua agitação, ou isolamento podem demonstrar que algo está errado ou o incomodando. As
orientações visuais também podem funcionar, sempre respeitando os limites, considerando que "o que eu posso fazer é
mais do que aquilo que não posso" (NOTBOHM, 2005; 2016).
A autora também chama a atenção para o auxílio necessário e fundamental nas interações sociais "Se você encorajar
as outras crianças a me convidar para brincar de chutar bola, ou basquete, pode ser que eu fique muito feliz em estar
incluído".
Estruturar e definir o começo e o fim das atividades e brincadeiras pode contribuir para a participação da criança,
uma vez que expressões faciais, emoções e linguagem corporal são em sua maioria, mais complicadas para a criança
entender (NOTBOHM, 2005; 2016).
O Brasil está passando por um período de reestruturação nos métodos de ensino e aprendizagem para as crianças, com
isso abrindo novos caminhos para a inclusão social e educacional, principalmente das crianças com necessidades
educacionais especiais. Tanto escolas de rede de ensino particular e instituições públicas estão desenvolvendo formas
de possibilitar melhores condições a essas crianças, para que possam fazer uso de seus direitos.
O autismo tem como característica de se manifestar antes dos três anos de idade, em que começa a aparecer um dos
primeiros sinais que é a sua habilidade social. O autista é praticamente incapaz de desenvolver uma relação com
outras pessoas, ou seja, ele não consegue interagir com o meio social e com isso comprometendo a
comunicação.(BRITO, 2015)
Outra característica são as condutas auto agressivas ou heteroagressivas, hiperatividade e impulsividade, e foi definido
pela Organização Mundial de Saúde como um distúrbio do desenvolvimento, sem cura e severamente incapacitante. E
pode ocorrer cinco casos para cada 10.000 nascimentos. (MANTOAN, 1997).
No que se refere aos aspectos psicossociais, nota-se que os autistas têm como característica o isolamento, com isso
dificultando sua relação com as pessoas do meio em que vivem, ocasionando as deficiências de relacionamento
interpessoais e de interação com o meio.
Outra característica da criança autista é que
Ela está sujeita a se assustar com coisas totalmente inofensivas, talvez devido a um pequeno incidente anterior. […]
Por outro lado, sua falta de compreensão faz com que ignorem perigos reais.
Elas podem atravessar a rua sem se preocupar com a sinalização e no meio do tráfego, ou se equilibrar perigosamente
em bordas estreitas de um muro alto, sem medo algum.
Às vezes riem de coisas que lhe dão prazer, como uma luz piscando ou a sensação macia de algo que estejam
segurando. Outras vezes, sem razão aparente, choram lágrimas de profunda tristeza – como se o mundo fosse demais
para eles – e parecem perdidos, desnorteados e assustados. Podem, porém, ser confortados com o carinho e o contato
físico de sua mãe ou alguém que conheçam e confiem (GAUDERER, 1985, p. 120).
Porém apesar de todas as características que afasta essa criança da escola é importante salientar que essas crianças têm
direito a educação e ao dar a elas a oportunidade de alcançar e manter um nível aceitável de conhecimentos.
Entretanto o ensino de crianças pequenas deve estar adequado à realidade na qual o aluno convive e relacionada aos
conhecimentos que ele traz da vida familiar e social, pois uma criança aprende por meio de relações que estabelece
com seu meio.
A vida escolar é de grande importância na vida das pessoas e todos tem direito de participar do mundo escolar, pois é
na escola que se conhece os primeiros amigos, tem a primeira professora, ou seja é na escola que as crianças aprendem
a se socializar, trabalhar em grupo, e conseguir aprender diferenças de cada um. (BRITO, 2015)
Entretanto as instituições de ensino precisam promover uma educação de qualidade para os portadores de
necessidades especiais para que eles possam se desenvolver integralmente.

INCLUSÃO ESCOLAR
Atualmente é importante que todas as escolas estejam baseadas na educação inclusiva buscando assim atender as
necessidades individuais das crianças por meio de um planejamento que permitam aprendizagem a todos na
perspectiva de uma educação democrática. Tendo como pressuposto que toda criança tem direito a educação de
qualidade de forma inclusiva, a escola e a educação inclusiva estão presentes no dia a dia de educandos, porém para
incluir as crianças com necessidades especiais precisa estar preparada para adequá-los a forma de ensino das escolas.
[…] a escola não pode continuar ignorando o que acontece ao seu redor nem anulando e marginalizando as diferenças
nos processos pelos quais forma e instrui os alunos. E muito menos desconhecer que aprender implica ser capaz de
expressar, dos mais variados modos, o que sabemos, implica representar o mundo a partir de nossas origens de nossos
valores e sentimentos (MANTOAN, 2003, p. 12).
Nesta direção as escolas precisam se adequar as crianças especiais que necessitam de um tratamento diferenciado,
porém não de exclusão, a fim de proporcionar-lhes um ambiente acolhedor e os fazerem querer aprender sempre mais,
tornando assim uma educação inclusiva e para todos, pensando além da quantidade de alunos especiais inseridos na
educação infantil.
A inclusão dos alunos especiais nas escolas vão além do espaço, ou seja, é algo muito amplo, pois envolve a
reestruturação dos espaços físicos, sociais e socioeducativos dos processos de ensino-aprendizagem.
No que se refere a relação entre pais e professores aponta-se, que os educadores precisam realizar um trabalho com as
famílias com o objetivo dar oportunidade de sanarem suas dúvidas e no que se refere ao afastamento dos filhos
entender que pode trazer benefícios não só a eles, mas à família também, neste sentido a educação, precisa estar
voltada à socialização e integração dos autistas, pois o contato com a escola, professores e outras crianças pode ser
de grande importância. (GAUDERER, 1985).

Todavia, por mais que as escolas tenham no seu quadro de professores, profissionais capacitados, ainda são muitas as
dificuldades para o desenvolvimento da criança autista, assim, é necessário incluir o uso de métodos para ajudar o
ensino aprendizado desses alunos, com isso foi criado o método TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e
Crianças com Déficits Relacionados à Comunicação), que vem sendo utilizado no Brasil. O método TEACCH tem
como seu fundamento no estudo e experiência do Programa Estadual para Tratamento e Educação para Autistas e
Crianças com Deficiências relacionadas à Comunicação, sendo que a TEACCH busca viabilizar o atendimento às
necessidades que ocorrem no dia a dia dos autistas para proporcionando qualidade de vida (UCHÔA, 2015) Com o
método TEACCH é realizada uma avaliação conhecida PEP-R (Perfil Psicoeducacional Revisado) como forma de
avaliação de alunos para entender quais são seus maior interesse, e suas dificuldades, e assim pode organizar um
programa individualizado. Ressalta-se que o TEACCH se busca a adaptação do ambiente para na perspectiva de
facilitar a compreensão da criança em relação a seu local de trabalho e ao que se espera dele. (MONTE, 2004) .
O método tem como premissa de além de auxiliar professores, ele ainda visa no auxílio dos pais e responsáveis. É
importante salientar que os pais sempre deverão estar presentes nesses processos, pois eles também devem organizar o
espaço em casa, fazendo com que a criança se sinta melhor e segura e que se tratando de criança autista o processo
deve ser de forma lenta e adaptativa (UCHÔA, 2015).
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO ( AEE)
Devido aos prejuízos causados na comunicação e que acabam por interferir na integração com outras crianças, além
do comportamento algumas vezes inadequado, é preciso que o professor do Atendimento Educacional Especializado
(AEE) contribua orientando os profissionais da escola, auxiliando na elaboração das estratégias e planejamentos na
escola. Além disso, ele deve atuar na elaboração de recursos e na organização da rotina, de acordo com as
necessidades visualizadas para cada aluno diagnosticado com o transtorno.
O Atendimento Educacional Especializado - AEE é destinado ao atendimento de crianças com necessidades especiais,
sejam elas deficiências, transtornos do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação, sendo oferecido em
espaços como a sala de recursos multifuncionais ou nos próprios centros de atendimento especializado.
É um serviço que segue a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), que
objetiva assegurar a inclusão escolar para crianças com necessidades especiais, orientando os sistemas de ensino para
buscar a garantia de acesso ao ensino até o ensino superior.
Além disso, é um serviço que identifica, organiza e elabora recursos pedagógicos e de acessibilidade visando a
eliminação de barreiras que possam impedir a participação e o desenvolvimento de alunos nas condições já citadas
anteriormente. O AEE disponibiliza não só o ensino das linguagens e códigos de comunicação e sinalização como
também oferece a tecnologia assistiva - TA, adequando materiais didáticos e pedagógicos considerando as
necessidade de cada aluno.
Na Educação Infantil, ele se mostra por meio de serviços de intervenção precoce que objetivam a otimização do
processo de desenvolvimento e aprendizagem, relacionados aos serviços de saúde e assistência social, devendo estar
presente na Projeto Político-Pedagógico - PPP da escola que deve refletir a pluralidade das ações, ou seja, considerar
que todos são capazes de aprender, mesmo em ritmos e estilos diferentes.
Estudos mostram que o aluno autista pode vir a desenvolver a linguagem (ORRÚ, 2009), auxiliando no processo de
desenvolvimento da imaginação (comprometida devido aos transtornos e síndromes).
Segundo a autora, é por meio da compreensão do desenvolvimento das atividades e por meio da linguagem que a
criança vai agir, deixando atos mecânicos de memorização e organizando seu aprendizado. Dessa forma, a sala de
recursos multifuncionais precisa ser organizada para a realização do AEE no ambiente escolar.
Segundo a legislação, é atribuição do AEE identificar as necessidades específicas de cada criança e elaborar um plano
de ação eficiente. Mas, para que essa execução aconteça de forma plena, é preciso contar com a colaboração e
participação da equipe escolar e da família a fim de observar o desenvolvimento da criança.
Tais ações estão previstas na legislação, bem como a formação do professor do AEE, regulamentada de acordo com o
decreto N.6571/2008, que dispõe sobre o atendimento e as condições de acesso da criança no ensino comum, que
caracteriza uma ação educativa voltada à promoção da acessibilidade, conforme estabelece a Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
As atividades desenvolvidas no AEE se diferem das atividades realizadas em sala de aula comum e não substituem a
escolarização, ou seja, o atendimento complementa e ou suplementa a formação dos alunos visando a autonomia e
independência dentro e fora da escola (BRASIL, 2008).

A criança diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista tem assegurada por Lei, seu direito à educação no ensino
regular, no entanto, a qualidade do profissional e das instituições tem sido fator de grande preocupação, uma vez que,
para que de fato essa inclusão aconteça, o professor precisa inserir nos processos educativos, os apoios necessários
(sejam eles recursos humanos ou materiais), além de proporcionar a essa criança o convívio mais adequado possível,
de acordo com os parâmetros legais.
É importante reconhecer o processo de aprendizado para que depois se possa inserir a criança autista na escola e
principalmente a sua formação na etapa da educação infantil. Assim o processo de aprendizado se inicia muito antes
da criança entrar na escola, pois antes disso já possuía o contato com o meio social que lhe permite. Por esse motivo
há relevância no que concerne aos estudos em relação ao aprendizado da criança autista, é preciso que o educador
trabalhe de forma coerente pois não há receita, algo pronto que seja garantia de sucesso ou que funcione para todos.
De acordo com Mota e Pereira (2008, p.2): A aprendizagem é um processo contínuo que ocorre durante toda a vida
do indivíduo, desde a mais tenra infância até a mais avançada velhice. Normalmente uma criança deve aprender a
andar e a falar; depois a ler e escrever, aprendizagens básicas para atingir a cidadania e a participação ativa na
sociedade. Já os adultos precisam aprender habilidades ligadas a algum tipo de trabalho que lhes forneça a satisfação
das suas necessidades básicas, algo que lhes garanta o sustento. Logo, o processo de conhecimento de uma criança
dever ser de forma contínua, ou seja, cada criança assimila o conhecimento de uma forma.
É importante ressaltar que em relação ao ensino tradicional, a criança autista não está inserida nesse contexto, pois
dificulta mais ainda o seu aprendizado e a sua inserção nos anos seguintes, pois o autista tem como característica
muitas vezes de ser agressivo, com hábitos repetitivos, e muitas vezes possui dificuldade para aprender. Diante de
alguns questionamentos do desenvolvimento infantil Piaget partiu de alguns questionamentos de como se adquire o
conhecimento, e como se desenvolve a capacidade de conhecer. E buscando estas respostas, iniciou seus estudos
observando e analisando o comportamento de seus próprios filhos e crianças de sua comunidade.
Piaget (1991) denominou estas etapas em “período do desenvolvimento” como será descrito abaixo.
1ª Fase – Sensório Motor: acontece em criança de 0 a 2 anos, onde conquista através da percepção e dos movimentos,
todo o universo que a cerca.
2ª Fase – Pré-Operatório: acontece com criança de 2 a 7 anos, ocorre o aparecimento da linguagem, um fato
importante que contribui para modificações no aspecto intelectual, afetivo e social da criança.
3ª Fase – Operações Concretas: acontece com crianças entre 7 a 12 anos, rizado pelo início da construção lógica, isto
é, a capacidade da criança estabelecer relações que permitem a coordenação de pontos de vistas diferentes.
4ª Fase – Operações Formais: acontece com as crianças de 11 a 12 anos, ocorre a passagem do pensamento concreto
para o pensamento formal, abstrato. A partir dos ensinamentos de Jean Piaget, que afirma que o indivíduo é um
componente ativo no processo de aprendizagem, ou seja o sujeito aprende através de suas ações, ademais vale lembrar
que o mesmo não acontece com as crianças autistas, o seu desenvolvimento se dá de uma forma diferente das outras,
ela não consegue seguir um padrão.
Ainda em relação ao aprendizado Vygotsky (1987) defende a chamada zona de desenvolvimento proximal (ZDP) da
criança é a distância entre seu desenvolvimento real, que se determina através da solução Assim, podemos perceber
que existe uma estreita relação entre aprendizado e desenvolvimento da criança autista, ou seja, o aprendizado permite
ao indivíduo a maturação das suas funções psicológicas propiciando o seu desenvolvimento.

CAUSAS E PREJUÍZOS DO AUTISMO


As causas do autismo ainda são desconhecidas, sabe-se que existe uma base genética muito importante, trata-se de
uma perturbação global do funcionamento cerebral que afeta numerosos sistema e funções, com muitas causas que se
expressa de forma diversas (SANTO e COELHO, 2006). Benenzon (1987) destaca que em muitos de seus trabalhos
formulou a hipótese de que uma criança autista é um prolongamento patológico e do psiquismo fetal, isto quer dizer
que uma criança autista nasceu, porém não abandonou a condição de feto, a criança segue vivendo entre nós como se
continuasse vivendo dentro do ventre materno.
O autor ainda aponta aspectos relacionados a gestação como possíveis causas do autismo, descritos em seu livro O
autismo, a família, a instituição e a musicoterapia.
Através da pesquisa feita com as mães das crianças autistas, aprofundando suas sensações e sentimentos durante a
gravidez, dei-me conta que durante a gestação de uma criança autista houve angustia, duvida, rejeição e situações
dramáticas importantes que desviaram a atenção dessa mãe para situações externas. (BENEZON, 1989, p.31)
Para Benenzon (1987) é assim que a mãe se desconecta do feto e se desvincula do mesmo, o feto experimenta o
sentimento de abandono, encapsula-se, isola-se e depois do nascimento mantem essa mesma atitude.
O fator externo pode infuenciar de forma impactante o desenvolvimento neurológico de uma criança ainda no ventre,
essas infuencias permeiam o desenvolvimento também após o nascimento. Grunspon (1979) aponta que o
comportamento começa a se desenvolver de forma progressiva e mutável desde o nascimento, tornando-se estruturado
ao se alcançar a maturidade.
É sabido que o autismo pode apresentar prejuízo na linguagem da criança e prejuízo na interação social, a postura
corporal e os gestos para regular a interação social, pode se observar falha em usar adequadamente o ftar “olhar no
olho”, expressão facial, postura corporal e os gestos para regular a interação social; falha em desenvolver (de forma
apropriada) para sua idade mental relacionamento com colegas que envolvam participação mutua de interesse é
possível ainda notar fraca interação no comportamento social, emocional e comunicativo; além de apresentar falta de
procura espontânea por compartilhar diversões, interesses ou realizações com outras pessoas (VIVEIROS, 2008).

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DO ALUNO AUTISTA


O prejuízo cognitivo é bastante signifcativo, visto que as alterações orgânicas afetam partes essenciais para o processo
de aprendizagem, Parente (2010, p.14) afrma: Esses indivíduos tem um estilo cognitivo qualitativamente diferente e
distúrbio em funções que normalmente usamos para chegar ao conhecimento na escola, a interação social, a
comunicação verbal e não verbal e na imaginação.
Alguns desses alunos apresentam inteligência preservada, outros ainda possuem a capacidade de ter o hiperfoco em
determinado assunto que lhes chame atenção.
Alguns tem a habilidade de resolver cálculos mentais de forma excepcionalmente rápida, outros podem apresentar
interesse acentuado por assuntos específcos muito complexos para sua idade, é importante observar atentamente
indivíduos que apresentem tais características, para não ser confundidos e tidos como crianças que possuem altas
habilidades, e não recebendo tratamento correto acarretando e outros possíveis problemas (RAMOS, 2010).
Segundo Oliveira (2001), as funções cognitivas e intelectuais abrangem aspectos muito diversos, como a percepção, a
aprendizagem, o conhecimento, o conceito, o juízo, o raciocínio a solução de problemas, enfm tudo o que se relaciona
com a resolução de problemas.

INTERAÇÃO SOCIAL-AFETIVA E COMUNICAÇÃO DO AUTISTA


A interação social da criança autista é muito afetada por sua condição que implica também na afetividade da criança.
Elas apresentam falhas em demonstrar reações empáticas a expressões e ações afetivas de outras pessoas devido à
falta de sensibilidade social, além da falta de habilidade de estabelecer conexões sócio-afetivas os autistas observado
por Kanner (1943) apresentam severas difculdades de utilizarem a linguagem com objetivo de comunicar.
Para Campos (2008), desde de muito cedo é possível identifcar que a criança que desenvolve autismo tem em fazer
trocas sócio-afetivas por meio das relações intersubjetivas e em iniciar a comunicação através da atenção conjunta.
Difcilmente a criança autista dirige a atenção de outra pessoa para um objeto ou evento a fm de comunicar-se, a
criança autista apresenta desvio na aquisição de aspectos simbólicos e convencionais da comunicação, além de
desmontarem desordem na aquisição dos gestos, das palavras.
A autora ainda defende que a criança autista parece se relacionar com uma pessoa como se ela fosse um objeto ou uma
coisa, é nítido que falta na criança autista o engajamento pessoa-a-pessoa, a criança da pouca atenção a presença dos
outros e não se engaja social e afetivamente com eles (CAMPOS, 2008). A falha na comunicação da criança autista
caracteriza-se em geral pela difculdade em utilizar com sentido todos os aspectos da comunicação verbal e não-verbal
isto inclui gestos, expressões faciais, linguagem corporal, ritmo e modulação na linguagem verbal.
Portanto dentro das variações de severidade do autismo, pode se encontrar uma criança sem linguagem verbal e com
difculdade na comunicação por qualquer outra via, como a ausência do uso de gestos (VIVEIROS, 2008).

A FAMÍLIA NO CONTEXTO ESCOLAR


A participação da família nos processos educacionais e de reabilitação é essencial, nos trabalhos de vários autores é
perceptível, a necessidade de maior aproximação família-escola em especial no processo de orientação, para Rego
(2003) a escola e a família compartilham funções, sociais, políticas e educacionais, na medida em que contribuem e
infuenciam a formação do cidadão.
Ambas são responsáveis pela transmissão e construção do conhecimento; portanto escola e família emergem como
duas instituições fundamentais para desencadeia os processos evolutivos das pessoas, atuando como propulsoras ou
inibidoras de seu crescimento físico, intelectual, emocional e social (DESSEN e POLONIA, 2007).
Dessen & Polonia (2007) afrmam que na escola os conteúdos e os conceitos curriculares asseguram a instrução e
apreensão de conhecimentos, havendo uma preocupação central com o processo ensino aprendizado.
Já na família, para as autoras, os objetivos, conteúdos e métodos de diferenciam, fomentando o processo de
socialização, da proteção, das condições básicas de sobrevivência e de desenvolvimento de seus membros no plano
social, cognitivo e afetivo.
Quando a família e a escola mantem boas relações, as condições para um melhor aprendizado e desenvolvimento da
criança podem ser maximizadas (POLONIA e DESSEN, 2005). Sendo assim, pais e professores devem ser
estimulados a discutirem e buscarem estratégias conjuntas e especifcas ao seu papel, que resultem em novas opções e
condições de ajuda mútua (LEITE e TASSONI, 2002).
Ainda para Polonia e Dessen (2005) no que tange a inclusão da família no contexto escolar, a escola deve reconhecer
a importância da colaboração dos pais na história e no projeto escolar dos alunos e auxiliar as famílias a exercerem seu
papel na educação, na evolução e no sucesso dos flhos.
Polonia & Dessen (2005) citam pesquisas de Costa (2003), Fonseca (2003) e de Marques (2002) que têm
demonstrado os benefícios da integração família e escola, particularmente,quando o projeto pedagógico da escola abre
espaço para a participação da família e reconhece os papeis diferenciados de ambas no processo de aprendizagem e
desenvolvimento dos alunos. É o projeto pedagógico que permite uma fexibilização das ações conjuntas de forma
complementar, e o desenvolvimento de repertórios singulares a cada espaço educacional (ANANIAS, 2000 e
ANTUNES, 2003).
MODO COMO PAIS E PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO LIDAM COM O AUTISTA
A maioria das crianças autistas necessita de assistência e supervisão da parte dos adultos durante toda a sua infância.
Os pais são indispensáveis como cuidadores e devem permanecer com a criança o maior tempo possível,
estabelecendo com ela laços de confiança que são indispensáveis para o sucesso das etapas de desenvolvimento, que
se encontram alteradas. O autismo como doença crônica que é, passa a ser considerada “a doença da família”.
Estes pais manifestam-se, por vezes, culpabilizados e envergonhados pela doença da sua criança.

O técnico de saúde, seja auxiliar de ação médica, enfermeiro, médico, psicólogo ou o técnico educativo devem ter essa
noção e adequada sensibilidade para apoiar estes pais, quando os mesmos necessitam de cuidados especializados para
a criança autista nas instituições que os acolhem, sejam hospitais, colégios, centros de saúde ou de reabilitação. Esses
técnicos podem ajudar a reduzir a culpa e a vergonha que os pais sentem e nem sempre verbalizam.
A família da criança autista necessita de aconselhamento desde o início do distúrbio e na sua evolução, sendo
incentivada a cuidar da sua criança em casa, na maioria das vezes. E m alguns casos, são quase inexistentes os apoios
psicológicos, sociais e econômicos. Ultimamente fala-se muito em cortes nos projetos que têm a ver com as crianças
com necessidades especiais, essencialmente autistas. Contudo existem escolas primárias e autarquias com projetos
direcionados a estas crianças.
Os pais apóiam-se em algumas leis que são insuficientes para tratar tantos casos, tendo em atenção que “cada caso é
um caso”. Mas existe alguma dica que podem facilitar o dia-dia da família, tais como os 10 mandamentos dos pais
com crianças especiais, que são eles:
Viva um dia de cada vez, e viva-o positivamente. Você não tem controle sobre o futuro, mas tem controle sobre hoje.
Nunca subestime o potencial do seu filho. Dê-lhe espaço, encoraje-o, espere sempre que ele se desenvolva ao máximo
das suas capacidades.
Nunca se esqueça da sua capacidade de aprendizagem, por pequena que seja.
Descubra e permita mentores positivos: familiares e profissionais que possam partilhar consigo a experiência deles,
conselhos e apoio.
Proporcione e esteja envolvido com os mais apropriados ambientes educacionais e de aprendizagem para o seu filho
desde a infância.
Tenha em mente os sentimentos e necessidades do seu conjugue e dos seus outros filhos. Lembre-lhes que esta criança
especial não tem mais do seu amor pelo fato de perder com ele mais tempo.
Responda apenas perante a sua consciência: poderá depois responder ao seu filho. Não precisa justificar as suas ações
aos seus amigos ou ao público.
Seja honesto com os seus sentimentos. Não pode ser um superpai 24 horas por dia. Permita-se a si mesmo ciúmes,
zanga, piedade, frustração e depressão em pequenas necessidades sempre que seja necessário.
Seja gentil para consigo mesmo. Não se foque continuamente naquilo que precisa ser feito. Lembre-se de olhar para o
que já conseguiu atingir.
Pare e cheire as rosas. Tire vantagem do fato de ter ganho uma apreciação especial pelos pequenos milagres da vida
que os outros dão como garantidos.
Mantenha e use o sentido de humor. Desmanchar-se a rir pode evitar que seja desmanchado pelo stress.
Após seguir estas regras, sugere-se, ao ter um diagnóstico concreto do tipo de autismo ao qual a criança é acometida,
que os pais intervenham dialogando com as suas crianças de forma a que a comunicação seja facilitada.
Nesse sentido, os pais ou educadores devem tentar:
•Minimizar as questões de origem direta, não questionar de forma direta.

MODO COMO PAIS E PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO LIDAM COM O AUTISTA


A maioria das crianças autistas necessita de assistência e supervisão da parte dos adultos durante toda a sua infância.
Os pais são indispensáveis como cuidadores e devem permanecer com a criança o maior tempo possível,
estabelecendo com ela laços de confiança que são indispensáveis para o sucesso das etapas de desenvolvimento, que
se encontram alteradas. O autismo como doença crônica que é, passa a ser considerada “a doença da família”.Estes
pais manifestam-se, por vezes, culpabilizados e envergonhados pela doença da sua criança.
O técnico de saúde, seja auxiliar de ação médica, enfermeiro, médico, psicólogo ou o técnico educativo devem ter essa
noção e adequada sensibilidade para apoiar estes pais, quando os mesmos necessitam de cuidados especializados para
a criança autista nas instituições que os acolhem, sejam hospitais, colégios, centros de saúde ou de reabilitação. Esses
técnicos podem ajudar a reduzir a culpa e a vergonha que os pais sentem e nem sempre verbalizam. A família da
criança autista necessita de aconselhamento desde o início do distúrbio e na sua evolução, sendo incentivada a cuidar
da sua criança em casa, na maioria das vezes. E m alguns casos, são quase inexistentes os apoios psicológicos, sociais
e econômicos.
Ultimamente fala-se muito em cortes nos projetos que têm a ver com as crianças com necessidades especiais,
essencialmente autistas. Contudo existem escolas primárias e autarquias com projetos direcionados a estas crianças.
Os pais apóiam-se em algumas leis que são insuficientes para tratar tantos casos, tendo em atenção que “cada caso é
um caso”. Mas existe alguma dica que podem facilitar o dia-dia da família, tais como os 10 mandamentos dos pais
com crianças especiais, que são eles: Viva um dia de cada vez, e viva-o positivamente. Você não tem controle sobre o
futuro, mas tem controle sobre hoje.
Nunca subestime o potencial do seu filho. Dê-lhe espaço, encoraje-o, espere sempre que ele se desenvolva ao máximo
das suas capacidades. Nunca se esqueça da sua capacidade de aprendizagem, por pequena que seja. Descubra e
permita mentores positivos: familiares e profissionais que possam partilhar consigo a experiência deles, conselhos e
apoio. Proporcione e esteja envolvido com os mais apropriados ambientes educacionais e de aprendizagem para o seu
filho desde a infância.
Tenha em mente os sentimentos e necessidades do seu conjugue e dos seus outros filhos. Lembre-lhes que esta
criança especial não tem mais do seu amor pelo fato de perder com ele mais tempo. Responda apenas perante a sua
consciência: poderá depois responder ao seu filho. Não precisa justificar as suas ações aos seus amigos ou ao público.
Seja honesto com os seus sentimentos. Não pode ser um superpai 24 horas por dia.
Permita-se a si mesmo ciúmes, zanga, piedade, frustração e depressão em pequenas necessidades sempre que seja
necessário. Seja gentil para consigo mesmo. Não se foque continuamente naquilo que precisa ser feito. Lembre-se de
olhar para o que já conseguiu atingir. Pare e cheire as rosas. Tire vantagem do fato de ter ganho uma apreciação
especial pelos pequenos milagres da vida que os outros dão como garantidos.
Mantenha e use o sentido de humor. Desmanchar-se a rir pode evitar que seja desmanchado pelo stress. Após seguir
estas regras, sugere-se, ao ter um diagnóstico concreto do tipo de autismo ao qual a criança é acometida, que os pais
intervenham dialogando com as suas crianças de forma a que a comunicação seja facilitada. Nesse sentido, os pais ou
educadores devem tentar:
•Minimizar as questões de origem direta, não questionar de forma direta

O TRABALHO PEDAGÓGICO FRENTE AO AUTISMO


Atualmente a tarefa que se espera de um professor, não é somente transmitir conhecimento a seus alunos existe uma
demanda de atributos que se tornaram prioridades na atuação do professor, habilidades que colaborem para o
progresso do aluno na aquisição do saber: dialogo com os alunos, capacidade de estimular o interesse em aprender, o
cuidado do desenvolvimento afetivo e moral, atenção a diversidade de alunos, a gestão da aula e o trabalho em equipe
(MARCHESI, 2006).
Dentre vários os desafos, pode-se ressaltar aqueles que se dirigem à formação do professor para atender a diversidade
de necessidades educacionais apresentadas pelos alunos com defciência inseridos no sistema de ensino. No contexto
escolar é importante reconhecer o processo de aprendizagem da criança autista é necessário observar as difculdades de
comunicação e de atenção que o aluno apresenta.
Deste modo é necessário criar um sistema de comunicação que envolva os conceitos de troca ou de causa-
consequência insistente no autista. A importância do ensino estruturado é ressaltada por Gauderer (1993) no método
TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Doenças Relacionadas a Comunicação), quando
afrma: [...] é bom ter em mente, que normalmente as crianças a medida que vão se desenvolvendo, vão aprendendo a
estrutura seu ambiente enquanto que os autistas e com distúrbios difusos do desenvolvimento precisam de uma
estrutura externa para otimizar uma situação de aprendizagem. (GAUDERER, 1993, p. 82).
Considerando que o aluno autista apresenta difculdade de atenção e interação com meio externo, é importante que o
professor certifque-se da atenção do aluno.
Alguns cuidados podem auxiliar o trabalho do educador, medidas como: colocar o aluno para sentar no primeiro lugar
da fla; falar o nome do aluno varias vezes durante a aula; observar se ele esta executando as atividades pedidas; ou
mesmo criar um roteiro especifco de atividades para a organização do aluno utilizando agenda e fotos das atividades
(BEREOHFF, 1991). Para que o professor tenha acesso ao aluno autista é necessário que o educador crie estratégias e
recursos compatíveis com seu perfl, assim conseguirá não somente ensinar o aluno, mas prepara-lo para os desafos
decorrentes da vida.
Algumas estratégias podem auxiliar o professor a estreitar ou mesmo criar vinculo afetivo, é importante estabelecer
rotina para os alunos em especial para aqueles que tenham autismo, criar espaço para que expressem suas emoções e
inserir a família no contexto de aprendizagem (VILLELA, 2010). Para Almeida (1999), a afetividade constitui um
domínio tão importante quanto a inteligência para o desenvolvimento humano, o autor assinala ainda que o
nascimento da afetividade é anterior a inteligência.
Com isso vemos a importância de criar vinculo com a criança autista o contato afetivo pode em grande escala
infuenciar o progresso intelectual desse aluno. Para Santos (2012) é difícil aceitar que muitos educadores ainda façam
uso de uma teoria que separa cognição e afeto.
É de suma importância que o professor assuma realmente o papel de um educador e facilitador, que observa com
olhar atento o seu aluno, não só no aspecto cognitivo, mas também no emocional.
A afetividade e a inteligência estão intimamente ligadas e não pode de maneira nenhuma ser tratadas de forma
separadas, a medida que a inteligência vai aumentando, a afetividade vai se racionalizando, e assim o ser humano vai
se desenvolvendo (SANTOS, 2012).

PREVALÊNCIA AUTISMO NO BRASIL


No Brasil muitas discussões, leis e decretos entre outros já foram instituídos com a finalidade de incluir alunos
especiais nas classes regulares.
De acordo com a Agencia Senado (2018) uma das maiores conquista [para os autistas] foi a Lei 12.764, de 2012,
conhecida como Lei Berenice Piana foi criada como política de Estado para atendimento, reconhecimento dos direitos
das pessoas autistas, pois anteriormente existia uma invisibilidade quanto aos autistas e atualmente os autistas direito a
uma educação inclusiva, em uma sala regular de ensino.
No que se refere ao Transtorno Espectro Autista no dia 18 de junho é comemorado o Dia Mundial do Orgulho
Autista, que tem por objetivo esclarecer a sociedade sobre as características únicas de indivíduos diagnosticados com
algum grau do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e busca esclarecer, o reconhecimento de que o funcionamento
cerebral de algumas pessoas é diferente do que é considerado típico. (Agencia Senado, 2018)
Com o Estatuto da Pessoa com Deficiência ou Lei Brasileira de Inclusão (LBI), Lei 13.146, de 2015 trouxe
autonomia para os autistas de gozarem de de uma vida civil em condições de igualdade com os demais cidadãos..
Lei nº 13.146, DE 6 de julho de 2015 determina em seu;Art.1.
Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência),
destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais
por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Outra data importante para os autistas é o dia 2
de abril, Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo, data que foi instituída pela Lei 13.652, de 2018.
Neste sentido a estimativa é que existam 70 milhões de pessoas no mundo com autismo, sendo que se encontram 2
milhões delas no Brasil.
Entretanto vale ressaltar que os sistemas de ensino têm a incumbência de promover formação continuada para
qualificação de educadores e auxiliares que trabalham na educação especial e inclusiva.
E nas salas de aula com alunos autistas e com deficiência será necessário ter dois professores: um regular e um
especialista em educação especial, para que possam aplicar o plano educacional individual do aluno construído pela
equipe multiprofissional e professores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho procurou promover uma visão ampla acerca da síndrome de autismo e as implicações desta no
desenvolvimento das crianças em alguns aspectos, tratou da relevância da interação social; da afetividade e da
comunicação para melhor desenvolvimento cognitivo da criança autista em sala de aula. Com os dados obtidos na
literatura é possível iniciar uma refexão a respeito da relevância e do esclarecimento de diferentes enfoques do
autismo, para buscar uma forma de intervenção conjunta entre a família e o educador de um aluno autista, como
destaca Szymanski (2001), a ação educativa da escola e da família apresentam nuances distintas quanto aos objetivos,
conteúdos, métodos e questões interligadas a afetividade.
Verifcou-se através dessa revisão bibliográfca que aspectos relacionados á sociabilização da criança tem importantes
refexos na demonstração de aprendizado do aluno, como afrma Benenzon (1987), existem pequenos sinais que se
caracterizam pela ausência quase que total de mensagens em resposta a quaisquer estímulos para o autista.
Considerou-se além da importância da família no processo de ensino-aprendizagem da criança autista, também a
atuação do professor e o trabalho pedagógico a ser desempenhado para auxiliar no desenvolvimento dos alunos, em
especial foi dada ênfase no uso da afetividade do educador como forma integral do desenvolvimento da cognição da
criança. Esse pensamento é reafrmado por Almeida (1999, p.50) que diz “a evolução da inteligência é incorporada
pela afetividade de tal modo que uma determinada relação afetiva evolui para outra”.
Este trabalho sugere que novas pesquisas de campo, na área da estratégia de aprendizado para alunos autistas, sejam
feitas dentro do ambiente escolar e familiar, com o objetivo de contribuir para o conhecimento e reconhecimento de
estratégias de aprendizagem para alunos com autismo, como relevantes e efcazes na vida de cada criança que tenha
distúrbios e falhas na comunicação, na interação social, em demonstrar afetividade e desenvolvimento cognitivo.
Rotina, motivação, comunicação clara, compreensão e carinho, são fatores que contribuem para amenizar e
desenvolver o potencial de crianças com autismo ou sem. É comum pensarmos em como fazer, o que fazer, mas antes
de tudo, é preciso lembrar do básico: são apenas crianças e todas, independente da necessidade, precisam de atenção e
cuidados. O mito envolvendo o autismo acaba por complicar as relações sejam de cuidado ou de convivência, mas
isso deve-se muito ao ainda desconhecimento de suas causas.
E por isso, não podem fazer desse fato a razão para impedir, diminuir ou dificultar o desenvolvimento de uma criança
com tal diagnóstico.
Se para alguns casos, o desenvolvimento fica comprometido, em outros há o alto desempenho, com facilidades para a
memorização de números ou conhecimentos específicos, por isso é preciso descobrir e explorar as habilidades de cada
criança.
Com tanta diversidade em sala de aula, não é mais aceitável colocar a "culpa" na formação profissional. O
profissional precisa buscar o que necessita e se atualizar constantemente, pois a formação continuada enriquece não só
sua prática, mas sua vida de forma geral.
Os cursos de Pedagogia precisam trabalhar não só com discussões e adaptações curriculares condizentes com a
realidade das escolas, mas sim, fazer com que os estudantes compreendam que a diversidade da inclusão (seja ela de
qual grau for) precisa ser discutida, compreendida e atendida da melhor forma, pois o professor é o grande responsável
pela convivência e permanência dessas crianças nas escolas.
É preciso pensar em escolas de Educação Infantil que amem as crianças acima de suas diferenças e necessidades e
que as encorajem a ficar, desenvolver, crescer e aprender. Escolas que são gaiolas existem para que pássaros
desaprendam a arte do voo.
Para finalizar, percebe-se que o trabalho inclusivo na educação infantil precisa estar coerente com a realidade das
crianças pois promove a integração das mesmas na escola, na sociedade, e também na sua família. Entretanto para
que se possa compreender e principalmente ajudar a criança portadora do autismo é necessário um olhar sob a
perspectiva do autista, suas necessidades e especificidades.
Vale ressaltar que o ambiente escolar composto por alunos com histórias e formas de aprendizados diferentes, não há
uma sala de aula homogênea, pois cada criança traz uma bagagem de experiência e tem o seu tempo, facilidade,
dificuldade, o aprendizado é individual, acontece que para uma criança autista o seu aprendizado vem a ser de forma
mais peculiar de que de outra criança.
E além da escola e de toda a comunidades escolar, os familiares devem ajudar essas crianças a se desenvolveram de
forma integral.aiolasaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde
quiser. Pássaros engaiolados tem sempre um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar aos
pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O
voo não pode ser ensinado, apenas encorajado. (RUBEM ALVES) .
Concluindo podemos afirmar que a que acontece no autismo é uma falha no simbólico, o lugar da linguagem. E que
para a constituição do sujeito, os dois primeiros anos de vida são cruciais. O transtorno do autismo é por excelência
de contato e comunicação.
Portanto, para ajudar essas pessoas a funcionar adaptativamente em nossa cultura, é necessário conceber programas
tendo como base os pontos fortes e déficits fundamentais do autismo que afetam o aprendizado e a interação no seu
dia-a-dia. A abordagem do autismo é relativa a diferentes formas de identificar déficits com objetivos diagnósticos.
As características diagnósticas do autismo, tais como os déficits na área social e problemas de comunicação, são úteis
para distingui-las de outras deficiências, mas são relativamente imprecisos na sua conceituação de como o indivíduo
entende o mundo, como age e aprende.
O trabalho como educador de pessoas com autismo é fundamentalmente ver o mundo através de seus olhos, e usar
esta perspectiva para ensiná-los a funcionar inserido em nossa cultura de forma mais independente possível. Enquanto
não se puderem curar os déficits cognitivos subjacentes ao autismo, é pelo seu entendimento que é possível planejar
programas educacionais efetivos na função de vencer o desafio desse transtorno do desenvolvimento tão singular que
é o autismo. Este transtorno é, por excelência, a enfermidade do contato e da comunicação.
Portanto, para ajudar pessoas com autismo a funcionar mais adaptativamente em nossa cultura, é necessário conceber
programas tendo como base os pontos fortes e déficits fundamentais do autismo que afetam o aprendizado e as
interações no dia a dia. As características diagnósticas do autismo, tais como déficits na área social e problemas de
comunicação, são úteis para distinguir o autismo de outras deficiências, mas são relativamente imprecisos para a
conceituação de como um indivíduo com autismo entende o mundo, age com base nesta compreensão, e aprende e de
que modo como pais e profissionais da educação lidam com o autista.
Portanto a tarefa primordial dos analistas do comportamento seria o desenvolvimento de instrumentos que
possibilitassem a identificação, o mais precocemente possível (antes dos tradicionais três anos de idade), de traços
comportamentais incipientes característicos de um repertório autista, dado que a intervenção precoce parece trazer
benefícios mais significativos do que uma intervenção mais tardia no desenvolvimento infantil. Além disso, os
profissionais, não apenas da Análise do Comportamento, mas da Psicologia como um todo, deveriam estar mais
atentos à elaboração de programas de prevenção que pudessem minimizar a gravidade dos efeitos comportamentais e
educacionais da condição autista e, talvez, evitar o próprio desenvolvimento de um repertório autista, ao invés de
ocuparem-se somente com o tratamento de um quadro já estabelecido.
Fale se muito da inclusão, mas o que vemos é a não aceitação desta sociedade que o exclui de forma complexa o que
dificulta cada vez mais a sua inclusão. As reações inusitadas e bizarras vão se instalando no repertório
comportamental da criança gradualmente, e a esse fator, percebe-se que se faz uma diferença significativa nas relações
vinculadas a esta sociedade. Existem sim escolas “inclusivas” que trabalham com crianças autistas, porém nem
sempre elas são tratadas de forma especiais, que as diferenciam das demais. Portanto, em função das várias reflexões
conclui-se que a Síndrome do Autismo, embora com muitas características comuns a outras síndromes, possui
identidade muito diferenciada. Uma vez por possuir vários déficits, a escola de ensino regular sente-se de certa forma
incapaz de desenvolver uma educação inclusiva, tanto pela necessidade de profissionais especializados, quanto pela
reformulação de sua prática, como também pelo espaço físico que um autista precisa, haja vista suas necessidades de
organização e rotina. Sendo assim se faz necessária uma ação educativa comprometedora com a cidadania e com a
formação de uma sociedade mais democrática e menos excludente.
Há uma grande necessidade de conscientização da sociedade em relação aos direitos destes portadores da síndrome de
autismo, para que a sociedade exerça o processo de inclusão. Sabe-se que a escola inclusiva é uma tendência a ser
efetivada neste novo século. Mas, para que o processo de inclusão dos portadores desta síndrome possa realmente
acontecer é preciso que haja um comprometimento com a educação pelo governo assim como também por entidades
não governamentais, só assim poderemos derrubar os preconceitos e entraves que abordam o desenvolvimento da
cidadania para todos.
Assim ao enfrentar um diagnóstico de transtorno invasivo do desenvolvimento, todas as famílias especulam sobre qual
tipo de intervenção psicoeducacional é a mais efetiva. A resposta não é tão simples como parece, em contraste com a
grande quantidade de tratamentos que têm sido anunciados. Ao revisar a literatura atual sobre as diferentes
intervenções que têm sido utilizadas no tratamento do autismo, concluímos que poucas tiveram embasamento
empírico. Ainda que algum tipo de melhora possa ser demonstrado em diferentes estudos, os resultados devem ser
interpretados com cautela uma vez que estudos metodologicamente bem controlados são muito raros. Aparentemente,
não existe uma única abordagem que seja totalmente eficaz para todas as crianças, em todas as diferentes etapas da
vida.
Ou seja, uma intervenção específica que pode ter um bom resultado em certo período de tempo (e.g. anos pré-
escolares) pode apresentar eficácia diferente nos anos seguintes (e.g. adolescência). Isso ocorre, em parte, porque as
famílias alteram suas expectativas e valores com relação ao tratamento das crianças de acordo com o desenvolvimento
delas e do contexto familiar. Por outro lado, um ponto de consenso na literatura é a importância da identificação e
intervenção precoce do autismo e seu relacionamento com o desenvolvimento subseqüente. Finalmente, outra questão
que se deve ter em mente é a necessidade de focar-se em toda a família e não somente no indivíduo com transtorno
invasivo do desenvolvimento, pois o problema persiste e desenvolve de acordo com o desenvolvimento da criança
autista. Ou seja, outros problemas aparecem com a chegada da adolescência e da puberdade.
Surge então o desejo sexual e todos os transtornos que isto pode causar, pois o desenvolvimento sexual humano é
muito mais complexo que em outros seres, já que não depende apenas da maturação orgânica. Depende também do
intelecto, o que dificulta sua aceitação no jovem autista. O organismo funciona a partir de instintos e pulsões. O id,
ego e superego trabalham juntos, um equilibrando o outro, para satisfazer a pessoa, mas com os instintos e pulsões
controlados. As relações sócio-afetivas na família, em grupos e na escola na fase de latência, serão importantes para a
construção da auto-estima e da identidade, construindo o autoconceito e facilitando a vivencia do portador de autismo.

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01/2/2008. 22:16h Autor: Oslanira Aparecida da Silva .( Acesso em 23/04/2022.)
<https://pedagogiaaopedaletra.com/monografia-autismo-educacao-infantil/> ( Acesso em 24/04/2022.)

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