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CRIANÇAS
A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO NAS SÈRIES INICIAIS
Melquíades Mara Diva.
Faculdade de Educação Paulistana FAEP- São Paulo-SP 2022 .
RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivo analisar a influência exercida pela educação infantil
no desenvolvimento da personalidade da criança. A análise bibliográfica foi o
principal meio metodológico para a construção deste artigo, que tem grande
importância para o entendimento de concepções sobre a formação da
personalidade, refletindo a respeito do processo de escolarização nos primeiros
anos de vida. Aborda ainda as finalidades, as especificidades, os planejamentos e as
ações, referente à educação infantil, além de uma reflexão sobre a educação
enquanto processo intencional e sistematizado. Esta modalidade educacional
favorece a construção de valores, hábitos e costumes aplicados pelos educadores
em sala de aula. Cabe ao professor influenciar e orientar a postura do aluno no que
se referente o comportamento que é um traço da personalidade consolidado na
escola.
ABSTRACT
To address issues related to the process of literacy and literacy, it is understood that
they are inseparable processes that must go together. It is important that literacy
practices occur which designates the educational activity of using the social practices
of reading and writing, allowing us to understand the importance and need to
develop them in the early grades. The construction of written language in children
occurs as a continuous work in considering the significance that writing has on
society. This research is characterized as exploratory and scientific literature.
Currently the children come to school with different types of knowledge, it is
necessary that the teacher make use of reading and writing texts using various
carriers, so that the child can interact with the world of letters at the beginning of
their schooling. Keywords: Literacy; Social practices of reading and writing in the
early grades.
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1-INTRODUÇÃO
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Dessa forma, a escola não deve se valer de determinados atos rígidos na educação
da criança com críticas exageradas, exigências e até mesmo castigos ou gestos que
possam influenciá-las de forma negativa na construção do saber.
Podemos entender tal relevância no sentido da participação crítica nas práticas sociais que
envolvem a escrita, mas também no sentido de considerar o diálogo entre os
conhecimentos da vida cotidiana, constitutivos de nossa identidade cultural primeira, com
os conhecimentos de formas mais elaboradas de explicar aspectos da realidade. (GOULART,
2002, p. 52).
Nesse sentido, os textos de literatura geral e infantil, jornais, revistas, textos publicitários,
entre outros, são os modelos que se podem oferecer as crianças para que aprendam sobre a
linguagem que se usa para escrever. (BRASIL, 1998, p. 151-152).
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A família também poderá contribuir com as práticas de leitura e de escrita,
incentivando o treinamento das crianças em casa, para que ao chegarem à escola,
possam desenvolver o trabalho com mais facilidade, recebendo logo no início da
aprendizagem o gosto pela leitura e pela escrita.O objetivo desse artigo é
compreender a importância do alfabetizar letrando e a necessidade em desenvolvê-
las nas séries iniciais, além de identificar o papel que as práticas de letramento
desempenham em relação aos indivíduos que iniciam a trajetória escolar.
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Na concepção de Oliveira: O educador deve conhecer não só teorias sobre como cada
criança reage e modifica sua forma de sentir, pensar, falar e construir coisas, mas também o
potencial de aprendizagem presente em cada atividade realizada na instituição de educação
infantil. Deve também refletir sobre o valor dessa experiência enquanto recurso necessário
para o domínio de competências consideradas básicas para todas as crianças terem sucesso
em sua inserção em uma sociedade concreta. (OLIVEIRA, 2002, p.124).
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Diante disto, podemos perceber que o processo de desenvolvimento da
personalidade, tem o objetivo de formar estruturas mentais estáveis como a
consciência moral, autoconceito e a personalidade, pois ela se desenvolve através
das capacidades individuais como a autoconsciência, autocrítica e não unicamente
por incitamentos comuns a toda espécie. Por isso a importância de estimulá-la em
seu convívio de forma a proporcionar um conceito voltado para realidade e não algo
fictício levando a criança a criar uma mentalidade lógica e racional.
São nas brincadeiras infantis que os indivíduos formam sua personalidade, através
das descobertas e limitações que as crianças têm em seu dia a dia.
Ela conhece o espaço da escola, seu limite físico e social e suas regras de
relacionamento. Sendo assim, auxilia-se a organização do seu pensamento,
possibilitando planejar ações a serem realizadas futuramente, imaginar eventos e a
lidar com ações seqüenciais.
Como ressalta Oliveira: Dessa perspectiva, não há uma essência humana, mas uma
construção do homem em sua permanente atividade de adaptação a um ambiente. Ao
mesmo tempo em que a criança modifica seu meio, é modificada por ele. Em outras
palavras, ao constituir seu meio, atribuindo-lhe a cada momento determinado significado, a
criança é por ele constituída; adota formas culturais de ação que transformam sua maneira
de expressar-se, pensar, agir e sentir. (OLIVEIRA, 2002, p. 126).
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As escolas de educação infantil são meios de socialização, propiciando o contatos e o
confronto entre os adultos e a crianças de várias origens socioculturais, costumes,
hábitos e valores sociais, fazendo desta diversidade um lugar de experiência
educativa.
Dessa forma a escola cria condições necessárias para que as crianças conheçam,
descubramnovos sentimentos como: compreensão, respeito, diálogo, amizade,
amor, gentileza, demonstrações de afeto, etc.
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O importante é que a escola planeje um ambiente de socialização diferente da familiar.
Através da exploração, da vivência e do conhecimento constroem sua visão de mundo e
de si mesmas, enquanto sujeitos desse processo.
Os valores humanos são construídos nos primeiros anos de vida de uma criança, é a partir
desses primeiros anos, que nós educadores e pais, podemos transmitir os valores que irão
ser construídos através de ensinamentos. Tais ensinamentos podem se dar através de
dinâmicas, encenações teatrais, jogos educativos e atitudes em sala de aula e no âmbito
familiar.
Desta forma motivando o aluno em seu dia a dia de forma criativa podemos incentivá-lo a
ter atitude em seus atos ajudando a formar sua personalidade de forma estruturada no
decorrer de sua vida.
Os valores que são passados em sala de aula como: verdade, ação correta, amor, não
violência, podem ser trabalhados no dia a dia da criança de forma a discipliná-las em sala
de aula e a ensiná-las a viver em sociedade de forma correta.
É através do conjunto de normas pedagógicas que nós educadores podemos originar nos
educandos a vontade de descobrir um novo mundo de forma consciente reconhecendo
suas próprias limitações perante a vida.
O ensino dos valores como paciência, alegria, curiosidade, autoconhecimento são pontos
essenciais para a construção de uma boa personalidade para a criança. Então utilizar o
exemplo diariamente é uma das melhores formas a serem trabalhadas na construção do
caráter do sujeito, sendo ele para o aluno um espelho a ser visto por ele, de forma a
aprender tudo o que seu espelho lhe passar.
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Segundo o PCN sobre os temas transversais, trazer a ética para o espaço escolar significa:
Enfrentar o desafio de instalar, no processo de ensino e aprendizagem que se realiza em
cada uma das áreas de conhecimento, uma constante atitude crítica, de reconhecimento
dos limites e possibilidades dos sujeitos e das circunstâncias, de problematização das
ações e relações e dos valores e regras que os norteiam.
Segundo Ramos (1991) a personalidade é tudo aquilo que distingue um indivíduo de outros
indivíduos, ou seja, o conjunto de características psicológicas que determinam a sua
individualidade pessoal e social.
A criança assimila inconscienteme nte não só o que existe ao seu redor, mas através do
clima emotivo que a circunda, o caráter e os sentimentos das pessoas que a rodeiam, a
forma como se expressam como agem diante de determinadas situações, tudo isso reflete
sobre sua personalidade. Significa dizer que a criança imita e age de acordo com o que vê
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em seu dia a dia e o que percebe ao seu redor.
O sistema educacional, ou seja, as escolas devem ser moldadas e mantidas de tal forma
que qualquer ser humano tenha a possibilidade de aprender e de receber uma formação,
que vise o pleno desenvolvimento de sua personalidade, e não somente o preparo
profissional. Faz-se necessário, que toda criança independentemente de sua origem ou
raça, condição social, política ou econômica, receba o mesmo tipo de educação, que lhe
faculte o pleno desenvolvimento de sua personalidade humana, exercendo assim
influências conjuntamente trazidas da sua vivência familiar associada a escolar.Então as
principais fontes de aprendizado da criança no decorrer na fase educacional são família e
escola, sendo que estes deverão influenciá-la de forma a construir uma formação clara e
organizada para a construção da sua personalidade. Nós educadores temos um papel
relevante junto aos alunos. É papel de liderança que deve estar presente todo dia na vida
das crianças estimulando assim o seu desenvolvimento.
A criança convencida de sua própria identidade e de que pode decidir livremente o que
quer fazer, deverá descobrir agora o tipo de pessoa que poderá vir a ser.
Para Ramos (1991), a personalidade que está se formando se expõe a desafios que precisam ser
vencidos com saldo positivo para que essa personalidade tenha efetivamente uma produtividade
útil para si própria e para a sociedade na qual está vivendo.
A maioria dos estabelecimentos escolares não está preparada para enfrentar esse tipo de
problema, por isso os educadores infantis precisam estar conscientes que a escola assume
importância na função social e influencia os comportamentos que são traços da
personalidade, e que estarão mais fortalecidos no final dos anos pré-escolares.
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valores e na formação da personalidade da criança, pois é através dela que a criança
aprende a lidar com seus desejos e suas decepções.
Observou-se que, mesmo dentre os que permaneciam por mais tempo nas escolas, alguns não
eram capazes de interagir e se apropriar da leitura e escrita. Para Soares (2004) a alfabetização é
“[...] a ação de ensinar e aprender a ler e a escrever”, ao tempo que letramento “[...] é estado ou
condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que
usam a escrita”.
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5- ALFABETIZAÇÃO E APRENDIZAGEM
Nesse sentido, há uma ampliação da questão metodológica, que se referindo, segundo Frade
(2007, p. 29), a um conjunto amplo de decisões relacionadas ao como fazer com decisões relativas
a métodos, à organização da sala de aula, um ambiente de letramento, capacidades a serem
atingida, escolha de materiais, procedimentos de ensino, formas de avaliar, sempre num contexto
da políticas mais ampla de organização do ensino.
Para Soares (2004), o termo letramento surge a partir das novas relações estabelecidas com as
práticas de leitura e escrita na sociedade, ao passo que não basta apenas saber ler e escrever, mas
que funções a leitura e a escrita assumem em decorrência das novas exigências impostas pela
cultura letrada.
Revelou a evolução conceitual das crianças compreenderem como funciona o nosso sistema de
escrita, incorporou a ideia defendida por Goodmann (1967) e Smith (1971) (apud SOARES, 2004)
de que ler e escrever são atividades comunicativas e que devem ocorrer através de textos reais
onde o leitor ouescritorlança de seus conhecimentos da língua.
Com a divulgação das pesquisas sobre a psicogênese da língua escrita (FERREIRO; TEBEROSKY,
1985) o enfoque construtivista tornou-se, um dos mais influentes na elaboração de novas
propostas de alfabetização.
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A proposta construtivista influenciada pelas pesquisas de Ferreiro e Teberosky (1985) e pelos
modelos de leitura propostos por Goodmann (1967) e Smith (1971) (apud SOARES, 2004) defende
uma alfabetização contextualizada e significativa através da transposição didática das práticas
sociais da leitura e da escrita para a sala de aula e considera a descoberta do princípio alfabético
como uma consequência da exposição aos usos da leitura e da escrita.
Para Teberosky (1994) a formação de um vocabulário estável de palavras a partir dessas práticas
seria o principal referencial da criança para a descoberta do sistema alfabético, uma vez que a
partir dos conflitos vivenciados pela criança entre a sua concepção original de escrita e a escrita
convencional dos nomes.
A construção da linguagem escrita na criança faz parte de seu processo geral, se dá como
um trabalho contínuo de elaboração cognitiva por meio de inserção no mundo da escrita
pelas interações sociais e orais, considerando a significação que a escrita tem na
sociedade.
Crianças cujas famílias participam de atos de leitura desde muito cedo, vindo de familiares
escrevendo e lendo , chegam à escola conhecendo muitos do uso e funções sociais da
língua escrita, diferente de crianças oriundas e de famílias pouco alfabetizadas, entendem
que texto escrito é aquele que a escola lhes apresenta.
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Essa concepção está presente nos métodos de alfabetização se encontra em uso,
designados"tradicionais" e passa a ser sujeito ativo capaz de construir esse sistema de
representação interagindo com a língua escrita e em uso de práticas sociais, em que a
aprendizagem se dá por uma progressiva construção do conhecimento, na relação da
criança com o objeto "língua escrita".
O ensino da língua escrita dominou não só no Brasil, mas também em vários outros
países, nas últimas décadas, uma concepção holística da aprendizagem da língua escrita,
de que o princípio de que aprender a ler e a escrever é aprender a construir sentido para e
por meio de textos escritos, usando experiências e conhecimentos prévios.
É necessário que haja práticas de alfabetização e de letramento nas salas de aula, em que
as crianças se interajam na cultura escrita, na participação em experiências variadas com a
leitura e a escrita, conhecimento de diferentes tipos e gêneros de material escrito para
assim compreenderem a função social que a leitura e a escrita trazem.
6- CONCEITUAÇÃO DE LETRAMENTO
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A discussão tem sido intensa nos últimos anos, em relação aos problemas da
aprendizagem inicial da escrita, o domínio precário de competências de leitura e de escrita
necessárias para a participação em práticas sociais letradas e as dificuldades no processo
de aprendizagem do sistema da escrita.
O novo assunto de pesquisa sendo essas as práticas sociais refletia as transformações nas
práticas letradas tanto dentro ou fora da escola, houve a necessidade de reconhecer e
nomear práticas sociais de leitura e de escrita mais avançadas e complexas que as práticas
de ler e de escrever resultantes da aprendizagem do sistema de escrita.
O termo letramento se deu por caminhos diferentes daqueles que explicam a invenção do
termo em outros países, no Brasil à discussão do letramento surge sempre enraizada ao
conceito de alfabetização, em que os dois processos devem caminhar juntos.
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Através do Letramento, passou-se a entender que, nas sociedades contemporâneas, era
insuficiente o mero aprendizado das “primeiras letras”, e que integrar-se socialmente,
envolve também “saber utilizar a língua escrita nas situações em que esta é necessária,
lendo e produzindo textos”.
Essa nova palavra o Letramento veio para designar essa nova dimensão da entrada no
mundo da escrita, que se constitui de um “conjunto de conhecimentos, atitudes e
capacidades necessários para usar a língua em práticas sociais” (VAL, 2006, p. 13). O
letramento abrange o processo de desenvolvimento e o uso dos sistemas de leitura e
escrita na sociedade, desse modo, se refere a um conjunto de práticas, que vem
modificando a sociedade.
Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a
escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno, designa práticas de
leitura e escrita.A entrada da criança no mundo da escrita se dá pela aprendizagem de
toda a complexa tecnologia envolvida no aprendizado do ato de ler e escrever; precisa
saber fazer uso e envolver-se nas atividades de leitura e escrita apropriar-se do hábito do
sistema de escrita.
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O letramento não é só de responsabilidade do professor de língua portuguesa ou dessa
área, mas de todos os educadores que trabalham com leitura e escrita, cada educador, é
responsável pelo letramento em suas diferentes áreas de estudo.
O letramento, é o uso que se faz da língua escrita com toda suacomplexidade, em práticas sociais
de leitura e escrita, é aquele indivíduo que sabe ler e escrever, e que usa socialmente a leiturae a
escrita, que pratica e responde adequadamente às demandas sociais. (SOARES, 2001, p 39-40).
Pode ser considerado letrado mesmo quem não seja alfabetizado, na medida em que ao
participar de contextos de letramento utiliza estratégias orais dos conhecimentos
construídos sobre a língua que se escreve, mesmo sem saber ler e escrever conhece a
estrutura da língua escrita.
Para que uma criança entre no mundo da escrita, é necessário passar por dois processos
interdependentes, e indissociáveis, a aquisição do sistema convencional de escrita, sendo
esse a alfabetização e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em
atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita sendo
essa o letramento.
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Isto implica levar para a sala de aula uma diversidade textual que possibilite às crianças
refletirem sobre a língua que se escreve a norma culta ou padrão.
Assumir esta responsabilidade significa ensinar de fato a língua escrita, e para isto é
necessário que os educadores alfabetizem letrando desde as séries iniciais, começando o
ensino da língua escrita em contextos de letramento.
Neste sentido, Soares (2004) realça as especificidades inerentes aos processos educativos de
alfabetizar e letrar, evidenciando que ambos são processos distintos, porém indissociáveis,
considerando que o acesso ao mundo da escrita ocorre de maneira simultânea pelos caminhos da
alfabetização e do letramento.
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8-O TRABALHO COM TEXTOS NA ALFABETIZAÇÃO
É necessário para enfocar os dois aspectos da aprendizagem da língua escrita, assim o aluno
alfabetizado e letrado tem possibilidade de utilizar a escrita nas diferentes situações do
cotidiano. Participar de práticas sociais de leitura e escrita é importante não só para o processo
de alfabetização, mas também para a apropriação da língua escrita em situações reais de uso
A partir das situações de letramento presentes em seu cotidiano, uma vez que os textos apresentam
situações comunicativas diferenciadas, é possível o aluno compreender que a estrutura e a organização
dos textos estão relacionadas a diferentes funções que exercem nas práticas cotidianas da realidade, ou
seja, uma carta, uma receita culinária, uma bula, um anúncio de jornal, um bilhete, um folheto
informativo, dentre outros suportes textuais. [...] além de aperfeiçoar as habilidades já adquiridas de
produção de diferentes gêneros de textos orais, levar à aquisição e ao desenvolvimento das habilidades
de produção de textos escritos, de diferentes gêneros e veiculados por meio de diferentes portadores
[...]
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Cabe ao educador desenvolver neste conceito práticas significativas de desenvolvimento para
o aluno acerca do funcionamento e utilização desse ensino, seupapel é intervir de forma a
tornar mais efetiva esta reflexão, através de uma profunda imersão das crianças nas práticas
sociais de leitura e escrita, só a partir da descoberta do princípio alfabético e das convenções
ortográficas formamos um leitor e escritor autônomo.Com o advento da sociedade do
conhecimento, as constantes mudanças no campo educacional exigem dos educadores a busca
contínua de inovações, visando a melhoria de suas práticas pedagógicas, este processo implica
reelaborações de conhecimentos, concebendo o professor como um ser que interage com o
saber, sendo a escola um espaço permanente de produção de conhecimento.
É preciso, portanto, desenvolver práticas sociais de leitura e escrita, a partir de seus diferentes
usos e funções requeridos pela sociedade, de modo a compreender o letramento enquanto um
novo conceito de compreensão acerca da função social da escrita.
Desse modo, é necessária a reflexão em torno das práticas de letramento desenvolvidas no processo de
alfabetização, pois encontramos a escrita em diferentes ambientes sociais, essa que faz parte do nosso
cotidiano, sobretudo com o advento da sociedade do conhecimento. Segundo Weisz, (2000, p.62)
“O ensinar a língua escrita em contextos letrados, a função do professor é observar a ação das
crianças, acolher ou problematizar suas produções, intervindo sempre que achar que pode
fazer a reflexão dos alunos sobre a escrita avançar”.
Ao ouvir e produzir histórias, como diz Brito (2007, p. 36), “a criança vai construindo o seu
conhecimento da linguagem escrita, que não se limita ao conhecimento das marcas gráficas a
produzir ou a interpretar, mas envolve gênero, estrutura textual, funções, formas e recursos
linguísticos”.
Contudo, em uma sociedade letrada, não basta apenas aprender ler e escrever, é preciso
praticar socialmente a leitura e a escrita, compreendendo as finalidades entre os diversos
contextos de letramento. Alfabetizar Letrando não constitui um novo método de alfabetização,
consiste na utilização de textos variados no ambiente escolar, melhorando assim a prática de
somente alfabetizar, sendo essa uma perspectiva pedagógica com metodologias relacionadas à
aquisição da leitura e da escrita.
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10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
É na infância que se tem a base fundamental para o desenvolvimento moral, social, cultural e a
escola vêm a ser a estrutura como ponto de apoio e referência para a vida do indivíduo na
sociedade permitindo-o assim a transformação do ser humano. A escola de educação Infantil
exerce grande influência na formação dya personalidade e na construção dos valores.
É através dela que a criança aprende a lidar com seus desejos, a renunciar seus hábitos e
exigências e a ser tolerante em suas frustrações, modificando seus comportamentos que são os
traços da sua personalidade e que vem a ser estabelecida no decorrer de sua trajetória pré-
escolar. Cabe ao professor em sala de aula influenciar e corrigir a postura do aluno no que se
referente o comportamento que é traço da personalidade consolidado na escola. É na
educação infantil que a criança se prepara para o ingresso na vida escolar.
Por isso a necessidade do ensino de bons hábitos e costumes, com o intuito de ampliar o seu
desempenho na series iniciais do Ensino Fundamental. Através desta personalidade construída
conseguimos contro lar os desvios de comportamento, especialmente a agressividade e a
indisciplina que vem sendo apontados pelos professores como os maiores problemas na
aprendizagem da criança. É de suma importância que os serviços educativos estimulem as
crianças ao convívio social, estabelecendo regras, sobre as quais a educação assume um
importante papel.
Constamos perante nosso estudo que os valores estão em transição e as pessoas "perdidas" na
permissividade, faltam limites que estabeleçam equilíbrio nas relações entre elas, sendo,
portanto, necessário que sejam respeitadas em prol de uma boa convivência.
Por isso salientamos que o processo na educação infantil é fundamental para construir,
ampliar e condicionar a formação de uma personalidade segura e consciente dos verdadeiros
valores sociais.
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Conclui-se que desde as séries iniciais, quanto antes as crianças se apropriarem da leitura e da
escrita, mais poderão desenvolvê-las com êxito em seus anos de escolaridade, sendo assim, serão
capazes de utilizá-la como prática discursiva com muita facilidade durante sua trajetória escolar.
Com base na reflexão mencionada neste trabalho, é necessário compreender a prática pedagógica
como elemento de produção do conhecimento, dessa forma, ocorre a necessidade e precisão do
alfabetizar letrando. Assim constitui-seem um trabalho feito pelo educador e também pelas
pessoas que participam do aprendizado da criança, requerendo mudanças significativas acerca
depráticas pedagógicas através do ensino da leitura e da escrita para o seu aprimoramento nas
séries iniciais.
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