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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DO AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

SARTORI, Talita – UEPG


tali.andrade@live.com
FACHINA, Simone Cristina – UEPG
simone-baganha@hotmail.com

RESUMO
O presente artigo construído através da pesquisa bibliográfica tem por
objetivo analisar a importância do diagnóstico do autismo na educação infantil
abordando a importância do diagnóstico precoce. A investigação teórica foi realizada
a partir de artigos, livros e sites que discorrem sobre o tema analisado. Atualmente
muito se tem investigado sobre o Transtorno do Espectro Autista, profissionais da
área e pessoas interessadas pelo tema se mostram muito empenhadas em
disseminar o conhecimento e conscientizar as pessoas acerca da relevância de um
diagnóstico feito precocemente. O Autismo pode ser considerado um distúrbio que
afeta o desenvolvimento da criança nas áreas relacionadas à comunicação, e da
sociabilização, sabe se que o autismo não tem cura, entretanto terapias e
tratamentos que tornam mínimas as dificuldades, permitindo um bom
desenvolvimento e uma melhor qualidade de vida para o indivíduo. Os dados da
pesquisa apontam que quanto mais cedo o diagnóstico da criança autista for
realizado melhor será para o seu desenvolvimento.

Palavras-chave: Autismo. Educação Infantil. Diagnóstico.

1. INTRODUÇÃO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno global do


desenvolvimento que requer uma observação criteriosa compartilhada entre a
escola, família e médicos para o seu diagnóstico. Algumas das características
principais desse transtorno são os prejuízos persistentes na comunicação social
recíproca e na interação social, padrões restritos e repetitivos de comportamento,
interesses ou atividades.
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A criança diagnosticada com TEA apresenta um grande comprometimento


na sua evolução acadêmica e na sua evolução social, levando em consideração que
é nos primeiros anos de vida que o indivíduo adquire seus primeiros conhecimentos
e cria seus primeiros laços sociais.
Atualmente o autismo vem se tornando muito mais conhecido e divulgado
pelas mídias, escolas, associações e pesquisadores da área. Esse fato vem
tornando possível um diagnóstico mais rápido, evitando assim percas maiores no
desenvolvimento cognitivo e social da criança no futuro.
A ideia de pesquisar esse tema surgiu da observação em estágios durante
as disciplinas, onde percebemos que alguns professores não estão preparados e
muitas vezes não tem noção do quão importante é o olhar do professor, pois nós
somos na maioria das vezes os profissionais que passam mais tempo com a
criança.
No decorrer desse artigo, apresentaremos as seguintes seções: na primeira
seção faremos uma contextualização dos estudos sobre o TEA nos últimos anos,
utilizando uma revisão de literatura, apresentando os aspectos gerais acerca da
história do TEA.
Na segunda seção abordaremos os aspectos relevantes acerca do
diagnóstico precoce. Por fim serão abordados a partir dos referenciais teóricos, os
aspectos que indicam contribuições e a importância do educador no processo de
diagnóstico precoce do TEA. Seguido das considerações finais.

2. O transtorno do espectro autista

O termo Autismo foi criado em 1911, pelo psiquiatra Paul Eugen Bleuler,
para indicar um sintoma da esquizofrenia, só que em uma área dirigida para o
retraimento do indivíduo.

Porém, esse transtorno foi descrito pela primeira vez, em 1943, pelo médico
Leo Kanner, através de seu estudo sobre “[...] um grupo de crianças
gravemente lesadas que tinham certas características comuns. A mais
notável era a incapacidade de se relacionar com pessoas” (GAUDERER,
1993, p. 09).
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Muitos estudos foram desenvolvidos com o objetivo de buscar informações


variadas sobre esse distúrbio do desenvolvimento humano a fim de compreender o
autismo, mas ainda a muito a ser descoberto sobre esta síndrome.
De acordo com Fonseca (2009), os autistas são crianças que apresentam
atrasos na linguagem ou ausência no desenvolvimento da fala, o que às vezes
dificulta a manutenção de um diálogo. Os autistas poderão apresentar ecolalia que é
a repetição que alguém acabou de dizer, incluindo palavras, expressões ou diálogos.
As crianças com autismo apresentam dificuldades na comunicação, nas
demonstrações afetivas e na linguagem corporal, muitas vezes as crianças autistas
tendem a repetir falas de pessoas a qual convive diariamente.
De acordo com Gadia (2006), o autismo não é uma doença única, mas sim
um distúrbio de desenvolvimento complexo, que é definido de um ponto de vista
comportamental, que apresenta etiologias múltiplas e que se caracteriza por graus
variados na gravidade.
O indivíduo com autismo tem grandes dificuldades relacionadas a
socialização, comunicação e emocionais, o grau de comprometimento das relações
pessoais varia de indivíduo para indivíduo, podendo ser classificado como leve
moderado e grave.

São percebidas alterações orgânicas, nos indivíduos que apresentam


autismo. Essas alterações são percebidas no sistema nervoso central, no
sistema límbico, no cerebelo, nos aspectos neuroquímicos e
neurofisiológicos, enfim, em toda estrutura cerebral, podendo ser
identificados através de exames clínicos (GADIA, 2006, p. 9).

A avaliação de indivíduos autistas requer uma equipe multidisciplinar e com


a utilização de técnicas estruturadas e escalas objetivas.

As anormalidades no desenvolvimento se apresentam logo no primeiro ano


de vida, porém é difícil dizer com precisão exata a idade do surgimento dos
primeiros sintomas, é necessário que os pais observem as características
que o indivíduo apresenta desde bebê. No entanto, foi estabelecido que o
autismo deve ser identificado até no máximo, os três anos (ASSIS, 2007, p.
27).

O autismo é um distúrbio do comportamento mais comum em meninos do


que em meninas, sendo que em meninas ele se manifesta da maneira mais grave,
podendo ser identificado algumas de suas características logo nos primeiros meses
de vida.
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De acordo com Leboyer (1987), o autista se comporta mais frequentemente


como se estivesse só, como se as outras pessoas não existissem, vivem no seu
próprio mundo, muitas vezes não reage quando lhe chamam pelo nome e olham
através da pessoa que está tentando se comunicar, evitando o contato visual.
A criança autista geralmente não expressa sentimentos, muitas vezes não
gostam de serem tocadas, seu vocabulário pode ser pobre ou muitas a criança
autista nem mesmo fala, possuem grande dificuldade em compreender linguagem
abstrata.

Aqueles que possuem prejuízo cognitivo grave têm menor probabilidade de


desenvolver linguagem e maior chance de apresentar comportamentos de
autoagressão, requerendo tratamento por toda a vida. O prejuízo cognitivo é
bastante significativo, visto que as alterações orgânicas afetam partes
essenciais para o processo de aprendizagem. Esses indivíduos têm um
estilo cognitivo qualitativamente diferente e distúrbios em funções que
normalmente usamos para chegar ao conhecimento na escola, na interação
social, na comunicação verbal e não verbal e na imaginação, porém, alguns
apresentam inteligência preservada, outros ainda possuem a capacidade de
ter o hiperfocal em determinado assunto que lhes chame atenção. Alguns
são capazes de fazer cálculos mentais de forma extremamente rápida,
outros podem apresentar ouvido absoluto, outros se interessam de forma
acentuada por assuntos específicos muito complexos para sua idade, deve-
se tomar cuidado e observar atentamente indivíduos que apresentam tais
características, pois podem ser confundidos e tidos como crianças que
possuem altas habilidades, sendo assim não são tratadas corretamente,
acarretando outros problemas. Normalmente, os indivíduos que possuem a
inteligência preservada, são portadores de Síndrome de Asperger, que
também é tido como um transtorno invasivo, de acordo com o DSM - IV, ele
apresenta características muito semelhantes às do autismo, porém em
todos os casos desta síndrome, os indivíduos apresentam capacidade
normal de inteligência. Deve-se saber diferenciar os portadores de
Síndrome de Asperger, dos que apresentam autismo (PARENTE, 2010,
p.14).

Na literatura a síndrome de Asperger pode as vezes ser confundida com a


síndrome de Savant, uma síndrome rara que possui algumas características
parecidas, nesse sentido, Silva; Gaiato e Reveles (2012, p.69) comentam em seu
livro que:

As pessoas costumam confundir indivíduos portadores de síndrome de


Asperger, um quadro mais leve do espectro autista, com gênios ou savants.
Quem tem síndrome de Asperger geralmente apresenta interesses restritos,
mas nem sempre são brilhantes nesses interesses. Já os portadores da
síndrome de Savant (os savants) apresentam, de maneira extraordinária, no
mínimo uma habilidade especial. Essas aptidões estão sempre
acompanhadas de uma memória prodigiosa, como se fosse uma memória
de computador. Vale ressaltar que, embora a síndrome de Savant possa
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surgir em consequência do autismo, somente uma minoria dos que têm um


funcionamento mental autístico são de fato savants ou gênios.

Esses indivíduos são extremamente inteligentes, porém apresentam as


mesmas dificuldades dos autistas, causando a confusão entre as síndromes, mas a
Síndrome de Savant é muito rara.
Ainda não se sabe ao certo quais são as causas reais do autismo, há muito
a ser estudado sobre o a síndrome.

2.1 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do autismo é clínico, realizado a partir da observação direta do
comportamento e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. Os sintomas
podem ser observados antes dos 3 anos de idade, muitas vezes é possível um
diagnóstico por volta dos 18 meses de idade.
Para APA (2002), o DSM-V leva em consideração que para se considerar
um indivíduo com Transtorno do Espectro do Autismo o mesmo deve se enquadrar
nos critérios abaixo:
1. Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação
social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:
2. Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para
interação social;
3. Falta de reciprocidade social;
4. Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade
apropriados para o estágio de desenvolvimento.
5. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e
atividades, manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:
6. Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou
comportamentos sensoriais incomuns;
7. Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de
comportamento; c. Interesses restritos, fixos e intensos.
8. Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem
não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de
suas capacidades.
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O autismo se difere de um indivíduo para o outro, portanto ainda não


existem exames específicos que se faça o diagnóstico preciso dessa síndrome. Para
se chegar ao diagnóstico é necessária uma observação minuciosa do
comportamento do indivíduo.
De acordo com Silva; Gaiato e Reveles (2012, p. 97) sobre os exames
laboratoriais, apontam que:

Os exames devem ser solicitados caso a caso. Para alguns pacientes será
necessária a realização de exames de neuroimagens, como a ressonância
nuclear magnética do cérebro; outros precisarão de eletroencefalograma
(EEG), eletrocardiogramas (ECG), avaliações de erros do metabolismo e
exames laboratoriais. Do ponto de vista clínico, a análise cromossômica e
outros testes genéticos podem apontar para a síndrome do cromossomo X-
frágil, entre outras. Dessa forma, eles devem ser exames de rotina e as
famílias poderão precisar também de aconselhamento genético. Enquanto
as investigações clínicas sobre as causas do espectro autismo são
realizadas, a criança precisa começar o tratamento.

Alguns estudos recentes mostram que os casos relatados de TEA têm


aumentado relativamente nos últimos anos e de acordo com a Organização Pan-
Americana de Saúde/Organização Mundial da Saúde Brasil (2017),

Pesquisas recentes apontam que uma a cada 160 crianças tem TEA. Essa
estimativa representa um valor médio e a prevalência relatada varia
substancialmente entre os estudos. Algumas pesquisas bem controladas
têm, no entanto, relatado números que são significativamente mais
elevados. Com base em estudos epidemiológicos realizados nos últimos 50
anos, a prevalência de TEA parece estar aumentando globalmente. Há
muitas explicações possíveis para esse aumento aparente, incluindo
aumento da conscientização sobre o tema, a expansão dos critérios
diagnósticos, melhores ferramentas de diagnóstico e o aprimoramento das
informações reportadas.

Os pais e cuidadores necessitam estar atentos ao comportamento da


criança, o modo como ela interage e se expressa, por volta dos 6 e 7 meses a
criança já começa a apresentar comportamentos atípicos. Dos 12 aos 18 meses, já
pode ser observado que a criança não aponta, prefere ficar no berço, isolada, é
muito quieta, esses são os sintomas mais característicos do TEA .

Essas crianças manuseiam os brinquedos de forma diferente da usual por


outras crianças. Por exemplo, enfileiram carrinhos, giram suas rodas
durante longos e monótonos períodos, ou os empilham em torres perfeitas
(RAPIN, 1997 apud BRITO, 2016, p.27).
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Figura 1 - Brincando

Fonte: Foto de Isabel Salgado no grupo Mães Autistas no Facebook


Os pais precisam ser entrevistados e contar com detalhes como é o
comportamento da criança no seu cotidiano, a reunião de todas as informações
possíveis sobre a criança é muito importante, todos os detalhes que chamaram a
atenção dos pais no comportamento da criança até o presente momento.
Depoimentos de professores, cuidadores, profissionais médicos e não médicos são
imprescindíveis, é feito um trabalho multidisciplinar que envolve fonoaudiólogo,
psicoterapeuta e neuropediatra.
Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial da Saúde
Brasil (2017) também comenta que as intervenções feitas durante a infância
aumentam a qualidade de vida do indivíduo, proporcionando um melhor
desenvolvimento. Recomendam que as crianças sejam monitoradas desde muito
cedo, e que as famílias recebam informações e apoio prático de acordo com cada
situação. Fomentam que intervenções psicossociais baseadas em evidências, como
o tratamento comportamental e programas de treinamento de habilidades para pais
e outros cuidadores, podem reduzir gratificantemente as dificuldades de
comunicação e comportamento social, tendo um impacto positivo no bem-estar e
qualidade de vida da criança.
Isso só ressalta a importância dessa temática, um olhar atento tanto dos pais
quanto dos educadores faz toda a diferença na hora do diagnóstico da criança.
Investir em divulgação e capacitação dos profissionais também se torna
indispensável.
Atualmente as crianças passam muito tempo nas escolas e CEMEIS, até
mais que em suas próprias casas, é importante que esses profissionais estejam
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preparados e conheçam todos os sintomas precoces dessa síndrome para que


assim possa ser feita uma investigação.
Existem vários instrumentos de avaliação e triagem criados a fim de realizar
o diagnóstico precoce do autismo como o M-CHAT.

O M-CHAT é uma escala de rastreamento que pode ser utilizada em todas


as crianças durante visitas pediátricas, com objetivo de identificar traços de
autismo em crianças de idade precoce. Os instrumentos de rastreio são
úteis para avaliar pessoas que estão aparentemente bem, mas que
apresentam alguma doença ou fator de risco para doença, diferentemente
daquelas que não apresentam sintomas. A M-CHAT é extremamente
simples e não precisa ser administrada por médicos. A resposta aos itens
da escala leva em conta as observações dos pais com relação ao
comportamento da criança, dura apenas alguns minutos para ser
preenchida, não depende de agendamento prévio, é de baixo custo e não
causa desconforto aos pacientes. Essa escala é uma extensão da CHAT.
Consiste em 23 questões do tipo sim/não, que deve ser auto preenchida por
pais de crianças de 18 a 24 meses de idade, que sejam ao menos
alfabetizados e estejam acompanhando o filho em consulta pediátrica. O
formato e os primeiros nove itens do CHAT foram mantidos. As outras 14
questões foram desenvolvidas com base em lista de sintomas
frequentemente presentes em crianças com autismo (LOSAPIO, 2008, p. 1).
O M-CHAT, só pode ser aplicado na criança a partir dos 18 meses, pois se
aplicado antes o resultado pode não ser verdadeiro, o instrumento não fecha
diagnóstico apenas contribui na avaliação. Por ser um instrumento de simples
aplicação, pode ser feita pelo próprio professor que perceba atrasos ou sintomas de
autismo na criança.
A evolução da avaliação permite um diagnóstico mais rápido e preciso e por
isso contribui para uma intervenção precoce e para um melhor desenvolvimento do
indivíduo.

3. A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE

Para Correia (2000), diversos estudos destacam a intervenção precoce


como fator fundamental para a melhora do quadro clínico do autismo, gerando
ganhos significativos e duradouros no desenvolvimento da criança. Devido à
plasticidade cerebral, a precocidade do início da intervenção desempenha papel
importante, potencializando os efeitos positivos da mesma.
A intervenção precoce melhora a qualidade de vida do indivíduo autista e no
seu desenvolvimento, pois quando a mesma é diagnosticada precocemente os
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trabalhos de intervenção contribuem para sua aprendizagem e desenvolvimento na


vida escolar.

Para a realização do diagnóstico precoce, os profissionais de saúde


precisam conhecer a fundo os critérios clínicos do TEA, os quais são
específicos e sensíveis a diferentes faixas etárias e níveis de
desenvolvimento cognitivo e comportamental. Dentre esses critérios
destacam-se déficits qualitativos na socialização e no olhar referencial,
atraso no desenvolvimento da fala não compensada por outros meios,
deficiência em expressar afeto e responder pelo nome, ausência de
intercâmbio materno, padrões de comportamento repetitivos e
estereotipados, interesses e atividades limitados e aderência inflexível a
rotinas e rituais. Os acometidos podem apresentar ainda agressividade e
hipersensibilidade a estímulos sensoriais. A necessidade do diagnóstico
precoce se justifica uma vez que a intervenção anterior à cronificação do
quadro aumenta as possibilidades de tratamento e ameniza os sintomas
que se consolidam progressivamente (SANTOS, 2015, p. 13).

O tratamento do autismo é mais eficaz quando começa a ser realizado cedo


antes dos três anos, pois nessa idade a criança ainda é capaz de se adaptar para
obter uma melhor relação consigo e com os outros e com o mundo que o cerca.
Nesse sentido, muitas instituições e profissionais da área buscam promover
e disseminar o conhecimento a cerca do TEA e de seus sintomas, defendendo
investimentos como forma de garantir um desenvolvimeto adequado dessas
crianças desde cedo. Esse assunto foi discutido na Câmara dos Deputados pela
comissão de educação,

Segundo a psicopedagoga Luciana Brites, quanto mais cedo a detecção,


mais eficazes serão as intervenções. Quanto mais tarde, mais o cérebro vai
demorar a responder, podendo a criança ter o futuro escolar, social e
familiar prejudicado. O neurologista infantil Clay Brites reforçou que a
intervenção precoce reduz os principais sintomas do transtorno, melhora o
nível intelectual e a atenção social, reduz uma possível agressividade,
favorece a adaptação a regras e rotinas e aumenta a capacidade de
linguagem e comunicação (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2016).

Ainda nesse encontro Luciana Brites defendeu também que o poder público
deve investir mais em políticas de capacitação de profissionais que lidam com
crianças, como médicos, enfermeiros, professores e até outros funcionários da
escola (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2016, p.1).
Porém, recentemente no Brasil, foi sancionada a Lei 13.438/2017 que
determina que o SUS (Sistema Único de Saúde) será obrigado a adotar protocolo
com padrões para a avaliação de riscos ao desenvolvimento psíquico de crianças de
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até 18 meses de idade. O texto, que modifica o Estatuto da Criança e do


Adolescente (Lei 8.069/1990), estabelece que crianças de até 18 meses de idade
façam acompanhamento através de protocolo ou outro instrumento de detecção de
risco de desenvolvimento psíquico. Esse acompanhamento se dará em consulta
pediátrica (SENADO FEDERAL, 2017, p1).
Faz se necessária a conscientização e capacitação de todos os
profissionais que trabalham com as crianças autistas, visto que o diagnóstico e
tratamento precoce não são significados de cura, mas os tratamentos minimizam os
danos causados pelo Autismo.
De acordo com Carothers e Taylor (2004), o objetivo da educação de uma
criança autista é o de aumentar sua independência, a fim de proporcionar mais
segurança ao executar tarefas do cotidiano, além de melhorar a qualidade de vida
da criança e de seus familiares.
Tanto a escola como o ambiente familiar são importantíssimos para o
aprendizado da criança autista.
Os ambientes fundamentais onde acontece o aprendizado da criança é na
escola e em casa.

É melhor ensinar as habilidades para o dia a dia no ambiente natural, porém


isso nem sempre é possível. Fazer tarefas simples do dia a dia, como comer
sozinho, usar o banheiro, escovar os dentes, para eles fazem muita
diferença na qualidade de vida. É importante que os pais trabalhem pela
independência de seu filho. É preciso que incentive a criança a se vestir
sozinha, se servir, comer, beber e assim por diante. Com esses estímulos a
criança sente a necessidade de falar desenvolvendo sua oralidade. Isto
deve ser feito com calma, levando em consideração que o desenvolvimento
da criança com autismo é lento, lembrando sempre de elogiar cada avanço
alcançado. A participação dos pais é muito importante no processo de
aprendizagem da criança e são eles responsáveis por grande parte da
aprendizagem do filho, bem como do incentivo ao convívio social. Os pais
devem fazer passeios com seus filhos, preferencialmente em lugares
públicos, onde as crianças possam brincar livremente, caminhar e ter
contato com outras crianças (CAROTHERS E TAYLOR, 2004, p. 45).

É preciso planejar toda a atividade, pois a criança autista sente muita


dificuldade quando algo não faz parte da sua rotina.
Carothers e Taylor (2004), a criança autista tende a fixar rotinas, isso pode
ser utilizado a seu favor. Podem-se organizar rotinas com horários pré-fixados para
várias tarefas do dia, porém isso deve acontecer de forma natural.
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A rotina é importante para a vivência da criança autista, mas é necessário


que a criança aprenda a aceitar mudanças, necessitando que os pais e os
professores façam pequenas mudanças na vida diária da criança.
De acordo com Carothers e Taylor (2004), existem algumas técnicas que
têm certa eficácia para a aprendizagem de crianças autistas:

Modelagem através de gravação de vídeo - Um aluno que já adquiriu uma


habilidade é gravado executando-a e assim o vídeo pode ser repetido várias
vezes para o aluno que ainda não adquiriu a habilidade em questão. Essa
técnica pode ser usada para ensinar crianças com autismo a fazerem
compras no mercado, por exemplo. Rotina de atividades pictográficas -
Ilustrações como fotos, desenhos, etc., compõe estágios de uma tarefa,
para que o aluno siga as instruções e complete a tarefa independentemente.
Com essa técnica é possível ensinar como fazer tarefas domésticas, de
escritório e lavanderia. Participação e Orientação de Colegas - Outras
crianças normotípicas são usadas como modelos para o ensino de
habilidades funcionais na comunidade para alunos com autismo. Foi
possível através do uso dessa técnica que crianças com autismo
aprendessem a pegar livros da biblioteca, comprar itens em um bazar e
atravessar a rua. Técnicas como estas são aplicadas na escola e além de
continuar a aplicação de tais técnicas em casa, é interessante a
colaboração de parentes ou vizinhos para modelar um comportamento, uma
habilidade, uma tarefa, como por exemplo, gravar o irmão de uma criança
com autismo mostrando como decidir o que vestir para ir à escola, ou
também uma atividade como arrumar a cama, em que todos os passos
sejam fotografados e com legenda. Outra estratégia interessante é que
parentes ou vizinhos (da idade da criança com autismo) criem uma situação
do dia a dia de como fazer compras no mercado, em casa, e depois a
acompanhem para uma situação real em estabelecimentos públicos
(CAROTHERS E TAYLOR, 2004, p. 32).

Se as técnicas forem bem utilizadas poderá fazer grande diferença na vida


da criança.
Segundo Mello (2007), “existem técnicas desenvolvidas para o tratamento
de crianças autistas em casa e/ ou em clínicas de tratamento, que se aplicadas de
maneira correta e consciente podem ser eficientes na reabilitação destas crianças,
principalmente as que começam o tratamento cedo”.
As técnicas para o tratamento da criança autista são muito importantes, mas
existem alguns traços que se levados em consideração podem aumentar a eficácia
do tratamento e elevar a possibilidade do autista alcançar a tão buscada
independência no que diz respeito às atividades diárias.

Devemos procurar o antes possível desenvolver: a autonomia e a


independência; a comunicação não-verbal; os aspectos sociais como
imitação, aprender a esperar a vez e jogos em equipe; a flexibilização das
tendências repetitivas; as habilidades cognitivas e acadêmicas; ao mesmo
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tempo é importante: trabalhar na redução dos problemas de


comportamento; utilizar tratamento farmacológico se necessário; que a
família receba orientação e informação; que os professores recebam
assessoria e apoio necessários. (MELLO, 2007, p.28).

As escolas devem se capacitar para o trabalho com as crianças autistas ou


com alguma necessidade educativa especial para que as mesmas tenham condição
de se desenvolverem como cidadãos capazes de pensar, aprender, construir e
tomar decisões.

É possível que nas escolas existam casos não diagnosticados de crianças


com autismo, que devido as suas dificuldades e diferenças são rotuladas de
indisciplinadas, desorganizadas, sem limites, lentas etc. O professor deve
estar atento ao comportamento dos alunos, caso note algo diferente deve
levar a situação até a coordenação da escola para que com os pais
encaminhe a criança para um especialista. A escola tem um importante
papel na investigação diagnóstica, pois é o primeiro lugar fora de seu
ambiente familiar que a criança frequenta (MELLO, 2007, p.29).

O currículo da escola deve respeitar as condições da criança e também a


forma como outras crianças realizam algumas tarefas e o ambiente onde essas
tarefas são feitas.
A escola deve ser um lugar que ajude na interação e socialização da criança
autista, pois é onde ela descobre as regras a serem seguidas.

As crianças com autismo, regra geral, apresentam dificuldades em aprender


a utilizar corretamente as palavras, mas se obtiverem um programa intenso
de aulas haverá mudanças positivas nas habilidades de linguagem,
motoras, interação social e aprendizagem é um trabalho árduo precisa muita
dedicação e paciência da família e também dos professores. É vital que
pessoas afetadas pelo autismo tenham acesso a informação confiável sobre
os métodos educacionais que possam resolver suas necessidades
individuais (NUNES, 2008, p.4).

A escola deve criar estratégias para que essas crianças consigam


desenvolver suas capacidades e interagir com as outras crianças. O professor deve
desenvolver metodologias de aprendizagens para que o aluno autista consiga se
comunicar e se desenvolver.

O conteúdo do programa de uma criança autista deve estar de acordo com


seu desenvolvimento e potencial, de acordo com sua idade e de acordo com
o seu interesse, o ensino é o principal objetivo a ser alcançado e sua
continuidade é muito importante, para que elas se tornem independentes,
quando a criança autista não mostrar interesse nas atividades propostas
pelo professor deve-se envolvê-los nas atividades, mesmo que ela não
esteja entendendo o que lhe é ensinado o professor deve ter paciência,
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sentar ao lado dela e tentar ajudá-la da melhor maneira possível a fazer o


que lhe foi pedido, mesmo que isso leve tempo (NUNES, 2008, p.4).

Ao realizar alguma tarefa ou até mesmo pronunciar palavras, é importante


elogiar a criança para que a mesma se sinta motivada.
De acordo com Nogueira (2007), os problemas encontrados na definição de
autismo, refletem-se na dificuldade para a construção de instrumentos precisos e
adequados para um processo de avaliação e condutas.
Durante a avaliação é necessário levar em consideração e respeitar sua
condição limitada, sua forma de se expressar de forma que não agrida sua vida
escolar, não se deve somente buscar conhecimento sobre a patologia, mas também
ser sensível para preservar a integridade e o autoconhecimento da criança
observando suas necessidades.
A aprendizagem da criança autista deve ser estimulada pelos professores,
pelos pais que têm um papel fundamental, pois são eles que convivem diariamente
com essas crianças.
Quanto mais precoce a criança for diagnosticada mais ela poderá se
desenvolver no ambiente escolar e para isso é fundamental um professor que tenha
conhecimento das necessidades do aluno e que venha contribuir para o seu
desenvolvimento.
De acordo com Brasil (2007, p.18), o princípio fundamental desta Linha de
Ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de
suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras.
Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que
vivem nas ruas e que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades;
crianças de minorias linguísticas, étnicos ou culturais e crianças de outros grupos e
zonas desfavorecidos ou marginalizados.

Ao papel do professor se faz necessário uma intervenção mediatizada por


parte deste, nesse sentido, o professor deixa de ser apenas um transmissor
de conhecimentos para ser um orientador, que estimula o desenvolvimento
e a aprendizagem a partir de interações construídas no envolvimento de
toda a turma. Podemos dizer que a mediação “é processo de intervenção de
um elemento intermediário numa relação; a relação deixa, então, de ser
direta e passa a ser mediada por esse elemento” (OLIVEIRA, 1997, p.26).
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Os professores de acordo com a lei devem incluir os alunos autistas em sala


de aula lhe ofertando meios para que a mesma venha se desenvolver, para isso o
mesmo deve ter formação adequada.
A escola para se tornar inclusiva, deve acolher todos os seus alunos,
independentemente de suas condições sociais, emocionais, físicas,
intelectuais, linguísticas, entre outras. Ela deve ter como princípio básico
desenvolver uma pedagogia capaz de educar e incluir todos aqueles com
necessidades educacionais especiais e também os que apresentam
dificuldades temporárias ou permanentes, pois a inclusão não se aplica
apenas aos alunos que apresentam algum tipo de deficiência. (MANTOAN,
2008, p. 143).

A inclusão deve ser praticada no ambiente escolar, pois o direito da criança é


garantido por lei não devendo ser negada a mesma, pois toda a criança com algum
tipo de deficiência tem direito a inclusão.

O papel do professor como o mediador, ela o define como aquele que no


processo de aprendizagem favorece a interpretação do estímulo ambiental,
chamando a atenção para seus aspectos cruciais, atribuindo significado à
informação concebida, possibilitando que a mesma aprendizagem de regras
e princípios sejam aplicados às novas aprendizagens, tornando o estímulo
ambiental relevante e significativo, favorecendo desenvolvimento (LOPES,
2011, p. 23).

O professor precisa sempre estar se atualizando, buscando através de


leituras e cursos novos conhecimentos para trabalharem com as crianças e não se
surpreenderem quando tiver que ensinar uma criança com autismo.

A proposta inclusiva da Educação (um direito assegurado) tem por fim


conscientizar os (as) professores (as) sobre as bases filosóficas, políticas
educacionais, jurídicas, éticas responsáveis pela formação de competências
do profissional que participa ativamente dos processos de integração,
desenvolvimento e inserção da pessoa deficiente na vida produtiva em
sociedade, evidenciar o direito legal mediante dever do Estado com a
educação; e garantir, conforme determina a Constituição da República
Federativa do Brasil no seu artigo 208, inciso III, o atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiências, preferencialmente na rede
regular de ensino. (RODRIGUES, 2010, pg.72).

Segundo Santos (2008, p.30):

O nível de desenvolvimento da aprendizagem do autista geralmente é lento


e gradativo, portanto, caberá ao professor adequar o seu sistema de
comunicação a cada aluno. O aluno deve ser avaliado para colocá-lo num
grupo adequado, considerando a idade global, fornecida pelo PEP-R,
desenvolvimento e nível de comportamento. É de responsabilidade do
professor a atenção especial e a sensibilização dos alunos e dos envolvidos
para saberem quem são e como se comportam esses alunos autistas. É
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indispensável que o professor conheça todas as características e


dificuldades que abrangem esse transtorno, só assim ele será capaz de
planejar suas ações de modo que no vivenciar das experiências a criança
não seja vítima de atos discriminatórios.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho buscou evidenciar a necessidade de diagnosticar casos de


autismo já na educação infantil a fim de que as crianças possam ser tratadas
adequadamente, bem como participem de um processo de ensino/aprendizagem e
desenvolvimento que considere as suas especificidades.
Para isso realizou-se investigação teórica para melhor compreensão acerca
do objeto pesquisado e também pesquisa de campo sobre como se processa no
município Arapongas a avaliação de crianças com possibilidade de apresentar
autismo.
Nesse sentido conclui-se que hoje se sabe que o diagnóstico precoce de
qualquer doença é fundamental para o seu tratamento e dependendo do caso, até
da sua cura. Apesar do TEA não ser uma doença tecnicamente física, não é
diferente, quanto mais cedo for diagnosticado, mais cedo a criança poderá receber o
tratamento.
Ser professor está bem longe de apenas lecionar, implica muito mais que
isso. Nos tempos atuais, onde se trabalha muito, cada vez mais cedo a criança já é
inserida na escola e lá ela passa a maior parte do seu tempo. O professor faz parte
do desenvolvimento da criança cada vez mais cedo, e não apenas do
desenvolvimento intelectual, mas em todos os seus aspectos, é nossa função estar
atento a todos os detalhes e dificuldades que a criança apresente para que ela
possa se desenvolver plenamente em todos os aspectos.
Conhecer como a criança se desenvolve é imprescindível para que se possa
observar comportamentos atípicos em cada faixa etária como: uma criança que não
fala, não aponta ou não anda no tempo considerado normal.
O educador infantil, em especial, tem cada vez mais responsabilidades no
desenvolvimento da criança, é um dever da profissão estar sempre informado
buscando aperfeiçoamento e capacitação. Uma atitude passiva ou descomprometida
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dos profissionais da área da educação pode levar ao atraso do diagnostico, e assim


a criança acaba perdendo um tempo importante do tratamento.
Um profissional empenhado e apaixonado pelo que faz, procura em primeiro
lugar o bem-estar de seus alunos. As pesquisas feitas para o presente trabalho
apontam a importância do diagnóstico precoce do autismo para o desenvolvimento
acadêmico e social da criança. As intervenções realizadas desde cedo trazem
benefícios extremos para o desenvolvimento cognitivo, social e até de fala.

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