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RESUMO
O presente artigo construído através da pesquisa bibliográfica tem por
objetivo analisar a importância do diagnóstico do autismo na educação infantil
abordando a importância do diagnóstico precoce. A investigação teórica foi realizada
a partir de artigos, livros e sites que discorrem sobre o tema analisado. Atualmente
muito se tem investigado sobre o Transtorno do Espectro Autista, profissionais da
área e pessoas interessadas pelo tema se mostram muito empenhadas em
disseminar o conhecimento e conscientizar as pessoas acerca da relevância de um
diagnóstico feito precocemente. O Autismo pode ser considerado um distúrbio que
afeta o desenvolvimento da criança nas áreas relacionadas à comunicação, e da
sociabilização, sabe se que o autismo não tem cura, entretanto terapias e
tratamentos que tornam mínimas as dificuldades, permitindo um bom
desenvolvimento e uma melhor qualidade de vida para o indivíduo. Os dados da
pesquisa apontam que quanto mais cedo o diagnóstico da criança autista for
realizado melhor será para o seu desenvolvimento.
1. INTRODUÇÃO
O termo Autismo foi criado em 1911, pelo psiquiatra Paul Eugen Bleuler,
para indicar um sintoma da esquizofrenia, só que em uma área dirigida para o
retraimento do indivíduo.
Porém, esse transtorno foi descrito pela primeira vez, em 1943, pelo médico
Leo Kanner, através de seu estudo sobre “[...] um grupo de crianças
gravemente lesadas que tinham certas características comuns. A mais
notável era a incapacidade de se relacionar com pessoas” (GAUDERER,
1993, p. 09).
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2.1 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do autismo é clínico, realizado a partir da observação direta do
comportamento e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. Os sintomas
podem ser observados antes dos 3 anos de idade, muitas vezes é possível um
diagnóstico por volta dos 18 meses de idade.
Para APA (2002), o DSM-V leva em consideração que para se considerar
um indivíduo com Transtorno do Espectro do Autismo o mesmo deve se enquadrar
nos critérios abaixo:
1. Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação
social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:
2. Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para
interação social;
3. Falta de reciprocidade social;
4. Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade
apropriados para o estágio de desenvolvimento.
5. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e
atividades, manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:
6. Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou
comportamentos sensoriais incomuns;
7. Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de
comportamento; c. Interesses restritos, fixos e intensos.
8. Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem
não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de
suas capacidades.
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Os exames devem ser solicitados caso a caso. Para alguns pacientes será
necessária a realização de exames de neuroimagens, como a ressonância
nuclear magnética do cérebro; outros precisarão de eletroencefalograma
(EEG), eletrocardiogramas (ECG), avaliações de erros do metabolismo e
exames laboratoriais. Do ponto de vista clínico, a análise cromossômica e
outros testes genéticos podem apontar para a síndrome do cromossomo X-
frágil, entre outras. Dessa forma, eles devem ser exames de rotina e as
famílias poderão precisar também de aconselhamento genético. Enquanto
as investigações clínicas sobre as causas do espectro autismo são
realizadas, a criança precisa começar o tratamento.
Pesquisas recentes apontam que uma a cada 160 crianças tem TEA. Essa
estimativa representa um valor médio e a prevalência relatada varia
substancialmente entre os estudos. Algumas pesquisas bem controladas
têm, no entanto, relatado números que são significativamente mais
elevados. Com base em estudos epidemiológicos realizados nos últimos 50
anos, a prevalência de TEA parece estar aumentando globalmente. Há
muitas explicações possíveis para esse aumento aparente, incluindo
aumento da conscientização sobre o tema, a expansão dos critérios
diagnósticos, melhores ferramentas de diagnóstico e o aprimoramento das
informações reportadas.
Figura 1 - Brincando
Ainda nesse encontro Luciana Brites defendeu também que o poder público
deve investir mais em políticas de capacitação de profissionais que lidam com
crianças, como médicos, enfermeiros, professores e até outros funcionários da
escola (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2016, p.1).
Porém, recentemente no Brasil, foi sancionada a Lei 13.438/2017 que
determina que o SUS (Sistema Único de Saúde) será obrigado a adotar protocolo
com padrões para a avaliação de riscos ao desenvolvimento psíquico de crianças de
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
APA. Associação Psiquiátrica Americana (2002). Manual diagnóstico e estatístico
de transtornos mentais. Porto Alegre: Artes Médicas.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér (org). O desafio das diferenças nas escolas.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
MELLO, Ana Maria S. Rosa de. Autismo: guia prático. 5 ed. São Paulo: AMA.
Brasília: CORDE, 2007.