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Gabriela Bandeira
Atualizado em 28 de setembro de 2023
O que é autismo?
Para começar, o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que se caracteriza
pela dificuldade em aspectos como engajamento ativo, comunicação funcional e
regulação emocional. Seus sintomas podem ser percebidos ainda na primeira infância.
Crianças e adultos com TEA podem apresentar diferentes níveis de necessidade de
suporte. O que significa que, enquanto alguns têm facilidade de realizar qualquer
atividade pessoal e da vida diária, outros precisam de apoio para as atividades básicas,
como tomar banho, se vestir e se alimentar.
Sinais de autismo
Normalmente, os sinais de atraso no desenvolvimento que podem causar suspeita de
autismo são notados quando a criança tem entre 18 meses e três anos de idade.
Mesmo quando bebês, crianças no espectro apresentam características como foco
excessivo em determinados objetos e raro contato visual. Em alguns casos, a criança
parece se desenvolver tipicamente até o segundo ano de vida e começa apresentar os
sinais de autismo após esse período, é o que especialistas chamam de autismo regressivo.
Díade do autismo
Manuais como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da
Associação Americana de Psiquiatria) e a CID-11 (Classificação Internacional de
Doenças e Transtornos Mentais, da Organização Mundial da Saúde), determinam as
características que compõem o espectro autista como “díade do autismo”: dificuldades na
comunicação e interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento.
Ecolalia
Distúrbio de linguagem, definida como a repetição em eco da fala do outro. Normalmente,
a pessoa com autismo tende a repetir palavras ou frases que ouviu na televisão ou em
conversas, sem intenção de se comunicar.
Estereotipias
Os comportamentos repetitivos também são muito comuns no TEA. Muitos deles podem
ter a função de regulação emocional.
Níveis de autismo
Tanto o DSM quanto a CID classificam o diagnóstico de TEA de acordo com o nível de
necessidade de suporte, ou seja, autismo nível 1, 2 ou 3.
Assim, autistas que conseguem realizar as atividades diárias de forma independente e com
pouca ajuda podem estar no nível 1 e aqueles que precisam de mais suporte nessas e em
outras etapas do desenvolvimento podem estar no nível 3.
Essa nomenclatura também pode aparecer como” graus de autismo” em alguns
momentos. Aqui, você pode ouvir falar também em:
• Autismo leve: autismo com nível de necessidade de suporte 1;
• Autismo moderado: autismo com nível de necessidade de suporte 2;
• Autismo severo: autismo com nível de necessidade de suporte 3.
Equipe multidisciplinar
Ainda que haja um tema que norteie todo o planejamento (o autismo), cada profissional
traz o conteúdo para dentro do seu contexto ou especialidade
Equipe interdisciplinar
Integra diferentes áreas do conhecimento com um objetivo comum;
Equipe transdisciplinar
Profissionais de diferentes áreas do conhecimento atuam em conjunto. Não há divisão de
conhecimento, nem hierarquia entre eles. Isto é, os conhecimentos fazem parte do todo e
nenhum é considerado mais importante do que o outro.
Comorbidades no autismo
Em alguns casos, o autismo pode vir acompanhado de uma ou mais condições, o que é
conhecido como comorbidade. Dentro do TEA, algumas comorbidades comuns são:
• Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH);
• Deficiência intelectual (D.I.);
• Transtorno de ansiedade generalizada (TAG);
• Epilepsia;
• Entre outros.
Conhecer as comorbidades que acompanham um diagnóstico de TEA é essencial
para garantir que as intervenções sejam efetivas e também entender se é necessário algum
tipo de medicação.
Símbolos do autismo
Atualmente, existem três símbolos que podem representar o autismo.
Quebra-cabeça
Mais antigo símbolo do autismo. Ele não é bem aceito pelos autistas. Isso
porque um de seus significados é justamente a complexidade do TEA. Para
quem está no espectro, essa interpretação traz mais prejuízos à causa do que
ajuda no entendimento do autismo.
Símbolo da neurodiversidade
O mais recente dentre eles, esse símbolo foi criado pelos próprios autistas. É
utilizado como uma alternativa à fita do quebra-cabeça e celebra a esperança e
a diversidade de expressão dentro do espectro.
Fita de conscientização
Símbolo popularmente usado para demonstrar apoios à causa e informar
a população sobre os direitos de quem está no espectro. Por esse motivo,
é comum que você encontre esse símbolo em placas de filas
preferenciais em farmácias e supermercados, por exemplo.
O autismo é um espectro bastante vasto e cada indivíduo dentro do TEA é único e merece
ter suas singularidades respeitadas. Além disso, toda pessoa com autismo merece
aprender e atingir seu potencial.