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FORMAÇÃO EM

APLICADOR ABA (AT)


MINISTRANTE: KAROLINY HORA
MESTRA E ESPECIALISTA EM ABA E TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA
CRONOGRAMA
DATA TEMA
Noções sobre Autismo
Noções sobre Análise do Comportamento Aplicada e Comportamento Verbal
15/04/23
Medidas do Comportamento
Avaliação do Comportamento
Aquisição de Habilidades e Procedimentos de Tentativa Discreta, Procedimentos de Ajuda
22/04/23 Implementação de Generalização, Procedimentos de Manutenção, Procedimentos de Dessensibilização Sistemática,
Procedimentos de Encadeamento
Treinos de Discriminação;
29/04/23 Procedimentos de Ensino Naturalístico
Redução de Problemas Comportamentais
Acompanhamento Terapêutico no Ambiente Escolar
Auxílio no treinamento de parceiros relevantes (e.g., familiares, cuidadores, outros profissionais);
13/05/23
Conduta ética na prestação de serviços, Conduta profissional, Documentação e Relatórios.
Avaliação Teórica e Prática
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O QUE VEREMOS?

• Noções sobre Autismo

• Noções sobre Análise do


Comportamento Aplicada

• Comportamento Verbal

• Operação Motivadora

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NOÇÕES SOBRE AUTISMO
O QUE É AUTISMO?
O TEA é um transtorno do
neurodesenvolvimento.

• Prejuízos nas interações sociais


• Deficiências na comunicação verbal
e não verbal
• Limitação das atividades e
interesses
• Padrões de comportamento
estereotipados e ritualísticos

Condição permanente, não havendo


“cura”.

O tratamento pode alterar o


prognóstico e suavizar os sintomas.
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ETIOLOGIA
Multifatorial e epigenética
• Vulnerabilidade genética associada
a fatores de risco perinatais
estariam na origem do Transtorno.

Fatores de risco:
1. Aumento da idade materna e
paterna;
2. Prematuridade e baixo peso ao
nascer;
3. Estresse materno gestacional.
4. Consumo de drogas ilícitas,
álcool e tabagismo durante a
gestação.

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PREVALÊNCIA
• Estimativas da prevalência do
autismo têm aumentado
dramaticamente.

EUA (Fonte: CDC)


• 1 em cada 36 crianças de 8 anos em
2023 (2,8%).

Resultado da ampliação dos critérios


diagnósticos, do desenvolvimento de
instrumentos de rastreamento e
diagnóstico e do maior acesso ao
diagnóstico.

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PREVALÊNCIA
• O TEA manifesta-se em indivíduos
de todos os grupos raciais, étnicos
e socioeconômicos.

• Porcentagem entre asiáticos (3,3%),


hispânicos (3,2%) e negros (2,9%)
foi maior do que entre as crianças
brancas de 8 anos (2,4%).

• 3,8 vezes mais prevalente entre


indivíduos do sexo masculino.

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ACESSO AO DIAGNÓSTICO
• Na maioria dos casos, haviam
preocupações sobre o
desenvolvimento antes dos 3 anos de 42% - avaliação aos 3 anos.
idade.

• A idade média de diagnóstico foi de 4 19% - avaliação entre 3 e 4


anos e 4 meses. anos.

• 30% das crianças não receberam um


diagnóstico formal de TEA aos 8 anos
de idade. 39% - após os 4 anos.

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PREVALÊNCIA NO BRASIL
• No Brasil não há números oficiais
de prevalência de autismo.

• É possível que o número seja


semelhante aos EUA, já que
nenhuma evidência indica que a
prevalência seja diferente em
qualquer outro país.

• Se for assim, o número de autistas


projetado pode chegar a 5,997
milhões no Brasil.

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DSM-5

A) DÉFICITS PERSISTENTES NA B) PADRÕES RESTRITOS E


COMUNICAÇÃO SOCIAL E NA REPETITIVOS DE COMPORTAMENTO,
INTERAÇÃO SOCIAL INTERESSES OU ATIVIDADES

1.Déficits na reciprocidade 1.Movimentos, uso de objetos ou fala


socioemocional estereotipados ou repetitivos.
2.Déficits nos comportamentos de 2.Insistência nas mesmas coisas,
comunicação verbal e não verbal adesão inflexível a rotinas ou padrões
ritualizados.
usados para interação social
3.Interesses fixos e altamente restritos.
3.Déficits para desenvolver, manter e
compreender relacionamentos 4.Hiper ou hiporreatividade a
estímulos sensoriais ou interesse
incomum.

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DSM-5

E) ESSAS PERTURBAÇÕES NÃO SÃO


C) SINTOMAS PRESENTES D) PREJUÍZO CLINICAMENTE MELHOR EXPLICADAS POR DI,
PRECOCEMENTE NO PERÍODO DO SIGNIFICATIVO NO FUNCIONAMENTO TRANSTORNO DO
DESENVOLVIMENTO SOCIAL, PROFISSIONAL OU EM DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL
OUTRAS ÁREAS IMPORTANTES DA OU POR ATRASO GLOBAL DO
VIDA DESENVOLVIMENTO.

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CARACTERÍSTICAS DIAGNÓSTICAS

• ESPECTRO

• Os sintomas estão presentes desde o início da infância.


• O estágio em que o prejuízo funcional fica evidente pode variar.

• A intervenção precoce está associada a ganhos significativos no funcionamento cognitivo e


adaptativo.
CARACTERÍSTICAS DIAGNÓSTICAS

Diagnóstico baseado em múltiplas fontes de informação:


1. Observações do clínico,
2. História do cuidador,
3. Quando possível, autorrelato.
CARACTERÍSTICAS DIAGNÓSTICAS

O TEA engloba transtornos antes chamados de:

• Autismo infantil precoce,


• Autismo infantil,
• Autismo de Kanner,
• Autismo de alto funcionamento,
• Autismo atípico,
• Transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação,
• Transtorno desintegrativo da infância,
• Transtorno de Asperger.
COMORBIDADES
FREQUENTES

• TDAH (35,3%);
• Dificuldade de aprendizagem
(23,5%);
• DI (21,7%);
• Dificuldades motoras (80%);

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OUTRAS COMORBIDADES

• Transtornos de Ansiedade
• Fobias
• TOC
• Transtornos gastrointestinais
• Epilepsia
• Distúrbios do sono
• Apraxia da fala
• Transtornos alimentares

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COGNIÇÃO, COMPORTAMENTO,
SOCIALIZAÇÃO E ROTINAS

Rotina diária da criança

• Adequação nutricional;
• Sono;
• Tempo e conteúdo de telas;
• Modalidade de brincadeiras;
• Adequação escolar;
• Atividades extracurriculares;
• Terapias complementares;

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COGNIÇÃO, COMPORTAMENTO,
SOCIALIZAÇÃO E ROTINAS

Família

• Tempo qualitativo entre familiares e paciente;


• Relações de parentalidade e conjugalidade;
• Fatores de risco para estresse;
• Doenças nos cuidadores (depressão, transtornos
psiquiátricos, traços autísticos e outros problemas);
• Características de irmãos.

Auxiliar no acolhimento, instrumentalização, capacitação e


incentivo aos pais.
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COGNIÇÃO, COMPORTAMENTO,
SOCIALIZAÇÃO E ROTINAS

Escola

• Adequações escolares em relação ao conteúdo e


planejamento pedagógico;
• Aprendizagem e socialização com pares.

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QUESTÕES SENSORIAIS NO TEA

1. Baixa energia/fraqueza X Agitação motora


2. Sensibilidade tátil/ao movimento
3. Sensibilidade gustativa/olfativa
4. Sensibilidade auditiva/visual
5. Procura sensorial/distraibilidade
6. Hiporresponsividade

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EQUIPE INTERDISCIPLINAR

• Equipe: psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas


ocupacionais, psicopedagogos, assistentes sociais,
fisioterapeutas, educadores físicos, etc.
• Família.
• Escola.

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TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

• Comportamentos disruptivos: irritabilidade,


impulsividade, agitação, agressividade e destrutividade.
• Comorbidades: ansiedade, depressão, TOC, TDAH,
epilepsia e transtornos do sono.
• A risperinona e o aripripazol tem indicação da Food
and Drug Administration.
• O uso de melatonina tem sido associado a melhores
parâmetros do sono.
• Uso de probióticos no caso de distúrbios
gastrintestinais.

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AUTISMO EM BEBÊS

• Média de idade em que os pais


observaram os primeiros sintomas de
TEA: 15,17 m.

• Sintomas de socialização (9,27 m).

• Alterações da linguagem (18,28 m);

• Comportamentos estereotipados e
repetitivos (19,25 m).

Zanon, Backes & Bosa (2014)


AUTISMO EM BEBÊS
SINAIS PRECOCES
AUTISMO EM CRIANÇAS COM
IDADE ESCOLAR
Marcos do desenvolvimento relacionados a:
• Comunicação, imitação, percepção visual, habilidades motoras, brincar, etc.;
• Socialização com pares (aproximação física, iniciativa de interação, compartilhamento de
brinquedos);
• Habilidades escolares (acadêmicas e de rotina escolar).

Déficits na comunicação e interação social;


Padrão restrito e repetitivo de comportamento;
Barreiras Interesses restritos;
Inflexibilidade (rotinas ou padrões ritualizados);
Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais;
AUTISMO NA ADOLESCÊNCIA
E FASE ADULTA
• Aquisição de caracteres sexuais e transformações no corpo;
• Inserção em novos grupos sociais;
• Construção de parcerias amorosas;
• Busca de autonomia em relação aos pais;
• Inserção no mercado de trabalho

Déficits na comunicação e interação social;


Padrão restrito e repetitivo de comportamento;
Barreiras Interesses restritos;
Inflexibilidade (rotinas ou padrões ritualizados);
Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais;
IMPACTO DO DIAGNÓSTICO E SOBRECARGA EMOCIONAL

• Postergação diagnóstica. • Escassez de atividades de


lazer e educacionais
adaptadas para crianças
• Dificuldade de lidar com o com TEA.
diagnóstico e com os
sintomas.
• Situação Financeira.
• Deficiente acesso ao
serviço de saúde e apoio • Preocupação com o futuro.
social.

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PRÁTICAS BASEADAS EM
EVIDÊNCIA CIENTÍFICA (PBE)

• Os serviços de saúde devem basear-


se em evidências científicas
considerando: eficiência, eficácia e
segurança na prática terapêutica.
EBP
• Os resultados de revisões
sistemáticas fornecem a base para a
tradução dos procedimentos
descritos na literatura.

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PRÁTICAS BASEADAS EM
EVIDÊNCIA CIENTÍFICA (PBE)

Reforçamento ® (R) Reforçamento Diferencial (DR)


Interrupção e Redirecionamento da Resposta (RIR) Treino de Tentativa Discreta (DTT)
Narrativas Sociais (SN) Extinção (EXT)
Treino de Habilidades Sociais (SST) Modelação (MD)
Análise de Tarefas (TA) Intervenção Naturalística (NI)
Atraso de Tempo (TD) Intervenção Implementada por Pais (PII)
Vídeo-Modelação (VM) Intervenção e Instrução Mediada por Pares (PBII)
Suporte Visual (VS) Prompting (PP)

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ATIVIDADE

1. O que é TEA?
2. Quais são os critérios diagnósticos do DSM-5?
3. Dê exemplos de duas condições médicas que podem
ocorrer simultaneamente ao TEA?
4. Dê exemplos de sinais precoces no TEA.
5. Descreva desafios da fase adulta para a pessoa com TEA.

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