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27/09/2017

Pessoas com doença de Alzheimer

A Disfagia na Doença de Alzheimer


• A deterioração progressiva e irreversível de
diversas funções cognitivas, associada à
Doença de Alzheimer, pode provocar
alterações a diversos níveis (sensoriais, saúde
oral, gastrointestinal)
• E conduzir a problemas de paladar, de
deglutição, a desorientações visuais e
auditivas, à incapacidade de compreender e
de expressar a palavra escrita ou falada

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A deglutição envolve a coordenação…


• A deglutição envolve a coordenação de músculos da
boca, faringe, laringe e esófago e a sua função é
transportar matéria da região oral até ao estômago.
– Quando esta sequência fica comprometida pode provocar
distúrbios na ingestão segura e eficiente dos alimentos.
• Com a progressão da Doença de Alzheimer, que conduz
a limitações cognitivas e físicas, o paciente apresenta
risco elevado de malnutrição e de desidratação.
– O paciente pode experimentar episódios de esquecimento,
nos quais não se recorda da necessária ingestão de
alimentos, podendo ainda apresentar dificuldades na
deglutição.

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Perda de interesse na alimentação…


• O paciente com Doença de Alzheimer pode
manifestar uma perda de interesse na
alimentação, sendo por isso necessária a
monitorização frequente dos profissionais de
saúde e dos cuidadores, com o objectivo de:
– melhorar a ingestão alimentar, que contribui para a
manutenção de um estado nutricional adequado.
• A alimentação deve permitir um aporte
energético e proteico adequado, através de
alimentos variados, com elevados teor em
vitaminas, minerais e fibra alimentar.

Eis algumas recomendações:


• O paciente deve dispor de tempo suficiente para realizar a sua
refeição;
• Os intervalos entre as refeições devem ser curtos e regulares;
• Investir na apresentação visual das refeições;
• Evitar temperos fortes ou molhos picantes;
• Apostar no espessamento de produtos alimentares líquidos, para
que estes sejam fáceis e seguros de ser deglutidos pelo paciente
com disfagia;
• Promover a hidratação do paciente;
• Verificar a temperatura da comida pois o paciente pode não
conseguir verificar se aquela está demasiado quente para se
ingerida;
• Evitar loiça com padrão que confunda o paciente, a ponto deste
não distinguir os alimentos presentes no prato;
• Minimizar as distracções durante as refeições;

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A disfagia…
• A disfagia pode levar à aspiração (entrada de
alimentos / saliva / líquidos na via respiratória),
• Isto gera risco de pneumonias aspirativas,
desnutrição e/ou desidratação.

1- Consistência dos alimentos:


• A consistência dos alimentos é modificada, ao
longo do curso da doença, se necessário.
• A humidificação dos alimentos é indicada para a
maioria dos pacientes.
• Em geral, a dieta de menor risco é a consistência
pastosa homogénea (consistência de creme).
• O importante é a garantia de um desempenho
seguro (sem a entrada de saliva/
alimentos/líquidos no pulmão) durante todas as
refeições.

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A CONSISTÊNCIA DOS ALIMENTOS…

2-Uso de espessantes alimentares


• São produtos industrializados que modificam
instantaneamente a textura e consistência dos
alimentos, não alterando o sabor.
• São bastante utilizados para espessamento de
líquidos, pois tendem a ser a consistência mais
difícil por exigir adequado controle oral,
agilidade e coordenação da musculatura
envolvida na deglutição

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3- Posicionamento durante a
alimentação
• Uma posição correta durante a alimentação
dificulta a entrada dos alimentos nos pulmões,
deixando a alimentação mais segura.
• Durante as refeições é importante que o paciente
permaneça sentado, com o tronco reto e a cabeça
erguida.
• Caso não seja possível, tente manter o tronco o
mais reto que puder ou pelo menos a 45º (figura
abaixo).
• Use como apoio, travesseiros, almofadas, rolos de
toalhas ou lençóis

Posicionamento durante a
alimentação

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4- Via alternativa de alimentação


• A nutrição enteral é indicada a pacientes que possuem
risco para aspiração ou para aqueles com ingestão
alimentar insuficiente por via oral.
• Cabe à equipe médica optar pela sonda naso-enteral (SNE)
ou gastrostomia (GTT).
• A sonda naso enteral é um tubo flexível inserido no nariz.
• Recomenda-se que seja usada no máximo por um mês, mas
na prática clínica isso não acontece.
• Para pacientes sem condições de manutenção de via oral
exclusiva (se alimentar somente por boca), a gastrostomia é
indicada.
• É um procedimento simples e realizado por via
endoscópica.

Transformar a refeição numa


actividade familiar.

A nutrição enteral…

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