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Especialização em Gerontologia

Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE

Comunicação, disfagia e
envelhecimento

2022
Debora Godoy Galdino
• Fonoaudióloga clínica
• Formada em Fonoaudiologia
pela FOB-USP
• Mestre e Doutora em
Bioengenharia (área de
Tecnologia em saúde) pela
EESC/FMRP/IQSC - USP
• Experiência como docente na
graduação e pós graduação
• Especializada em voz e
disfagia
Fonoaudiologia
Áreas da Fonoaudiologia

– Audiologia
– Disfagia
– Fluência
– Fonoaudiologia do trabalho
– Fonoaudiologia educacional
– Fonoaudiologia neurofuncional
– Gerontologia
– Linguagem
– Motricidade orofacial
– Neuropsicologia
– Saúde coletiva
– Voz
Fonoaudiologia e Gerontologia
Fonoaudiologia X Gerontologia

• Atendimento domiciliar,
• consultório,
• clínica privada,
• Unidades Básicas de Saúde (UBS),
• Centros de Reabilitação (CER),
• Centros de Atenção Psicossocial (CAPS),
• hospitais,
• ambulatórios de especialidades,
• instituições de longa permanência para idosos,
• Núcleos de Apoio à Saúde e à Família (NASF),
• empresas prestadoras de serviços em saúde,
• secretarias de saúde e de educação,
• empresas de consultoria,
• dentre outros.
7
8

Profa. Dra. Debora Godoy Galdino

Doenças degenerativas
Parkinson
Sintomas fonoaudiológicos

• Disartria hipocinética

• Disfagia
– 50% dos casos

• Memória prejudicada
– Idade avançada, medicamentos, depressão e
ansiedade, demência
Parkinson
Sintomas fonoaudiológicos
• Linguagem alterada
– Afetada em relação ao aspecto lexical (demora na
evocação) e fonético

• Dificuldade em movimentos rápidos e


sequencializados (lábios e língua)
ELA – Sintomatologia
fonoaudiológicos
• Fraqueza muscular generalizada

• Flacidez e atrofia

• Disfagia

• Sialorréia

• Disfonia

• Disartria flácida
– Lentidão, fraqueza, imprecisão articulatória, incoordenação do sist.
Estomatognático

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Demências

• Causa mais comum de declínio das


funções mentais do idoso no mundo

12
Sintomas

• Deficit de memória para fatos recentes


• Problemas de expressão da lggem
• Dificuldades com atividades intelectuais,
como leituras, cálculos,..
• Desorientação espacial e temporal
• Senso de julgamento alterado
• Incapacidade para raciocínio abstrato
• Guardar objetos em locais inapropriados
13
Sintomas

• Não reconhecimento de parentes próximos


• Alterações de humor ou de comportamento
• Podem ocorrer fases de depressão, agitações, psicoses e
alucinações visuais
• Diminuição da iniciativa
• Incapacidade de executar os atos mais simples, vestir, tomar
banho...
• Incontinência urinária e fecal
• Comportamentos inadequados em público
• Ficar acamado ou em cadeira de rodas
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Exames neurológicos

• Nas fases iniciais todos os exames inclusive a


Tomografia e a RM costumam ser normais

• Em fases mais avançadas, poderá haver


diminuição do volume cerebral
– Atrofia

• As vezes o SPECT e o Pet scan podem dar


normal 15
Quadro clínico

• Manifestação inicial é a dificuldade de memória


– Esquece de executar tarefas importantes como pagar
contas, cumprir compromissos, coisas que antes não
aconteciam

• Prejuízos na memória, afetando simultaneamente


outra função intelectual
– Lggem, capacidade de cálculo e/ou aprendizado,...

• Início de difícil percepção, devido à característica


gradual 16
Quadro clínico

• Outros distúrbios vão surgindo quase que imperceptíveis...

– Dificuldades em contas e cumprimento de obrigações


profissionais
– Confusão na hora de obedecer ordens
– Se perde em trajetos já conhecidos
– Esquece panela no fogão acesso
– Dificuldades de comunicação
– Não lembra nome de objetos simples e de pessoas conhecidas
– Dificuldade para ler e escrever

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Quadro clínico
• Tardiamente surgem os sintomas mais graves e
incapacitantes

– Não reconhece pessoas da família


– Medo de ficar sozinho
– Alterações no ciclo do sono
– Alucinações
– Delírios
– Ilusões
– Agitação psicomotora com acessos de intensa
agressividade 18
Quadro clínico

• Nos estágios terminais, além da piora


progressiva de todos os sintomas, inicia-se o
processo de declínio físico geral
– Emagrecimento acentuado
– Fraqueza muscular com atrofia severa
– Perda do controle de esfincteres
– Incapacidade de asseio pessoal
– Perda da capacidade de andar
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Características clínicas observadas em
pacientes com DA (Mac-Kay et al, 2003)
Primeira fase Segunda fase Terceira fase
Memória Déficits na memória recente e Sensível déficit de memória e Funções intelectuais
remota aprendizagem globalmente deterioradas

Personalidade Irritabilidade, hostilidade, Indiferença, hostilidade, Desorganização


apatia, frustação julgamento social pobre,
baixa afetividade

Comunicação Desordens no conteúdo da Conteúdo desordenado, Globalmente deteriorada,


lggem, disfonia, déficit no disnomia e alguns deficits, ecolalia, perseveração e
raciocínio linguístico estruturais que prejudicam a mutismo
coesão

Habilidades visuo- Construção incorreta, Desorientação espacial, Deterioração generalizada


espaciais desorientação topográfica construções pobres,
dificuldades perceptivas
Solução de problemas Necessita de auxílio na Total dependência
resolução dos mais simples
problemas

Sistema motor Geralmente normal com alguns Inquietação Rigidez na região dos
sinais extrapiramidais quadris e postura em flexão
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Profa. Dra. Debora Godoy Galdino

Avaliação da cognição
22

MEEM – Mini-exame
do estado mental
23

Outras escalas e avaliações

• Escala CDR
• Rancho de los amigos
• Mini cog
• MoCa
• Exame cognitivo de Addenbrooke (ACE-R)
• Escala de Lawton (vida diária)
Profa. Dra. Debora Godoy Galdino

LINGUAGEM E AFASIA
Linguagem x fala

• Distúrbios de linguagem
– Desvios/ dificuldades nas habilidades
relacionadas à compreensão e/ou emissão da
linguagem nos aspectos:
• Sintáticos
• Semânticos
• Pragmáticos
• Fonológicos

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Giacheti (2001)
Linguagem

• Os distúrbios de linguagem comprometem o uso


da lggem para o fim comunicativo, capacidade de
produzir e compreender enunciados
gramaticalmente estruturados e/ou
semanticamente apropriados

• Distúrbios de linguagem
– Ligados à fase de planejamento e formulação, assim
como a compreensão

27
Afasia
• Distúrbio da lggem secundário à uma lesão cerebral em
pessoa previamente hábil nesta função

• Perda ou deficiência da lggem provocada por dano


cerebral

• Perda completa ou parcial da capacidade de expressar


seu pensamento por meio de sinais acústicos, visuais
e/ou motores, e/ou compreendê-los
Afasia

• Somente com uma avaliação completa


da lggem é que podemos classificar as
afasias e estabelecer condutas
terapêuticas adequadadas
Afasia

• Classificação

• Variabilidade dos distúrbios de lggem


entre pacientes
– Dificuldade na clínica
• Diagnóstico
Avaliação

• Avaliação da fala espontânea


– Fluente ou não fluente

• Compreensão da lggem falada


– Cuidado na hora da avaliação, levar em
consideração a dificuldade de fala ou
coordenação do paciente
• Ex: aponte uma caneta, isso é uma caneta?....
– Nomeação em sequência
Avaliação
Características Não fluente Fluente
(lesões anteriores) (lesões posteriores)
Velocidade Lenta (<50 ppm) Normal (100-200)
Esforço Notável esforço Produção normal
Articulação Disártrica Normal
Comprimento da frase Curta (1-2 palavras) Normal (5-8 palavras)
Prosódia Disprosódia Normal
Conteúdo Perda das palavras de Perda das palavras
função substantivas
Parafasias Relativamente rara Relativamente frequente
Avaliação

• Repetição

• Nomeação

• Leitura

• Escrita
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Avaliação

• Token test – versão reduzida


• Teste de Reabilitação das afasias
• Teste de Boston
Avaliação
• Exames adicionais
– Habilidades de desenhar
– Reconhecimento dos dedos
– Orientação direita/esquerda
– Cálculos
– Montar quebra-cabeça
– Orientação geográfica em mapas
– Habilidade de vestir-se
– Reconhecer rostos familiares
– Atenção
– Memória
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Processos a serem avaliados


• Compreensão/expressão da lggem oral
– Fala espontânea
– Fala automática
– Associativas (café com..., abro o livro para ...)
• Compreensão da linguagem oral
– Palavras
– Frases simples
– Frases complexas
– Interpretação de conceitos
• Compreensão / retenção/ memória
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Processos a serem avaliados


• Raciocínio
– Compreensão de absurdos
– Compreensão ordens
• Expressão da lggem oral
– Antônimos
– Denom. Imagens
– Denominação de ações
– Nomeação de partes do corpo
– Nomeação números
• Evocação
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Processos a serem avaliados


• Organização da lggem oral
– Def. palavras
– Organização sintaxe
– Criação frases
– Descr. Imagens
• Repetição
– Palavras simples
– Palavras complexas
– Frases curtas
– Frases complexas
39

Processos a serem avaliados


• Leitura
– Letras, Sílabas, Rótulos, Palavras, Frases/texto
• Cópia
– Letras, palavras, frases, memória, números
• Soletração
– Audiovisual, audiográfica, audiovisomotora,
organização metafórica
• Ditado
– Letras, palavras, frases / textos
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Processos a serem avaliados


• Automatismo escrita
– Assinatura, lggem automática/numeração,
alfabeto, lggem associativa/frases
• Compreensão lggem escrita
– Letras, palavras, frases complexas, frases
conceito espacial, números
• Compreensão/ raciocínio lggem escrita
– Compreensão questionário escrito, texto lido,
ordem escrita

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Processos a serem avaliados


• Expressão lggem escrita
• Nomeação escrita
• Evocação escrita
• Organização lggem escrita
– Sintaxe e escrita, frases escrita, síntese escrita
Afasia

• Não-fluente – fluente

• Expressiva - receptiva

• Motora – sensorial

• Anterior – posterior
Afasia

• Receptiva ou sensorial
– Lesões mais posteriores
– Dificuldade em compreender e formular
conceitos
– Fala fluente
• Palavras ininteligíveis
Afasia

• Expressiva ou motora
– Lesões nas áreas anteriores da linguagem
– Dificuldade em transformar conceitos em
sons significativos
– Fala não fluente
Classificação das afasias
• As classificações são de acordo com a base teórica do
pesquisador
– Neurofisiológica, linguística, zina anatômica afetada

• Classificação de boston
– Afasia de Broca
– Afasia de Wernicke
– Afasia de condução
– Afasia Global
– Afasia transcortical motora
– Afasia transcortical sensorial
– Afasia transcortical mista
– Afasia anômica
Afasia de Broca
• Afasia motora, eferente, de expressão e verbal

– Não fluente
– Mutismo inicial
– Redução do uso da lggem
– Dificuldade de evocação
– Estereotipias (movimentos ou sons repetitivos)
– Repetição prejudicada
– Compreensão preservada
– Fala lenta, silabada
– Agramatismo telegráfico (dificuldade na estruturação de frases)
– Parafrasias fonêmicas e fonéticas (alteração na produção do som)
– Pode ser acompanhada por apraxia verbal e/ou disartria
Afasia de Broca

• Escrita similar à fala


– Cópia melhor que escrita espontânea e ditado
– Letras grandes e malformadas
– Deficiência na leitura em voz alta
– Compreensão leitura preservada

• Lesões extensas e variadas


• Envolvendo o centro expressivo da fala (porção
inferior do hemisfério dominante esquerdo)
Afasia transcortical motora
• Ausência de fala espontânea
• Não fluente
• Diminuição da iniciativa, apenas responde perguntas
• Tempo de latência aumentado (anomias)
• Produção da fala limitada
• Discurso repetitivo e disfluente
• Agramatismo
• Linguagem automática preservada
• Preservação da repetição (não ecolálica)
• Compreensão preservada
Afasia de Wernicke
• Afasia sensitiva, de compreensão ou gramatical

• Fluente
• Articulação e melodia normais (prosódia)
• Deficiência na compreensão da lggem oral e escrita
• Conteúdo anormal, afetado pela substituição de palavras
• Neologismos (troca todos os fonemas da palavra)
• Jargão sem sentido
• Logorréia
• Pouca capacidade de nomear e repetir
• Perturbações gestuais
Afasia de Wernicke
• Irritabilidade
• Linguagem escrita
– Conteúdo anormal – combinação não adequada
– Escrita jarganográfica
– Caligrafia adequada
– Compreensão da leitura comprometida
• Queixa principal
– Deficit do campo visual

• Lesão têmporo-parietal: sempre alteração posterior


Afasia de condução

• Evolução da afasia de Wernicke


• Fluente
• Compreensão mais preservada
• Anomia clássica
• Pausas, hesitações
• Parafrasias literais (troca as palavras)
• Deficiência na repetição
Afasia transcortical sensorial
• Fluente
• Compreensão prejudicada, só entende palavras muito
frequentes
• Preservação da repetição – ecolálica
• O paciente não compreende o que está repetindo
• Ecolalia – traço mais marcante
• Neologismos
• Jargão
• Parafrasia semântica
• Discurso incoerente
• Anomia severa
Afasia global

• Todas as funções importantes da


linguagem estão seriamente afetadas
• Afasia não fluente
• Falha da compreensão e expressão
• Tendência a um estaedo de mutismo
• Fatigabilidade
Afasia global

• Sinais neurológicos
– Perda sensorial
– Hemiplegia
– Deficit de campo visual
– Distúrbios da atenção
– Quadros de disfagias graves associados

• Lesões extensas envolvendo


principalmente estruturas corticais Broca e
Wernicke
Afasia transcortical mista

• Rara
• Não fluente
• Repetição preservada
• Redução da fala espontânea
• Deficiência da compreensão
• Perda dos aspectos voluntários da lggem
• Perda da iniciativa
• Fala de séries preservadas
Afasia transcortical mista

• Lggem automática preservada


• Dificuldades para nomear
• Neologismos ou parafrasias semânticas
• Leitura em voz alta, escrita e
compreensão da leitura comprometida

• Isolamento
Afasia anômica

• Fluente
• Lggem espontânea e fácil
• Discurso vago
• Anomia é o traço mais marcante
• Boa capacidade de repetição
• Compreensão preservada
• Escrita e leitura relativamente boas
• Recuperação da afasia de Wernicke ou
condução
AFASIA

• 50% dos casos – decorrente do AVE

• Pode ser causada também por tumor,


trauma de crânio, infecção do SNC..

• Pacientes com afasia


– 70% não retorna ao trabalho
– 72% afasta-se dos amigos
Primeiro contato com o paciente

• Observar as reações do paciente e


familia frente à nova situação

• Estado físico e psicológico do paciente

• Como acontecem as situações de


comunicação entre familia e paciente
Primeiro contato com o paciente

• Identificar as habilidades residuais do


paciente

• Observar o estado de motivação e


colaboração da família e do paciente,
em relação ao atendimento fono

• Quem cuida do paciente?


Diagnóstico X prognóstico

• Estão interligados, porém o prognóstico


nunca é rígido
O que vai contribuir para o
prognóstico?

• Idade do paciente
• Período de recuperação espontânea
• Colaboração da família
• Colaboração do paciente
• Personalidade do paciente e problemas
emocionais
• Motivação do paciente
• Local e extensão da lesão
• Deficits associados
Terapia fonoaudiológica

• Iniciar logo que o paciente esteja preparado


fisicamente
• As necessidades mais evidentes e imediatas
devem ser o ponto de partida da reeducação
• Enfocar a recepção e a produção da
linguagem conjuntamente, utilizando os
orgãos sensoriais menos danificados
Terapia fonoaudiológica

• A familia pode estimular, ajudar e


incentivar o afásico

• Não se deve isolar do convívio, nem


coloca-lo em situação estressante como
uma reunião com muitas pessoas
falando ao mesmo tempo
Dicas: Como falar com o afásico

• Falar de forma clara e pausada

• Dirigir-se a ele

• Uma pessoa falar de cada vez


Dicas: Como falar com o afásico

• Qualquer objeto que lhe for dado deverá ser


acompanhado pelo nome, pronunciado
claramente

• Não comentar sobre seu problema de


comunicação em sua presença, achando que
ele não está compreendendo
Dicas: Como falar com o afásico

• Falar com o paciente de acordo com sua


idade

• Não interrompê-lo quando estiver tentando


falar algo. Deve-se manter a calma e
compreensão
Estratégias que auxiliam a família na
comunicação
• Fazer perguntas em que as respostas sejam sim ou não

• Dar tempo a pessoa para responder

• Evitar falar sobre conceitos abstratos

• Repetir frases quando necessário e com as mesmas palavras

• Mostrar à família como agir com o paciente e explicar que as


mudanças não são intencionais

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Manifestações afásicas encontradas

• Alterações na linguagem oral e escrita

• Alterações emocionais
– Labilidade de humor

• Alterações comportamentais
– Comportamentos inadequados em ambiente social e familiar
– Perde a noção de regras sociais

• Dificuldades de evocação: anomias, parafasias, perífrase


• Dificuldades articulatórias

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Profa. Dra. Debora Godoy Galdino

DISTÚRBIOS DE FALA
LINGUAGEM X FALA

Fala
• Ato motor

• Impulsos nervosos
– Provenientes das áreas motoras do cérebro

• Contração muscular
– Mm lábios, maxilares, língua, faringe, laringe e mm
71
respiratórios
Distúrbios de fala

• Correspondem às alterações que afetam os


padrões de pronúncia ou produção dos sons da
língua.

• Estão ligados principalmente às fases de


programação e/ou execução neuromotora

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Disartrias

• Transtornos da expressão verbal causado por


alteração no controle muscular dos mecanismos de
fala

• Compreende as disfunções motoras da respiração,


fonação, ressonância, articulação e prosódia

• Tanto nos movimentos voluntários quanto


involuntários

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Disartria

• Decorrentes de:
– TCE
– AVC
– Tumores benignos e malignos do cérebro, cerebelo
ou tronco cerebral
– Enfermidades infecciosas, metabólicas, tóxicas ou
degenerativas do sistema nervoso
– Parkinson; ELA, Alzheimer...

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Disartria - sintomatologia

• Alterações do ritmo da fala


– Bradiartria – aumento do tônus, articulação
presa, incoordenação, rigidez e lentidão
– Taquiartria – aceleração do movimento,
incoordenação e rapidez

• Perturbações da emissão vocal

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Disartria - sintomatologia
• Mecanismos de articulação imperfeito ou deficitário
– Existe distorção na emissão dos fonemas
– Omissão de certos fonemas
– Substituição dos pontos articulatórios

• Mecanismos de mastigação prejudicados


– Alteração do tônus

• Deficiência respiratória
– Ritmo respiratório deficiente
– Capacidade diminuida
– Frequência respiratória anormal
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Hipocinética

Mista Flácida

Disartria

Atáxica Espástica

Hipercinética
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Disartria flácida
• Lesão do neurônio motor inferior
• Voz soprosa, rouca
• Diminuição do tônus
• Consoantes imprecisas
• Hipernasalidade
• Funções alteradas: Incompetência fonatória, na
ressonância e prosódia
• Miastenia Gravis, Paralisia Bulbar

https://www.youtube.com/watch?v=dy8WvykiLto&index=4&list=PL4DMcQgJETACsJqWCYBbJcRJs
4kueYTaz 78
https://www.youtube.com/watch?v=HXlyv_SlxIo
Disartria espástica

• Lesão neurônio motor superior


• Voz tensa-estrangulada
• Tonicidade excessiva
• Consoantes imprecisas, vogais distorcidas
• Hipernasalidade
• Acompanha geralmente espasticidade e reflexos
musculares anormais
• TCE

https://www.youtube.com/watch?v=IXxruuFwue8
79
Disartria Hipocinética

• Voz rouca, soprosa e trêmula


• Imprecisão articulatória
– Rigidez, velocidade de fala alterada, tremor de
lábios e língua
• Diminuição da prosódia
• Relacionada à Parkinson

https://www.youtube.com/watch?v=0noKAlppepw
Disartria Hipercinética
• Voz áspera
• Distorção na articulação das vogais
• Interrupção articulatória irregular
• Alterações prosódicas
• Incompetência dos ressonadores

• Casos de Coréia, Atetos e Distonia


• Lesão do sist. Extrapiramidal

• https://www.youtube.com/watch?v=zqJT0iaR5vA&index=3
&list=PL4DMcQgJETACsJqWCYBbJcRJs4kueYTaz

81
Disartria atáxica

• Voz áspera
• Monoaltura e monointensidade
• Imprecisão articulatória
– Velocidade de fala lentificada, tremor de lábios e
língua
• Variação da prosódia
• Lesões cerebelares
• Lembra fala de bêbado

https://www.youtube.com/watch?v=RsU4XiT6Z5A
Disartria mista

• Apresenta alterações de diversos tipos


de disartria no mesmo quadro

• ELA, Esclerose múltipla, TCE

83
https://www.youtube.com/watch?v=UReHYG_dL60
Respiração

Deglutição
Reabilitação Voz
fonoaudiológica

Articulação
84
Profa. Dra. Debora Godoy Galdino

APRAXIA DE FALA
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Apraxias

• Liepmann (1905) foi o primeiro autor a


estudar a apraxia

Distúrbio na habilidade de realizar um


movimento voluntário, sem alteração
de força, sensorial, de coordenação ou
compreensão

Liepmann, 1905 apud Landry e Spaulding, 1999)


87

Apraxia

Apraxia • Dificuldade na sequencialização de um movimento


voluntário
• Pode ser causada por um distúrbio na organização
ideatória conceitual de um movimento

• Alteração na realização de movimentos voluntários, mesmo


sem alteração conceitual
Apraxia • Tipicamente, pacientes com apraxia ideomotora são hábeis
em tarefas automáticas, mas têm dificuldade em realizar
ideomotora um movimento voluntário sob comando
• A apraxia não-verbal ou orofacial e a apraxia de fala ou
verbal são tipos de apraxia ideomotora.

Liepmann, 1905 apud Landry e Spaulding, 1999)


Apraxia de fala
• Alterações relacionadas com a
produção da fala

• Decorrente de alterações neurológicas

As apraxias são
frequentemente
descritas como
manifestação
das demências

Kareken et al., 1998


Apraxia de fala

Dificuldade na realização de
movimentos voluntários de
língua, lábios, mandíbula, laringe
e musculatura facial, apesar de
uma relativa preservação da
força muscular e da normalidade
em movimentos automáticos
como tossir, mastigar ou deglutir
Apraxias - avaliação

• Protocolo de avaliação da apraxia verbal e


não-verbal de Martins e Ortiz (2004)
• Avaliação fonético-fonológica
• Comum encontrar:
– Erros de articulação
– Repetição fonêmica
– Alterações sequênciais
– Omissões
– Adições
90
– Substituições
91
92

• Fonoaudiólogo

Cera (2011)
Martins, Ortiz (2004)
93

Apraxia - Avaliação
• Cera utilizou em seu estudo sobre apraxias em
DA a tarefa de agilidade oral do teste de
Boston

– 6 tarefas de agilidade não-verbal


• Realizar por comando verbal ou imitação

– 7 tarefas de agilidade verbal


• Repetir rapidamente a palavra dita pelo examinador

Goodglass e Kaplan (1983)


Agilidade não- • Normalidade - 8,7 (dp 2,2)
verbal • Pontuação máxima - 12

Cera (2011)
Agilidade • Normalidade - 12,1 (dp 1,9)
Radanovic, Mansur, Scaff (2004) verbal • Pontuação máxima - 14
Compreensão
– utilizar os
recursos da
fala do
paciente

Atividades
Motivação
planejadas

Terapia

Intervenção Monitorame
precoce nto
95
Exemplos

• https://www.youtube.com/watch?v=mcA
Uhqyp3yk

• https://www.youtube.com/watch?v=bZ7
pnmd9UHI

96
Profa. Dra. Debora Godoy Galdino

PRESBIFONIA
https://www.youtube.com/watch?v=UQfnEkhBZTo
Voz na senescência

• As alterações mais frequentes do


envelhecimento são:
– Acurácia
– Velocidade
– Resistência
– Estabilidade
– Força
– Coordenação
– Capacidade respiratória
– Condução nervosa 99
Voz na senescência

• São encontradas basicamente 2 alterações


anatômicas:
– Calcificação e ossificação gradual das cartilagens
laríngeas (ao redor dos 65 anos)
– Atrofia dos músculos laríngeos intrínsecos

100
Exemplos de presbifonia

• https://www.youtube.com/watch?v=3JWTaaS7LdU
• https://www.youtube.com/watch?v=5Pze_mdbOK8&li
st=OLAK5uy_m_KUNnRJGIEOavCncxPqsFQR2djG
1yNvo

• https://www.youtube.com/watch?v=J00--yLxQ70
• https://www.youtube.com/watch?v=JSPLipATxww
Profa. Dra. Debora Godoy Galdino

PRESBIFAGIA
E DISFAGIA
Alimentação

• Alimentação é importante não apenas


para suprimento das calorias mas
também para prazer

• Pessoas com dificuldades na


alimentação apresentam problemas
físicos e emocionais
Deglutição
• A deglutição é resultante de um complexo
mecanismo neuromotor, sendo necessária
coordenação em cada fase para que se resulte em
um efetivo transporte do alimento da boca até o
estômago

• Dividida em 4 fases
– Fase oral preparatória
– Fase oral ou voluntária da deglutição
– Fase faríngea
– Fase esofágica
Fase oral ou preparatória

• Vontade de comer
– Paladar
– Cheiro

• Manipulação do alimento na boca

• Mastigação

• Propriocepção
– Consistências, textura,
volume e sabor
Fase oral propriamente dita

• Voluntária

• Quando a língua impulsiona o alimento para trás até que


o reflexo da deglutição seja disparado

• Movimento da lingua ascendente e para trás, em


movimento propulsivo que dará início à deglutição
faríngea.
• Após, a língua se movimenta de forma descendente e
anteriormente para ampliar a cavidade faríngea e ao
mesmo tempo empurrar o bolo alimentar.

• EFV também participa para não ocorrer escape


Fase faríngea

• Transporte do bolo através da faringe

• Importante
– Transporte eficiente do
bolo alimentar
– Proteção das vias aéreas
Fase faríngea

• Fechamento EVF

• Contrações dos músculos constritores de faringe (superior,


médio e inferior)

• Anteriorização e elevação do osso hióide e estruturas


conectadas à laringe

• Fechamento glótico

• Abertura do esfíncter superior do esôfago (ESE)


Fase esofágica

• Peristalse esofágica que carrega o bolo


através do esôfago até o estômago.

• Ondas peristálticas primárias e


secundárias, determinadas por contrações
seqüenciais, as quais são iniciadas pelos
constritores da faringe.

• Involuntária.
Presbifagia X Disfagia

• Presbifagia - Envelhecimento

• Disfagia – Doença de base

• Ambas levam ao risco


– Desnutrição
– Desidratação
– Aspiração
112

Pneumonia aspirativa

• Aspiração é definida como a inalação de


conteúdo gástrico ou orofaríngeo na
laringe e trato respiratório inferior
Presbifagia

• Processo natural de envelhecimento que


compromete a fisiologia da deglutição

– Tempo de trânsito oral aumentado


• Demora no processo de mastigação e deglutição
– Xerostomia
– Saliva espessa
– Próteses dentárias
– Higiene oral
Presbifagia
• Achados

– Redução da força e mobilidade muscular


– Mudança no paladar
– Escolha por alimentos mais moles
• Relacionado ao problema dentário e diminuição da
força mastigatória
– Predisposição ao RGE
– Reflexo de tosse reduzido
– Medicações
Mudanças na deglutição
• Mastigação e deglutição

– Precisa de mais tempo que as outras


pessoas para se alimentar
– Engole mais de uma vez a cada porção de
alimento na boca
– Tosse com frequência
– Redução do clearance orofaríngeo
gerando estase alimentar
• Risco para disfagia
Presbifagia

Cardoso (2012)
Mudanças no paladar

• A partir da 6ª década, sendo o paladar


para salgado e amargo, os que declinam
mais acentuadamente.

• A diminuição do volume de saliva provoca


perda de percepção do paladar doce.
118

Presbifagia

“O escape posterior tardio ocorre


predominantemente na consistência líquida,
em população mais idosa e sem predomínio
de gênero”
119

Disfagia X Sarcopenia

• Síndrome geriátrica
– Perda progressiva e generalizada da massa do

músculo esquelético, força e qualidade


associada ao envelhecimento
120

Disfagia X Sarcopenia

• Afeta principalmente pessoas idosas, a partir dos


65 anos.
– Prevalência de 5% nas pessoas com mais de
65 anos
– Uma a cada duas pessoas com mais de 80

anos
Disfagia
• Alteração em qualquer ato da deglutição

• Tratamento multiprofissional
– Fonoaudiologia (fundamental)
– Otorrinolaringologia
– Pneumologia
– Gastroenterologia
– Nutrição
– Psicologia
– Neurologia
– Fisioterapia respiratória
Disfagia

235 milhões de idosos


15% dos idosos acima de
sofrerão com desordens
65 anos tem disfagia
da deglutição em 2050

A disfagia está associada


a piora nutricional,
desidratação,
complicações pulmonares
e piora na qualidade de
vida
Disfagia

• O fonoaudiólogo deve avaliar e tratar a


disfagia, além de devolver ao paciente o prazer
de se alimentar junto de seus familiares

• Risco
– Desidratação
– Desnutrição
– Aspiração
• Morte
Disfagia

• Alterações na fase oral e/ou faríngea -


Disfagias Orofaríngeas.
– As disfagias tratadas terapeuticamente pelo
fonoaudiólogo

• Alterações na fase esofágica - Disfagias


Esofágicas
– Tratadas pelo médico gastroenterologista.
Causas da disfagia
• Anatômicas
– Alterações anatômicas, tumores, operações e radioterapia;

• Neurológicas
– AVE, poliomelite bulbar, ELA, Parkinson, Paralisia Cerebral (PC) e
tumor;

• Muscular
– Distrofia Muscular oculofaríngea, Distrofia Miotônica e Miastenia
Grave;

• Discinesia e distonia tardias


• Xerostomia
Disfagia X Presbifagia
• A terapia fonoaudiológica é fundamental

– Melhorar tônus muscular, precisão e a funcionalidade das


partes moles envolvidas no processo da deglutição
– Estimulação das vias aferentes para eliciação de um
reflexo eficaz da deglutição.

• O processo terapêutico é único para cada paciente


– Necessidade de avaliação individual
Disfagia - avaliação
• Avaliação Funcional:
– O paciente é observado durante uma refeição, desde a obtenção do
alimento até após a deglutição completa do bolo.

• São testadas três consistências de alimento:


– Líquido
– Pastoso (fino e grosso)
– Sólido.

• Observar a presença ou não de sinais clínicos de aspiração,


controle do bolo na cavidade oral, mobilidade da laringe e qualidade
vocal após a deglutição.
Disfagia - avaliação

• Videodeglutofluoroscopia (VFD)
• Videoendoscopia (VED)

• Radiografias, nasofibroscopia,
videodeglutofluoroscopia, cintilografia,
eletromiografia de superfície
– Diagnóstico e feed-back
Videoendoscopia da deglutição

• Vantagens
– Baixo custo
– Feita no leito (portátil)
– Ausência de radiação
Videoendoscopia da deglutição

• Desvantagem
– Não visualiza fase oral nem transição
faringoesofágica
– Dificuldade em quantificar a aspiração
Videofluoroscopia da deglutição

• Vantagens
– Dinâmica
– Analisa fases oral e faríngea
– Não-invasivo
– Baixo custo
– Quantifica a aspiração
Videofluoroscopia da deglutição

• Desvantagens
– Radiação
– Não é adequado para avaliar
anormalidades estruturais
– Alto custo
Avaliação fonoaudiológica

• Identificar os pacientes de risco

• Avaliar a dinâmica da deglutição


– Possibilidade de via oral segura
• Consistência, manobras e volumes de oferta
– Planejamento de exames objetivos
– Definição de conduta
• Via de alimentação (sonda/oral)
• Equipe multidisciplinar
Protocolo de risco
• PARD

• Ausculta cervical

• Voz molhada

• Elevação laríngea

• Saturação de oxigênio
– 4% saturação
135

Disfagia - avaliação
• Itens importantes a serem observados:
– Qualidade vocal
– Ausculta cervical
– Frequência cardíaca e respiratória
– Saturação
– Nível de consciência
– Orientação
– Compreensão
Disfagia - avaliação

– Aspectos cognitivos - nível de consciência e


capacidade de responder a comandas verbais -
alterações de comportamento que possam afetar
o nível de atenção.

• Nunca oferecer alimento ao paciente


inconsciente ou confuso
Disfagia – avaliação
– Estado nutricional
– Doenças pulmonares crônico-obstrutivas, cirurgias envolvendo a
área de cabeça e pescoço ou trato gastrointestinal
– Medicações que afetam a deglutição
– Ocorrências de perda de peso, mudanças de apetite, boca seca, dor de
garganta ou na cavidade oral, regurgitação

– Estado respiratório - existem sintomas respiratórios que podem estar


diretamente relacionados à disfagia, como: tosse crônica, respiração
encurtada, e episódios asmáticos.

– Traqueostomia - pesquisar tipo, tamanho e uso ou não de cuff, insuflado


ou desinsuflado, cor e consistência da secreção.
Disfagia - avaliação
Indicadores de possível presença de aspiração

– Atenção reduzida
– Resposta à estimulação reduzida
– Ausência de deglutição
– Ausência de tosse
– Excesso de secreção
– Diminuição de força e alcance dos movimentos orais,
faríngeos e laríngeos
– Pneumonias aspirativas em geral são indicadoras de
disfagia.
– Queda de saturação
139

Profa. Dra. Debora Godoy Galdino

Protocolos disfagia
EAT -10
• Triagem do risco
de disfagia

Em caso de pontuação
igual ou superior a 3, o
paciente deverá ser
encaminhado para
avaliação fonoaudiológica
especializada.
MNA
MNA resumida
• Risco nutricional
– Qualquer
profissional da
saúde
Escalas de ingestão oral
Escalas de ingestão oral
Escalas de ingestão oral
Disfagia – Tratamento Fonoaudiológico
• Terapia direta

– Introdução do alimento por via oral e reforço dos


comportamentos apropriados durante a deglutição
– Treino da deglutição com saliva e alimentos em
diferentes consistências, volumes, temperaturas e
sabores.
– Trabalho com posturas compensatórias naqueles
pacientes com perdas estruturais ou funcionais
importantes.
– ETTG
Disfagia – Tratamento Fonoaudiológico

• Terapia indireta

– Estimular os reflexos de proteção (tosse e vômito) e


deglutição, evitando a aspiração de saliva e preparando
para o retorno da alimentação por via oral
– Exercícios de voz e mo
– Eletroestimulação
– Laser de baixa intensidade
– Bandagem elástica
– Incentivo respiratório
148

Disfagia - Treino respiratório

Parceria Fono X Fisio


149

Disfagia - tratamento
Parceria Odonto X Fono
- Higiene oral
- Próteses dentárias
Adaptação da alimentação
Tipos de espessantes alimentares
• Base de amido
– Cuidado diabetes
• Base de goma xantana
152

Adaptação de utensílios
1. Colher funda
a. Favorece função labial
b. Reduz escoamento do alimento
c. Desafio na reabilitação

2. Colher rasa
a. Favorece apreensão (ainda mais quando
inclinada)
b. Bom em casos de hipomobilidade e hipotonia
de orbiculares
153

Parceria Fono X Nutri


154

Profa. Dra. Debora Godoy Galdino

Vias de alimentação
155

Vias de alimentação

1. Via oral

2. Via Enteral
a. Sonda nasogástrica
b. Gastrostomia
c. Jejunostomia

3. Via parenteral
a. Intravenosa
156

Via oral

• Livre ou com adaptações


157

Sonda nasogástrica

1. Aberta - Sifonagem
a. Drenagem dos líquidos intragástricos

2. Fechada - Gavagem
a. Apenas para alimentação
158

Sonda nasogástrica

• Utilizar no cuidado agudo


• Prejudica a elevação laríngea
• Aumenta risco de disfagia
• Requer cuidados
– Retirada
– Trocas
159

Sonda nasoentérica

• Posição
– Duodeno - pós-pilórica -Nasoduodenais
– Jejuno - Nasojejunais

• Longa duração

• Menos desconforto ao paciente

• Necessita de fio guia e RX para


confirmar o posicionamento
160

Gastrostomia - Jejunostomia

• Não restringe via oral **


• Procedimento cirúrgico
161

Profa. Dra. Debora Godoy Galdino

Dicas para disfagia


162

Dicas para disfagia

1. Postura sentada - 90 graus


2. Manter posição por pelo menos 30
minutos para evitar que resíduos da
alimentação adentrem VAI
3. Apoio planta dos pés
4. Só oferecer alimento se o paciente não
conseguir comer sozinho
5. Evitar distratores
6. Cabeça ligeiramente abaixada
Dicas para disfagia

1. Evitar alimentos secos


2. Comer alimentos mais umedecidos
3. Evitar se alimentar com duas
consistências (sólida e líquida) ao
mesmo tempo
4. Comer devagar
5. Observar o idoso ao se alimentar
1. Sonolento, cianótico, confuso
164

Dicas para disfagia

1. Chips de gelo
2. Protocolo água livre *
3. Carbonatação
4. Mudanças na temperatura e sabor
5. Higiene oral
6. Adaptação de utensílio
165

Profa. Dra. Debora Godoy Galdino

Consistências alimentares
Consistências de alimentação

• Líquido fino
– Agua
• Líquido espessado
– Néctar
• Pastoso fino
– Mel
• Pastoso grosso
– Pudding
Nova terminologia IDDSI

• Padronização global para consistências


• IDDSI (International Dysphagia Diet
Standardization Initiative)
https://www.youtube.com/watch?v=--KHFRql39M&list=PLa8-lAnKo0KYX524EQbTM3thWS9G2SCC6
https://www.youtube.com/watch?v=5vQzueOjgsM&list=PLa8-lAnKo0KYX524EQbTM3thWS9G2SCC6&index=3
https://www.youtube.com/watch?v=WuM-KCoBv4M&list=PLa8-lAnKo0KYX524EQbTM3thWS9G2SCC6&index=4
https://www.youtube.com/watch?v=BcYuDst-t14&list=PLa8-
lAnKo0KbXKHgo1U8vwXihv5ahAMKj&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=BcYuDst-t14&list=PLa8-lAnKo0KbXKHgo1U8vwXihv5ahAMKj&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=1wfODug5BmQ&list
=PLa8-
lAnKo0KbXKHgo1U8vwXihv5ahAMKj&index=3
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