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Pós Graduação em

Gerontologia

Enf. Dra. Larissa Sapucaia Ferreira Esteves


Processos patológicos comuns no
envelhecimento, comorbidades e
multimorbidades:
Diabetes Melito Tipo 2 e as complicações para o
idoso
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
- Revisão dos conceitos de senilidade e senescência;
- Etiopatogenia; Diagnóstico do DM tipo II e
Tratamento;
- Cuidados medicamentoso e não medicamentoso ao
paciente diabético.
- Complicações comuns relacionadas ao DM;
- Complicações vasculares e avaliação neuropatias
periféricas;
METABOLISMO INSULINA
Exógena: amilases/digestão de proteínas e carboidratos.

Endógenas: Ilhotas de ilhotas de langerhans – células


alfa (glucagon) e células beta (insulina)

↑ glicemia Ativa receptores


(alimentação) cel. β

Estimula expressão de Liberação de Insulina


INSULINA
receptores celulares corrente Sanguínea

Receptores captam Tec. Adiposo – lipogênese


glicose sangue para Tec. Muscular – síntese glicogênio e proteínas
dentro células Tec. Hepático – síntese glicogênio
RESISTÊNCIA INSULÍNICA
Problema que ocorre na - Excesso tec. adiposo;
cascata de ativação dos Fatores - Defeitos genéticos
receptores de insulina nos - Excesso de radicais livres
tecidos periféricos. - Processo inflamatório
constante

Pâncreas Adipócitos liberam ocitocinas


processo pró inflamatória que vão
↑ GLICEMIA
compensatório estimular resistência insulínica

↑ secreção de TEMPO
insulina DM2

Desgaste Morte
celular Celular
E agora? Quais são as
complicações que posso
ter???
Glicose → sorbitol → frutose →
Glicotoxicidade dentro das células ↑ osmolaridade →
diferenciação celular
(retina/neurônios).

Via sorbitol
Glicose → ativa PKC → angiogênse
→ ↑ produção de colágeno e fibrina →
↓fibrinólise (obstrução vasos)
Via proteína quinase
(PKC) endotélio/musc.liso
vasos/neurônios Glicose se liga a proteínas → ↑
colágeno e proliferação musc.liso =
HAS
Glicação não enzimática

DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES 2019-2020


Glicotoxicidade
Essas 3 vias modificam a estrutura
vascular e das células

Via sorbitol

Tumefação celular pelo aumento da


Via proteína quinase osmolaridade
(PKC) endotélio/musc.liso
vasos/neurônios

- Células retina
Glicação não enzimática - Células neurológicas
- Células vasculares

DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES 2019-2020


SORBITOL

A enzima celular aldose redutase catalisa a conversão de glicose


em sorbitol. Quando a concentração De glicose está em valores
normais (por volta de 3,5 a 6 mmol/L), a atividade dessa enzima é
muito baixa. Porém, num quadro diabético não controlado, a
concentração intracelular de glicose em um neurônio pode atingir
25 mmol/L ou mais. Nessas circunstâncias, a atividade enzimática
converte glicose em sorbitol, que se acumula no interior da célula.
O aumento da pressão osmótica decorrente desse acúmulo está
implicado em danos a certas áreas do sistema nervoso, tais como
neuropatia periférica e retinopatia diabética.

DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE


DIABETES 2019-2020
Glicotoxicidade
Essas 3 vias modificam a estrutura
vascular e das células

Via sorbitol

Tumefação celular pelo aumento da


Via proteína quinase NEUROPATIAosmolaridade
(PKC) endotélio/musc.liso DIABÉTICA
vasos/neurônios

- Células retina
Glicação não enzimática - Células neurológicas
- Células vasculares

DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES 2019-2020


Tá! Não entendi ainda quais
são as complicações que
posso ter???
Complicações DM
Processo inflamatório nas grandes
artérias
Macroangiopatias
Afeta endotélios capilares
Microangiopatias

Nefropatias
Proliferação dos vasos, produção de
fibrina e colágeno (obstrução vascular),
Retinopatias tumefação das células, desmielinização e
diminuição da sensibilidade.

Neuropatias

DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES 2019-2020


AVALIAÇÃO PÉ DIABÉTICO
Conceito: infecção, ulceração e/ou destruição dos tecidos profundos
associados a anormalidades neurológicas e a vários graus de doença
vascular periférica nos membros inferiores.

O diagnóstico precoce das alterações decorrentes do DM, associado ao


tratamento oportuno e ao bom cuidado com os pés, pode prevenir
complicações.

Das amputações e ulcerações, metade pode ser prevenida pelo


diagnóstico precoce e tratamento adequado.

BALDASSARIS, Maria Luiza Rennó Moreira; MARTÍNEZ, Beatriz Bertolaccini. Adaptação transcultural do instrumento para exame do pé
diabético em 3 minutos. Revista Brasileira De Medicina De Família E Comunidade, v. 15, n. 42, 2020.
AVALIAÇÃO PÉ DIABÉTICO

American Diabetes Association


(ADA) recomenda que os
pacientes com diabetes realizem os
exames dos pés anualmente.
AVALIAÇÃO PÉ DIABÉTICO

Figura A - dedos em garra


Figura B - dedos em martelo, joanetes
Figura C - perda do arco plantar, também
chamada de Artropatia de Charcot.
AVALIAÇÃO PÉ DIABÉTICO
VÍDEOS
SPDM – aula pé diabético
https://www.youtube.com/watch?v=Q47BPDVCz8g

Epidemiologia, consequencias e avaliação do pé diabéticos


https://www.youtube.com/watch?v=a_ayhY6_lZ8

Neuropatia Diabética – avaliação neuropatia monofilamento


https://www.youtube.com/watch?v=oJH_1FWZ9JU
BIBLIOGRAFIA
BUSS, Paulo Marchiori; PELLEGRINI FILHO, Alberto. A saúde e seus determinantes sociais. Physis: revista de saúde
coletiva, v. 17, p. 77-93, 2007.
FREITAS, Elizabete Viana de. Tratado de geriatria e gerontologia/Elizabete Viana de Freitas, Ligia Py. – 4. ed. –
[Reimpr.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. -- São Paulo : Editora Clannad, 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado
da pessoa com doença crônica : diabetes mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013.
DE ALMEIDA-PITITTO, Bianca et al. Type 2 diabetes in Brazil: epidemiology and management. Diabetes, metabolic
syndrome and obesity: targets and therapy, v. 8, p. 17, 2015.
FLOR, Luisa Sorio; CAMPOS, Monica Rodrigues. Prevalência de diabetes mellitus e fatores associados na população adulta
brasileira: evidências de um inquérito de base populacional. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 20, p. 16-29, 2017.
BALDASSARIS, Maria Luiza Rennó Moreira; MARTÍNEZ, Beatriz Bertolaccini. Adaptação transcultural do instrumento
para exame do pé diabético em 3 minutos. Revista Brasileira De Medicina De Família E Comunidade, v. 15, n. 42, p.
2008-2008, 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual do pé diabético :
estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2016.

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