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UNIVERSIDADE NILTON LINS

CURSO DE BIOMEDICINA

DOENÇAS METABÓLICAS:

DIABETES MELLITUS E DISLIPIDEMIAS

MANAUS/AM

2023
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ALUNA: KELLINAYRA MOREIRA DA SILVA BATISTA

DOENÇAS METABÓLICAS

DIABETES MELLITUS E DISLIPIDEMIAS

Trabalho apresentado para a


Disciplina Bioquímica das
Doenças Metabólicas, do
curso de Bacharelado em
Biomedicina da Universidade
Nilton Lins, ministrada pela
Prof.ª Jéssica Brandão.

Turma: LMB041

MANAUS/AM

2023
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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO........................................................................................................5

2.DIABETE MELLITUS..............................................................................................6

2.1. FATORES..............................................................................................................7

2.1.2 Falta de insulina....................................................................................................7

2.1.3 Resistência à Insulina...........................................................................................7

2.1.4 Genes e histórico familiar causam diabetes..........................................................7

2.2 SINAIS E SINTOMAS...........................................................................................8

2.3. TIPOS.....................................................................................................................8

2.3.1 DIABETE MELLITUS TIPO 1............................................................................9

2.3.2 DIABETE MELLITUS TIPO 2..........................................................................10

2.3.3 DIABETE GESTACIONAL..............................................................................11

2.4. COMPLICAÇÕES ..............................................................................................11

2.4.1 Hiperglicemia e Hipoglicemia ...........................................................................11

2.4.2 Fatores de Risco..................................................................................................12

2.5 PREVENÇÃO.......................................................................................................12

2.6 TRATAMENTOS.................................................................................................13

2.7. DIAGNÓSTICO..................................................................................................14

3.DISLIPIDEMIAS...................................................................................................16

3.1 CAUSAS.............................................................................................................17

3.2 CLASSIFICAÇÕES............................................................................................17

3.3 SINAIS E SINTOMAS........................................................................................18


4

3.3.1 Manifestações dos Xantomas............................................................................18

3.4 METABOLISMO LIPIDICO..............................................................................20

3.4.1 Aterosclerose....................................................................................................20

3.4.2 Aterotrombose..................................................................................................20

3.4.3 Tipos de Colesterol............................................................................................21

3.4.4 Valores de Referência.......................................................................................23

3.5 CONSEQUÊNCIAS GRAVES...........................................................................24

3.6 TRATAMENTO..................................................................................................24

3.7 DIAGNÓSTICO..................................................................................................26

4.CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................28

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................29
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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre dois


tipos de Doenças metabólicas, sendo elas Diabetes e Dislipidemias. As doenças
metabólicas são caracterizadas por complicações relacionadas à obesidade, sedentarismo
e alimentação consideravelmente inadequada que causam alteração no funcionamento
geral do organismo, seja por alterações das reações químicas ou da velocidade que elas
ocorrem.

Podemos definir essas doenças pela sua associação de fatores de risco para
algumas doenças cardiovasculares até mesmo as periféricas. Alguns fatores relacionados
à síndrome metabólica sejam identificados e tratados de acordo com a orientação do
endocrinologista, cardiologista ou clínico geral, para que as complicações possam
ser evitadas. O tratamento consiste, na maioria dos casos, no uso de remédios que ajudem
a regular os níveis de glicose, colesterol e pressão, além de ser indicada a prática de
atividades físicas de forma regular e alimentação saudável e equilibrada.
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2.DIABETE MELLITUS

Imagem 1- Representação de dois tipos de Diabete

Fonte:http://www.healthstyle.net.au/article/diabetes

O Diabetes é considerado fator de risco, principalmente devido aos distúrbios


importantes causados no metabolismo de lipídeos. O Diabetes mellitus é uma síndrome
de comprometimento do metabolismo dos carboidratos, das gorduras e das proteínas,
causada pela ausência de secreção de insulina ou por redução da sensibilidade dos tecidos
à insulina. Um aspecto característico desta doença consiste na resposta secretora
defeituosa ou deficiente de insulina, que se manifesta na utilização inadequada dos
carboidratos (glicose), com conseqüente hiperglicemia.

O Diabetes está associado ao aumento da mortalidade e ao alto risco de


desenvolvimento de complicações micro e macro-vasculares, como também de
neuropatias. Pode resultar em cegueiras, insuficiência renal e amputações de membros,
sendo responsável por gastos excessivos em saúde e substancial redução da capacidade
de trabalho e da expectativa de vida.

2.1. FATORES

O Diabetes ocorre quando o organismo não produz insulina em quantidade


suficiente para manter a concentração sérica de insulina normal ou quando as células não
respondem adequadamente à insulina. Os indivíduos com diabetes melitus tipo 1
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(diabetes insulino-dependente) produzem pouca ou nenhuma insulina, O diabetes tipo 2


é causado pela resistência à insulina e obesidade. Ocorre em pessoas com mais de 40
anos.O pâncreas secreta insulina normalmente, mas sobram insulina e glicose no sangue
e células com pouca glicose.

2.1.2 Falta de produção de insulina causa diabetes

Esta é principalmente a causa da diabetes tipo 1. Ocorre quando as células


produtoras de insulina são danificadas ou destruídas e param de produzir insulina. A
insulina é necessária para transportar o açúcar do sangue para as células por todo o corpo.
A deficiência resultante de insulina deixa muito açúcar no sangue e não é suficiente nas
células para energia.

2.1.3 Resistência à insulina

Isso é específico para diabetes tipo 2. Ocorre quando a insulina é produzida


normalmente no pâncreas, mas o corpo ainda é incapaz de transportar a glicose para as
células como combustível. No início, o pâncreas cria mais insulina para superar a
resistência do corpo. Eventualmente, as células se desgastam. Nesse ponto, o corpo
retarda a produção de insulina, deixando muita glicose no sangue. Isso é conhecido como
pré-diabetes. Uma pessoa com pré-diabetes tem um nível de açúcar no sangue maior que
o normal, mas não alto o suficiente para o diagnóstico de diabetes. A menos que testada,
a pessoa pode não estar ciente, pois não há sintomas claros. A diabetes tipo 2 ocorre
quando a produção de insulina continua diminuindo e a resistência aumenta.

2.1.4 Genes e histórico familiar causam diabetes

A Genética desempenha um papel determinante na probabilidade de desenvolver


algum tipo de diabetes. As estatísticas mostram que, se você tem um pai ou um irmão
com diabetes, suas chances de desenvolvê-la aumentam. Condições genéticas como
fibrose cística e hemocromatose podem danificar o pâncreas, levando a uma maior
probabilidade de desenvolver diabetes.

Formas monogênicas de diabetes resultam de mutações genéticas únicas. Formas


monogênicas de diabetes são raras, representando apenas 1 a 5 por cento de todos os casos
de diabetes encontrados em jovens.

Outros fatores importantes de risco incluem hipertensão, dislipidemias e doenças


vasculares.
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2.2 SINAIS E SINTOMAS

Os sintomas de Diabetes costumam aparecer em diferentes momentos da vida,


dependendo do tipo. Por exemplo, o diabetes tipo 1 pode se manifestar em qualquer idade,
mas é mais comum ser diagnosticado em crianças, adolescentes ou adultos jovens, com
os seguintes sintomas:

Tipo 1

• Fome frequente;

• Sede constante;

• Vontade de urinar diversas vezes ao dia;

• Perda de peso;

• Fraqueza;

• Fadiga;

• Mudanças de humor;

• Náusea e vômito.

Já o Diabetes tipo 2 é mais comum em adultos acima de 45 anos, com sobrepeso


ou obesidade, mas também pode ocorrer com qualquer pessoa em qualquer idade, com os
sintomas:

Tipo: 2

• Fome frequente;

• Sede constante;

• Formigamento nos pés e mãos;

• Vontade de urinar diversas vezes;

• Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;

• Feridas que demoram para cicatrizar;

• Visão embaçada.
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O Diabetes gestacional, como o próprio nome sugere, se manifesta durante a


gravidez. Alguns desses sinais e sintomas são:

• Vontade frequente de urinar;


• Fome excessiva;
• Excesso de sede;
• Mudanças de humor;
• Náuseas e vômitos;
• Alteração visual (visão embaçada ou turva);
• Formigamento nos pés.

2.3. TIPOS

2.3.2 DIABETES MELLITUS TIPO 1

O Diabetes tipo 1 surge em geral até os 30 anos, atingindo preferencialmente


crianças e adolescentes, podendo, entretanto, afetar pessoas de qualquer idade.
Caracteriza-se por deficiência absoluta de produção de insulina no pâncreas; causando
assim dificuldades ao fígado de compor e manter os depósitos de glicogênio que é vital
para o organismo, com isso acumulando no sangue açúcar, levando a hiperglicemia quer
dizer, alto nível de glicose no sangue. Assim a eficiência das células fica reduzida para
absorver aminoácidos e outros nutrientes necessários, necessitando do uso exógeno do
hormônio de forma definitiva.

Neste caso, há uma incapacidade em produzir insulina porque as células betas


pancreáticas foram destruídas por um processo autoimune. Neste caso, as células do
pâncreas que normalmente produzem insulina são destruídas e, quando pouca ou
nenhuma insulina vem do pâncreas, o corpo não consegue absorver a glicose do sangue
e as células ficam sem insulina. O pâncreas do diabético tipo 1 não produz insulina. Sem
o hormônio, a glicose não entra nas células e fica acumulada no sangue e começam a
aparecer os sintomas. Quando o açúcar no sangue excede o limite, esse excesso é
eliminado pela urina. Nota-se quando o diabético ao urinar no vaso sanitário, algum
respingo no chão fica com aparência pegajosa de água. O corpo perde líquido por excesso
de micção e a consequência é a sede do diabético
10

A consequente deficiência de insulina é grave e, para sobreviver, o indivíduo com


diabetes tipo I deve aplicar injeções regulares de insulina. No diabetes tipo 2 (diabetes
não insulino-dependente), o pâncreas continua a produzir insulina, algumas vezes em
níveis mais elevados do que o normal. No entanto, o organismo desenvolve uma
resistência aos seus efeitos e o resultado é um déficit relativo à insulina.

Sobre a reposição de insulina, ela é injetada na pele, na camada de gordura,


normalmente no membro superior, na coxa ou na parede abdominal. O uso de seringas
pequenas com agulhas finas torna as injeções praticamente indolores.

Os níveis de insulina variam de uma a quatro injeções por dia. Nisso, existe uma
combinação de insulina de ação curta e insulina de ação mais longa. O pâncreas
normalmente secreta continuamente pequenas quantidades de insulina durante o dia e a
noite. Além disso, sempre que a glicemia aumenta depois da ingestão de alimentos, existe
uma rápida secreção de insulina proporcional ao efeito da glicemia produzido pelo
alimento.

O objetivo dos esquemas de insulina, exceto aquela de uma única injeção é


equilibrar esse padrão normal da secreção de insulina o mais próximo possível da resposta
a ingestão de alimento e aos padrões de atividades físicas.

2.3.3 DIABETES MELLITUS TIPO 2

O Diabetes tipo 2 é causado pela redução da sensibilidade dos tecidos-alvo ao


efeito da insulina. Essa sensibilidade diminuída à insulina é frequentemente descrita como
resistência à insulina. Para superar a resistência à insulina e evitar o acúmulo de glicose
no sangue, deve haver um aumento na quantidade de insulina secretada. Embora não se
saiba o que causa o diabetes tipo 2, sabe-se que neste caso o fator hereditário tem uma
importância bem maior do que no diabetes tipo 1. Também existe uma conexão entre a
obesidade e o diabetes tipo 2.

Ela corre em pessoas com mais de 40 anos. O pâncreas secreta insulina


normalmente, mas sobram insulina e glicose no sangue e células com pouca glicose. O
pâncreas libera muita insulina levando as células β a se deteriorarem.
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2.3.4 DIABETES GESTACIONAL

O Diabetes gestacional é a alteração das taxas de açúcar no sangue que aparece


ou é detectada pela primeira vez na gravidez. Pode persistir ou desaparecer depois do
parto. Os especialistas acham que o diabetes gestacional pode ser uma etapa do diabetes
tipo 2, pelas semelhanças clínicas existentes em ambos.

Todas as mulheres grávidas têm algum grau de resistência à insulina, mas as


mulheres com diabetes gestacional apresentam uma resistência mais exagerada. O
diabetes gestacional costuma aparecer por volta da vigésima quarta semana de gravidez,
exatamente quando a placenta começa a produzir grandes quantidades de hormônios, por
isso o rastreamento para diabetes gestacional ocorre neste período. O Diabetes gestacional
aumenta a chance de a mulher desenvolver o diabetes tipo 2 no futuro, podendo apresentar
alguns riscos como:

• Idade acima de 25 anos;


• -Obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual;
• -Deposição central excessiva de gordura (gordura em excesso no tronco);
-Histórico familiar de diabetes em parentes de 1º grau;
• -Baixa estatura (1,50cm);
• -Crescimento fetal, excessivo, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez
atual. –
• Antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal, de macrossomia

(peso excessivo do bebê) ou de diabetes gestacional.

2.4 COMPLICAÇÕES

2.4.2 Hipoglicemia e hiperglicemia

A hipoglicemia e a hiperglicemia são quando os níveis de glicose no sangue estão


ou muito baixos ou muito altos, respectivamente.

O que causa a hiperglicemia?

A hiperglicemia ocorre quando há muita glicose no sangue. Isso acontece quando


seu corpo tem pouca insulina (o hormônio que transporta a glicose para a célula). Ou se
seu corpo não consegue usar a insulina corretamente. Como no caso do diabetes tipo 2.
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O que causa a hipoglicemia?

A hipoglicemia é quando há muita insulina no corpo, causando assim níveis


baixos de glicose no sangue. É comum em pessoas com diabetes tipo 1 ,podendo ocorrer
em pessoas com diabetes tipo 2 que tomam insulina ou certos medicamentos.

Assim, quando o nível de glicose no sangue em jejum está abaixo de 70


miligramas por decilitro (mg / dL) é considerado hipoglicemia. Enquanto o nível de
glicose no sangue em jejum acima de 130 mg / dL é chamado de hiperglicemia.

2.4.3 Fatores de risco

No diabetes aumenta a frequência de amputação do membro inferior de 15 a 40 vezes


comparativamente a população sem diabetes. A forma grave da doença arterial oclusiva
nos membros inferiores é responsável, em grande parte, pela incidência aumentada de
gangrenas e subsequente amputação nos pacientes diabéticos.

Ocorre a lesão dos vasos sanguíneos, causando seu estreitamento e, portanto,


limitando o fluxo sanguíneo. Uma vez que os vasos sanguíneos em todo o corpo são
afetados, a pessoa pode apresentar muitas complicações do diabetes. Muitos órgãos
podem ser afetados, particularmente os seguintes:

• Cérebro, causando acidente vascular cerebral;

• Olhos (retinopatia diabética), causando cegueira;

• Coração, causando ataque cardíaco;

• Rins (nefropatia diabética), causando doença renal crônica;

• Nervos (neuropatia diabética), causando diminuição da sensibilidade,


principalmente nos pés e nas pernas;

Uma glicemia elevada também causa problemas no sistema imunológico.

2.5 PREVENÇÃO

A prevenção da Diabetes, para quem tem um ou vários destes fatores de risco, mas
não tem ainda o diagnóstico da doença, passa por adotar um estilo de vida mais saudável
e consultar o médico, fazendo exames regulares de diagnóstico.
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Para quem tem o diagnóstico de Diabetes, a prevenção também é um fator


importante para o controlo da doença e para uma maior qualidade de vida.

A prevenção passa por alguns pontos -chave, fundamentais para ter uma vida mais
saudável:

• Entender a Diabetes

• Adotar uma Vida Saudável:

• Ter uma alimentação equilibrada;


• Praticar exercício físico regularmente;

• Controlar a Diabetes:

• monitorizando periodicamente os níveis de glicemia no sangue

• tomando a medicação quando prescrita pelo médico

2.6 TRATAMENTOS

O tratamento do diabetes requer atenção ao controle do peso, aos exercícios e a


dieta. Muitos indivíduos obesos com diabetes tipo 2 não necessitam de medicação caso
perdessem peso e se exercitassem regularmente. Contudo, a redução de peso e o aumento
do exercício são difíceis para a maioria dos indivíduos diabéticos. Por essa 58 razão, a
terapia de reposição de insulina ou com medicamentos hipoglicemiantes orais é
frequentemente necessária.

A atividade física é extremamente importante no tratamento do diabetes devido a


seus efeitos na diminuição da glicose sanguínea e na redução dos fatores de risco
cardiovascular. Os exercícios físicos diminuem a glicose sanguínea aumentando a
captação de glicose pelos músculos do corpo melhorando o uso da insulina.

Um outro tipo de medicação oral, a metformina, não afeta a liberação de insulina,


mas aumenta a resposta do organismo a sua própria insulina. O médico não pode
prescrever a metformina isoladamente ou combinada com a sulfoniluréia. Uma outra
medicação, a acarbose, retarda a absorção da glicose no intestino.
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2.7 DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de diabetes normalmente é feito por meio de três exames, sendo


eles:

• Glicemia de jejum: é um exame que mede o nível de açúcar no sangue no


momento em que é feito, servindo para monitorização do tratamento de diabetes.
Os valores de referência ficam entre 70 a 99 miligramas de glicose por decilitro
de sangue (mg/dL);
• Hemoglobina glicada: é o exame que avalia a fração da hemoglobina, proteína
dentro do glóbulo vermelho, que se liga à glicose. Os valores da hemoglobina
glicada irão indicar se você está ou não com hiperglicemia, iniciando uma
investigação para o diabetes. Os valores normais para pessoas sadias variam entre
4,5% e 5,7%;
• Curva glicêmica: é o exame que mede a velocidade com que seu corpo absorve a
glicose após a ingestão. O paciente ingere 75g de glicose e é feita a medida das
quantidades da substância em seu sangue após duas horas da ingestão. Os valores
de referência são menos de 100 mg/ dl em jejum, e 140 mg/dl após duas horas.
Um resultado maior que 200 mg/dl é considerado suspeito para diabetes.

Em mulheres gestantes é realizado o TESTE ORAL TOTG – Teste oral de tolerância


à glicose .Necessário jejum obrigatório de 8 a 14 horas antes de iniciar os procedimentos
para o teste ou conforme orientação médica;

Manter dieta habitual, sem restrição de carboidratos (massas, açúcares e doces) nas
72 horas (3 dias) que antecedem o exame.Não usar laxantes na véspera (24 horas) do
teste.

• É feita a primeira coleta de sangue com a grávida em jejum;


• É dado à mulher 75 g de Dextrosol, que é uma bebida açucarada, no laboratório
ou clínica de análises clínicas;
• Em seguida, é retirada uma amostra de sangue logo após a ingestão do líquido;
• A grávida deve ficar em repouso por cerca de 2 horas;
• Depois é feita nova coleta de sangue após 1 hora e depois de 2 horas de espera.
• Após o exame a mulher pode voltar a alimentar-se normalmente e esperar pelo
resultado. Caso o resultado se encontre alterado e exista suspeita de diabetes, o
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obstetra poderá encaminhar a gestante para um nutricionista para iniciar uma dieta
adequada.
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3. DISLIPIDEMIAS

Imagem 2- Representação de uma dislipidemia; acúmulo de gordura.

Fonte: https://enfermagemflorence.com.br/dislipidemia

Dislipidemias são modificações no metabolismo dos lipídios que


desencadeiam alterações nas concentrações das lipoproteínas plasmáticas,
favorecendo o desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas. Estudos
epidemiológicos demonstram que as dislipidemias estão associadas às
doenças cardiovasculares representando a principal causa de mortalidade entre
adultos.

Possui alguns tipos de Dislipidemias, sendo elas:

• Hipercolesterolemia isolada: elevação somente do LDL colesterol (valor >


160mg/dL)

• Hipertrigliceridemia isolada: triglicérideos elevados (valor > 160mg/dL)

• Hiperlipidemia mista: elevação de triglicérides e colesterol. É o tipo de


dislipidemia mais comum, que acomete até 2% da população geral e está
envolvida em de 30 a 50% dos casos de doenças coronárias

• Hipoalfalipoproteinemia: no qual o colesterol HDL é baixo (homens com valor <


40mg/dL e mulheres com valor < 50mg/dL).
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3.1 CAUSAS

As dislipidemias podem ter duas causas:

• Dislipidemias primárias: estas são de origem genética, a hipercolesterolemia


resulta de mutações em múltiplos genes envolvidos no metabolismo lipídico, as.
As causas primárias são mutações genéticas únicas ou múltiplas que promovem a
produção excessiva ou a deficiência na depuração dos triglicerídeos e do LDL, ou
baixa produção ou depuração excessiva do HDL. Os nomes das várias doenças
primárias refletem a nomenclatura antiga na qual as lipoproteínas eram detectadas
e diferenciadas de acordo com sua separação em bandas alfa (HDL) e beta (LDL)
nos géis eletroforéticos.

• Dislipidemias secundárias: Elas podem se originar a partir de outras doenças,


como diabetes mellitus, obesidade, hipotireoidismo, insuficiência renal, síndrome
nefrótica, doenças das vias biliares, anorexia nervosa e bulimia, associado ao uso
de fármacos, como diuréticos em elevadas doses, bloqueadores, medicamentos de
tratamento de acne, terapia de resolução hormonal, anticoncepcional oral, entre
outros. Elas também estão associadas a fatores relacionados com hábitos de vida,
como por exemplo, sedentarismo e os hábitos alimentares podem funcionar como
desencadeantes para seu surgimento e no consumo de gordura em excesso.

3.2 CLASSIFICAÇÕES

As dislipidemias podem ser classificadas como primárias ou secundárias. Os


fatores desencadeadores das dislipidemias primárias, ou de origem genética, incluem
alterações neuroendócrinas e distúrbios metabólicos. As dislipidemias secundárias são
causadas por outras doenças como: hipotireoidismo, diabetes mellitus, síndrome
nefrótica, insuficiência renal crônica, obesidade, alcoolismo ou pelo uso indiscriminado
de medicamentos como: diuréticos, betabloqueadores, corticosteroides e anabolizantes.
Além disto, o desequilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto calórico, juntamente como
sedentarismo, os quais estimulam a obesidade, bem como o consumo de álcool e
cigarro em excesso, são fatores que contribuem para o desenvolvimento das
dislipidemias.
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3.3 SINAIS E SINTOMAS

A dislipidemia não causa sintomas, mas pode provocar doença vascular


sintomática, incluindo doença coronariana, acidente vascular cerebral e doença arterial
periférica.

Níveis elevados de triglicerídeos > 500 mg/dL (> 5,65 mmol/L) podem
causar pancreatite aguda. Níveis muito altos de triglicerídeos também podem causar
hepatoesplenomegalia, parestesia, dispneia e confusão.

Altas concentrações de LDL podem causar arco corneano, xantelasmas tendinosos


e xantomas tendinosos encontrados nos tendões do calcâneo, nos cotovelos e joelhos e
sobre as articulações metacarpo falangeanas. Outro achado clínico que ocorre em
pacientes com LDL alto. Os pacientes com cirrose biliar primária e níveis lipídicos
normais podem ter xantelasma.

Pacientes com grandes elevações de triglicerídeos podem apresentar xantomas


eruptivos no dorso, no tronco, nos cotovelos, na região glútea, nos joelhos, nas mãos e
nos pés. Alguns pacientes podem apresentar xantomas palmares e tuberosos.

A hipertrigliceridemia (Moderado: entre 150 e 199 mg/dL. Alto: entre 200 e 499
mg/dL. Muito alto: maior ou igual a 500 mg/dL) pode causar aspecto cremoso nas artérias
e veias retinianas (lipemia retiniana). Concentrações extremamente elevadas de lipídios
também podem provocar aspecto lácteo (leitoso) do plasma sanguíneo. Os sintomas
podem incluir parestesias, dispneia, confusão e a manifestação de xantomas.

3.3.1Manifestações dos xantomas

Xantoma é uma lesão da pele caracterizada por um depósito de gordura que pode
surgir em determinados pontos, tendo, de modo geral, um tom mais amarelado do que o
restante da pele do paciente. Dependendo de onde o xantoma surge, ele pode ganhar
diferentes nomes.
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• Xantoma eruptivo (pele)

Fonte:https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/distúrbios-endocrinos

• Xantoma eruptivo

Fonte:https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/distúrbios-endocrinos

• Xantoma Tuberoso

Fonte:https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/distúrbios-endocrinos
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3.4 METABOLISMO LIPIDICO

O colesterol é uma gordura essencial para o organismo. Está presente nos


alimentos, mas também é formado em vários tecidos orgânicos, incluindo o fígado.
Colesterol total é uma combinação de níveis de HDL (“colesterol bom”), LDL (“ruim”)
e triglicérideos. Taxas elevadas de colesterol no sangue podem propiciar a formação de
placas nas paredes das artérias e veias, impedindo a passagem do sangue para o seu
coração.

3.4.1 Arteriosclerose

A arteriosclerose é a ocorrência desta afecção nas arteríolas e é a lesão típica da


hipertensão arterial. Essa doença é considerada atualmente como uma doença
inflamatória crônica, de origem multifatorial, que ocorre em resposta à agressão
endotelial, acometendo sobretudo a camada íntima de artérias de médio e grande calibre.

Uma das primeiras lesões associadas com a dislipidemia são as placas


gordurosas, que são formações planas, amareladas e sem repercussão clínica na parede
dos vasos. Essas lesões podem evoluir para a formação das chamadas placas
fibrolipídicas, que são formações elevadas na superfície da camada íntima da artéria que
pode se associar com complicações como fissuras, trombose, roturas, calcificação e
necrose; podem ser estáveis ou instáveis.

A formação da placa aterosclerótica inicia-se por agressão ao endotélio


vascular, mediada por diversos fatores que incluem, entre outros, elevação de
lipoproteínas aterogênicas (LDL, VLDL, remanescentes de quilomícrons), hipertensão
arterial e tabagismo. O endotélio disfuncional apresenta maior permeabilidade às
lipoproteínas plasmáticas, favorecendo a retenção destas no espaço subendotelial.
Posteriormente, as partículas de LDL sofrem oxidação, levando novamente a disfunção
endotelial; esse endotélio apresenta menor reatividade vascular.

3.4.2 Aterotrombose

A Aterotrombose é uma doença que ocorre quando a parede do vaso sofre a


agressão do depósito de colesterol ruim, o LDL.Isso faz essa área sofrer uma inflamação
e formar placas de colesterol calcificadas, o que dificulta a circulação do sangue.

Além disso, outro risco está associado com a ruptura das placas formadas,
desencadeando trombos que podem obstruir o fluxo sanguíneo.
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Como mencionado anteriormente, existem, basicamente, dois fatores de risco para


a aterotrombose: os genéticos e os adquiridos. O primeiro, assim como o nome já prevê,
está relacionado com a hereditariedade dessa patologia e tem relação com a mutação em
diferentes genes.

Já os adquiridos são hábitos e práticas que aumentam o risco dessa doença se


manifestar e os principais são:

• hipertensão,

• diabetes mellitus,

• tabagismo,

• obesidade,

Essas doenças representam, atualmente, as principais causas de mortalidade e há


uma expectativa de que sua incidência aumente nos próximos anos. Na
arterotrombose, suas principais manifestações clínicas são:

• Infarto agudo do miocárdio,

• acidente vascular encefálico isquêmico,

• ataque isquêmico transitório,

• doença arterial obstrutiva periférica.

3.4.3 Tipos de Colesterol

O colesterol é um tipo de gordura que é fundamental para o bom funcionamento


do organismo. No entanto, ter os níveis de colesterol alto no sangue nem sempre é bom e
pode até causar um aumento do risco de problemas cardiovasculares, como infarto ou
AVC.
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Colesterol HDL

Também chamado de bom colesterol, seu papel é de capturar o colesterol em


excesso no sangue e conduzi-lo ao fígado para que ele seja eliminado com a bile.

A taxa de HDL é considerada muito baixa quando é inferior à 35mg/dl. Já uma


taxa elevada de HDL (mais de 60mg/dl) protege de doenças cardiovasculares, reduzindo
o risco.

Assim, um homem de 50 anos que apresenta uma taxa de colesterol LDL de 150
mg/dl e uma taxa de colesterol HDL de 65mg/dl não necessariamente precisaria usar
medicações para o colesterol, principalmente se for considerado de baixo risco para
eventos cardiovasculares.

• Colesterol LDL

O LDL é mais conhecido como colesterol ruim, porque seu aumento no sangue
está diretamente relacionado com o risco de desenvolvimento de doenças
cardiovasculares.

Essa lipoproteína transporta o colesterol do fígado para o restante do corpo.

Desse modo, contribui para a deposição de gordura nas paredes das artérias, o que
favorece à aterosclerose, a qual, em casos graves pode impedir o fluxo normal do sangue.

• Colesterol VLDL

Já o colesterol VLDL é uma lipoproteína de muita baixa densidade, produzido no


fígado, cuja principal função é transportar os triglicerídeos pela corrente sanguínea.

• .Colesterol total

O colesterol total compreende o HDL, o LDL e o VLDL . Ter o colesterol total


alto, acima de 190 mg/dl, pode significar um risco elevado de doenças cardiovasculares.

O que é e quais os sintomas de colesterol alto?

O excesso de colesterol no sangue, chamado de hipercolesterolemia, não é uma


doença em si, porém, um fator de risco para outras doenças cardiovasculares.
23

Se o fígado produz muito colesterol ou se a alimentação é rica em gorduras


saturadas, o excesso se deposita nos tecidos e nas paredes dos vasos sanguíneos, o que
contribui para a formação de placas de gordura.

Essas placas são consequência de um colesterol LDL oxidado, provocando a


obstrução das artérias e se tornando menos flexíveis.

Quanto aos sintomas de colesterol alto, não existe nenhum sinal que permita saber
se a pessoa está com taxas altas de colesterol.

É possível, inclusive, ter muito colesterol e viver normalmente, e na maioria dos


casos, a doença só é descoberta quando problemas cardiovasculares aparecem.

Por isso, é importante verificar de tempos em tempos os níveis de colesterol no


sangue, até mesmo quando está muito baixo.

Quais as causas de colesterol alto?

• Fatores genéticos e hereditários: existem doenças genéticas, como a


hipercolesterolemia familiar, em que vários membros da mesma família
apresentam colesterol alto;

• Fatores alimentares: uma dieta rica em gorduras saturadas, a partir de gorduras


animais, certas carnes e derivados gordurosos do leite, tem uma influência direta
na taxa de colesterol, assim como um excesso de álcool;

• Doenças renais, da tireoide ou diabetes: algumas doenças podem ser diretamente


responsáveis por níveis elevados de colesterol.

3.4.4 Valores de Referência

Qual é a taxa de colesterol normal?

O colesterol circula livremente no sangue, assim, ele pode ser facilmente verificado a
partir de um exame de sangue.Os valores considerados normais são:

• HDL: o ideal é estar acima de 40 mg/dl;

• LDL: abaixo de 130 mg/dl para pacientes de baixo risco; menor que 100mg/dl
para pacientes de risco intermediário; menor que 70mg/dl para aqueles de alto
24

risco para doenças cardiovasculares e menor que 50mg/dl para os de muito alto
risco.

• VLDL: até 30 mg/dl;

• Colesterol total: até 190 mg/dl, pode significar um risco elevado de doenças
cardiovasculares.

3.5 CONSEQUÊNCIAS GRAVES

A dislipidemia predispõe ao aparecimento da aterosclerose. A aterosclerose e o


acúmulo de gordura na parede do vaso sanguíneo, o que pode ocorrer nas artérias
coronárias, em vasos cerebrais ou artérias periféricas levando ao infarto, derrame cerebral
e insuficiência vascular periférica. A dislipidemia é muito comum no nosso meio, onde
predominam o sedentarismo, alimentação abundante em gordura e açúcar livre,
obesidade, estresse, tabagismo e alcoolismo.

Consequência disto é a alta incidência de mortes ou incapacitação devido ao


infarto ou derrame cerebral. Algumas formas de dislipidemia também podem predispor à
pancreatite aguda, Níveis de triglicerídeos maiores do que 500 mg/dL podem precipitar
ataques de pancreatite aguda, embora a patogênese da inflamação não seja clara . Um
estudo estimou que hipertrigliceridemia foi a etiologia da pancreatite aguda entre 1,3%-
3,8% dos casos de pancreatite.

3.6 TRATAMENTO

As opções de tratamento dependem da anormalidade lipídica específica, embora


possam coexistir diferentes anormalidades lipídicas. Em alguns pacientes, uma única
anormalidade pode necessitar de vários tratamentos; em outros, um único tratamento pode
ser adequado para várias anormalidades. O plano terapêutico sempre deve conter o
tratamento da hipertensão arterial e do diabetes, cessação de tabagismo e, em pacientes
(40 a 79 anos de idade) com risco ≥ 20% em 10 anos de infarto agudo do miocárdio ou
morte por doença coronariana, baixas doses diárias de ácido acetilsalicílico. Em geral, as
opções de tratamento para homens e mulheres são iguais.

Tratamento de colesterol LDL elevado


25

Para todos os indivíduos, a prevenção da DCVA requer ênfase no estilo de vida


saudável para o coração, especialmente envolvendo dieta e exercício. Outras opções para
reduzir o colesterol HDL em todas as faixas etárias são fármacos, suplementos
alimentares, intervenções por procedimentos e terapias experimentais. Várias dessas
opções também são eficazes para tratar outras anormalidades lipídicas.

Mudanças na dieta incluem

• Diminuição da ingestão de gorduras saturadas e colesterol

• Aumentar a proporção de fibras e carboidratos complexos na alimentação

• Manter o peso corporal ideal

A atividade física reduz diretamente o LDL colesterol em alguns indivíduos e


também ajuda a manter o peso corporal ideal.

As alterações alimentares e a prática de exercícios devem ser feitos sempre que


possível, mas as diretrizes da AHA/ACC também recomendam o uso de tratamento
farmacológico para certos grupos de pacientes após conversa sobre os riscos e benefícios
das estatinas.

Para o tratamento farmacológico em adultos, a recomenda-se o uso de estatina para 4


grupos de pacientes, abrangendo aqueles com qualquer um dos seguintes:

• DCVA clínica

• Colesterol LDL ≥ 190 mg/dL (≥ 4,9 mmol/L)

• Idade de 40 a 75 anos, com diabetes e colesterol LDL entre 70 e 189 mg/dL (1,8
a 4,9 mmol/L)

• 40 a 75 anos de idade, colesterol LDL 70 a 189 mg/dL (1,8 a 4,9 mmol/L), e risco
estimado de 10 anos de DCVA ≥ 7,5%

As estatinas são o tratamento de escolha para a redução do LDL colesterol porque


eles reduzem de maneira demonstrável a morbidade e mortalidade cardiovascular. As
estatinas também parecem diminuir a inflamação intra-arterial e/ou sistêmica estimulando
a produção endotelial de óxido nítrico e podem ter outros efeitos benéficos.

O tratamento com estatina é classificado como sendo de intensidade baixa,


moderada ou alta, sendo administrado de acordo com a faixa etária e grupo terapêutico
26

(ver tabela Estatinas para a prevenção de DCVA). A escolha da estatina pode depender
das comorbidades, outros fármacos, fatores de risco do paciente para eventos adversos,
intolerância à estatina, custo e preferência do paciente.

3.7 DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de dislipidemia baseia-se na dosagem dos lipídios séricos:


colesterol total, HDL-C e triglicerídeos.

Níveis de colesterol HDL maiores do que 50 mg/dL caracterizam um fator


protetor. Já os níveis de triglicérides maiores do que 150 mg/dL elevam o risco de doença
aterosclerótica coronariana.

Os níveis de LDL-colesterol não pertencem aos critérios diagnósticos. Para


dislipidemia em geral, entretanto, pessoas com níveis de colesterol total e LDL acima dos
patamares da normalidade apresentam maior risco de aterosclerose e doença
cardiovascular. Os níveis desejáveis de LDL-colesterol devem ser deerminados pelo
médico, pois variam para cada paciente conforme seu histórico de doenças e fatores de
risco.

• Exame físico

Xantoma tendinoso 6 Arco córneo antes dos 45 anos. Além disso, deve-se
investigar, no paciente, o uso de medicamentos ou patologias que possam levar à dislipidemia
secundária.

É importante também procurar por alterações no exame físico, que apesar de


serem incomuns, quando presentes podem ser úteis na identificação do tipo de
dislipidemia. São exemplos de alterações os xantomas e o arco corneano.

• Exames laboratoriais
O perfil lipídico é definido pelas determinações bioquímicas do colesterol total (CT),
do colesterol ligado a HDL ou HDL-colesterol (HDL-c), do colesterol ligado ao LDL
(LDL-c) e dos TG após jejum de 12 a 14 horas.
Portanto, os valores ideais dos exames são:

Triglicérides: menos de 150 mg/dl = normal;


27

Até 199 mg/dl = moderado;

Até 499 mg/dl = alto;

Acima de 500 mg/dl = muito alto.

HDL: idealmente acima de 40 mg/dl;

LDL: idealmente abaixo de 100 mg/dl;

Colesterol total: idealmente abaixo de 200 mg/dl.


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4.CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho apresentou os relatos sobre O diabetes mellitus e sobre as


Dislipidemias que são exemplos de doenças metabólicas causadas por algumas
complicações no nosso corpo. O objetivo proposto, foi a apresentação de cada tópico das
doenças com detalhes importante, contribuindo para a aprendizagem.

O Diabetes tipo 1 e 2 oferecem boas possibilidades de controle e pode ser evitado,


porém, se não for bem controlado, acaba produzindo lesões fatais, sendo elas: infarto do
miocárdio, derrame cerebral, cegueira, impotência, ulceras nas pernas e até amputações
de membros. Quando bem monitorada, as complicações crônicas podem ser evitadas e o
paciente diabético pode ter uma qualidade de vida normal. Além do tratamento
medicamentoso, é importante ressaltar que a prevenção e tratamento do diabetes mellitus
tipo 2 esta associado a mudanças no estilo de vida.

Sobre as dislipidemias, sugere-se que, para que se possa evitar ou amenizar o


desenvolvimento de doenças cardiovasculares devido às alterações no perfil lipídico,
deve-se adotar um estilo de vida saudável como uma alimentação equilibrada e a prática
de exercícios físicos.
29

5.REFERÊNCIAS

AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. 08. Obesity Management for the Treatment


of Type 2 Diabetes: Standards of Medical Care in Diabetes-2020. Diabetes Care. V. 43,
n. 1, p. S89–S97, jan. 2020. https://doi.org/10.2337/dc20-S008

BRASIL. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. Brasília: Sociedade


Brasileira de Diabetes, 2019. 491 p. ISBN: 978-85-93746-02-4

Dislipidemia; Bertolami, Adriana; Bertolami, Marcelo Chiara.RBM rev. bras. med;

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Diabetes mellitus"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/diabetes-mellitus.htm. Acesso em 20 de maio de
2023.

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