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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA DO I CICLO PALANCA NEGRA

BIOLOGIA

ERROS ALIMENTARES, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

GRUPO Nº: 02
CLASSE: 8ª CLASSE
TURMA: A
PERÍODO: MANHÃ

DOCENTE
_________________
MARIA LUÍSA

CANGANDALA, MAIO DE 2023


REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA DO I CICLO PALANCA NEGRA

ERROS ALIMENTARES, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

GRUPO Nº: 2

MEMBROS DO GRUPO:

 Cândido Pascoal Domingos;


 Carlos Jamba Augusto;
 Conceição José Dambi;
 Conceição N. António;
 Constantino Júlio;
 Daniel Soares Sandala;
 Domingos António Franco;
 Domingos Pinto Canguia;
 Gemima Ngola Domingos;
 Geovani Sermão Jacinto;
 Gonçalves Adão Muquixi;
 Henriques C. Quingando;
 João Julião Ambriz;
 João Morais António.

CANGANDALA, MAIO DE 2023

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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
2. ERROS ALIMENTARES, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS.............................................5
2.1. Erros Alimentares............................................................................................................5
2.2. Consequências, sintomas e doenças................................................................................5
2.2.1. Sintomas....................................................................................................................6
2.2.2. Doenças causadas pela má alimentação.................................................................7
2.2.3. Dicas para ter uma alimentação saudável..............................................................9
3. CONCLUSÃO.......................................................................................................................10
4. BIBLIOGRÁFICA................................................................................................................11

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1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas percebe-se uma transição nutricional expandindo por todo o globo, em que a
dieta da maioria dos indivíduos passou a ter em sua maior concentração alimentos ultra
processados (com baixo valor nutricional e ricos em gorduras, sódio e açúcares),
concomitantemente observou-se uma redução da atividade física e uma elevação do
sedentarismo. Com o aumento do consumo dessas “dietas modernas” principalmente as crianças
estão ingerindo pouca quantidade de nutrientes que necessitam e comendo muitos alimentos com
baixo valor nutritivo e que não precisam. Tal cenário geram efeitos negativos como o
desenvolvimento de uma “pandemia de obesidade”, sendo responsável pela maior quantidade de
doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes, que assolam a sociedade atual.
Tendo a globalização e industrialização como grandes contribuintes para a mudança no estilo de
vida desses indivíduos. Assim sendo, no presente trabalho falaremos dos Erros Alimentares,
Causas e Consequências.

Com isto, vamos mergulhar a uma profunda reflexão sobre as causas que estes erros podem
provocar na nossa saúde.

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2. ERROS ALIMENTARES, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

2.1. Erros Alimentares

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID) o código que corresponde as


“Dificuldades de alimentação e erros na administração de alimentos” é o CID 10 - R63.3 (CID-
10, 2008). O termo “dificuldade alimentar” leva em consideração aspectos qualitativos e/ou
quantitativos do processo de alimentação, sendo que esta situação pode ser gerada por causas
orgânicas e comportamentais, logo, condições multifatoriais podem influenciar este processo,
situações como falta de interesse por alimentos específicos, pouco apetite, recusa alimentar,
alguns aspectos relacionados com o comportamento, tais como agitação, distração e negociações
afetam a qualidade da prática alimentar dos indivíduos, principalmente das crianças.

Considera-se um padrão alimentar saudável ter uma dieta constituída por alimentos com uma boa
quantidade de minerais, vitaminas, fibras e proteínas, e com baixo teor de gorduras e açúcares. A
mudança no padrão alimentar da sociedade atual que ocorreu nas últimas décadas mostra uma
alimentação rica em produtos hipercalóricos, processados ou ultra processados e pobre em
alimentos in natura ou minimamente processados.

2.2. Consequências, sintomas e doenças

A má alimentação é, hoje, uma das principais causas de morte no mundo, na frente, inclusive,


do cigarro e da hipertensão arterial. Além disso, uma alimentação inadequada também está
relacionada ao desenvolvimento de doenças e problemas de saúde, como obesidade e sobrepeso,
doenças cardiovasculares, câncer e diabetes tipo 2.

Cuidar melhor daquilo que consumimos diariamente deve ser uma preocupação cada vez maior,
especialmente depois de ser comprovado que uma má alimentação causa mais mortes pelo
mundo do que o cigarro e a hipertensão arterial atualmente, problemas que antes sempre
vinham liderando pesquisas sobre o assunto.

A comprovação veio com um estudo recente publicado pelo Instituto de Medição e Avaliação da


Saúde da Universidade de Washington (Health Metrics and Evaluation).

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Em números, o levantamento constatou que a má alimentação foi responsável por quase 11
milhões de mortes em 2017, contra 10,4 milhões de mortes causadas pela pressão arterial alta e 8
milhões pelo cigarro.

Isso significa dizer que, naquele ano, a alimentação desequilibrada e inadequada foi
responsável por 1 em cada 5 óbitos no mundo inteiro.

2.2.1. Sintomas
Na tentativa de indicar que algo não está certo, o corpo geralmente envia uma variedade de sinais
de alerta. Geralmente acontece, quando comemos algo não saudável, pode ocorrer uma sensação
de peso e inchaço no estômago.

Por outro lado, não comer alimentos suficientes também pode ter um impacto negativo na sua
saúde. Comer de forma não saudável ao longo do tempo pode se tornar aparente por meio desses
sinais e sintomas, como:

 Mal hálito;
 Cabelo ralo;
 Imunidade Baixa;
 Constipação;
 Baixa energia ou cansaço;
 Diarreia;
 Apatia ou irritabilidade;
 Falta de apetite.

2.2.2. Doenças causadas pela má alimentação


Entre as consequências e os riscos da má alimentação, também estão as doenças que ela pode
ocasionar. De acordo com o estudo, a não se alimentar direito pode acarretar o desenvolvimento
de doenças e problemas de saúde como:

 Obesidade e sobrepeso: devido ao consumo excessivo de gorduras, açúcares e proteína.


A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal,
associado a problemas de saúde. Podemos citar como causas da obesidade, fatores
genéticos, ambientais e psicológicos. Entre os fatores ambientais está o consumo
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excessivo de calorias e a diminuição no gasto energético, que devem ser modificados para
o controle da doença;

 Doenças cardiovasculares (como a arritmia, o ataque cardíaco e a pressão alta):


principalmente por conta do excesso de sal e sódio na comida;

 Gastrite: É a inflamação aguda ou crônica da mucosa que reveste as paredes internas do


estômago. Pode ocorrer devido à realização de poucas refeições ao dia com grande
volume de alimentos e com grandes intervalos entre cada refeição.

 Colesterol alto: O aumento do nível do colesterol no sangue pode vir a causar o bloqueio
das artérias e veias do corpo, levando ao derrame e ao infarto. O colesterol em nosso
organismo vem de duas formas: do próprio organismo e ainda através dos alimentos que
são ingeridos. Ele é produzido no organismo através do fígado, e aquele que vem da
alimentação está contido especialmente em alimentos como: leite integral, margarina,
manteiga, bacon, creme de leite, queijos amarelos, e tudo o mais que possui origem
animal. Ingerir estes alimentos em grande quantidade pode aumentar os níveis de
colesterol na circulação sanguínea;

 Osteoporose: esta doença é muitas vezes relacionada a uma dieta pobre, rica em carnes,
gorduras e açúcares refinados. Para evitar a doença, o recomendável é a diminuição do
consumo excessivo desses alimentos. Uma dieta adequada e a ingestão de alimentos ricos
em cálcio melhora absorção deste mineral e previne a osteoporose;

 Câncer: aparece como consequência do excesso de gordura no organismo, por inflamar


partes do corpo e acabar produzindo hormônios em excesso que provocam danos às
células;

 Diabetes tipo 2: ligada ao exagero em comidas doces, além de estar relacionada à grande
ingestão de alimentos com muita farinha. A genética tem a sua quota de responsabilidade,
mas logo a seguir surge a obesidade como principal causa da diabetes tipo II, o tipo mais
frequente e que começa a surgir em idades cada vez mais precoces. A acumulação de
tecido adiposo, principalmente na zona abdominal, perturba o normal funcionamento das
células na transformação da glicose em energia e leva a uma condição conhecida como

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resistência à insulina. O aumento da glicose circulante conduz ao desenvolvimento da
diabetes do tipo II.

Segundo o estudo, uma má alimentação é uma dieta desequilibrada carente em ingestão de


frutas, verduras, legumes, cereais e grãos, além de ter o consumo excessivo das chamadas
gorduras ruins, sódio e açúcar.

Essa constatação veio do comparativo que o levantamento fez entre a comida saudável


ingerida pela população de cada país e a comida não saudável consumida. Nesse cenário, as
questões que falamos acima foram os pontos em comum entre os países associados com
alimentação não saudável.

Porém, a pesquisa concluiu que o consumo de gorduras e açúcares, por exemplo, tem menos
influência na questão. O que foi mais determinante para o aumento dos casos de morte por
alimentação inadequada foi o consumo insuficiente dos alimentos saudáveis para o corpo.

2.2.3. Dicas para ter uma alimentação saudável


Embora seja muito importante manter uma boa ingestão de alimentos saudáveis diariamente, isso
não significa que você não possa comer alimentos gordurosos uma vez ou outra.

O mais importante é que você desenvolva hábitos alimentares saudáveis para mudar de vida,


tornando o consumo de alimentos industrializados, com excesso de açúcar, sódio ou gordura,
uma exceção.

A seguir, conheça algumas dicas para ter uma alimentação balanceada:

 Procure consumir cinco porções por dia entre frutas, verduras e legumes;


 Tente variar o cardápio sempre, deixando o prato o mais colorido possível. Dessa forma,
você estará aproveitando mais os benefícios dos alimentos, principalmente daqueles que
você não tem o hábito de consumir diariamente;
 Beba bastante água ao longo do dia, e se for tomar suco, opte pelo natural e procure beber
1h antes ou depois das refeições;
 Evite o consumo em excesso de bebidas alcoólicas e refrigerantes. 
 Faça exercícios físicos.

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Ter uma boa alimentação é uma grande atitude que você pode ter em relação à sua saúde, mas
combiná-la com a prática regular de atividades físicas, aumenta ainda mais o seu bem-estar,
complementando, também, na prevenção de diversas doenças.

3. CONCLUSÃO

O erro alimentar traz consequências que interferem diretamente na qualidade de vida das crianças
ao aumentar a prevalência de sobrepeso/obesidade, doenças crônicas não transmissíveis como
diabetes e hipertensão, cáries, subnutrição/desnutrição, déficits cognitivos e físicos, depressão,
infecções e óbito precoce. Fatores socioeconômicos, alimentação dos pais, grande exposição a
alimentos não saudáveis através da mídia e fast foods aumentam a prevalência do erro alimentar
nessa população. Dessa forma, é imprescindível a necessidade de garantir políticas Inter
sectoriais pelos governantes para o fortalecimento de acções na perspectiva do desenvolvimento
integral. Importante salientar que os pais, profissionais e educadores priorizem e contribuam na
educação nutricional nas escolas e famílias, construindo ambientes que favoreçam o consumo de
alimentos saudáveis. Sendo assim, devem ser realizadas acções que tenham como objetivo conter
a prevalência do erro alimentar, ofertando dietas nutritivas, acessíveis e seguras. Afinal, ao mudar
a alimentação das crianças e adolescentes incentivando a ingestão de refeições mais naturais e
menos açucaradas, hipercalóricas e ultra processadas terá impacto tanto no presente ao diminuir a
susceptibilidade às doenças quando nas gerações futuras, pois indivíduos mais saudáveis,
dispostos e produtivos irão crescer e compor o corpo social, tendo um reflexo positivo na
economia da nação ao atingir seu pleno potencial, já que uma boa nutrição é fundamental para o
desenvolvimento cognitivo, físico e aumento do desempenho e produtividade dos indivíduos.

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4. BIBLIOGRÁFICA

FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA (UNICEF). Situação Mundial da


Infância 2019. Crianças, Alimentação e Nutrição: Crescendo Bem em um Mundo em Mudança.
2019. Disponível em: https://www.unicef.org/reports/state-of-worlds-children-2019. Acessado
em: 29 de setembro de 2022. 19.

FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA (UNICEF). Para cada criança, nutrição:
Estratégia de Nutrição 2020-2030 do UNICEF. 2020. Disponível em:
https://www.unicef.org/media/111351/file/Nutrition%20Strategy%202020-2030.pdf. Acessado
em: 29 de setembro de 2022.

https://imeb.com.br/as-consequencias-e-riscos-da-ma-alimentacao/

https://hepatogastro.com.br/quais-as-consequencias-da-ma-alimentacao/

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